Polónia: Um já foi, falta o outro

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Polónia: Um já foi, falta o outro

#1 Mensagem por P44 » Seg Out 22, 2007 5:31 am

Rejeição dos gémeos Kaczynski abre alas à liberalização de Tusk
ALIK KEPLICZ / ap

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Donal Tusk, líder da Plataforma Cívica, viveu ontem uma jornada de glória ao lado da mulher, Malgorzata


Pedro Olavo Simões

Pitoresca, mas alegadamente cerceadora das liberdades, a circunstância de a Polónia ter dois gémeos na Presidência e na chefia do Governo deixou de existir. Donald Tusk, mercê da estrondosa vitória da Plataforma Cívica nas eleições antecipadas de ontem - 44% dos votos, segundo as sondagens à boca das urnas, contra 30,4% do Direito e Justiça, dos irmãos Kaczynski -, será primeiro-ministro da Polónia. Mantendo-se no lado direito do espectro político, a governação muda substancialmente, com o liberalismo europeísta a tomar o lugar do conservadorismo nacionalista.

Uma participação recorde dos eleitores - 55,3%, de acordo com a estação de televisão privada TVN - terá sido o primeiro indício, além das sondagens em tempo de campanha, da vontade de mudança. Não se trata de uma adesão esmagadora ao exercício da democracia, mas é a maior afluência às urnas desde a queda do comunismo, em 1989. O interesse dos eleitores é ainda espelhado pela circunstância de ter havido assembleias de voto a funcionar muito para além da hora prevista.

O fiasco, pois disso mesmo se trata, resultou de mau planeamento e surpresa ante a generosa afluência. Os boletins de voto eram insuficientes em muitas assembleias, especialmente em Varsóvia, e as urnas tiveram de fechar quase três horas mais tarde do que o programado, tempo esse em que esteve interdita a divulgação de projecções, deitando por água abaixo as faustosas emissões que os operadores televisivos haviam preparado.

Não houve, todavia, nada de surpreendente no resultado. A última sondagem dava clara vantagem a Tusk, além do que o candidato liberal, conhecedor das projecções feitas pela sua própria equipa, só a muito custo evitava exteriorizar o contentamento, em respeito pela votação que ainda decorria. Numa eleição antecipada devido à ruptura da coligação que tem governado o país, envolvida em suspeições de corrupção, este resultado é visto, antes de tudo, como um cartão vermelho à estratégia de Jaroslaw Kaczynski, o primeiro-ministro agora derrotado, e do irmão Lech, que se mantém na Presidência da República, com mandato até 2010.

Mas este é, também, o resultado que todos esperavam no estrangeiro. Além dos entraves criados no seio da União Europeia - com Tusk, teria sido mais fácil avançar para o tratado constitucional -, os Kaczynski eram particularmente incómodos para a Alemanha e para a Rússia.

A liberalização da economia, passando por privatizações e por cortes nos impostos, foi um argumento triunfante, contra a política de Kaczynski centrada no apagamento da memória comunista. Por outro lado, Tusk quer retirar os soldados polacos do Iraque, mas não se opõe à instalação em território nacional do controverso sistema antimíssil dos americanos.


http://jn.sapo.pt/2007/10/22/mundo/reje ... alas_.html

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#2 Mensagem por P44 » Seg Out 22, 2007 11:49 am

dedicado ao Rabino Eins, adepto fanático dos Irmãos Marretas...

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8-]

:wink:




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#3 Mensagem por P44 » Seg Out 22, 2007 1:21 pm

Polish opposition set for big win

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Donald Tusk said the election had
helped restore hope among Poles

The liberal opposition Civic Platform party is heading for a landslide victory in the Polish general election, with most votes counted.


Donald Tusk's pro-EU party has ousted the conservative government of Prime Minister Jaroslaw Kaczynski that has ruled Poland for two turbulent years.

Civic Platform is ahead with more than 41% of the votes, while Mr Kaczynski's Law and Justice (PiS) is on about 32%.

Turnout was the highest recorded in Poland since communism fell in 1989.

Civic Platform's total translates to 205 seats in the 460-seat lower house of parliament, the Sejm. Its likely coalition partner, the Polish Peasants Party, is on course to get 36 seats.

PiS has already admitted defeat.

The election was called two years early after Mr Kaczynski's coalition collapsed over a corruption probe.

The prime minister's twin brother, Lech Kaczynski, is Poland's president and does not face an election until 2010. But the opposition's win looks big enough for it to be able to override his veto power.

PiS has pursued former communists and adopted a sceptical approach to the European Union, while Civic Platform has promised lower taxes and a more business-friendly administration with closer ties to Europe.

Civic Platform says it will repair Poland's strained ties with Germany and other EU neighbours. It also wants strong ties with the US but Mr Tusk has vowed to withdraw 900 Polish troops from the US-led coalition force in Iraq.

'Restoring hope'

Voting in Sunday's election was extended by three hours in some parts of the country as officials struggled to cope with the sharply increased turnout of 55%.

http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7054912.stm




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#4 Mensagem por P44 » Ter Out 23, 2007 5:35 am

UE respira de alívio com vitória de liberais polacos

PATRÍCIA VIEGAS

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A UE respirou de alívio com a derrota do partido dos gémeos Kaczynski nas legislativas polacas de domingo e aplaudiu a vitória dos liberais liderados por Donald Tusk.

A Plataforma Cívica (PO) conseguiu 41,39% dos votos, contra os 32,16% obtidos pelos conservadores do Lei e Justiça (PiS), a formação do primeiro-ministro Jaroslaw Kaczynski e do seu irmão, Lech, actual chefe do Estado polaco.

"Nunca duvidei da convicção europeia do povo polaco. Quero saudar Donald Tusk pela sua vitória. Teremos com o novo Governo da Polónia uma excelente relação", disse ontem, em Lisboa, Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia.

"Estas legislativas testemunham a vitalidade da democracia na Polónia e traduzem o empenho dos polacos na construção europeia", disse o porta-voz adjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Frédéric Desagneaux, citado pela AFP.

Também o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, felicitou a vontade dos polacos em terem uma "política governamental favorável à UE e de se virarem mais para o futuro em vez de remexer no passado".

O líder sueco referia-se à perseguição que o Governo de Kaczynski levou a cabo contra os antigos colaboradores do regime comunista. E à desconfiança permanente que demonstrava relativamente à UE, usando, sem problema, o direito de veto por tudo e por nada.

Nos seus dois anos no poder, Kaczynski, apoiado pelo irmão, protagonizou episódios como o do veto ao dia europeu contra a pena de morte da UE ou o veto ao início das negociações de um novo acordo de parceria estratégica UE- Rússia. Já para não falar das ameaças que fez de inviabilizar o novo tratado.

No Parlamento Europeu, tanto os populares como os socialistas aplaudiram a vitória de Tusk, considerando que ao elegê-lo os polacos enviaram um sinal pró-europeu.

Até Moscovo não resistiu a aplaudir a derrota do partido dos gémeos. "Esperamos que não haja mais uma politização da russofobia", afirmou um porta-voz do Kremlin.

Os analistas dão agora como certa uma viragem na política polaca. E Jacek Saryusz-Wolski, um dos porta-vozes de Tusk na PO, já enviou um primeiro sinal ao dizer que Varsóvia vai aplicar a Carta dos Direitos Fundamentais da UE, a que o novo tratado dá carácter jurídico. A Polónia tinha exigido um "opting-out" - tal como fez o Reino Unido. Fonte da presidência portuguesa da UE disse ao DN que não há problema "pois havendo a vontade política vai arranjar-se a solução técnica".

Quem ficou de pé atrás foi a Administração norte-americana. O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, referiu esperar que "a cooperação no Iraque e no Afeganistão e as negociações sobre o sistema antimísseis continuem a ser como foram até agora".

As legislativas antecipadas de domingo tiveram uma participação recorde desde 1989: 53,79%. A PO beneficiou, sobretudo, dos votos dos eleitores jovens e citadinos. Tusk deve agora iniciar negociações para formar uma coligação, talvez com o PSL, que lhe dê maioria absoluta.

Apesar da derrota, Kaczynski polarizou a Polónia, refere a BBC, pois conta com o apoio dos que reconhecem a luta contra a corrupção e a sua defesa dos valores tradicionais católicos. Quem não conseguiu passar a barreira dos 5% e fica fora do Parlamento são os antigos parceiros de coligação: os populistas do Autodefesa e os extremistas da Liga das Famílias Polacas.|


http://dn.sapo.pt/2007/10/23/internacio ... ais_p.html




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#5 Mensagem por Tripeiro » Ter Out 23, 2007 8:27 am

Já andavam a meter nojo na UE. Bye Bye.




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#6 Mensagem por Sintra » Ter Out 23, 2007 7:47 pm

E foi tarde...




Budweiser 'beer' is like making love in a canoe - 'F***** close to water'...
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#7 Mensagem por P44 » Qua Out 24, 2007 10:40 am

O Rabino Eins nunca mais será o mesmo depois disto....




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#8 Mensagem por Einsamkeit » Ter Nov 06, 2007 11:09 pm

E existe algum problema em apagar a memoria comunista prepe? ou voce acha ela benefica?

Olha que o pessoal em Katyn nao concordaria cuntigo

:lol: :lol: :lol: :lol:

E Fora as outras Katyn......




Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness

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#9 Mensagem por P44 » Qua Nov 07, 2007 6:18 am

Saiste do Bunker, Rabino ? :mrgreen:

Foste condecorar alguns membros da Juventude???? :lol: :lol:




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