Iraque? O Iraque é aqui!!
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- Túlio
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Ô tigrada, querem parar com essa frescuragem aí de Carioca x Paulista?
Ainda não se deram conta de que, ao menos aqui no DB véio, a verdadeira MÁFIA-DESTRUCTION-FUDERATION-TABAJEITOR-AI-MEU-DEUS-QUE-NOS-MATAM-PENTHOUSE é a dos GAÚCHOS, POWS?
Pelo presente, exigimos também nosso quinhão de insultos, ofensas & quetales!!!
Eis que a nossa imprensa é muito mais safada e FDP do que a de vocês, oras: não conseguiu fazer o Brasil todo acreditar que aqui somos mais politizados, cultos e tudo más???
Só faltou NOS fazer acreditar nisso...heheheheheheheheh
Ainda não se deram conta de que, ao menos aqui no DB véio, a verdadeira MÁFIA-DESTRUCTION-FUDERATION-TABAJEITOR-AI-MEU-DEUS-QUE-NOS-MATAM-PENTHOUSE é a dos GAÚCHOS, POWS?
Pelo presente, exigimos também nosso quinhão de insultos, ofensas & quetales!!!
Eis que a nossa imprensa é muito mais safada e FDP do que a de vocês, oras: não conseguiu fazer o Brasil todo acreditar que aqui somos mais politizados, cultos e tudo más???
Só faltou NOS fazer acreditar nisso...heheheheheheheheh
- rodrigo
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Fui assaltado e aprendi uma lição
07.03.2007 | Aconteceu comigo algo banalíssimo, que, conforme o caso, já chateou, aterrorizou ou desgraçou milhões – sim, é esta a cifra – de brasileiros: fui assaltado, com algum grau de violência. As conseqüências, para mim, foram irrisórias, um pingo d'água, uma molécula perto da barbárie disseminada e impune que se tornou a triste rotina do país. Mesmo assim, quero compartilhar o episódio com os leitores, porque, sendo estreante nesse terreno e, portanto, uma raridade entre os urbanóides brasileiros destes tempos, extraí dele uma pequena lição.
Foi um assalto em plena luz do comecinho de uma tarde recente, diante de várias pessoas, numa praia do Guarujá, no litoral de São Paulo. Descalço, trajando apenas shorts, eu caminhava distraído na areia, perto da água, contemplando ora o mar azul-turquesa daquele dia ensolarado, ora a vegetação exuberante que a especulação imobiliária até agora não conseguiu erradicar da antiga “Pérola do Atlântico’. Percebi algo de estranho quando um rapaz forte, moreno e mal-encarado que vinha de bicicleta em sentido contrário passou rente a mim e bateu de propósito na mão em que eu levava a chave do carro. Irritado com o que parecia uma provocação gratuita, parei e me voltei para ele, que desceu da bicicleta e se aproximou de mim.
Ficou claro tratar-se de um assalto no momento em que o sujeito gritou “vem! vem!” para um comparsa. Enquanto isso, avançava em minha direção, mantendo uma mão às costas, como se portasse uma faca ou estilete, enquanto me dizia, ríspido e insistente, uma frase incompreensível. Soava algo como “me passa o Hatch!”. Em frações de segundo, enquanto com o rabo do olho eu divisava o outro assaltante a uma certa distância, veio-me ao cérebro que ninguém mais usa essa palavra, hatch, para designar modelos de veículos tipo cupê, com duas portas e a capota acompanhando em queda a curvatura posterior do design; que meu carro, cuja chave eu portava, não tinha nada que lembrasse o velho estilo hatch; finalmente, que ele estava estacionado a pelo menos 2 quilômetros dali. Os neurônios ainda conseguiram cogitar: “Estou sem nada, sem dinheiro, só com uma chave de carro na mão. Que diabo esse cara quer, afinal?”
Foi aí que o sujeito pulou em cima de mim. Sou uma pessoa pacífica, com dificuldade para recordar até qual teria sido a última briga em que me meti, nos verdíssimos anos da juventude. Além do mais, embora de altura acima da média e em razoável forma física – há muitos anos me exercito regularmente porque o médico obriga, manu militari –, sou um senhor de 60 anos bem vividos. Mas milênios civilizadores não conseguiram extirpar das pessoas determinados instintos, como o de auto-defesa. Quando o camarada deu o bote, me vi contrariando todas as recomendações dos manuais sobre assaltos elaborados pela polícia e reagi, empurrando e esmurrando, um tanto a esmo, o agressor. Acabei me desequilibrando e caindo para trás, na água, enquanto algumas pessoas se aproximaram para uma tardia ajuda e o camarada fugia com sua presa, algo que eu vinha usando havia tanto tempo que já nem me dava conta: uma correntinha de ouro.
Compreendi então que o intraduzível “me passa o hatch” era, na verdade e na pronúncia do sujeito, “me passa a corrente”. Como não entendi, ele pulou sobre mim com a mão espalmada para arrancá-la. No percurso, as unhas me feriram o queixo, o pescoço e o peito, enquanto o rapaz fugia correndo de bicicleta, trocava de camiseta com o cúmplice para confundir eventuais testemunhas e sumia no meio da praia repleta de banhistas. Além dos arranhões e um pequeno sangramento, o choque entre um bandido jovem e um jornalista sessentão provocou, neste, uma forte pancada no rosto que acabaria resultando em perturbações visuais, vários exames e três visitas a uma oftalmologista antes de um diagnóstico tranqüilizador.
Com a correntinha, o assaltante de praia levou consigo também três pequenas peças de ouro: dois pequenos agnus dei – mini-relicários católicos contendo cera de velas bentas – que ganhei criança de meu falecido pai, e uma estrela-de-davi presenteada por minha mulher, que ecumenicamente costumava trazer no peito em homenagem à religião e à cultura de minha mãe. Até hoje não resolvi essas transcendentais questões de fé, religião, existência ou não de Deus. Não sei em que acredito, e se acredito. Com certeza, porém, acreditava em alguma aura protetora e benfazeja dos agnus dei e da estrelinha. O camarada deve ter trocado tudo por uma ou duas pedras de crack, e olhe lá.
Diziam, nos EUA dos anos 60 – embora o ditado brincalhão continue em vigor –, que um liberal era um conservador que ainda não fora assaltado. No meu caso, não. O assalto, coisa pífia diante da violência criminosa que massacra e humilha tantos compatriotas, evidentemente não alterou minhas convicções liberais em política, em economia e em políticas sociais, nem tampouco mudou minhas posições conservadoras em matéria criminal: continuo achando que somos frouxos com a bandidagem, que o Estado brasileiro é corrupto e mal equipado, que nossa legislação criminal é tolerante ao ponto do deboche, cheia de buracos e protege mais os fora-da-lei do que a sociedade, e que nossos políticos são omissos, incompetentes, molengas ou medrosos – muitas vezes, tudo isso junto – diante de um problema que, sim, pode ser resolvido, mas que requer mão de ferro para ser enfrentado.
A pequena lição que extraí desse episódio não tem nada de grandiloqüente. Mas me dei conta, desta vez comigo mesmo, de que, a despeito do vasto, avassalador e interminável noticiário sobre a violência criminosa a que somos submetidos todo santo dia, apesar de tudo que vejo, ouço e leio, como cidadão e como profissional, e não obstante saber perfeitamente o quanto estamos mergulhados no crime e na impunidade – no fundo, no fundo, quando apareceu um bandido na minha frente querendo tomar à força algo que era meu, não me ocorreu, durante boa parte do transcurso do episódio, que o rapaz ultrapassaria sem hesitação a velha barreira moral segundo a qual a vida e a incolumidade física de um ser humano são (eram?) sagradas e invioláveis.
Que grande trouxa, eu.
http://nominimo.ig.com.br/notitia/servl ... tType=html
07.03.2007 | Aconteceu comigo algo banalíssimo, que, conforme o caso, já chateou, aterrorizou ou desgraçou milhões – sim, é esta a cifra – de brasileiros: fui assaltado, com algum grau de violência. As conseqüências, para mim, foram irrisórias, um pingo d'água, uma molécula perto da barbárie disseminada e impune que se tornou a triste rotina do país. Mesmo assim, quero compartilhar o episódio com os leitores, porque, sendo estreante nesse terreno e, portanto, uma raridade entre os urbanóides brasileiros destes tempos, extraí dele uma pequena lição.
Foi um assalto em plena luz do comecinho de uma tarde recente, diante de várias pessoas, numa praia do Guarujá, no litoral de São Paulo. Descalço, trajando apenas shorts, eu caminhava distraído na areia, perto da água, contemplando ora o mar azul-turquesa daquele dia ensolarado, ora a vegetação exuberante que a especulação imobiliária até agora não conseguiu erradicar da antiga “Pérola do Atlântico’. Percebi algo de estranho quando um rapaz forte, moreno e mal-encarado que vinha de bicicleta em sentido contrário passou rente a mim e bateu de propósito na mão em que eu levava a chave do carro. Irritado com o que parecia uma provocação gratuita, parei e me voltei para ele, que desceu da bicicleta e se aproximou de mim.
Ficou claro tratar-se de um assalto no momento em que o sujeito gritou “vem! vem!” para um comparsa. Enquanto isso, avançava em minha direção, mantendo uma mão às costas, como se portasse uma faca ou estilete, enquanto me dizia, ríspido e insistente, uma frase incompreensível. Soava algo como “me passa o Hatch!”. Em frações de segundo, enquanto com o rabo do olho eu divisava o outro assaltante a uma certa distância, veio-me ao cérebro que ninguém mais usa essa palavra, hatch, para designar modelos de veículos tipo cupê, com duas portas e a capota acompanhando em queda a curvatura posterior do design; que meu carro, cuja chave eu portava, não tinha nada que lembrasse o velho estilo hatch; finalmente, que ele estava estacionado a pelo menos 2 quilômetros dali. Os neurônios ainda conseguiram cogitar: “Estou sem nada, sem dinheiro, só com uma chave de carro na mão. Que diabo esse cara quer, afinal?”
Foi aí que o sujeito pulou em cima de mim. Sou uma pessoa pacífica, com dificuldade para recordar até qual teria sido a última briga em que me meti, nos verdíssimos anos da juventude. Além do mais, embora de altura acima da média e em razoável forma física – há muitos anos me exercito regularmente porque o médico obriga, manu militari –, sou um senhor de 60 anos bem vividos. Mas milênios civilizadores não conseguiram extirpar das pessoas determinados instintos, como o de auto-defesa. Quando o camarada deu o bote, me vi contrariando todas as recomendações dos manuais sobre assaltos elaborados pela polícia e reagi, empurrando e esmurrando, um tanto a esmo, o agressor. Acabei me desequilibrando e caindo para trás, na água, enquanto algumas pessoas se aproximaram para uma tardia ajuda e o camarada fugia com sua presa, algo que eu vinha usando havia tanto tempo que já nem me dava conta: uma correntinha de ouro.
Compreendi então que o intraduzível “me passa o hatch” era, na verdade e na pronúncia do sujeito, “me passa a corrente”. Como não entendi, ele pulou sobre mim com a mão espalmada para arrancá-la. No percurso, as unhas me feriram o queixo, o pescoço e o peito, enquanto o rapaz fugia correndo de bicicleta, trocava de camiseta com o cúmplice para confundir eventuais testemunhas e sumia no meio da praia repleta de banhistas. Além dos arranhões e um pequeno sangramento, o choque entre um bandido jovem e um jornalista sessentão provocou, neste, uma forte pancada no rosto que acabaria resultando em perturbações visuais, vários exames e três visitas a uma oftalmologista antes de um diagnóstico tranqüilizador.
Com a correntinha, o assaltante de praia levou consigo também três pequenas peças de ouro: dois pequenos agnus dei – mini-relicários católicos contendo cera de velas bentas – que ganhei criança de meu falecido pai, e uma estrela-de-davi presenteada por minha mulher, que ecumenicamente costumava trazer no peito em homenagem à religião e à cultura de minha mãe. Até hoje não resolvi essas transcendentais questões de fé, religião, existência ou não de Deus. Não sei em que acredito, e se acredito. Com certeza, porém, acreditava em alguma aura protetora e benfazeja dos agnus dei e da estrelinha. O camarada deve ter trocado tudo por uma ou duas pedras de crack, e olhe lá.
Diziam, nos EUA dos anos 60 – embora o ditado brincalhão continue em vigor –, que um liberal era um conservador que ainda não fora assaltado. No meu caso, não. O assalto, coisa pífia diante da violência criminosa que massacra e humilha tantos compatriotas, evidentemente não alterou minhas convicções liberais em política, em economia e em políticas sociais, nem tampouco mudou minhas posições conservadoras em matéria criminal: continuo achando que somos frouxos com a bandidagem, que o Estado brasileiro é corrupto e mal equipado, que nossa legislação criminal é tolerante ao ponto do deboche, cheia de buracos e protege mais os fora-da-lei do que a sociedade, e que nossos políticos são omissos, incompetentes, molengas ou medrosos – muitas vezes, tudo isso junto – diante de um problema que, sim, pode ser resolvido, mas que requer mão de ferro para ser enfrentado.
A pequena lição que extraí desse episódio não tem nada de grandiloqüente. Mas me dei conta, desta vez comigo mesmo, de que, a despeito do vasto, avassalador e interminável noticiário sobre a violência criminosa a que somos submetidos todo santo dia, apesar de tudo que vejo, ouço e leio, como cidadão e como profissional, e não obstante saber perfeitamente o quanto estamos mergulhados no crime e na impunidade – no fundo, no fundo, quando apareceu um bandido na minha frente querendo tomar à força algo que era meu, não me ocorreu, durante boa parte do transcurso do episódio, que o rapaz ultrapassaria sem hesitação a velha barreira moral segundo a qual a vida e a incolumidade física de um ser humano são (eram?) sagradas e invioláveis.
Que grande trouxa, eu.
http://nominimo.ig.com.br/notitia/servl ... tType=html
rodrigo escreveu:
A pequena lição que extraí desse episódio não tem nada de grandiloqüente. Mas me dei conta, desta vez comigo mesmo, de que, a despeito do vasto, avassalador e interminável noticiário sobre a violência criminosa a que somos submetidos todo santo dia, apesar de tudo que vejo, ouço e leio, como cidadão e como profissional, e não obstante saber perfeitamente o quanto estamos mergulhados no crime e na impunidade – no fundo, no fundo, quando apareceu um bandido na minha frente querendo tomar à força algo que era meu, não me ocorreu, durante boa parte do transcurso do episódio, que o rapaz ultrapassaria sem hesitação a velha barreira moral segundo a qual a vida e a incolumidade física de um ser humano são (eram?) sagradas e invioláveis.
Que grande trouxa, eu.
Agora me diz uma coisa amigo, como resolver essa cituação de imediato? tem como usar um "mata mosca" para acabar com isso sem usar da força? Creio que se o governo brasileiro começar deste ano virar o jogo acho que quando meu filho terminar seu mestrado terá melhorado um pouco ( meu filho ta fazendo a 1ª serie).
nossos governantes são cegos? ou estão fazendo do Brasil um grande tabuleiro e jogando de Banco imobiliario? Perdoi-me se estou falando besteira, sou leigo em politica, mas sei dos deferes do estado com a população. Estão tratando nós como sse fossemos "pião" pra fazer essa máquina fucionar, a PM são tratados como "plaimobiu". Agora eu falo me recordo da musica do Titãs que diz...
Os presos fogem do presídio
Imagens na Televisão
Mais uma briga de torcidas
Termina tudo em confusão
A multidão enfurecida
Queimou os carros da polícia
Quando estão fora de controle
Não são as regras a exceção
Não é tentar o suicídio
Querer andar na contra mão
Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?
Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?
Não sei se existe uma justiça
Nem quando é pelas próprias mãos
Nas invasões, nos linchamentos
Como não ver contradição
Não sei se tudo vai arder
Igual um líquido inflamável
O que mais pode acontecer,
Neste país em que, no entanto miserável.
Que pese isso sempre ah, graças a Deus
Quem acredite no futuro
Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?
Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?
É seu dever manter a ordem
É seu dever de cidadão
Mas o que é criar desordem
Quem é que diz o que é o não
São sempre os mesmos governantes
Os mesmos que lucraram antes
Com esperança lado a lado
As filas de desempregado
Que tudo tem que virar óleo
Pra por na máquina do estado
Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?
Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?
Não me pergunte se sou capaz dei-me a missão....
-
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O relato do rodrigo me faz lembrar uma entrevista na rádio CBN de uma jornalista brasileira, especialista em cobertura de guerra. Ao ser questionada se o que vivemos aqui é uma guerra civil, a luz da sua experiência, ela resumiu:
"Não. Em uma nação em guerra, há racionamento de víveres, corte de luz, não tem água, gás,etc. Aqui não. Levamos vida normal. O que pode ser pior, porque banalizamos a violência. Todo mundo acostumou-se com assaltos, estupros, ônibus queimando c/gente dentro...e ninguém faz nada..."
Atestando a completa ineficiência do Estado, a milícia, composta pelos mesmos agentes do Estado durante o dia, faz a noite, sem as limitações da nossa lei, o que não consegue durante o dia.
E o Estado apela as companias de telefones celulares p/ bloquear o sinal na área dos presídios. Terceiriza sua responsabilidade. Alega falta de efetivo para cobrir milhões de Km2 quando não consegue assegurar o cumprimento da lei num prédio de umas centenas de m2, sabendo quem está ali e quem trabalha ali...
Antigamente a saída p/o Brasil era o aeroporto. Agora, no meio do caos, até p/isso, quem quiser vai ter de esperar muito...
"Não. Em uma nação em guerra, há racionamento de víveres, corte de luz, não tem água, gás,etc. Aqui não. Levamos vida normal. O que pode ser pior, porque banalizamos a violência. Todo mundo acostumou-se com assaltos, estupros, ônibus queimando c/gente dentro...e ninguém faz nada..."
Atestando a completa ineficiência do Estado, a milícia, composta pelos mesmos agentes do Estado durante o dia, faz a noite, sem as limitações da nossa lei, o que não consegue durante o dia.
E o Estado apela as companias de telefones celulares p/ bloquear o sinal na área dos presídios. Terceiriza sua responsabilidade. Alega falta de efetivo para cobrir milhões de Km2 quando não consegue assegurar o cumprimento da lei num prédio de umas centenas de m2, sabendo quem está ali e quem trabalha ali...
Antigamente a saída p/o Brasil era o aeroporto. Agora, no meio do caos, até p/isso, quem quiser vai ter de esperar muito...
- Bolovo
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Ah vão se ferrar. Tá parecendo o Iraque, não tá?!
RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - BRAZIL
epa00964134 A woman pushes a shopping cart past three burnt out cars in front of the Mangueira slum neighbourhood in Rio de Janeiro (Brazil), Thursday 22 March 2007. A shoot out between members of the Brazilian police and drug gangs occured earlier in this city plagued by violence over recent days. EPA/MARCELO SAYAO
EPA / STF / MARCELO SAYAO
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Tá mesmo!! Lembra o que o Midnight falou lá no tópico dos Helicópteros, tipo filme "Black Hawk Down"...
"Realiza" a cena possível num futuro próximo: Um Black Hawk do CGOA(o J.Dirceu vai mandar os da FAB p/lá!) abatido na rocinha e aquela "onda"de pivetes c/ AK's passando chumbo nos Pm do BOPE que sobreviveram a queda...
Vixi!!!
"Realiza" a cena possível num futuro próximo: Um Black Hawk do CGOA(o J.Dirceu vai mandar os da FAB p/lá!) abatido na rocinha e aquela "onda"de pivetes c/ AK's passando chumbo nos Pm do BOPE que sobreviveram a queda...
Vixi!!!
- Guerra
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Bolovo escreveu:Ah vão se ferrar. Tá parecendo o Iraque, não tá?!RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - BRAZIL
epa00964134 A woman pushes a shopping cart past three burnt out cars in front of the Mangueira slum neighbourhood in Rio de Janeiro (Brazil), Thursday 22 March 2007. A shoot out between members of the Brazilian police and drug gangs occured earlier in this city plagued by violence over recent days. EPA/MARCELO SAYAO
EPA / STF / MARCELO SAYAO
Na verdade esta pior, no Iraque pelo menos não tem brasileiros.
- rodrigo
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Menos dois!!!!
24/03/2007 - 12h27
Traficantes morrem durante confronto com a PM no Rio
da Folha Online
Dois traficantes foram mortos durante confronto com a Polícia Militar do Rio na noite de sexta-feira (23) na favela de Vigário Geral (zona norte da cidade). Robson Roque da Cunha, o Robson Caveirinha e Toninho Gordo pertenciam ao Comando Vermelho.
Segundo o 16º Batalhão, os policiais foram recebidos a tiros quando passavam pelo morro e reagiram. Caveirinha e Gordo não resistiram aos ferimentos.
De acordo com a Polícia Militar, Caveirinha era o chefe do tráfico nas favelas de Pavão e Pavãozinho. Gordo era traficante na favela Dique, no Jardim América, na zona norte.
Caveirinha seria um dos responsáveis pelo acordo entre o Exército e o Comando Vermelho estabelecido para a entrega dos fuzis roubados em um quartel no ano passado.
Em 2004, Caveirinha foi um dos 35 indiciados pela morte de Abel Silvério de Aguiar, diretor de Bangu 3, que foi assassinado.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 3305.shtml
24/03/2007 - 12h27
Traficantes morrem durante confronto com a PM no Rio
da Folha Online
Dois traficantes foram mortos durante confronto com a Polícia Militar do Rio na noite de sexta-feira (23) na favela de Vigário Geral (zona norte da cidade). Robson Roque da Cunha, o Robson Caveirinha e Toninho Gordo pertenciam ao Comando Vermelho.
Segundo o 16º Batalhão, os policiais foram recebidos a tiros quando passavam pelo morro e reagiram. Caveirinha e Gordo não resistiram aos ferimentos.
De acordo com a Polícia Militar, Caveirinha era o chefe do tráfico nas favelas de Pavão e Pavãozinho. Gordo era traficante na favela Dique, no Jardim América, na zona norte.
Caveirinha seria um dos responsáveis pelo acordo entre o Exército e o Comando Vermelho estabelecido para a entrega dos fuzis roubados em um quartel no ano passado.
Em 2004, Caveirinha foi um dos 35 indiciados pela morte de Abel Silvério de Aguiar, diretor de Bangu 3, que foi assassinado.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 3305.shtml
- rodrigo
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07/04/2007 - 10h36
Assaltantes amarram vítimas em botijão de gás em SP
Criminosos não encontraram objetos de valor em casa de Nazaré Paulista.
Eles só não atearam fogo, segundo vítimas, porque não acharam um fósforo.
VNews
Três homens invadiram uma casa por volta das 21h desta sexta-feira (6), na zona rural de Nazaré Paulista, a 56 km de São Paulo, no bairro Sertãozinho. Segundo a Polícia Civil, os assaltantes pediram uma mangueira de combustível emprestada aos moradores antes de anunciar o assalto.
Os bandidos vasculharam a casa e, como não acharam nada de valor, amarraram as duas pessoas a um botijão de gás. De acordo com o depoimento das vítimas à polícia, os assaltantes só não atearam fogo porque não acharam um fósforo. Os homens roubaram a moto de um dos moradores.
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0 ... 05,00.html
Assaltantes amarram vítimas em botijão de gás em SP
Criminosos não encontraram objetos de valor em casa de Nazaré Paulista.
Eles só não atearam fogo, segundo vítimas, porque não acharam um fósforo.
VNews
Três homens invadiram uma casa por volta das 21h desta sexta-feira (6), na zona rural de Nazaré Paulista, a 56 km de São Paulo, no bairro Sertãozinho. Segundo a Polícia Civil, os assaltantes pediram uma mangueira de combustível emprestada aos moradores antes de anunciar o assalto.
Os bandidos vasculharam a casa e, como não acharam nada de valor, amarraram as duas pessoas a um botijão de gás. De acordo com o depoimento das vítimas à polícia, os assaltantes só não atearam fogo porque não acharam um fósforo. Os homens roubaram a moto de um dos moradores.
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0 ... 05,00.html
- rodrigo
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Bando armado invade prédio de moradia de militares em Guadalupe
Celso Brito
Rio - Um grupo com 10 homens armados com fuzil, pistola, escopeta e granadas invadiu no início da madrugada desta sexta-feira o Conjunto Habitacional Getúlio Vargas, em Guadalupe, na Zona Norte. Os bandidos, apontados como traficantes de drogas da Favela do Muquiço, segundo levantamentos da polícia, tinha o objetivo de matar o sargento páraquedista somente identificado como Dex.
Segundo moradores, o bando chegou em um Honda Civic creme e mais uma moto não identificada, invadiu o prédio de apartamentos só para militares, que fica ao lado da Avenida Brasil e foi direto ao apartamento do sargento, que reagiu. Houve intensa troca de tiros e explosões de granadas. A porta do apartamento do militar foi estourada a tiros que atingiram também móveis e paredes do imóvel. Outros apartamentos também foram atingidos pelos disparos, mas não há informações de feridos.
Pouco depois do ataque, tropas de soldados da Brigada Páraquedista e do Regimento Escolar de Infantaria tomaram o conjunto habitacional, ocupando pontos estratégicos para impedir nova investida dos bandidos. Os militares chegaram ao local em caminhões e outras viaturas militares, num total de sete veículos e se espalharam pelo conjunto habitacional. A movimentação das tropas militares foi acompanhada por dezenas de moradores que procuravam assistir a tudo nas janelas.
"Foi dado muito tiro, mas muito tiro mesmo. Eu estou até agora com a perna bamba de tão nervoso e agora não consigo dormir, contou um morador. A intensidade dos tiros foi confirmada por bombeiros do Quartel de Guadalupe, que fica no lado oposto ao prédio na Avenida Brasil. Os bombeiros confirmaram também que apesar da quantidade de tiros, eles não foram chamados para socorrer vítimas no local.
Uma equipe do Serviço Reservado (P-2) do Exército foi acionada para examinar o local. Os miltares fizeram medições, fotografaram as áreas atingidas durante o confronto, analisaram pontos de possíveis explosões de granadas e recolheram dezenas de cápsulas de diferentes calibres.
Durante o tiroteio, o Fiat Uno branco com placa de Uruguaiana GTX-1585, que estava na garagem do prédio, teve o párabrisa traseiro estilhaçado e ficou com várias perfurações de tiros na lataria. Militares do Exército evitaram falar sobre o caso, mas moradores do local disseram que o carro atingido não era de propriedade do sargento Dex. O carro, segundo eles pertence a outro militar também morador do prédio, que não estava em casa.
De acordo com moradores, o sargento Dex estava separado da mulher desde quarta-feira, mas ela estaria passando o feriadão em companhia dos pais dele, fora do Rio de Janeiro e ele preferiu permanecer no apartamento. Os moradores desconhecem qualquer envolvimento do militar com atos ilícitos ou ligações com bandidos na região. Eles não sabem dizer o que pode ter motivado a tentativa de homicídio, mas não descartam a hipótese do ataque ser uma represália as ações do militar para preservar a segurança do prédio.
"A falta de segurança é muito grande e muitas vezes não há sentinelas nas cabines de entradas", contou um morador. O local vai permanecer ocupado pelos militares por tempo indeterminado, segundo um militar. O registro foi feito na 33ª DP (Realengo). Na delegacia, os policiais também evitaram falar sobre o caso.
recebido por e-mail
Celso Brito
Rio - Um grupo com 10 homens armados com fuzil, pistola, escopeta e granadas invadiu no início da madrugada desta sexta-feira o Conjunto Habitacional Getúlio Vargas, em Guadalupe, na Zona Norte. Os bandidos, apontados como traficantes de drogas da Favela do Muquiço, segundo levantamentos da polícia, tinha o objetivo de matar o sargento páraquedista somente identificado como Dex.
Segundo moradores, o bando chegou em um Honda Civic creme e mais uma moto não identificada, invadiu o prédio de apartamentos só para militares, que fica ao lado da Avenida Brasil e foi direto ao apartamento do sargento, que reagiu. Houve intensa troca de tiros e explosões de granadas. A porta do apartamento do militar foi estourada a tiros que atingiram também móveis e paredes do imóvel. Outros apartamentos também foram atingidos pelos disparos, mas não há informações de feridos.
Pouco depois do ataque, tropas de soldados da Brigada Páraquedista e do Regimento Escolar de Infantaria tomaram o conjunto habitacional, ocupando pontos estratégicos para impedir nova investida dos bandidos. Os militares chegaram ao local em caminhões e outras viaturas militares, num total de sete veículos e se espalharam pelo conjunto habitacional. A movimentação das tropas militares foi acompanhada por dezenas de moradores que procuravam assistir a tudo nas janelas.
"Foi dado muito tiro, mas muito tiro mesmo. Eu estou até agora com a perna bamba de tão nervoso e agora não consigo dormir, contou um morador. A intensidade dos tiros foi confirmada por bombeiros do Quartel de Guadalupe, que fica no lado oposto ao prédio na Avenida Brasil. Os bombeiros confirmaram também que apesar da quantidade de tiros, eles não foram chamados para socorrer vítimas no local.
Uma equipe do Serviço Reservado (P-2) do Exército foi acionada para examinar o local. Os miltares fizeram medições, fotografaram as áreas atingidas durante o confronto, analisaram pontos de possíveis explosões de granadas e recolheram dezenas de cápsulas de diferentes calibres.
Durante o tiroteio, o Fiat Uno branco com placa de Uruguaiana GTX-1585, que estava na garagem do prédio, teve o párabrisa traseiro estilhaçado e ficou com várias perfurações de tiros na lataria. Militares do Exército evitaram falar sobre o caso, mas moradores do local disseram que o carro atingido não era de propriedade do sargento Dex. O carro, segundo eles pertence a outro militar também morador do prédio, que não estava em casa.
De acordo com moradores, o sargento Dex estava separado da mulher desde quarta-feira, mas ela estaria passando o feriadão em companhia dos pais dele, fora do Rio de Janeiro e ele preferiu permanecer no apartamento. Os moradores desconhecem qualquer envolvimento do militar com atos ilícitos ou ligações com bandidos na região. Eles não sabem dizer o que pode ter motivado a tentativa de homicídio, mas não descartam a hipótese do ataque ser uma represália as ações do militar para preservar a segurança do prédio.
"A falta de segurança é muito grande e muitas vezes não há sentinelas nas cabines de entradas", contou um morador. O local vai permanecer ocupado pelos militares por tempo indeterminado, segundo um militar. O registro foi feito na 33ª DP (Realengo). Na delegacia, os policiais também evitaram falar sobre o caso.
recebido por e-mail
Bolovo escreveu:Ah vão se ferrar. Tá parecendo o Iraque, não tá?!RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - BRAZIL
epa00964134 A woman pushes a shopping cart past three burnt out cars in front of the Mangueira slum neighbourhood in Rio de Janeiro (Brazil), Thursday 22 March 2007. A shoot out between members of the Brazilian police and drug gangs occured earlier in this city plagued by violence over recent days. EPA/MARCELO SAYAO
EPA / STF / MARCELO SAYAO
Quantas pessoas morreram nesse atentado?
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09/04/2007 - 12h59
Cabral cancela agenda para acompanhar enterro de PM
da Folha Online
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), cancelou todos os compromissos de sua agenda nesta segunda-feira para acompanhar o enterro do policial Militar Guaracy de Oliveira Costa, 28, que trabalhava na segurança dele e de sua família.
Costa morreu na madrugada desta segunda-feira. Na manhã de domingo ele havia sido abordado por criminosos quando ia trabalhar em seu Palio. O policial teria reagido ao assalto e foi atingido por seis tiros --no rosto, braço, mão, tórax, punho e barriga. Levado ao hospital Salgado Filho, ele passou por cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A arma e o carro do PM foram levados pelos criminosos. Ninguém foi preso.
O enterro, segundo o governo do Rio, vai acontecer às 17h, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (zona oeste da cidade).
Cabral cumpriu a agenda até as 11h, em Cabo Frio, no litoral do Estado. Entre os compromissos cancelados estavam almoço com prefeitos da região e inaugurações de centros de internet comunitária.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 3892.shtml
Cabral cancela agenda para acompanhar enterro de PM
da Folha Online
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), cancelou todos os compromissos de sua agenda nesta segunda-feira para acompanhar o enterro do policial Militar Guaracy de Oliveira Costa, 28, que trabalhava na segurança dele e de sua família.
Costa morreu na madrugada desta segunda-feira. Na manhã de domingo ele havia sido abordado por criminosos quando ia trabalhar em seu Palio. O policial teria reagido ao assalto e foi atingido por seis tiros --no rosto, braço, mão, tórax, punho e barriga. Levado ao hospital Salgado Filho, ele passou por cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A arma e o carro do PM foram levados pelos criminosos. Ninguém foi preso.
O enterro, segundo o governo do Rio, vai acontecer às 17h, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (zona oeste da cidade).
Cabral cumpriu a agenda até as 11h, em Cabo Frio, no litoral do Estado. Entre os compromissos cancelados estavam almoço com prefeitos da região e inaugurações de centros de internet comunitária.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 3892.shtml
Srs.,
Finalmente um chefe de estado começa à dar valor à vida de seus PM's.
É sem dúvida uma vitória da sociedade contra organizações não governamentais de apoio aos bandidos.
Finalmente um chefe de estado começa à dar valor à vida de seus PM's.
É sem dúvida uma vitória da sociedade contra organizações não governamentais de apoio aos bandidos.
LUGAR DE OFF TOPIC É NO OUTRO TÓPICO
"Essa é a nossa eterna tragédia. Temos inveja dos outros, mas não queremos fazer os mesmos sacrificios."
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- rodrigo
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16 de abril de 2007 - 08:59
No Rio, a morte chega cedo, diz The Washington Post
Em quatro anos, 1.857 jovens morreram no Rio, enquanto 729 foram vítimas da violência entre Israel e Palestina, compara a reportagem do jornal americano
SÃO PAULO - O diário americano The Washington Post publica em sua edição desta segunda-feira, 16, uma grande reportagem sobre a violência no Rio de Janeiro, na qual afirma que o número de mortes de jovens nas favelas da cidade “ultrapassa de longe o de muitas zonas de guerra”.
“De 2002 a 2006, 729 menores israelenses e palestinos foram mortos como resultado da violência em Israel e nos territórios ocupados, segundo o B’Tselem, um grupo de direitos humanos israelense. Durante o mesmo período no Rio de Janeiro, 1.857 menores foram assassinados, segundo o Instituto de Segurança Pública, um centro de pesquisas do Estado”, comenta o jornal.
A reportagem, que tem uma grande chamada na capa do Washington Post, com cinco fotos, traz ainda dez histórias de vida diferentes, sobre o efeito da violência sobre os moradores das favelas do Rio de Janeiro.
Uma das personagens, Maiza Madeira, conta como tenta localizar os três filhos para garantir sua segurança a cada vez que ouve barulhos que podem ser tiros na área onde mora. “Eles moram em uma favela, que se transforma em um campo de batalha, disputada pelas gangues do narcotráfico que dominam o bairro, a polícia e, em alguns casos, milícias de vigilantes - e a segurança é dificilmente garantida”, afirma a reportagem.
O jornal diz que no bairro onde ela mora, a favela da Rocinha, “quase todos têm uma história de como a violência entrou em suas casas”. “A maioria das histórias, como a de Madeira, tem crianças como seus personagens principais, como vítimas ou como autores”, relata o texto.
Crimes de destaque
A reportagem comenta que “nos últimos três meses, vários crimes de destaque geraram um debate nacional sobre as crianças e a violência”. “O Congresso brasileiro está considerando aplicar sentenças mais duras para crimes envolvendo crianças, e possivelmente reduzir a idade mínima para julgar os criminosos adolescentes”, diz o jornal.
O Washington Post conta a história de Marcos, de 17 anos, detido no centro de detenção de menores Instituto Padre Severino, onde 185 garotos dividem dez celas de concreto.
“Ele se descreveu como traficante de drogas, assaltante e assassino, e disse que foi enviado ao Padre Severino cinco vezes desde que entrou para o Comando Vermelho, a maior gangue do narcotráfico, aos 12 anos”, relata o jornal.
A história de Marcos é contrastada com a de Joel Ferreira Silvestre, de 17 anos, que trabalha como cobrador de lotação ilegal e sonha em ser motorista de ônibus, como seu pai. “Joel vem tentando ficar fora do conflito o máximo possível, mas é fácil se ver em meio ao tiro cruzado. Isso foi o que aconteceu, ele conta, com seu primo de 16 anos, que estava em um grande grupo de adolescentes em 2004 quando a polícia chegou para uma batida. Ele foi morto”, conta a reportagem.
“Assim como Marcos, Joel não gosta da polícia. Mas ele nunca se sentiu tentado a entrar para uma gangue. Em vez disso, ele espera que o serviço militar o livre da linha de frente”, diz o texto.
Segundo o jornal, Joel calcula que de cada 100 garotos de seu bairro, 30 são membros de gangues. “Isso é maior do que as estimativas dos acadêmicos e dos assistentes sociais, mas significa que Joel é muito mais representativo dos garotos da favela do que Marcos”, avalia o Washington Post.
http://www.estadao.com.br/ultimas/cidad ... /16/53.htm
No Rio, a morte chega cedo, diz The Washington Post
Em quatro anos, 1.857 jovens morreram no Rio, enquanto 729 foram vítimas da violência entre Israel e Palestina, compara a reportagem do jornal americano
SÃO PAULO - O diário americano The Washington Post publica em sua edição desta segunda-feira, 16, uma grande reportagem sobre a violência no Rio de Janeiro, na qual afirma que o número de mortes de jovens nas favelas da cidade “ultrapassa de longe o de muitas zonas de guerra”.
“De 2002 a 2006, 729 menores israelenses e palestinos foram mortos como resultado da violência em Israel e nos territórios ocupados, segundo o B’Tselem, um grupo de direitos humanos israelense. Durante o mesmo período no Rio de Janeiro, 1.857 menores foram assassinados, segundo o Instituto de Segurança Pública, um centro de pesquisas do Estado”, comenta o jornal.
A reportagem, que tem uma grande chamada na capa do Washington Post, com cinco fotos, traz ainda dez histórias de vida diferentes, sobre o efeito da violência sobre os moradores das favelas do Rio de Janeiro.
Uma das personagens, Maiza Madeira, conta como tenta localizar os três filhos para garantir sua segurança a cada vez que ouve barulhos que podem ser tiros na área onde mora. “Eles moram em uma favela, que se transforma em um campo de batalha, disputada pelas gangues do narcotráfico que dominam o bairro, a polícia e, em alguns casos, milícias de vigilantes - e a segurança é dificilmente garantida”, afirma a reportagem.
O jornal diz que no bairro onde ela mora, a favela da Rocinha, “quase todos têm uma história de como a violência entrou em suas casas”. “A maioria das histórias, como a de Madeira, tem crianças como seus personagens principais, como vítimas ou como autores”, relata o texto.
Crimes de destaque
A reportagem comenta que “nos últimos três meses, vários crimes de destaque geraram um debate nacional sobre as crianças e a violência”. “O Congresso brasileiro está considerando aplicar sentenças mais duras para crimes envolvendo crianças, e possivelmente reduzir a idade mínima para julgar os criminosos adolescentes”, diz o jornal.
O Washington Post conta a história de Marcos, de 17 anos, detido no centro de detenção de menores Instituto Padre Severino, onde 185 garotos dividem dez celas de concreto.
“Ele se descreveu como traficante de drogas, assaltante e assassino, e disse que foi enviado ao Padre Severino cinco vezes desde que entrou para o Comando Vermelho, a maior gangue do narcotráfico, aos 12 anos”, relata o jornal.
A história de Marcos é contrastada com a de Joel Ferreira Silvestre, de 17 anos, que trabalha como cobrador de lotação ilegal e sonha em ser motorista de ônibus, como seu pai. “Joel vem tentando ficar fora do conflito o máximo possível, mas é fácil se ver em meio ao tiro cruzado. Isso foi o que aconteceu, ele conta, com seu primo de 16 anos, que estava em um grande grupo de adolescentes em 2004 quando a polícia chegou para uma batida. Ele foi morto”, conta a reportagem.
“Assim como Marcos, Joel não gosta da polícia. Mas ele nunca se sentiu tentado a entrar para uma gangue. Em vez disso, ele espera que o serviço militar o livre da linha de frente”, diz o texto.
Segundo o jornal, Joel calcula que de cada 100 garotos de seu bairro, 30 são membros de gangues. “Isso é maior do que as estimativas dos acadêmicos e dos assistentes sociais, mas significa que Joel é muito mais representativo dos garotos da favela do que Marcos”, avalia o Washington Post.
http://www.estadao.com.br/ultimas/cidad ... /16/53.htm