projeto escreveu:orestespf escreveu:projeto escreveu:Carlos Mathias escreveu:A diferença é que a Rússia vende Flanker todo mês, a França não vende um Rafale sequer. Aliás, faz tempo que não vende nada em termos de caça.
Só aqui perto temos os SU-30MKV, possíveis SU-30MKP, SU-39 e uma remotíssima chance de SU-35BM aqui, remotíssima.
Quer a lista de vendas da KNAAPO?
Me perdoem por falar disso no tópico do Gripen, mas é cíclico falar de Flanker.
A Dassault tem mais Rafales para entregar que a Knaapo tem de Su-30, quer comparar?
O Su-35 não tem nenhuma encomenda oficial e sequer será usado pela força aérea russa. O primeiro comprador será a cobaia.
[]'s
Olá Projeto,
este seu argumento é muito ruim. Suponha que o Brasil compre o SU-35 BM e seja o único operador do mundo. Então estaríamos na mesma condição da França, o único operador do Rafale no mundo.
Não acha que ser comparado a França não poderia ser considerado um elogio??? rsrs
E vou além, o F-22 até agora (o que está no papel pelo menos) só será operado pelos EUA.
O problema não é o Brasil ser cobaia se comprar o SU-35 BM, o importante é que este vetor venha (se vier) com uma quantidade de tecnologia transferida. Na verdade isso se aplica a qualquer vetor e não apenas ao SU-35.
Vou além, supondo que o F-22 seja operado apenas pelos EUA, que o Rafale seja operado apenas pela França e que o SU-35 BM seja operado apenas pelo Brasil, o que nos difere é o domínio da tecnologia de fabricação. Se for possível, estaremos na vanguarda.
Se o F-22 e o Rafale for vendido a terceiro, por que o SU-35 BM também não poderia mais adiante?
Vou ser bem honesto, prefiro ser cobaia de um SU-35 BM do que fazer experiências esdrúxulas com um F-16 da vida sonhando com o improvável: F-35.
Olá Orestes,
Meu argumento é apenas isso mesmo, um argumento. Pode ser ruim, mas é um ponto de vista.
Sinceramente, eu acho que a sua comparação também não é muito boa.
Quando a França resolveu pelo Rafale ela também sabia que teria que arcar com riscos mas há uma grande diferença. Primeiro porque, como país fabricante, que detêm os processos produtivos, as tecnologias envolvidas, ela pôde especificar um avião de acordo com as suas necessidades e com o conhecimento de todo o processo de desenvolvimento.
Outra diferença importante é que, como país fabricante, os riscos políticos ao menos estão "dentro de casa". O país assim não depende de políticas industrias/econômicas de terceiros países, fora outros problemas inerentes às relações internacionais.
No meu ponto de vista, um desenvolvimento local é bem diferente de uma compra internacional.
Grande abraço.
Olá Projeto,
respeito sua opinião, aliás a de todos. Porém chama-se argumento o raciocínio, indício ou prova pelo qual se tira uma conseqüência ou dedulção lógica e não ao acaso. Se for ao acaso não é argumento é opinião. Opinião é achismo, qualquer coisa, pensamento livre, sem exigências alguma de natureza lógica e coerente. Argumento tem que fazer algum sentido.
Com estes fundamentos colocados, tenho a sensação que sua opinião é apenas preconceituosa em relação ao SU-35, daí meus comentários contrários aos seus.
O resto que escreveu neste post está corretíssimo, não mudo nada, mas faço uma pergunta: e o que isso tem haver com o fato do Rafale ser melhor do que o SU-35 BM só porque a França já o possui? Respondo: nada!
Se analisar friamente o Rafale é um verdadeiro fracasso comercial, apesar de ser um excelente projeto. Enquanto o SU-35 BM está longe de ser um fracasso comercial, pois este é apenas uma evolução de uma família de caças de grande sucesso comercial, família SU-XX.
Não cabe aqui especular se o SU-35 BM é um novo caça ou não. O Rafale é genuinamente um caça novo, ímpar. O SU-35 BM é novo no sentido de se usar materiais e eletrônica novos, mas em cima de uma plataforma pra lá de conhecida e eficiente.
Não temos como desenvolver um produto local, se para comprar está difícil, imagina produzir um. Sem chances, pelo menos nos próximos 10 anos.
A idéia é captar parte do conhecimento de quem já tem e esteja disposto a repassá-la. A partir disso, pode-se pensar em algo próprio. Estamos atrazados neste sentido, o máximo que a Embraer conseguiria seria fazer um F-5 mais moderno, um caça melhor do que o F-15, mas muito abaixo de um F-16 por exemplo.
A França pôde se dar o luxo de ter um Rafale, eles têm conhecimentos prar isso, nós não. Mas estão pagando um salgado preço, não só financeiro, mas moral. Não podemos nos esquecer da participação dos franceses no "caça europeu", sua saída do consórcio e a certeza que seu produto seria bem sucedido? Aconteceu? Não! O EF-2000 tem brilho próprio, está vendendo bem e com o tempo poderá vender ainda mais. E o Rafale? rsrsrs Já se fala que foi um erro, que a França deveria fazer um outro projeto para "compensar tantos prejuízos". Maldade? Talvez...
Se a França não emplacar o Rafale no Brasil dificilmente o emplacará em algum país mediano. Nos EUA não há a mínima chance, a Europa "clássica" já fez sua escolha (EF-2000 ou Gripen), Rússia nem pensar. China, Índia, África do Sul, Israel, etc. igualmente sem chances. Sobraria alguns pequenos países sob influência francesa. Argentina? Tenho minhas dúvidas, ainda mais depois do ocorrido em 82...
O ponto é este, tenta-se desbancar o SU-35 BM por argumentos ou opiniões sem sentido algum. O melhor seria tentar tecnicamente (muito complicado no caso deste vetor) ou politicamente (aí sim faz grande sentido).
Não devemos nos preocupar com um vetor e sua origem, mas devemos nos preocupar muito que o vetor escolhido seja de fato um vetor adequado às necessidades e realidade do Brasil. Se não for assim, até pode ser o melhor caça do mundo, mas não resolveria nada pra nós. Falando de uma forma simplista: não adianta ter uma Ferrari na garagem se não existe estrada pra ela rodar.
Grande abraço,
Orestes