Iraque - Noticias de Guerra

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Pablo Maica
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#841 Mensagem por Pablo Maica » Seg Out 15, 2007 9:35 pm

Essa situação se não for controlada dará no futuro um resultado igual ao de muitos paises na africa onde dezenas de tribos diferentes guerreavam entre si... é banho de sangue garantiodo por umas boas décadas.


Pô não da pra eles darem um jeito no daqui tbm? :lol:

EDSON escreveu:"Todos nós temos interesse na estabilidade do Iraque, e todos nós queremos ver os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ante a justiça", disse o porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe.



Um abraço e t+ :D




ademir
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#842 Mensagem por ademir » Ter Out 23, 2007 1:29 pm

Turquia rejeita negociações com Partido dos Trabalhadpres Curdos

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Ali Babacan, anunciou a rejeição de um cessar- fogo unilateral proposto pelos guerrilheiros curdos que se encontram no território no Norte de Iraque . O ministro está em Bagdá, onde teve um encontro com o governo iraquiana que prometerá apoio nas conversações com os separatistas do Partido dos Trabalhadpres Curdos (PKK).

Babacan esclareceu que a suposta proposta de cessar-fogo não teria efeito pois ela só é possível entre “ Estados e forças regulares. O problema é que estamos lidando com uma organização terrorista”, segundo noticiou CNN.

Segundo Reuters os soldados da Turquia podem entrar no norte do Iraque em busca de rebeldes curdos "a qualquer momento" segundo os termos de uma autorização do Parlamento, afirmou nesta terça-feira o primeiro-ministro Tayyip Erdogan.

"Neste momento, estamos em compasso de espera, mas o Iraque deveria saber que podemos usar a autorização (parlamentar) para uma operação através da fronteira a qualquer momento", disse Erdogan em entrevista a jornalistas em Londres, ao lado do premiê britânico, Gordon Brown.

Na semana passada, o Parlamento turco deu permissão às tropas do país para conduzir incursões no norte do Iraque, mas o governo de Erdogan já assinalou que ainda tentará resolver o conflito com rebeldes separatistas pelos canais diplomáticos




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zela
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#843 Mensagem por zela » Ter Out 23, 2007 4:32 pm

Violence in Iraq has dropped by 70%

Violence in Iraq drops sharply: Ministry.

By Aseel Kami

BAGHDAD (Reuters) - Violence in Iraq has dropped by 70 percent since the end of June, when U.S. forces completed their build-up of 30,000 extra troops to stabilize the war-torn country, the Interior Ministry said on Monday.

The ministry released the new figures as bomb blasts in Baghdad and the northern city of Mosul killed five people and six gunmen died in clashes with police in the holy Shi'ite city of Kerbala south of the Iraqi capital.

Washington began dispatching reinforcements to Iraq in February to try to buy Iraq's feuding political leaders time to reach a political accommodation to end violence between majority Shi'ites and minority Sunni Arabs that has killed tens of thousands and forced millions from their homes.

While the leaders have failed to agree on key laws aimed at reconciling the country's warring sects, the troop buildup has succeeded in quelling violence.

Under the plan, U.S. troops left their large bases and set up combat outposts in neighborhoods while launching a series of summer offensives against Sunni Islamist al Qaeda, other Sunni Arab militants and Shi'ite militias in the Baghdad beltway.

Interior Ministry spokesman Major-General Abdul-Karim Khalaf told reporters that there had been a 70 percent decrease in violence countrywide in the three months from July to September over the previous quarter.

GRADUAL IMPROVEMENT

In Baghdad, considered the epicenter of the violence because of its mix of Shi'ites and Sunni Arabs, car bombs had decreased by 67 percent and roadside bombs by 40 percent, he said. There had also been a 28 percent decline in the number of bodies found dumped in the capital's streets.

In Anbar, a former insurgent hotbed where Sunni Arab tribes have joined U.S. forces against al Qaeda, there has been an 82 percent drop in violent deaths.

"These figures show a gradual improvement in controlling the security situation," Khalaf said.

However, in the northern province of Nineveh, where many al Qaeda and other Sunni Arab militants fled to escape the crackdown in Baghdad and surrounding region, there had been a 129 percent rise in car bombings and a corresponding 114 percent increase in the number of people killed in violence.

While the figures confirm U.S. data showing a positive trend in combating al Qaeda bombers, there is growing instability in southern Iraq, where rival Shi'ite factions are fighting for political dominance.

Police said six gunmen were killed in police raids in Kerbala, 110 km (70 miles) southwest of Baghdad.

Some 50 people were killed in Kerbala in August in fierce clashes between fighters loyal to Shi'ite cleric Moqtada al-Sadr and local police, who are seen as aligned to the rival Supreme Iraqi Islamic Council's armed wing, the Badr Organization.

After the clashes, Sadr said he was imposing a six-month freeze on the activities of the Mehdi Army, increasingly seen as beyond his control, so that he could reorganize it.

In Baghdad, three roadside bombs killed four people, including three policemen, while in Mosul one policeman was killed when a blast hit a police patrol.


FONTE: Reuters




ademir
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#844 Mensagem por ademir » Qui Out 25, 2007 2:32 pm

Turquia ataca curdos na fronteira com Iraque

As Forças Armadas da Turquia realizaram nesta quarta-feira ataques contra o que descreveram como posições de rebeldes curdos na região da fronteira com o Iraque.


Segundo a agência de notícias turca Anatolia, caças destruíram bases curdas nas montanhas em quatro províncias turcas e também trilhas supostamente usadas pelos rebeldes.

Alguns desses caminhos seriam utilizados pelos curdos também para cruzar a fronteira iraquiana, diz a agência.

Os bombardeios se seguiram à morte de 12 soldados turcos em um ataque de rebeldes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão, na sigla em curdo), no último domingo.

Relatos anteriores indicavam que a Turquia havia realizado bombardeios contra acampamentos do PKK dentro do Iraque, algo que as autoridades turcas têm ameaçado fazer.

Diplomacia

O presidente da região curda autônoma do norte do Iraque, Massoud Barzani, fez um apelo ao PKK para que abandone sua campanha por mais direitos para os curdos na Turquia.

"Não aceitamos de forma alguma o uso de territórios iraquianos, incluindo territórios da região curda, como base para ameaçar a segurança dos países vizinhos", disse.

Os Estados Unidos continuam envolvidos em um intenso esforço diplomático para tentar convencer a Turquia a não lançar um ataque no Iraque.

"Estamos preocupados com as emboscadas que têm ocorrido continuamente lá (na fronteira entre Iraque e Turquia) e com os ataques terroristas que estão sendo realizados pelo PKK contra os curdos", disse a porta-voz Dana Perino, da Casa Branca.




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Kratos
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#845 Mensagem por Kratos » Qui Out 25, 2007 11:32 pm

zela escreveu:
Violence in Iraq has dropped by 70%

Violence in Iraq drops sharply: Ministry.

By Aseel Kami

BAGHDAD (Reuters) - Violence in Iraq has dropped by 70 percent since the end of June, when U.S. forces completed their build-up of 30,000 extra troops to stabilize the war-torn country, the Interior Ministry said on Monday.

The ministry released the new figures as bomb blasts in Baghdad and the northern city of Mosul killed five people and six gunmen died in clashes with police in the holy Shi'ite city of Kerbala south of the Iraqi capital.

Washington began dispatching reinforcements to Iraq in February to try to buy Iraq's feuding political leaders time to reach a political accommodation to end violence between majority Shi'ites and minority Sunni Arabs that has killed tens of thousands and forced millions from their homes.

While the leaders have failed to agree on key laws aimed at reconciling the country's warring sects, the troop buildup has succeeded in quelling violence.

Under the plan, U.S. troops left their large bases and set up combat outposts in neighborhoods while launching a series of summer offensives against Sunni Islamist al Qaeda, other Sunni Arab militants and Shi'ite militias in the Baghdad beltway.

Interior Ministry spokesman Major-General Abdul-Karim Khalaf told reporters that there had been a 70 percent decrease in violence countrywide in the three months from July to September over the previous quarter.

GRADUAL IMPROVEMENT

In Baghdad, considered the epicenter of the violence because of its mix of Shi'ites and Sunni Arabs, car bombs had decreased by 67 percent and roadside bombs by 40 percent, he said. There had also been a 28 percent decline in the number of bodies found dumped in the capital's streets.

In Anbar, a former insurgent hotbed where Sunni Arab tribes have joined U.S. forces against al Qaeda, there has been an 82 percent drop in violent deaths.

"These figures show a gradual improvement in controlling the security situation," Khalaf said.

However, in the northern province of Nineveh, where many al Qaeda and other Sunni Arab militants fled to escape the crackdown in Baghdad and surrounding region, there had been a 129 percent rise in car bombings and a corresponding 114 percent increase in the number of people killed in violence.

While the figures confirm U.S. data showing a positive trend in combating al Qaeda bombers, there is growing instability in southern Iraq, where rival Shi'ite factions are fighting for political dominance.

Police said six gunmen were killed in police raids in Kerbala, 110 km (70 miles) southwest of Baghdad.

Some 50 people were killed in Kerbala in August in fierce clashes between fighters loyal to Shi'ite cleric Moqtada al-Sadr and local police, who are seen as aligned to the rival Supreme Iraqi Islamic Council's armed wing, the Badr Organization.

After the clashes, Sadr said he was imposing a six-month freeze on the activities of the Mehdi Army, increasingly seen as beyond his control, so that he could reorganize it.

In Baghdad, three roadside bombs killed four people, including three policemen, while in Mosul one policeman was killed when a blast hit a police patrol.


FONTE: Reuters


Ponte que caiu, 70%?!? Os democratas devem estar putos da vida, o P44 então nem se fala.




O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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#846 Mensagem por EDSON » Dom Out 28, 2007 1:30 pm

28/10/2007 - 13h03
Exército turco conclui preparativos para invasão e desdobra 150 mil soldados

Istambul, 28 out (EFE).- O Exército turco concluiu os preparativos militares iniciados há um mês para uma possível incursão em massa no norte do Iraque, e desdobrou 150 mil militares no zona fronteiriça com o país vizinho.

Assim informou hoje a agência de notícias privada "Dogan", que cita fontes do alto comando militar, segundo as quais a maior parte das forças se concentra em torno do distrito de Cukurca, na província de Hakkari, a cinco quilômetros do território iraquiano.

O Exército turco completou seu operacional com o transporte de helicópteros Cobra, Super Cobra e Sikorsky.

O objetivo da eventual operação além da fronteira - para a qual o Governo de Ancara obteve a autorização do Parlamento no dia 17 - é combater as bases do grupo armado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), instaladas nas regiões montanhosas do norte iraquiano.

Em Daglica, uma área próxima a Hakkari, ocorreu no domingo um duro choque entre as forças de segurança turcas e os militantes do PKK, que resultou na morte de 12 soldados e 34 rebeldes curdos.

Os meios de comunicação próximos ao PKK informaram que as forças armadas turcas entraram vários quilômetros dentro do território iraquiano, algo que foi confirmado depois pelo Exército, e indica que a incursão militar - caso seja confirmada - poderia começar nesse ponto.

A agência "Dogan" informou hoje que os peshmerga curdos (combatentes da Região Autônoma do Curdistão Iraquiano) começaram a instalar postos de vigilância móveis nos arredores de Cukurca.

Além disso, 20 povoados da parte iraquiana próximos à fronteira foram esvaziados e seus habitantes enviados às grandes cidades, em função do temor de bombardeios do Exército turco.

O Exército da Turquia matou hoje 15 militantes do PKK em um combate na província de Tunceli, a mais de 500 quilômetros da fronteira iraquiana.

Após o confronto armado, os militares turcos iniciaram uma grande operação militar com 5 mil soldados e o apoio de helicópteros Cobra.




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#847 Mensagem por Pablo Maica » Dom Out 28, 2007 2:29 pm

A coisa vai feder... vamos ver como os americanos vão se comportar em relação a Turquia...

E agora sim que eles não entram mais na UE.


Um abraço e t+ :D




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#848 Mensagem por EDSON » Dom Out 28, 2007 2:41 pm

Pablo Maica escreveu:A coisa vai feder... vamos ver como os americanos vão se comportar em relação a Turquia...

E agora sim que eles não entram mais na UE.


Um abraço e t+ :D


Olha eu acho que os americanos torcem para uma derrota turca.

Os exterminadores turcos( exterminadores de árabes, armênios, gregos, romenos, bulgaros e curdos) estão prontos para repetir a dose sobre os curdos.

Se a coisa declinar contra a Turquia, veremos deportações em massa dos curdos.

Este povo curco merece ser exterminado. Winston Churchill (As coisas mudaram no Ocidente não?)




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#849 Mensagem por EDSON » Dom Out 28, 2007 3:48 pm

23/10/2007
No norte do Iraque, cresce o conflito em uma segunda frente curda

Richard A. Oppel Jr.*
Em Bagdá

Incursões mortais na Turquia por militantes curdos que se escondem no norte do Iraque são o foco de diplomacia urgente, com a Turquia ameaçando invadir o Iraque e os Estados Unidos implorando por restrição, ao mesmo tempo que expressam solidariedade com a ira dos turcos.

Mas aos olhos do público, uma batalha assustadoramente semelhante está transcorrendo na fronteira iraquiana com o Irã. Guerrilheiros curdos fazem emboscadas, matam soldados iranianos e se refugiam em seus esconderijos no Iraque. Os americanos oferecem pouca simpatia aos iranianos -Teerã até mesmo diz que Washington ajuda os guerrilheiros iranianos, uma acusação que os Estados Unidos negam. Verdade ou não, tal conflito, assim como o turco, tem potencial explosivo.

Em uma recente viagem à fronteira Irã-Iraque, Salih Shevger, um guerrilheiro curdo iraniano, foi entrevistado enquanto se deitava em uma rocha sobre uma montanha de 3 mil metros, com binóculos pressionados contra o rosto enquanto vigiava os postos das forças armadas iranianas empoleirados em picos a cerca de 6 quilômetros de distância.


Guerrilheiras curdas do Partido por uma Vida Livre no Curdistão preparam pão

Ele e seus companheiros contaram como emboscaram uma patrulha iraniana entre as bases poucos dias antes, matando três soldados e capturando outro. "Eles estavam sentados conversando sobre uma colina, e nós nos aproximamos, nos escondemos e disparamos contra eles dos dois lados", disse Bayram Gabar, que comandou o ataque e como todos os combatentes daqui usa um nome de guerra.

Os guerrilheiros do Partido por uma Vida Livre no Curdistão, ou PJAK, travam uma insurreição mortal no Irã e são uma cria do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, conhecido como PKK, os guerrilheiros curdos que enfrentam a Turquia.

Como o PKK, os curdos iranianos controlam grande parte da fronteira escarpada, repleta de matacões, e promovem rotineiramente emboscadas contra as patrulhas do outro lado. Mas apesar dos americanos considerarem o PKK uma organização terrorista, os comandantes guerrilheiros dizem que o PJAK mantém "discussões diretas ou indiretas" com autoridades americanas. Eles não informaram quaisquer detalhes sobre as discussões ou o nível das autoridades envolvidas, mas notaram que o líder do grupo, Rahman Haj-Ahmadi, visitou Washington há alguns meses.

Biryar Gabar, um dos 11 membros da liderança do grupo, disse que há "diálogo normal" com as autoridades americanas, se recusando a ser específico. Um de seus guarda-costas disse que líderes do grupo se encontraram com americanos em Kirkuk no ano passado.

As autoridades iranianas acusam os Estados Unidos de fornecerem suprimentos aos combatentes e de usá-los para travar uma guerra em seu lugar, apesar de tais acusações serem negadas pelos militares americanos. "O consenso é de que as forças americanas não estão trabalhando ou aconselhando o PJAK", disse um porta-voz das forças armadas americanas em Bagdá, o comandante Scott Rye da Marinha.

Um alto diplomata americano disse que não houve nenhum contato oficial com o grupo e que não estava ciente dele ter recebido algum apoio dos Estados Unidos. Ele também disse que Haj-Ahmadi, enquanto esteve em Washington, não se encontrou com autoridades do governo.

Como o PKK está na lista de organizações terroristas do Departamento de Estado e ajudar tais grupos é ilegal, os Estados Unidos estão ansiosos em evitar qualquer indício de cooperação com o PJAK.

Os líderes guerrilheiros disseram que os americanos classificam o PKK como grupo terrorista por estar combatendo a Turquia, uma importante aliada americana, enquanto o PJAK não é rotulado da mesma forma por estar combatendo o Irã.

Na verdade, os grupos parecem em grande parte ser um só e compartilham a mesma meta: travar campanhas para conquistar uma nova autonomia e direitos para os curdos no Irã e na Turquia. Eles compartilham liderança, logística e fidelidade a Abdullah Ocalan, o líder do PKK preso na Turquia.

Apesar da maioria dos curdos ser muçulmana sunita, os guerrilheiros rejeitam o fundamentalismo islâmico. Em vez disso, eles traçam suas raízes ao passado marxista. Eles ainda advogam o que chamam de "socialismo científico" e promovem os direitos das mulheres.

Após a intensificação dos choques entre guerrilheiros e forças iranianas neste ano, as forças armadas iranianas começaram a atacar com fogo de artilharia as aldeias de fronteira em agosto, promovendo a fuga dos aldeões e matando seus animais de criação. O ataque provocou críticas furiosas dos líderes iraquianos, que o condenaram como uma resposta desproporcional.

Mas entrevistas com guerrilheiros sugerem que eles causaram estragos consideráveis aos iranianos. Apesar de ser impossível verificar suas alegações, o líder do PKK, Murat Karayilan, disse que os combatentes do PJAK mataram pelo menos 150 soldados e oficiais iranianos desde agosto. Biryar Gabar disse que 108 iranianos foram mortos apenas em agosto.

O grupo disse que a intensidade de suas ações militares varia de acordo com o grau de perseguição de curdos dentro do Irã.

Os guerrilheiros do PJAK ancoram suas operações em pequenas bases nos vales, equipadas com geradores, televisão por satélite, poços e plantações de tomate, berinjela, romã e pêssego.

Eles construíram vários cemitérios para reenterrar os restos mortais de combatentes mortos em anos anteriores e para prepará-los para aqueles que vão morrer. Fotos de mais de 100 combatentes mortos, incluindo mulheres, cobrem as paredes internas de um prédio dentro de um cemitério.

No alto das montanhas, onde permanecem por um ano ou mais a cada vez, os combatentes vivem vidas espartanas, sobrevivendo de sopas, chá, arroz, feijão, água e pão assado em fornos improvisados. Eles têm poucas tendas e sacos de dormir, explicando que o único lar que eles têm é o que carregam em suas costas. Os campos são projetados para fugas rápidas.

Os guerrilheiros são adeptos de táticas de ataque e fuga, se saindo bem no ar rarefeito de cerca de três quilômetros acima do nível do mar, escalando e caminhando rapidamente pelos terrenos mais desafiadores. Eles enviam ao Irã pequenas equipes armadas com rifles Kalashnikov, granadas propelidas por foguete, rifles sniper e metralhadoras de fabricação russa.

Eles costumam atacar alguns poucos soldados à margem de um grupo maior, disse Sadun Edesa, um curdo iraniano de 22 anos que disse lutar aqui há cinco anos. Ele disse que geralmente é o que basta para arruinar uma operação iraniana que visa eliminar os guerrilheiros dentro do Irã.

Ele recentemente fez parte de uma equipe de emboscada composta de quatro homens que entrou no Irã e matou cinco soldados iranianos, ele disse, antes de retornar para as posições camufladas. "Quando você atinge um dos grupos deles desta forma, a operação militar deles morre", ele disse.

Em um posto avançado, os guerrilheiros permitiram uma breve entrevista com o soldado iraniano que disseram ter capturado na emboscada descrita pelo comandante do PJAK, Bayram Gabar. O prisioneiro se identificou como sendo Akbar Talibi, um membro da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.

Seu uniforme exibia a insígnia da Guarda e ele estava sentado de pernas cruzadas sobre um tapete fino enquanto seis guerrilheiros permaneciam perto dele, ou descansando um rifle Kalashnikov sobre suas coxas. O prisioneiro disse que de sua unidade de 70 homens, 15 foram mortos e 17 foram feridos desde agosto.

As forças armadas iranianas, acrescentou o prisioneiro, "querem destruir o PJAK". Autoridades iranianas em Teerã não responderam aos pedidos de comentário sobre os guerrilheiros ou sobre o suposto soldado capturado.

Um ex-membro do Parlamento iraniano, Jalal Jalilizadeh, que é curdo, disse que o grupo guerrilheiro intensificou seus ataques e começou a visar membros da Guarda Revolucionária e a assassinar outras autoridades no lado iraniano da fronteira há um ano.

Não há número oficial de baixas iranianas, apesar de Jalilizadeh ter estimado o total em cerca de 100 desde o ano passado. Ele também confirmou os ataques recentes descritos pelos guerrilheiros, incluindo a derrubada de um helicóptero iraniano perto da fronteira, em setembro, que matou pelo menos seis.

Shevger disse que liderou a equipe que destruiu o helicóptero, o derrubando com fogo de metralhadoras e rifles. "Nós encontramos um ponto fraco no helicóptero e abrimos fogo", ele disse. A luta com o Irã, ele acrescentou, "estará pior daqui um ano".

O grupo atualmente conta com "bem mais" que 2 mil guerrilheiros enfrentando o Irã, disse Biryar Gabar, que acrescentou que a maioria deles está baseada no Irã. Não há como verificar sua alegação.

Mas ainda assim o grupo conta com combatentes mais que suficientes nesta parte do Iraque para ser a lei, controlando as poucas estradas na área com checkpoints. Um posto avançado guerrilheiro no cume de uma cadeia de montanhas ao longo da fronteira sugere que ele domina grande parte desta, enquanto os soldados iranianos estão reunidos a vários quilômetros de distância.

Quando o ataque pesado de artilharia teve início em agosto, os iranianos também lançaram ataques de infantaria contra as posições dos guerrilheiros próximas deste posto avançado, mas foram rechaçados, disseram os guerrilheiros. O posto está escondido dentro de uma formação rochosa do tamanho de um cruzador.

Acima dela, ao longo do cume, sentinelas espiam com binóculos os movimentos das tropas a vários quilômetros de distância dentro do Irã, cuidadosos em manterem suas cabeças abaixadas, porque os iranianos apontam fogo de artilharia a qualquer sinal dos guerrilheiros.

Nada no comportamento deles sugere que os guerrilheiros abandonarão em breve sua luta. Mas seus crescentes ataques dentro do Irã neste ano estão colocando pressão sobre a União Patriótica do Curdistão, o partido político dominante no setor leste da região do Curdistão do Iraque, que vê o Irã como parceiro comercial crucial. Por sua vez, os guerrilheiros acreditam que o partido, cujo líder é o presidente do Iraque, Jalal Talabani, se tornou bajulador do Irã.

Mas autoridades do partido dizem que seria tolo e míope não cultivar boas relações com o Irã e com a Turquia, países dos quais os curdos, sem acesso ao mar, obtêm gasolina e outros suprimentos críticos. Os líderes curdos também estão altamente cientes da popularidade dos guerrilheiros junto à população curda.

As tensões entre o partido e os guerrilheiros aparentemente levaram a um choque no final de agosto, quando combatentes cruzaram a fronteira do Irã e foram atacados pela pesh merga, a força armada afiliada ao partido. Karayilan disse que telefonou imediatamente para seu par no partido, que lhe disse que este estava sendo "pressionado pelo Irã".

Talabani alertou os guerrilheiros a baixarem suas armas ou deixarem a fronteira. Mas um alto funcionário do partido, próximo de Talabani, reconheceu que "o povo se voltaria contra nós" se agíssemos contra eles.

O funcionário, que não estava autorizado a falar publicamente, se recusou a comentar o choque de agosto, mas reconheceu que a pesh merga não pôde derrotar os guerrilheiros durões e competentes. "Se o Irã e a Turquia, com seus exércitos imensos, não conseguem controlar suas fronteiras, como poderíamos fazer isto?"

Os guerrilheiros também parecem confiantes, apesar de temerem a artilharia iraniana. Edesa, o combatente de 22 anos, falou com certeza sobre a capacidade deles contra os iranianos. "Eles são bastante disciplinados. Mas somos mais. Eles são uma força militar e vivem em quartéis. Mas nós somos uma força guerrilheira."

* Warzer Jaff, no Curdistão iraquiano, e Nazila Fathi, em Teerã, contribuíram com reportagem.

Tradução: George El Khouri Andolfato

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#850 Mensagem por P44 » Qua Out 31, 2007 10:26 am

Blair rejeitou oferta de Bush para não se unir invasão Iraque

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair rejeitou uma oferta do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para que não participasse na invasão ao Iraque, revela um livro que será lançado segunda-feira.

A embaixada norte-americana em Londres avisou Bush que o seu amigo e aliado Blair podia sofrer uma derrota na Câmara dos Comuns se participasse na guerra, e, preocupado, o presidente norte-americano terá telefonado para oferecer ao líder trabalhista a possibilidade de não tomar parte na invasão.

O livro «Blair Unbound», de Anthony Seldon, Peter Snowdon e Daniel Collings, que sai para as bancas na próxima segunda-feira, reacenderá a polémica sobre a decisão de Blair de alinhar na Guerra do Iraque, avança hoje o jornal The Independent.

Nove dias antes de a Câmara dos Comuns aprovar a invasão, apesar da rebelião de 139 deputados trabalhistas, Bush surpreendeu Condoleezza Rice, então assessora de Segurança Nacional dos EUA, ao sugerir que Londres não tinha que enviar tropas e podia ter um papel menos polémico após a invasão.

«Lembro que estava no Salão Oval (da Casa Branca), e o presidente disse então: ´Não podemos deixar que o Governo britânico caia por causa desta decisão`», contou Rice aos autores do livro.

Rice perguntou então a Bush o que queria dizer com isso, e o presidente norte-americano respondeu: «Tenho que dizer a Tony que não é necessário que faça isso (acompanhar os EUA na invasão)».

Bush pegou então o telefone e disse a Blair: «Quero que saiba que a opção menos desejável é que o seu Governo caia. Não queremos que ocorra sob nenhuma circunstância. Falo a sério».

O presidente norte-americano ofereceu a Blair a possibilidade de que Londres não fizesse parte da coligação invasora, afirmando que se encontraria mais tarde outra fórmula.

Blair respondeu a Bush: «Quando disse que estava contigo, falava a sério».

Segundo um assessor do líder trabalhista, «depois de ter chegado tão longe (no seu apoio à decisão de invadir o Iraque), voltar atrás no último momento parecia-lhe patético».

Outra revelação do livro é que o ex-secretário de Estado Colin Powell tentou junto do então ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jack Straw, persuadir Blair para que travasse Bush, mas não conseguiu.

«No fim, explica Powell no livro, Blair apoiava sempre o presidente. Pareceu-me muito surpreendente (...), Jack (Straw) e eu encorajávamos (Blair) sobre um tema. E (Blair) parecia disposto a dizer: ´Olha George'!. Mas, quando via o presidente, desarmava».

Segundo o livro, em 2002, Blair decidiu escrever a Bush para manifestar a sua preocupação com a aceleração do impulso belicista, mas no fim disse a Bush: «George, quero que saiba que, qualquer que seja a sua decisão, ter-me-á a seu lado».

31-10-2007 10:46:20




Triste sina ter nascido português 👎
ademir
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#851 Mensagem por ademir » Ter Nov 06, 2007 10:02 pm

Uma das opiniões mais coerentes que eu ja vi sobre o oriente medio é deste jornalista, mesmo o assunto não estando completamente dentro do objetivo do topico postarei aqui mesmo:

Robert Fisk, o homem que ousou perguntar “por quê?”

Em entrevista exclusiva à História Viva, o correspondente do jornal inglês The Independent no Oriente Médio explica as raízes históricas da resistência islâmica que vê em Osama bin Laden uma inspiração contra o domínio das potências ocidentais

por Bruno Fiuza e Maíra Kubík Mano

Poucos ocidentais conhecem melhor o Oriente Médio do que o jornalista inglês Robert Fisk. Como correspondente internacional na região, entrevistou Osama bin Laden por três vezes e praticamente acompanhou o processo de formação da Al-Qaeda. Ao longo dos últimos 28 anos, o repórter foi testemunha ocular do processo histórico que levou a resistência dos povos árabes contra o domínio ocidental na região a transitar do nacionalismo dos anos 60 para o islamismo militante da década de 80. E ele até mesmo data esta virada: Fisk estava nas praias de Khalde, no Líbano, quando o Hezbollah realizou sua primeira ação armada contra tropas israelenses, em junho de 1982. Nesta entrevista, concedida à História Viva durante sua passagem pela Festa Literária Internacional de Parati, Fisk questiona o uso que os governos e a imprensa ocidental fazem da palavra “terrorismo” e explica as raízes históricas da emergência dos grupos armados islâmicos, que na sua opinião são uma resposta à incapacidade dos governos ocidentais de dialogar “com os verdadeiros representantes do povo daquela parte do mundo”.

Em primeiro lugar, como podemos definir terrorismo hoje?
“Terrorismo” hoje é uma palavra usada para eliminar toda a discussão a respeito dos motivos que levam os indivíduos a uma ação armada. Isso acontece, por exemplo, quando se analisa a questão do Oriente Médio sem discutir o papel dos Estados Unidos na região. É por isso que depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 publiquei um artigo no qual afirmava que “a única pergunta que não podemos fazer é ‘por quê?’”, pois fazer essa pergunta quer dizer que talvez haja um motivo que tenha levado à realização do atentado. O discurso oficial afirma que é “porque eles são maus, odeiam a democracia, etc.”, mas 19 assassinos eram árabes. Logo, deve haver uma relação entre o que acontece no Ocidente e a nossa política para o Oriente Médio, certo? A palavra “terrorismo” serve hoje para excluir qualquer explicação racional ou contextualização histórica dos fatos. Seu uso se tornou uma espécie de droga, e tem dois objetivos: o primeiro é eliminar toda a discussão sobre um assunto, e o segundo é assustar pessoas comuns. Assustadas, essas pessoas passam então a aceitar que seu governo adote medidas que, em essência, não são nem de direita, mas sim, de certa maneira, ditatoriais, e certamente contra os direitos humanos. Com isso, os governos podem fazer o que quiserem: eliminar a Convenção de Genebra, rasgar as garantias do Conselho de Segurança da ONU, permitir tortura, prisões subterrâneas, assassinato de prisioneiros, Guantanamo, etc.

Do modo como você coloca, o terror é um assunto de Estado, então?
Eu não uso a palavra “terrorismo” nos meus artigos ou nos meus livros, a não ser entre aspas. Eu não a uso porque é uma palavra totalmente desacreditada, ela já não tem mais nenhum significado. É um dispositivo utilizado para assustar as pessoas, para fazer com que elas acreditem que o Islã é nosso inimigo ou para impor novas leis que permitem prender uma pessoa por 90 dias sem direito a advogado. Esta é a primeira vez que uma guerra foi declarada a um substantivo abstrato – a “Guerra contra o Terror”. O que é o “terror”? Pode ser qualquer coisa. Essa idéia toda de “terror”, do meu ponto de vista, é uma armadilha. Usar a palavra em um contexto sério é uma armadilha. Se eu vejo uma revista ou um jornal com a palavra “terror” na capa simplesmente não compro, é lixo.

O que de fato é a Al-Qaeda? Quais são suas raízes históricas?
Para entender a Al-Qaeda é preciso ler história. Um dos problemas é que nem os governos e nem os jornalistas escutam o que Osama bin Laden e a Al-Qaeda dizem nas gravações que divulgam. Bin Laden fala da Declaração de Balfour (um documento secreto do governo britânico de 1917 que definia o plano de divisão dos territórios do Império Otomano ao final da Primeira Guerra Mundial); do Acordo Sykes-Picot de 1916, no qual França e Inglaterra dividiram o Oriente Médio; e fala em especial do Tratado de Sèvres, que acabaria com o Império Otomano, o último califado islâmico, em 1922. Ele sempre se refere aos fundamentos históricos do colapso do islamismo árabe, da perda do último califado e das conseqüências da Primeira Guerra Mundial. O que Bin Laden fez, originalmente, foi expor todas estas humilhações históricas. Muitos dos envolvidos com a Al-Qaeda são pessoas com um alto grau de instrução acadêmica, que entendem de história árabe. Acrescente a isso a obsessão pessoal de Bin Laden com a chegada das tropas americanas ao golfo Pérsico em 1990, quando o rei Fahd preferiu a ajuda dos americanos, e não dos mujahedins que lutaram no Afeganistão, para enfrentar Saddam Hussein. Para Bin Laden, a chegada dos americanos às duas cidades sagradas do mundo árabe – Meca e Medina – e a crescente presença das forças ocidentais é uma repetição de 1099 (ano da chegada dos cavaleiros da Primeira Cruzada a Jerusalém).

Como a Al-Qaeda funciona? Como foi o processo que levou à sua formação?
A Al-Qaeda, é um fenômeno único. Não há registro de filiação, não existe uma associação constituída, não há um financiamento regular. No começo, Bin Laden surgiu como uma inspiração. Os líderes árabes não diziam aquilo que o povo pensava. Quem fazia isso era Saddam, e é por isso que as pessoas gostavam dele. De repente aparece Bin Laden, um árabe falando de uma caverna, como o profeta Muhammad, expressando o que as pessoas pensavam. Inicialmente, a estrutura que ele criou funcionava como uma espécie de ONG: da mesma forma que uma organização quando quer construir uma rede de saneamento em uma vila remota na África se dirige a um governo para pedir recursos, alguns homens procuravam Bin Laden e associados pedindo, por exemplo, 6 mil dólares e dois especialistas em explosivos para atacar um navio no porto de Aden. Bin Laden dizia sim ou não. É como uma espécie de ONG, mas você não vai a um “quartel-general da Al-Qaeda”, como o Washington Post e a Fox News sugeriam. Mas o ponto é que hoje Bin Laden é totalmente irrelevante. Não importa o que ele diz. Ele pode morrer amanhã, tanto faz. O único meio de desativar a Al-Qaeda é tentar levar justiça para o Oriente Médio, mas nós não queremos isso. Queremos impor nossa posição na região. Para isso teremos que continuar lutando contra a Al-Qaeda, e alguns de nossos líderes vêem essa perspectiva com bons olhos!

Qual a diferença entre a Al-Qaeda e os outros grupos armados que atuam no Líbano, na Síria e na Palestina?
A guerra no Líbano é uma guerra entre os Estados Unidos e o Irã. O representante dos EUA é Israel e os representantes do Irã são a Síria e o Hezbollah. Em todo o Oriente Médio você tem vários grupos que acreditam que todas as tentativas de libertação da região e reconstrução do mundo islâmico falharam. O nacionalismo falhou. Todos estes grupos podem atuar com a ajuda dos serviços secretos sírios, com dinheiro do Irã ou dinheiro de quem quer que seja. Agora nós temos esta estranha “instituição" chamada Al-Qaeda, que é uma organização difusa.

O fato de a Al-Qaeda ser uma organização que não se identifica com um país específico representa uma mudança em relação aos outros grupos armados da região? De uma perspectiva histórica, qual foi o ponto de virada a partir do qual a luta baseada no nacionalismo árabe passou a ser baseada no islamismo?
Foi no dia 6 de junho de 1982, durante a invasão de Beirute pelas tropas israelenses, porque ali o nacionalismo árabe falhou, e o Hezbollah nasceu. Eu vi o primeiro ataque do Hezbollah nas praias de Khalde em 1982 contra um tanque israelense. Estava na praia e vi um grupo de milicianos com bandanas na cabeça. Pensei comigo mesmo: “Quem são estas pessoas? Não são palestinos”. Este foi o início do Hezbollah. Posteriormente eles mesmos disseram: “Esta foi a fundação, você tem o crédito, você estava lá, viu”... e muitos deles não viram! O Hezbollah tem a sua própria história e me citam: “Robert Fisk estava na praia de Khalde, ele viu o primeiro ataque”. E vi mesmo, vi os israelenses fugindo.

Então foi este o ponto de virada?
Para mim foi quando Arafat disse “que venham os israelenses”. Os israelenses vieram, ele não estava preparado para enfrentá-los e no final teve de fugir. Por fim, aquela Beirute símbolo do nacionalismo árabe foi ocupada pelos israelenses. O líder da Jihad Islâmica em Beirute, então, declarou: “Resistência!”, e foi assim que a resistência islâmica começou, tornando-se uma inspiração também para os palestinos. O ano de 1982 foi decisivo. Foi a primeira vez que os árabes deixaram de ter medo. Com todos aqueles aviões bombardeando Beirute ocidental e a população sendo aconselhada a deixar a cidade, me lembro do dia em que o proprietário do imóvel onde eu morava chegou da praia com uma sacola cheia de peixes e disse: “Temos como viver, não precisamos sair da cidade, temos peixes!”. Aquele foi o começo. A partir daquele momento a resistência passou a ser islâmica. Há 30 anos todos os inimigos do Ocidente no Oriente Médio – OLP, FDLP, FPLP – eram movimentos de esquerda, pró-URSS. Hoje, todos eles – Talebãs, mujahedins, Hamas, Hezbollah, Jihad Islâmica – são islâmicos. Não há mais nacionalismo.

Foi uma transformação ideológica?
Sim, foi uma transformação ideológica, porque continuamos pressionando cada vez mais. Esmagamos o nacionalismo e, de repente... Oh! Surge um novo monstro, muito maior, mais terrível, chamado “Islã”, ou “terrorismo islâmico”, ou qualquer que seja o nome. Se em algum ponto nós tivéssemos ponderado “ok, temos de lidar com estas pessoas” talvez pudéssemos falar de justiça. Não de democracia, mas de justiça. Eles adoram democracia, querem alguns pacotes de direitos humanos comuns nas prateleiras de nossos supermercados ocidentais, mas a democracia que eles querem é de outro tipo. Querem se ver livres de nós, mas essa liberdade nós não vamos dar ao Oriente Médio. Por que estamos no Iraque? Por causa do petróleo. Se o produto nacional do Iraque fosse aspargo ou batata os exércitos dos Estados Unidos e da Inglaterra não estariam lá.

Essa mudança teve alguma relação com a queda da União Soviética?
Claro que sim, mas ela teria ocorrido de qualquer forma. Os laços dos grupos árabes com a União Soviética eram fortes mas apenas no plano político. Quando Arafat estava cercado, em Beirute, pediu a Brezhnev que aviões russos fizessem uma entrega de armas na cidade. Não recebeu uma arma sequer. Portanto, não era tão bom assim ser amigo da União Soviética. Em última instância não foi isso que levou à transformação da resistência, foi o fato de que nós mantivemos a pressão e não negociamos com os verdadeiros representantes do povo daquela parte do mundo, e agora temos representantes ainda menos desejáveis. O que virá em seguida?

Fonte: Historia Viva




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soultrain
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#852 Mensagem por soultrain » Dom Nov 11, 2007 11:29 pm

Posted 10/29/07 12:37
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CBO: War Could Cost $2.4 Trillion
By WILLIAM MATTHEWS


The wars in Iraq and Afghanistan have already cost the United States $602 billion, and they are likely to cost as much as $1.7 trillion over the next decade, the Congressional Budget Office (CBO) reports.
And since the war so far has been financed with borrowed money — since 2002 the war costs and other federal expenditures have exceeded federal revenues — interest payments on that debt will add at least $415 billion, and possibly $705 billion to war costs by 2017, the CBO reported to the House Budget Committee on Oct. 24.
In all, the wars could cost $2.4 trillion by 2017, the CBO said.
The cost estimates were presented during a hearing attended by most of the committee’s 21 Democrats, but just two of its 16 Republicans. The Democrats complained that the Bush administration refused to provide witnesses for the hearing.
And they disparaged the administration for its early claims that the wars would cost about $50 billion and would be paid for mostly with Iraqi oil revenues.
That CBO’s war cost estimates were based on the presumption that the number of U.S. personnel deployed to Iraq and Afghanistan will decrease from about 200,000 now to 75,000 between 2013 and 2017.
If the number of U.S. troops involved in the wars can be cut to 30,000 between 2010 and 2017, war costs may be kept to $1.2 trillion, not including interest costs, CBO director Peter Orszag told the House Budget Committee Oct. 24.
The cost estimates come as Congress is considering President George W. Bush’s largest-yet war-funding supplemental budget request. Bush wants $196.4 billion to pay for the wars for 2008.
If approved, that would push total spending on the wars to almost $800 billion.
“By any yardstick, that’s a staggering sum,” said Rep. John Spratt, D-S.C., chairman of the Budget Committee.
Lawmakers in the House and Senate are proceeding slowly on the war-funding request. Rep. David Obey, House Appropriations Committee chairman, said he does not plan to take the matter up until next year.
In the Senate, plans are being made to approve future war spending in smaller increments. That would give war opponents multiple opportunities to try to pass troop withdrawal timetables and other measures to begin reducing U.S. involvement in the wars. å
E-mail: bmatthews@defensenews.com.




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#853 Mensagem por P44 » Qua Nov 14, 2007 1:59 pm

F.B.I. Says Guards Killed 14 Iraqis Without Cause
By DAVID JOHNSTON and JOHN M. BRODER
Published: November 14, 2007

WASHINGTON, Nov. 13 — Federal agents investigating the Sept. 16 episode in which Blackwater security personnel shot and killed 17 Iraqi civilians have found that at least 14 of the shootings were unjustified and violated deadly-force rules in effect for security contractors in Iraq, according to civilian and military officials briefed on the case.

The F.B.I. investigation into the shootings in Baghdad is still under way, but the findings, which indicate that the company’s employees recklessly used lethal force, are already under review by the Justice Department.
Prosecutors have yet to decide whether to seek indictments, and some officials have expressed pessimism that adequate criminal laws exist to enable them to charge any Blackwater employee with criminal wrongdoing. Spokesmen for the Justice Department and the F.B.I. declined to discuss the matter.


http://www.nytimes.com/2007/11/14/world ... ref=slogin




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Patton
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#854 Mensagem por Patton » Qua Nov 21, 2007 8:35 pm

Violence in Iraq down 70%

Progresso e' possivel.

I TOLD YOU SO!


Agora P44 (Politbeauro44) vai churar por que Bagda' nao tem rios de sange em todas as ruas.

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"Agora eu quero que vocês se lembrem que nenhum filho de *** ganhou uma guerra morrendo de pena dele. Ela ganhou ao forçar o outro filho da *** a morrer pelo seu país"~
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#855 Mensagem por Sintra » Qua Nov 21, 2007 9:53 pm

Patton escreveu:Violence in Iraq down 70%

Progresso e' possivel.

I TOLD YOU SO!


Agora P44 (Politbeauro44) vai churar por que Bagda' nao tem rios de sange em todas as ruas.

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O "camarada" do Politburo aqui, admite que está surpreso com o desenrolar dos acontecimentos nos ultimos dois a três meses...
E também admite que está muitissimo contente. 8-]




Budweiser 'beer' is like making love in a canoe - 'F***** close to water'...
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