Oficial - R$ 1 bilhão a projeto nuclear da Marinha/BR
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Oficial - R$ 1 bilhão a projeto nuclear da Marinha/BR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira a destinação de recursos para a conclusão do projeto nuclear da Marinha, dirigido à propulsão de um submarino e também à geração de energia comercial.
Lula chega à base da Marinha em Iperó (SP), em que funciona um centro de desenvolvimento nuclear da instituição
MAIS FOTOS DESTA TERÇA-FEIRA
O projeto vai absorver R$ 130 milhões por ano por um período de oito anos, totalizando R$ 1,040 bilhão.
O presidente admitiu que o programa brasileiro de propulsão nuclear de um submarino sofreu paralisações, inclusive em sua gestão.
"É verdade que este projeto esteve parado durante um determinado tempo, é verdade que no nosso primeiro mandato nós tivemos que dedicar os primeiros quatro anos para consertar o país, para arrumar a casa", disse Lula.
Neste segundo mandato, o presidente afirma que assumiu o compromisso com o ministro da Defesa, Waldir Pires, de concluir o projeto.
As declarações foram dadas durante visita de Lula ao Centro Experimental Aramar da Marinha, localizado em Iperó (120 quilômetros a oeste de São Paulo) onde são realizadas as pesquisas.
O local é responsável por desenvolver o programa nuclear da Marinha, que tem como objetivo criar propulsores nucleares para submarinos. Sua principal vantagem é a maior autonomia em relação aos motores a diesel, de acordo com informação da Marinha.
A pesquisa de um submarino com propulsão nuclear é realizada desde 1979 no Brasil e, após ter altos e baixos na destinação dos recursos, já correu o risco de ser interrompida. Faz parte do projeto a produção de urânio enriquecido (combustível para a energia nuclear) em escala industrial para atender também às usinas nucleares de Angra.
Lula reiterou que a energia nuclear faz parte da matriz nuclear do país e que Angra 3 será concluída. "Se for necessário construir mais, nós vamos construir, até porque é uma energia limpa", afirmou o presidente.
Reuters
Em São Paulo
Lula chega à base da Marinha em Iperó (SP), em que funciona um centro de desenvolvimento nuclear da instituição
MAIS FOTOS DESTA TERÇA-FEIRA
O projeto vai absorver R$ 130 milhões por ano por um período de oito anos, totalizando R$ 1,040 bilhão.
O presidente admitiu que o programa brasileiro de propulsão nuclear de um submarino sofreu paralisações, inclusive em sua gestão.
"É verdade que este projeto esteve parado durante um determinado tempo, é verdade que no nosso primeiro mandato nós tivemos que dedicar os primeiros quatro anos para consertar o país, para arrumar a casa", disse Lula.
Neste segundo mandato, o presidente afirma que assumiu o compromisso com o ministro da Defesa, Waldir Pires, de concluir o projeto.
As declarações foram dadas durante visita de Lula ao Centro Experimental Aramar da Marinha, localizado em Iperó (120 quilômetros a oeste de São Paulo) onde são realizadas as pesquisas.
O local é responsável por desenvolver o programa nuclear da Marinha, que tem como objetivo criar propulsores nucleares para submarinos. Sua principal vantagem é a maior autonomia em relação aos motores a diesel, de acordo com informação da Marinha.
A pesquisa de um submarino com propulsão nuclear é realizada desde 1979 no Brasil e, após ter altos e baixos na destinação dos recursos, já correu o risco de ser interrompida. Faz parte do projeto a produção de urânio enriquecido (combustível para a energia nuclear) em escala industrial para atender também às usinas nucleares de Angra.
Lula reiterou que a energia nuclear faz parte da matriz nuclear do país e que Angra 3 será concluída. "Se for necessário construir mais, nós vamos construir, até porque é uma energia limpa", afirmou o presidente.
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"Minha experiência pessoal diz que as decisões ousadas e arriscadas constituem a melhor promessa da vitória"
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"É verdade que este projeto esteve parado durante um determinado tempo, é verdade que no nosso primeiro mandato nós tivemos que dedicar os primeiros quatro anos para consertar o país, para arrumar a casa", disse Lula.
Eu sempre acreditei nisso!!
O rio atinge seus objetivos, pois aprendeu a contornar seus obstáculos.
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Fernando Teles escreveu:Galera, atenção, essa grana é a grana que a Petrobras deposita para a marinha, não existe boa vontade ai não, é puro jogo de propaganda política.
Digo mais é só acompanhar para ver quando a grana vai ser liberada, vai demorar muito.
Desculpe-me amigo, está totalmente errado, procure se informar melhor. O dinheiro da Petrobrás é outro.
- Hugo Ribeiro
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Fernando Teles escreveu:Orestespf, não precisa pedir desculpas, mas não acredito em papai noel, o presidente não libera a grana da petrobras que esta amparada por lei, então qual é a origem do dinheiro.
Olá Fernando,
orçamento extra da União, da mesma forma que será o PRM. O dinheiro que você menciona, do royalties do petróleo, é uma reinvidicação antiga da MB. O governo sinaliza positivamente, mas a equipe econômica está melando a brincadeira. Esta "equipe" aceita pagar uma parte e sem os retroativos, coisa que a MB rejeita e por motivos óbvios.
Observe que a grana do petróleo seria "pra sempre" e o valor do montante anunciado para o programa nuclear da MB é para 8 anos. Isto faz uma grande diferença.
Abraços,
Orestes
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Talvez o que eu vou escrever, seja interpretado por alguns como pessimista, ou absurdo. Bem nunca servi na Marinha brasileira e os últimos submarinos que entrei foram os antigos Guppy e Oberon. Mas estou com 40 anos de idade e desde os 10 anos venho visitando os navios da marinha no porto de Santos, bem como acompanhando as idas e vindas da nossa marinha.
Quando eu era criança já se falava do submarino nuclear da marinha, o tempo foi passando, datas foram fixadas, verbas destinadas e anunciadas, tudo o que resultou vocês já sabem. Houve ganhos tecnológicos, sim com certeza. Mas a pergunta é o quanto estamos longe de construir este submarino?
Existem muitos obstáculos a serem superados de ordem técnica, ordem política etc. Bem como muitas considerações. Vou parar de divagar e colocar algumas questões:
1) Um submarino é composto de componentes, no nosso caso tudo importado, pois nunca fabricamos um torpedo, um tubo lança torpedos, um periscópio etc. Será que as potências estrangeiras estarão dispostas a nos fornecer os componentes para montarmos no nosso casco. E mesmo que sim quem iria fabricar os componentes das máquinas agregados ao reator, pois que eu saiba quase todos os componentes dos nossos submarinos classe Tupi são importados. Mesmo porque não existe compensação em fabricar industrialmente nada no Brasil, porque não existe escala de produção para absorver os custos. Exemplo o fabricante europeu de mastros de periscópio fornecer para vários submarinos que são exportados. Caso o Brasil viesse a desenvolver por conta própria componentes teria que conseguir uma indústria capacitada, comprar a tecnologia do componente ou cópiar ou desenvolver e caso conseguisse quantos componentes iria fabricar, para quantos submarinos iriamos equipar. Por isso somos dependentes da bom vontade dos alemães, franceses, russos etc nos venderem componentes.
2) Os primeiros submarinos nucleares russos foram muito problemáticos com vazamentos de radiação etc. Os norte americanos um pouco melhores, bem caso o primeiro submarino nuclear brasileiro um dia navegue, eu que não quero chegar nem perto...
Infelizmente para mim, esta verba, serve para garantir a continuidade do programa, pagar o salário do pessoal, continuar com a manutenção dos cargos de muitos oficiais e outros graduados. Que, continuarão lentamente o seu trabalho, desenvolvendo uma coisa aqui, uma coisa ali nos seus laboratórios, fazendo projetos etc.
Resta esperar mais uma década para ver o que andou, será que vão fazer uma nova maquete transparente do submarino, porque em termos de desenho hidrodinamico deve esta um tanto atrasada, pois deve ter uns aninhos.
Para finalizar quando eu tinha 18 anos eu sonhava, quando eu tinha 25 anos eu acreditava, quando eu tinha 30 tinha esperanças, hoje eu duvido. Para mim a Marinha de hoje é muito semelhante a marinha que conheci quando criança não evoluiu nada sou trocou de navios usados e de equipamentos importados.
Quando eu era criança já se falava do submarino nuclear da marinha, o tempo foi passando, datas foram fixadas, verbas destinadas e anunciadas, tudo o que resultou vocês já sabem. Houve ganhos tecnológicos, sim com certeza. Mas a pergunta é o quanto estamos longe de construir este submarino?
Existem muitos obstáculos a serem superados de ordem técnica, ordem política etc. Bem como muitas considerações. Vou parar de divagar e colocar algumas questões:
1) Um submarino é composto de componentes, no nosso caso tudo importado, pois nunca fabricamos um torpedo, um tubo lança torpedos, um periscópio etc. Será que as potências estrangeiras estarão dispostas a nos fornecer os componentes para montarmos no nosso casco. E mesmo que sim quem iria fabricar os componentes das máquinas agregados ao reator, pois que eu saiba quase todos os componentes dos nossos submarinos classe Tupi são importados. Mesmo porque não existe compensação em fabricar industrialmente nada no Brasil, porque não existe escala de produção para absorver os custos. Exemplo o fabricante europeu de mastros de periscópio fornecer para vários submarinos que são exportados. Caso o Brasil viesse a desenvolver por conta própria componentes teria que conseguir uma indústria capacitada, comprar a tecnologia do componente ou cópiar ou desenvolver e caso conseguisse quantos componentes iria fabricar, para quantos submarinos iriamos equipar. Por isso somos dependentes da bom vontade dos alemães, franceses, russos etc nos venderem componentes.
2) Os primeiros submarinos nucleares russos foram muito problemáticos com vazamentos de radiação etc. Os norte americanos um pouco melhores, bem caso o primeiro submarino nuclear brasileiro um dia navegue, eu que não quero chegar nem perto...
Infelizmente para mim, esta verba, serve para garantir a continuidade do programa, pagar o salário do pessoal, continuar com a manutenção dos cargos de muitos oficiais e outros graduados. Que, continuarão lentamente o seu trabalho, desenvolvendo uma coisa aqui, uma coisa ali nos seus laboratórios, fazendo projetos etc.
Resta esperar mais uma década para ver o que andou, será que vão fazer uma nova maquete transparente do submarino, porque em termos de desenho hidrodinamico deve esta um tanto atrasada, pois deve ter uns aninhos.
Para finalizar quando eu tinha 18 anos eu sonhava, quando eu tinha 25 anos eu acreditava, quando eu tinha 30 tinha esperanças, hoje eu duvido. Para mim a Marinha de hoje é muito semelhante a marinha que conheci quando criança não evoluiu nada sou trocou de navios usados e de equipamentos importados.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
- Marino
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JL, com sinceridade acho que você não tem conhecimento do que a MB já conseguiu.
Todo o ciclo de combustível foi dominado, todo, inclusive a fabricação de hexafluoreto de urânio. Amanhã, com mais tempo, posto um gráfico que explica melhor.
O reator de testes está pronto, totalmente nacional. Dele, após a certificação das soluções de engenharia, de softwares, de controles, etc, sai o reator de uso dual, militar e civil.
O gerador de vapor também foi mostrado, nacional.
Tudo isto partindo do zero.
As ultra-centrífugas nacionais são as mais desenvolvidas do mundo.
Também muito pouco foi escrito do que o país ganhou, em outras tecnologias, com o programa da MB.
A MB já teve uma fábrica de torpedos, sim.
Sistemas eletrônicos não são submetidos a controle, de forma que podemos importar sim, e já sabemos de quem.
A MB é quem vinha pagando os salários do pessoal, mantendo o projeto em seu estado mínimo, em benefício do país.
Tenha um pouco mais de confiança e pressione os políticos em quem você votou, isto sim.
Já está tarde e o jogo acabou. Se quiser amanhã podemos voltar ao tema.
Marino
Todo o ciclo de combustível foi dominado, todo, inclusive a fabricação de hexafluoreto de urânio. Amanhã, com mais tempo, posto um gráfico que explica melhor.
O reator de testes está pronto, totalmente nacional. Dele, após a certificação das soluções de engenharia, de softwares, de controles, etc, sai o reator de uso dual, militar e civil.
O gerador de vapor também foi mostrado, nacional.
Tudo isto partindo do zero.
As ultra-centrífugas nacionais são as mais desenvolvidas do mundo.
Também muito pouco foi escrito do que o país ganhou, em outras tecnologias, com o programa da MB.
A MB já teve uma fábrica de torpedos, sim.
Sistemas eletrônicos não são submetidos a controle, de forma que podemos importar sim, e já sabemos de quem.
A MB é quem vinha pagando os salários do pessoal, mantendo o projeto em seu estado mínimo, em benefício do país.
Tenha um pouco mais de confiança e pressione os políticos em quem você votou, isto sim.
Já está tarde e o jogo acabou. Se quiser amanhã podemos voltar ao tema.
Marino