Desculpa Marino, se fui leviano na questão da estabilidade das corvetas classe Inhauma, pelo que li no Fórum você tem autoridade sobre o assunto, longe de querer discordar. Mas, deixo algumas questões apimentadas: Todas as vezes que visitei uma dessas corvetas aqui em Santos, na visitação pública a corveta estava adernada para um dos lados, isso não ocorre com as fragatas. Porque existe uma coleção de fotografias em que a corveta pareçe que vai submergir. Esse balanço todo não atrapalha para atirar com as armas de tubo a bordo. Eu pessoalmente não gosto muito do projeto, mas isto é questão de gosto, agora que o canhão ficou desproporcional eu acredito que é inquestionável a proa das Inhauma é muito pequena em boca, altura (armurada) em todas as dimensões quando comparada as da Niterói o canhão é enorme. E pelo que sei o projeto original previa o Bofors de 57 mm. Alterado por força de logística e padronização, bem como redução de custos de manutenção. Além do apoio de fogo.
Marino, faz um exercício legal, me demonstre porque eu devo gostar do projeto da Inhauma. O que a Inhauma tem de bom.
Caro JL
Eu já escrevi em vários tópicos sobre o assunto.
O projeto das Inhaúma foi o primeiro realmente nacional, depois que retomamos a construção naval-militar com as Niteroi.
É um navio compacto, muito automatizado, com baixa tripulação, que possui quase as mesmas capacidades de uma Fragata (exceto capacidade AA).
Não há problema de estabilidade nos navios. Já escrevi que naveguei em mar 8 com a Jaceguai, operando ao lado das Fragatas em igualdade de condições. Problema de estabilidade é quando o braço de endireitamento não trás o navio de volta a posição central, após uma curva ou jogo por causa do mar. Creia, a MB não seria irresponsável em arriscar a vida de seus homens em mar 8 com um navio com problemas de estabilidade.
Se o navio estava um pouco adernado no porto, foi por causa do serviço mal dado de alguem do Depto de Máquinas, que não compensou os líquidos (óleo e água) nos tanques.
A proa do navio realmente é baixa, fazendo com que o mar atinja o convés (de proa). Isto foi corrigido na Barroso, mas não impede nada operativamente. Dá trabalho na manutenção preventiva/corretiva quanto a corrosão e a toma de algumas precauções, como a do canhão voltado para a pôpa, que não tem nada de mais, é somente para evitar que o tubo-alma do mesmo seja atingido por água salgada e demande mais tempo de manutenção no porto.
É um navio capaz na ASupW, com seus mísseis MM-40, aeronave com mísseis Sea Skua e canhão; na guerra ASW, com sonar, torpedos e aeronave armada com torpedos e BP; no apoio de fogo naval; e possui auto defesa AA aceitável com o canhão de proa e os de 40 mm. É a menor plataforma do mundo que opera o Lynx, e com o Defensor nacional, já instalado na Jaceguai, possui grande capacidade de GE.
Ou seja, navio capaz, guerreiro e que a MB sabe operar.
Mas não deixa de ser um navio de menor porte, demandando maiores fainas de reabastecimento, p. ex. Por isso a MB optou em descontinuar sua construção, partindo para navios do porte Fragatas, afinal de contas temos o Atlântico Sul aqui na frente.
Mas acredite, é um excelente navio.