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Mensagem
por A.K. for T-7 » Dom Mai 20, 2007 1:11 pm
Por mais que se tomem medidas para reduzir a assinatura térmica da exaustão da aeronave, e mesmo da aeronave como um todo, você ainda tem:
1) um corpo metálico atritando continuamente com o ar, normalmente a uma velocidade de mais de 250 m/s, e isto produz muito CALOR. Não adianta, não se pode mudar as leis da física.
2) um motor que, mesmo em Idle, vai estar com uma câmara de combustão irradiando uma temperatura de mais de 500 ºC. Isto contrastando com um fundo (ar atmosférico) de temperaturas de menos de -20ºC, se a aeronave estiver a altitudes de mais de 20 mil pés, o que é o normal.
Ora se um detector IR meia-boca detecta variações de 0,1ºC , o que falar de uma variação de, pelo menos, 520ºC ???
Portanto, de fato, você pode diminuir a irradiação, diminuindo o alcance de detecção, mas não pode eliminá-la.
Para se ter uma idéia, a mira termal do míssil israelense SPIKE, a OPAL, é pequena, leve (pesa menos de 6 kg) e tem a capacidade de resfriamento do sensor bem limitada, usando uma fonte de energia limitada (bateria portátil), bem como um plano focal do sensor bem pequeno. Ainda assim, ela pode detectar um caça a mais de 50 km a partir do solo, ou seja, estando envolta num meio ambiente quente (cerca de 25ºC). E esta distância já corresponde ao limite externo do envelope de lançamento de um AMRAAM.
Agora imagine o que faz uma câmera termal (IRST) de um caça moderno, com o sensor de grande plano focal (muitos elementos de detecção), com sistema de resfriamento líquido, alimentada eletricamente pelo gerador da aeronave (turbina do caça, com milhares de RPM gerando energia), e operando a partir de um meio ambiente de dezenas de graus abaixo de zero... Acho que vai achar o caça, mesmo que este tenha medidas de redução de assinatura térmica, antes dele alcançar o envelope de lançamento de um AMRAAM, por exemplo