Sintra escreveu:E até que ponto, estas compras militares não foram TODAS colocadas no congelador enquanto as causas de um certo acidente aéreo não forem corrigidas?
Não quero ser o desmancha prazeres da festa, mas os concursos de aquisição de material militar internacionais costumam aparecer na imprensa especializada internacional com meses, ou mesmo anos de antecedência, e sobre aquisições para o Brasil, NADA, ZERO.
As cartas do fabricante para o congresso, no caso da Lock Mart, as deslocações de aviões em "tournée" por parte dos Russos, os comentários politicos vindos do Eliseu tratando-se dos Franceses, etc, etc, etc. Estas situações acontecem com uma regularidade quase cronométrica no mercado Internacional de armamento, mas para o Brasil, actualmente não se escuta NADA.
Esquisito
Olá Sintra,
tuido bem? Vamos por partes...
1) Só haverá compras de material bélico após o anúncio de investimento no setor aéreo e que não seja "considerado" um paliativo.
2) A modernização dos Cindactas já está definida, gostemos ou não dos resultados que serão anunciados "em breve".
3) O governo sofre uma pressão pela falta de investimento no sistema de defesa como um todo. Assim, investimentos no reaparelhamento serão de fato anunciados.
4) Não haverá licitação ou concorsos para aquisição de material militar no Brasil. O processo será diferente, será semelhante a forma usada pela MB quando anunciou a compra do sub alemão 214, ou seja, não ouve licitação. Em linhas gerais, realiza-se um planejamento, faz-se consultas (e não o contrário, ou seja, não se espera o fabricante oferecer), escolhe-se o produto, abre-se um edital oficial, comunica-se a compra oficialmente.
5) As negociações estão ocorrendo entre governos e não entre fabricantes e forças armadas. Todos os fabricantes e de qualquer país, deseja vender. Basta que o governo de um país fabricante autorize uma venda para se realizar a transação (não haveria negativa em hipótese alguma por parte do "intereseiro" fabricante).
6) Os fabricantes estão cientes sobre tais negociações entre governos, mas não têm a gerência e nem a iniciativa no processo. Assim, não faz sentido fazer "tournée" por aí, seja quem for.
7) Concordo com a frase final: "estas situaçãoes acontecem com uma regularidade quase cronométrica..." Porém ela se aplica somente em caso alguns casos "típicos", por exemplo, quando o país comprador anuncia aquisições de equipamentos locais (propaganda) e quando há licitações (concursos) internacionais. O que temos visto por aí é que estes concursos ou licitações não servem para nada. Por quê? Simples, nem sempre vence o melhor e o mais adequado, o que vemos é a vitória por escolha política, política do governo local, política da força armada envolvida no processo. Escolhe-se o mais "adequado" ou "viável" e não o de melhor relação custo-benefício ou o melhor produto.
As experiências brasileiras com concursos ou licitações foram as piores possíveis. Isto já foi abandonado por estas bandas. Agora busca-se o produto que atenda as necessidades das forças e do país. Nem vou entrar no mérito do perfil desejado... rsrsrs
Todos os fabricantes tentam oferecer o que tem disponível, além de tentar "melar" o processo de compras entre governos, pois eles são hábeis negociadores. Em uma hora destas, espera-se pulso firme e não entrar em negociatas.
Os franceses fizeram suas propostas, gostemos ou não delas, sejam falsas ou verdadeiras, uma coisa é certa, não será muito diferente do boato que está circulando por aí.
Por outro lado, oferecer é uma coisa, escolher e comprar é outra.
Posso garantir, não está sendo desmancha prazeres. Comentários e análises críticas são sempre bem vindas, precisamos sempre de um "advogado do Diabo" nestas horas. Além do mais, o que tenho percebido é uma espécie de "revolta" por parte da maioria. rsrs
Grande abraço,
Oreste