Koslova escreveu:A.K. for T-7 escreveu:Porque eles compraram 110 Python 3 em 1998, se eles homologaram o MAA-1 no mesmo ano, mesmo que de forma parcial?
Koslova, você sabe muito mais que eu que, depois de pronto o míssil precisa-se desenvolver o envelope, fazer os testes já no campo tático/prático para determinar suas reais capacidades e limitações, como está sendo feito este ano inclusive na Barreira do Inferno com o MAA-1.
Quando você compra um sistema pronto, desenvolvido e operacional, como o Python 4, isto já vem pronto e mastigado. Não seria este o motivo?
Beraldi
Se eu escrever em um relatório oficial em algum pais onde já trabalhei , que o um míssil foi homologado de “forma parcial” vão dar risada na minha cara.
Homologação é homologação e pronto, supõe que uma vez homologado ele cumpre com as especificações de projetos que nortearam seu desenvolvimento e pode ser empregado operacionalmente.
O caso do MAA-1, aquilo não é homologação nem na Rússia nem na China, talvez só em SJC para fugir de alguma penalidade contratual e depois voltar a tocar o projeto supostamente homologado.
A FAB comprou o Python III em 1998 porque sabia que o MAA-1 em 1998 demoraria pelo menos 6 ou 7 anos para ficar pronto, coisa de que fato aconteceu.
Se ela vai comprar o Python-IV é porque sabe que o MAA-1B não vai ficar pronto no ano que vem nem em 2009, como muitos aqui juram de pé junto.
Ok, Koslova.
Jamais vou discordar de você neste ponto porque realmente não tenho nem 0,00001% do seu conhecimento
Se fosse sobre armas leves nós ficaríamos falando aqui horas sobre isso, mas...
Só para completar o tema - e não estou discordando de nada - o que eu soube é que o Piranha foi homologado em 1998 de acordo com o projeto original, ou seja, um míssil que não era all-aspect. Que houve então uma mudança de contrato em que a FAB passou a exigir a tal capacidade - não sei se antes ou depois de 1998 - e que a partir de então passou-se a buscar este objetivo, tomando um "chapéu" dos EUA no caminho, o quê atrasou mais ainda o processo, até que se firmou com a África do Sul a parceria que terminou de resolver estes problemas relativos ao buscador all-aspect... Mas, como disse, é de ouvir falar...
E é ainda de ouvi falar, neste caso um dos gerentes da Mectron em uma conversa diretamente comigo durante a LAAD 2007, que coloquei esta história do MAA-1B aqui e numa matéria para o Defesanet. Queria deixar claro que "não juro nada" e que, como gato já bem escaldado nas artes da vida, não boto a mão no fogo por ninguém... Mas achei que a palavra de uma pessoa tão importante dentro da empresa mereceria algum crédito. De qualquer forma, agindo como bom jornalista, só dou a notícia, não crio o fato.
Apesar de parecer teimoso e curioso, quero deixar claro que sou um grande admirador de seu trabalho, e o debate é´, por vezes, a forma de "sugar" mais conhecimentos de você, sem ser chato e ficar perguntando sem parar.
Abração.