FORÇAS ESPECIAIS NAVAIS - SBS

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
faterra
Sênior
Sênior
Mensagens: 5096
Registrado em: Qui Dez 15, 2005 10:25 pm
Localização: Belo Horizonte - MG
Agradeceu: 89 vezes
Agradeceram: 79 vezes

FORÇAS ESPECIAIS NAVAIS - SBS

#1 Mensagem por faterra » Sáb Abr 07, 2007 4:12 pm

Imagem

SBS - Special Boat Service
(Serviço Especial de Embarcações)

Parte I

HISTÓRIA
A história do ancestral do Special Boat Service teve inicio no verão de 1940, com a formação de uma seção de canoagem sob o comando do major Roger Courtney, que passou a ser chamada de Special Boat Squadron (SBS). Em fevereiro de 1941, Courtney e outros quinze homens seguiram para o Oriente Médio, encarregados de operar com os comandos. Designado como Seção "Z", esse grupo foi transferido, em abril, para a 1ª Flotilha de Submarinos. No final do ano, a Seção "Z" e a SBS (Special Boat Section, Seção Especial de Embarcações), uma unidade formada na primavera de 1941, foram absorvidas pelo Esquadrão "D" do 1.° Regimento do SAS, juntamente com três grupos de canoeiros sob o comando do conde Jeilicoe. No outono de 1942, Jeilicoe dividiu essas forças em três seções denominadas "M", "L" e "S", a partir da primeira letra do sobrenome de seus comandantes.
Na primavera de 1943, após a captura de David Stirling, criador e comandante do SAS, as três seções se organizaram em esquadrões, com uma força total de 180 homens. Outro grupo do SAS formou o 1.° SRS (Special Raiding Squadron, Esquadrão Especial de Ataque). Sob a liderança do major "Paddy" Mayne, essa unidade desempenhou um papel-chave na invasão da Sicília, em julho de 1943. Em novembro desse ano, o Special Boat Squadron, de Jeilicoe, passou para o comando do general-de-brigada Tumbull, da Raiding Forces Middie East (força de ataque do Oriente Médio), e teve seu nome trocado para Special Boat Service. Passou então ao controle das forças terrestres que atuavam no litoral do Adriático e realizou operações nos mares Mediterrâneo, Adriático e Egeu.
Logo depois da Segunda Guerra Mundial, as forças especiais de ataque naval formadas durante as hostilidades passaram por um período de grande reorganização. A maior parte foi dissolvida, mas elementos de três delas, o Royal Marine Boom Patrol Detachment (RMBPD, destacamento de patrulhamento extensivo dos Fuzileiros Navais) criado especificamente para ataques relâmpagos a partir de embarcações e a limpeza de obstáculos das praias de desembarques anfíbios, eles eram o equivalente mais próximo das Underwater Demolition Teams (UDT, Equipes de Demolição Subaquática) dos EUA , os Royal Navy's Combined Operation Assault Pilotage Parties (COPP, grupos de operações combinadas de assalto e pilotagem da Marinha britânica) que se especializaram em reconhecimento de praia ,e a Marines School of Combined Operations Beach and Boat Section (SCOBBS, Seção de Operações Combinadas de Praia e Embarcações da Escola de Fuzileiros Navais), continuaram em serviço. O atual Special Boat Service – SBS (Serviço Especial de Embarcações) é descendente direto dessas unidades.
Mesmo com a dissolução de muitas unidades especiais da Marinha e dos Fuzileiros Navais a Inglaterra decidiu manter o RMBPD porque pequenas operações especiais com barcos seriam realizadas no futuro pelos RM. Em 1947 estas duas unidades foram transferidas para a Escola de Operações Anfíbias dos RM em Portsmouth para repor o SCO. Essas forças foram reunidas num único comando, conhecido como Small Raids Wing (SRW, Grupos de Incursões em Escala Limitada) e começaram a ressuscitar as velhas habilidades adquiridas na última guerra, pois agora restava poucos veteranos do último grande conflito. Depois a unidade transformou-se na Special Boat Unit (SBU, Unidade Especial de Embarcações), e era composto por três Seções Especiais de Barco, assim ressuscitando as iniciais SBS, e uma unidade operacional e de treinamento. Os nadadores-canoeiros, desta unidade estavam entre os voluntários que se apresentaram para servir no Comando 41 Independente, unidade dos RM, que lutou na Guerra da Coréia em 1950-51. Esta unidade foi empregada principalmente em ataques de comandos nos litorais da Coréia do Norte e também estiveram presentes nos combates ocorridos no Reservatório de Chosin, ao lado da 1ª Div. dos Fuzileiros Navais dos EUA.
Além da 1ª Seção Especial de Embarcações (SBS), foram formadas em 1950-51 as Seções 2 e 3 para operar com o Esquadrão da Royal Navy no rio Reno na Alemanha. A sua missão prioritária em caso de guerra seria destruir pontes e outros alvos ao longo do rio se as forças Aliadas fossem forçadas a se retirar, com o objetivo de retardar o avanço Soviético. Em 1952, os SBS foi enviado ao Egito para realizar um reconhecimento do porto de Alexandria a pedido do palácio do rei Farouk, para a preparação de uma possível evacuação de residentes britânicos naquele país. As equipes de canoas foram infiltradas por submarino e o reconhecimento foi feito, mas um nadador perdeu o ponto de reunião na volta da equipe e foi recolhido pelos egípcios, e cedido a Inteligência Naval da RN em Fayid. Se Nasser tivesse optado por um golpe violento, um destacamento poderia ter sido enviado a Farouk numa missão de resgate, mas isto não era necessário.
O 4º e 5º SBS foram criados com membros dos voluntários da Reserva Real das Forças de Fuzileiros Navais. Em meados dos anos 50, o 6º SBS foi apressadamente formado para apoiar as forças navais da OTAN no Mediterrâneo contra qualquer ataque dos submarinos russos vindos do Mar Negro. Quando a 3ª Brigada de Comando foi transferida da Malásia para Malta em meados dos anos 50, o 6º SBS foi enviado para servir com ela. De Malta e depois do Barhein, o 6º SBS conduziu numerosos reconhecimentos de várias praias do Oriente Médio.
Em 1956 em Poole, o 1º SBS tinha sido colocado em alerta e dentro de poucos dias foi requisitado ao Mediterrâneo para a operação Musketeer. O 1º SBS tinha a tarefa de cortar os cabos que foram colocados no Canal de Suez para impedir a passagem por navios. A Seção 1 SBS voou para Malta, mas antes que pudesse dar prosseguimento aos preparativos da missão ela foi cancelada. O 6º SBS também foi mobilizado durante a crise do Canal de Suez. Ele foi mobilizado para preparar um reconhecimento detalhado dos locais de desembarque anfíbio, mas a tarefa foi cancelada outra vez antes que se pudesse iniciar o trabalho, devido a este tipo de invasão ser considerado muito arriscado no momento. Em vez disso o 6º SBS foi embarcado no HMS Ocean e enviado a Port Said junto com a 3ª Brigada de Comandos.
Em 1957 o SRW foi reorganizado, tornando-se a Special Boat Unit (Unidade Especial de Embarcações). Um ano depois, a unidade foi rebatizada de Special Boat Company (Companhia Especial de Embarcações) e separado da Escola de Operações Anfíbias dos RM, mas permaneceu dentro de sua área de aquartelamento, agora localizada em Poole. Foi neste momento que o lema "Não Por Força, Por astúcia" foi criado. Este lema apareceu na insígnia não oficial das pás cruzadas com uma rã no topo deles e das asas de pára-quedas acima. Isto se originou de um cartão de Natal em 1946.
Em 1959, o 6º SBS foi colocado em alerta para se preparar para evacuar o rei Idris da Líbia, mas a diplomacia das canhoneiras conseguiu o efeito desejado e o SBS teve sua missão cancelada. Porém os homens do 6º SBS não desperdiçaram a viagem, e conduziram um reconhecimento ao longo da costa de Tobruk a Tripoli.
Em 1961, uma seção do SBS foi enviada junto com a 3ª Brigada de Comando para encontrar e capturar especificamente um líder guerrilheiro, e participou da libertação de reféns feitos pelas guerrilhas apoiadas pelos indonésios. O 6º SBS, baseado em Malta, enviou um destacamento para Barhein, de onde poderia se desdobrar para várias áreas da península arábica durante possíveis conflitos regionais. Com a ameaça de invasão do Kuwait pelo Iraque em 1961, o SBS ficou com um destacamento baseado permanentemente Barhein.
A "confrontação" da Grã-Bretanha com a Indonésia se agravou com as revoltas em Brunei em Dezembro de 1962. Esta revolta foi rapidamente controlada, mas grupos de guerrilheiros locais e tropas regulares indonésias começaram a se infiltrar através da fronteira pela parte malaia de Bornéo. Tropas britânicas, ajudadas por forças locais e da Comunidade britânica, foram acionadas para cessar as infiltrações. O 2º SBS já estava na área, tendo ido para Singapura com 3ª Brigada de Comando em 1961. Eles e o 1º SBS, enviado diretamente da Inglaterra, operaram principalmente nas áreas litorâneas e também através da fronteira em missões de reconhecimento. Outro trabalho realizado pelo SBS era o de abastecer pelo mar, patrulhas maiores na selva, freqüentemente compostas pelos Gurkhas. A confrontação acabou com um tratado de paz assinado em agosto de 1966.
Ao mesmo tempo a Grã-Bretanha estava envolvida com os conflitos no Protetorado de Aden (hoje porte do Iêmen). Os nadadores-canoeiros que tinham retornado às missões de comandos eram proeminentes em dirigir muitas patrulhas de reconhecimento. Um destacamento permanente foi estabelecido em Barhein, como parte do 2º SBS, e continuou seu trabalho de pesquisa da hidrografia das áreas em que a Grã-Bretanha pudesse se envolver em combates. Em 1967 a Inglaterra completou a sua retirada de Aden, mas isto não foi o fim dos serviços do SBS no Oriente Médio.
De 1970 a 1976, o SAS foi envolvido em uma feroz luta anti-insurreição, contra insurgentes comunista em Oman, quem ameaçavam depor o Sultão, e seu governo pró-britânico. Os homens do SBS localizados em Barhein, estiveram presentes nas etapas prévias desta campanha, inicialmente transportando os homens do SAS em barcos pequenos, mas mais tarde participando de patrulhas e emboscadas no interior do país. Por volta de 1971 quando a retirada da Grã-Bretanha da Malásia e Singapura estava completa a Companhia Especial de Barco foi concentrada em Poole.
Também em 1971 quando Índia e Paquistão entraram em guerra por causa dos conflitos no Paquistão Oriental, o SBS foi desdobrado para a região e ficou a bordo do HMS Albion, para realizar se necessário à evacuação de cidadãos britânicos do Paquistão Oriental. Os paquistaneses capitulam depois de duas semanas de guerra, um cessar fogo entrou em vigor e é foi fundado o Estado de Bangladesh no antigo Paquistão Oriental, não sendo necessária a evacuação britânica.
Praticamente esta foi à última participação do SBS nas distantes regiões do antigo império britânico, mas novas tarefas estavam surgindo na Europa.
Como Gibraltar era o último bastião ocidental restante do império britânico no Mediterrâneo, e que estava bloqueado pela Espanha de Franco, o 6º SBS foi desdobrado para lá em 1961, onde conduziu o reconhecimento em torno da rocha para assegurar que a Espanha não planejava um assalto à colônia. Nos anos 70, o SBS começou a se envolver no apoio à forças policiais civis no combate ao trafico de drogas nas Caraíbas.
Foi no início da década de 70 que o SBS foi utilizado pela primeira vez em operações antiterror. Em 1972 uma equipe de quatro homens foi lançada de pára-quedas em pleno Atlântico Norte para procurar por bombas a bordo do Queen Elizabeth 2, devido a uma ameaça terrorista. Nenhum explosivo foi achado. Ainda em 1972 o QE2 transporta cidadãos judeus em um cruzeiro para Israel sob a proteção do SBS, devido às tensões de ameaças de ataques terroristas. O cruzeiro termina sem nenhum incidente. Em 1976 o QE2 necessita mais uma vez de proteção do SBS em um cruzeiro com israelenses. Os operadores do SBS se misturaram com os turistas, tendo pistolas de 9 mm debaixo de suas camisas. Esse cruzeiro terminou também sem nenhum incidente




Imagem

Um abraço!
Fernando Augusto Terra
Avatar do usuário
faterra
Sênior
Sênior
Mensagens: 5096
Registrado em: Qui Dez 15, 2005 10:25 pm
Localização: Belo Horizonte - MG
Agradeceu: 89 vezes
Agradeceram: 79 vezes

#2 Mensagem por faterra » Sáb Abr 07, 2007 4:15 pm

SBS - Special Boat Service
(Serviço Especial de Embarcações)

Parte II

HISTÓRIA
O SBS enviou a Irlanda do Norte patrulhas de barco para monitorar o litoral e lagos, a procura de terroristas do IRA. O SBS forneceu voluntários para compor a 14 Intelligence & Security Company, que recebeu homens do SAS também.
Em 1975 o 1º SBS foi destacado para o papel de contra-terrorismo marítimo, com a missão de proteger as plataformas de petróleo do Mar do Norte, em vista do crescimento da produção de óleo e da sua importância estratégica para a Inglaterra em virtude da crise do petróleo da década de 1970. Eles deveriam proteger também portos, navios cruzeiros e ferry boats. O SAS se responsabilizaria pelo restante dos incidentes, como contra embaixadas como aconteceu na década de 1980. As instalações nucleares seriam defendidas por uma resposta combinada do SAS/SBS.
Em 1977 o SBS mudou seu nome de Seção Especial de Barco para Esquadrão Especial de Barco - Special Boat Squadron. Com o crescimento das instalações petrolíferas em 1979 os Reais Fuzileiros Navais aumentaram a sua capacidade anti-terrorista em 1980 com a criação da Companhia Commachio na Escócia (300 homens). Ela inclui uma Seção Especial de Barco e o nome 5º SBS foi dado a esta sub-unidade. O SBS forneceu uma seção, o 1º SBS para Commachio, enquanto outra seção permaneceu na base em Poole para cobrir todas as responsabilidades restantes do Maritime Counter Terrorism (MCT).
O SBS envolve-se também em missões de treinamento a nações amigas nos anos 70. Treinou as Companhias australianas de Commando e Regimento do Serviço Especial Malaio, e treinou também a unidade iraniana de mergulhadores de combate, conhecidos como SHA, uma tarefa que durou até 1979, quando o Irã foi tomado por uma rebelião xiita, que levou a derrubada do Xá.
Naturalmente, nesta época, também haviam exercícios com unidades similares dos paises da OTAN, especialmente as da Noruega, agora a área principal de responsabilidade dos RM. O treinamento de montanha e regiões árticas se tornou uma prioridade, tanto que os RM têm uma unidade especial dedicada a este tipo de ambiente e todos os anos os Reais Fuzileiros participam de treinamentos no norte da Noruega.
Durante todo o período da Guerra Fria o SBS foi envolvido em muitas operações secretas de suporte as operações da OTAN. Entre elas:
• Infiltrando e exfiltrando agentes secretos das costas dos paises do bloco comunista;
• Recolhendo inteligência sobre a capacidade naval soviética. Um exemplo disto foi quando uma dupla de mergulhadores do SBS secretamente fotografou e examinou um novo navio russo quando este aportou em Gibraltar;
• O SAS e o SBS freqüentemente faziam o papel das Spetznaz (forças especiais soviéticas) em ataques contra as instalações da OTAN. Alguns acreditam que estes exercícios causaram uma supervalorização das potencialidades do Spetznaz;
• Reconhecimento clandestino da linha costeira, praias e portos, de potencias locais de ações da OTAN contra forças do Pacto de Varsóvia, principalmente desembarques anfíbios.
Em abril de 1982 a Argentina tomou de assalto as ilhas Falklands/Malvinas. Imediatamente as Seções 2, 3 e 6 SBS foram enviadas para o Atlântico Sul com um pequeno quartel-general tático, 84 homens, sob o comando do Major Jonathan Thomson O 2º SBS foi a primeira unidade da pequena força-tarefa a retomar as Geórgia do Sul, um pequeno grupo de ilhas, próximo as Falklands/Malvinas que também foi ocupada pelos argentinos. Todas as unidades dos SBS foram usadas no reconhecimento e observação sobre as Falklands/Malvinas, durante três semanas, antes dos desembarques principais. As equipes de SBS executaram reconhecimentos dos pontos mais propícios para desembarques das tropas.
Quando os britânicos desembarcaram na Baía de San Carlos em 21 de Maio, o SBS estava na praia para guiá-los para o interior. Com a ajuda da artilharia naval um destacamento do SBS com uma equipe de morteiro do SAS colocou fora de ação um posição argentina próxima a área de invasão, matando ou capturando cerca de 25 inimigos. Aqui, como em outras operações os homens do 148º Commando Avançado de Observação de Bateria estiveram sempre próximos, trazendo um apoio inestimável das armas dos contratorpedeiros e fragatas.
Depois dos desembarques o SBS continua com suas patrulhas por trás das linhas inimigas, inseridos por helicóptero ou submarino, ou às vezes por pequenas lanchas vindas diretamente da força-tarefa. Em uma destas operações, durante um ataque repentino contra um OP do inimigo, a equipe foi desviada inadvertidamente para uma área patrulhada pelo SAS. O sargento "Kiwi" Hunt foi morto pelo “fogo amigo” no breve tiroteio que se seguiu. Ele foi o único membro do SBS a morrer durante o conflito.
Seis membros de 3 SBS estavam com o Esquadrão D do 22 SAS na última operação da guerra, uma noite antes do cessar-fogo. Eles realizariam um ataque divisionário próximo a Port Stanley. O ataque principal seria realizado pelos RM em barcos. Mas diante do fogo pesado inimigo, o ataque foi cancelado. Os barcos foram seriamente danificados, mas afortunadamente ninguém foi morto.
Após a Guerra das Falklands/Malvinas houve outra expansão na missão MCT dos RM. Duas tropas de fuzileiros Commachio foram postas sob comando do SBS e o 1º e o 5º SBS se combinaram como a força principal do contra-terrorismo. Em 1987 o Grupo de Forças Especiais do Reino Unido (UKSF) foi estabelecido, com o Comandante do SAS, um Brigadeiro do Exército, tornando-se o Chefe de todas as Forças Especiais também. Seu sub-comandante seria um Coronel dos Reais Fuzileiros Navais. O SBS sai do controle dos Reais Fuzileiros Navais e passa a subordinação do UKSF.
O SBS trocou mais uma vez de nome deixando de ser o Esquadrão Especial de Barco - Special Boat Squadron, para ser oficialmente o Serviço Especial de Embarcações - Special Boat Service, e suas sub-unidades era classificadas como esquadrões e não mais seções. A capacidade de MCT foi consolidada com o Esquadrão de M, em Poole, que foi plenamente equipado com nadadores-canoeiros. Equipes especializadas com veículos especiais de transporte de mergulhadores também foram estabelecidas.
Um esquadrão do SBS foi enviado ao Golfo em 1990-91, como parte da Operação Escudo - Tempestade no Deserto. Eram partes de contingente de forças especiais britânicas, que era composta principalmente pelo 22 SAS, sob o comando do Brigadeiro Andrew Massey. O Serviço Especial de Embarcações conduziu só uma operação atrás de linhas iraquianas que é sabido até o momento. Na noite de 22 janeiro de 1991, 36 operadores do SBS, três homens das Forças Especiais dos EUA e um controlador de combate da USAF foram levados por dois helicópteros Chinook a cerca de 65 km de Bagdá. Sua missão, dirigida por um Tenente do SBS, era destruir uma junção de cabos de fibra-ótica que se acreditava ser parte do sistema de comando e controle das baterias dos mísseis Scuds do Iraque.
Os homens estavam fortemente armados e carregavam cerca de 400 libras de explosivos. A junção foi encontrada e uma parte da malha foi retirada para análise na retaguarda. O alvo foi destruído e depois de 90 minutos toda equipe foi retirada. O tenente do SBS que comandou a operação agarrou um dos marcadores da rota de cabos e apresentou-o ao Gen. Schwarzkopf em seu retorno. O SBS usando helicópteros Sea Kings retomou a embaixada britânica na Cidade do Kuwait no fim da guerra, embora, como a retomada da embaixada dos EUA, por tropas especiais, também transportadas por helicópteros, não era algo necessário. Depois da Guerra do Golfo o SBS foi usado também para apoio em ações da Alfândega britânica, principalmente em interceptar contrabandistas de drogas.
As equipes do SBS fizeram parte nos exercícios de segurança que envolveu ataques contra instalações nucleares da Grã-Bretanha. Certa controvérsia foi levantada quando se tornaram público as sucessivas infiltrações bem sucedidas do SBS a locais sensíveis do poder nuclear britânico.
Algumas patrulhas do SBS foram para a Bósnia em 1993, e um esquadrão inteiro foi instalado em 1995-96, como parte da força de OTAN que assumiu o controle da área. Durante os bombardeios de Kosovo e da Sérvia em 1999, uma pequena equipe foi unida a 42 Commando do RM, a bordo porta-helicópteros HMS Ocean no Mar Adriático. Ainda em 1999 o SBS operou no Timor Leste. Trinta homens do SBS estavam entre as primeiras tropas a desembarcarem no aeroporto de Dili, junto com elementos do SAS australiano e da Nova Zelândia. Os operadores do SBS capturam documentos que comprovaram que o Exército indonésio participou de ataques no Timor Leste. Trinta homens do SBS estavam entre as primeiras tropas a desembarcarem no aeroporto de Dili, junto com elementos do SAS australiano e da Nova Zelândia.
Em 1988, as equipes do SBS realizaram testes na segurança das instalações do poder nuclear de Grã-bretanha, contra ataques de sabotadores. O seu sucesso em infiltrações nas instalações gerou muitos rumores e discussões sobre a seguranças desses lugares secretos.
O mundo ocidental foi abalado diante dos ataques terroristas em 11 de setembro nos EUA. Mas após identificar os culpados e onde estavam instalados a resposta foi rápida. Os responsáveis pelo ataque pertenciam à organização terrorista Al-Qaeda de Osama Bin Laden, que tinha os seus campos de treinamento localizados no Afeganistão, que estava dominada pela milícia Taleban que dava proteção a organização de Osama bin Laden. Menos de 24 horas após os ataques nos EUA, um satélite de espionagem estava sobrevoando os redutos de Osama bin Laden nas montanhas do Afeganistão.
Dali a 72 horas, forças especiais dos EUA e da Inglaterra estavam a caminho deste país, segundo fontes militares. Duas unidades SAS partiram da base aérea Brize Norton, possivelmente em aviões cargueiros C-130 americanos levando helicópteros Littlebird que os transportariam para dentro do Afeganistão. Oficiais das SAS começaram a desencavar fichas de ex-soldados que haviam servido com os mujahedins durante sua guerra contra a União Soviética. Os aviões mais furtivos da Royal Air Force (RAF), três Nimrods de vigilância e comunicações pertencentes ao Esquadrão 51, normalmente ocultos numa "base dentro de uma base" em Waddington, Lincolnshire, decolaram à noite, partindo para os céus afegãos. Analistas começaram a pinçar sinais de espionagem em busca de sintomas de movimentação entre terroristas assustados com a perspectiva de represália. Soldados das forças especiais russas Spetznat foram consultados. Alguns combateram no Afeganistão. A Chechênia deu-lhes maior experiência, bem brutal, na luta contra soldados islâmicos. Fontes militares dizem que os russos também participaram das operações. As forças especiais de vários países como Austrália, Alemanha e Canadá, também participaram das escaramuças nas montanhas afegãs, ao lado das Forças Especiais americanas (SEALS, Deltas, "Boinas Verdes", USMC Recon) e britânicas.
Mesmo o Afeganistão não tendo nenhuma praia e a quantidade de água ali existente ser muito pequena, o SBS foi desdobrado para operar ali, mas não em suas funções clássicas de incursões anfíbias e subaquáticas. Acredita-se que eles foram destacados para operar a até cerca de 12 milhas da costa, ficando o resto sob responsabilidade do SAS.
Porém a presença de operadores do SBS no Afeganistão vem mostrar a versatilidade desta unidade. Os homens dos SBS são treinados em pára-quedismo, montanhismo, operações aerotransportadas, comunicações, contra-terrorismo e operações de coletas de informações, além de que muitos dos membros do SBS recebem treinamentos em línguas estrangeiras. Sendo assim o SBS estavam entre as unidades especiais moldadas para operar no teatro de operações do Afeganistão.
Os homens do SBS deram suporte a Aliança do Norte na tomada da base aérea em Bagram e estavam entre as tropas que tomaram Cabul. Jornalistas viram no dia 15 de novembro de 2001 cerca de 120 operadores do SBS descendo de um C-130 Hercules na base aérea de Bagram, tomando posições de guarda e depois disto instalando um radar de controle de trafego aéreo.
Além de terem libertado a base aérea de Bagram, os operadores do SBS tiveram, ao lado de operadores do SAS, um papel crítico em uma das batalhas mais sangrentas e prolongadas da campanha inteira.
No dia 21 de dezembro de 2001, A Real Marinha britânica, interceptou o navio MV Nisha. Os serviços de inteligência britânicos ficaram interessados nesse navio de carga que se aproximava da costa inglesa, depois de ter recebido a denuncia de que esse navio poderia está transportando "material terrorista” junto com sua carga declarada de açúcar. a suspeita recaia sobre o transporte de antraz. Combinava com as suspeitas o fato de que a rota do navio era precedida por uma parada em Djibouti, perto de lugares suspeitos de abrigarem forças da Al-Qaeda como Somália e Iêmen. O cargueiro seguiu então para as ilhas Maurício, onde pegou um carregamento de açúcar para ser levado à Londres. Tudo isto fez com que uma operação de segurança sem precedentes fosse lançada.
A fragata Type 23, HMS Sutherland, interceptou o MV Nisha fora da costa de Sussex. Os operadores de SBS inteceptaram o navio em quatro lanchas. Usando técnicas bem treinadas de contraterrorismo marítimo, as equipes de SBS abordaram o cargueiro. Os operadores do SBS tomaram rapidamente a ponte e fizeram uma checagem da embarcação. A tripulação não fez reagiu e nenhum tiro foi disparado. O navio foi levado para um porto e uma inspeção mais completa foi realizada mais nada foi encontrado. mesmo assim a operação foi considerada um sucesso e foi uma demonstração clara de que a Grã-Bretanha tinham condições de responder prontamente a ameaças terroristas.
No dia 16 de abril de 2002, 5 operadores do SBS socorreram cerca de 150 Rangers que se viram cercados por uma força de 500 homens da Al-Qaeda e do Taliban. Os operadores responderam a um chamado de socorro um telefone por satélite. Eles escalaram uma montanha por trás dos terroristas na região de Sha-i-Kot, ao sul de Kabul, de onde lançaram um chuva de balas de metralhadoras e morteiro contra os inimigos. Por esse ato eles foram recomendados a Medalha de Honra do Congresso Americano.
É certo que os homens do SBS estão dando suporte a muitas operações dos Reais Fuzileiros Navais britânicos no Afeganistão em suas inúmeras operações para acabar com os focos de resistência do Taliban e da Al-Qaeda, além de participarem diretamente na caçada de seus líderes, o mulá Mohammed Omar e Osama bin Laden.
O SBS também foi acionado para participar da invasão do Iraque em 2003 que levou a queda de Saddam Hussein. Os homens do SBS operaram ao lado do SAS, do SASR e das forças especiais americanas, junto as forças curdas no norte ou com as comunidades xiitas no sul do Iraque. No começo do conflito os homens do SBS foram envolvidos nos preparativos para um assalto anfíbio a Península de Al-Faw, próxima ao porto de Umm Qasr. Depois foram inseridas equipes no norte do Iraque para realizar missões de reconhecimento e sabotagem. Um destacamento de cerca de 40 homens do SBS foi lançado perto de Mosul de onde se dividiu em pequenos grupos para realizar as mais variadas missões.
Em 2003 uma patrulha móvel do SBS em Land Rover caiu em uma armadilha criada por seus guias/interpretes, quando estava em uma operação de caça contra membros da Fedayeen, força paramilitar de Saddam. No combate que se seguiu contra cerca de 300 iraquianos a coluna do SBS foi forçada a abandonar parte de seu equipamento, incluindo um Land Rover e um quatriciclo. Ex-SAS criticaram a atitude do SBS, criando um clima desagradável entre as duas unidades, mas tudo foi logo contornado. As dúvidas sobre a eficácia do SBS são infundadas pois o O SBS participou de mais operações de combate no Afeganistão do que o SAS e todas bem sucedidas.Por sua bravura até ago/2004 os membros do SBS receberam 24 condecorações por sua participação no Afeganistão 16 por seus serviços no Iraque.
Em 2004, durante os Jogos Olímpicos de Atenas, Grécia, membros do SBS do Esquadrão M foram convocados para darem treinamento e suporte as forças especiais navais da Grécia, conhecidas como Monada Yprovrixon Kastrofon, em contraterrorismo marítimo, tendo como foco a proteção do porto de Atenas. Ambas as unidades usam seleção e as técnicas de treinamento similar e, durante a guerra de golfo, os gregos trabalharam junto com os Ingleses na ajuda para reforçar o embargo da ONU contra Saddam. O SBS também foi usado na proteção do Queen Mary 2 - QM2, e de outros oito barcos que ficaram no porto para os jogos em Atenas.
Embora a segurança dos atletas britânicos nos Jogos Olímpicos de Atenas fosse de responsabilidade de policiais britânicos e das autoridades gregas, uma equipe de contra-terrorismo do SAS, ajudou o Exército helênico com uma estratégia contra-terrorista. Diversas situações com reféns foram examinadas e discutidas com as autoridades gregas.
Também em maio de 2004 dois operadores do SBS foram presos pela polícia da Espanha quando dirigiam uma camioneta com um barco Zodiac na traseira e caixas de equipamentos. Andrew Smith, 26, e Gordon Athey, 28, os dois operadores do SBS foram presos na costa de Malaga durante uma operação secreta, não autorizada em território espanhol. Ficaram detidos por quatro horas. Como represália Espanha revelou a identidades dos dois e pouco depois os soltou. Sendo assim provavelmente os operadores não poderão mais operar no SBS e terão que voltar para os Royal Marines. A policia desconfiou dos dois pois aquele local da costa é usado por traficantes para trazerem drogas da África, usando lanchas infláveis. Confundidos como traficantes, mesmo depois de terem apresentado as duas identificações da OTAN, os dois foram presos. O governo britânico pediu desculpas, mas disse que não era necessária a revelação das identidades dos dois. Fontes da defesa britânica disseram que era improvável que a presença dos dois estivesse relacionada a um exercício, mas o certo é que as forças especiais britânicas secretamente testam rotineiramente rotas e áreas em torno do mundo onde os cidadãos britânicos possam necessitar ser evacuados. A Marinha Real britânica desculpou-se da quebra de um acordo que impede que tropas britânicas movimentem equipamento militar para Gibraltar através da Espanha.




Imagem

Um abraço!
Fernando Augusto Terra
Avatar do usuário
faterra
Sênior
Sênior
Mensagens: 5096
Registrado em: Qui Dez 15, 2005 10:25 pm
Localização: Belo Horizonte - MG
Agradeceu: 89 vezes
Agradeceram: 79 vezes

#3 Mensagem por faterra » Sáb Abr 07, 2007 4:20 pm

SBS - Special Boat Service
(Serviço Especial de Embarcações)

Parte III

ORGANIZAÇÃO

Antes de sua reorganização em 1987, o então Esquadrão Especial de Barco era formado por aproximadamente 150 homens, com aproximadamente 50 reservistas. De acordo com uma declaração do Ministério da Defesa britânico, na estrutura da força há quatro esquadrões no Serviço Especial de Barco.
Presumivelmente um é formado por reservistas. Dos três esquadrões da ativa um é responsável pelas operações com mergulhadores e canoeiros, um é responsável por pequenas embarcações e projetos de mini-submarinos e o terceiro é responsável pela luta anti-terror.
Esta é a especialização de cada esquadrão do SBS:
• Esquadrão C – Especialista em infiltrações secretas usando canoas de 2 operadores.
• Esquadrão M – Especialista em contra-terrorismo marítimo e embarcações de assaltos (como barcos infláveis e rígido-infláveis). Consiste nas tropas Preta, Ouro e Roxa. A tropas Preta é especializada em operações anti-terroristas usando helicópteros.
• Esquadrão S – Focado no uso de mini-submarinos e em veículos de transporte de mergulhadores.
• Esquadrão SBS(R) – Homens com experiência militar precedente ou que serviram por dois anos na Reserva do Royal Marines podem fazer um curso especializado e ganhar a qualificação do Specialist Qualification of Swimmer Canoeist. Este esquadrão fornece operadores individuais pra servirem no SBS regular.
Cada tropa operacional tem cerca de dezesseis homens pelo menos no papel tradicional de nadadores-canoistas, que podem se dividir em oito pares por canoa, quatro patrulhas de quatro homens ou duas equipes em barcos pequenos.
As embarcações do 539º Esquadrão de Assalto dos RM, assim como os vários artefatos de desembarque usados por este e outros esquadrões, fornecem uma sustentação adicional. O apoio de aéreo dos esquadrões navais com seus helicópteros Sea King e também da RAF que usa aeronaves C-130 Hercules e helicópteros CH-47 Chinook.

MISSÕES

Unidade especial de operações marítimas, especializando-se em coletas de informações , observação, ataques subaquáticos, reconhecimento litorâneo e sabotagem como unidade contra-terrorista marítima e unidade especial de operações de propósitos gerais. Suas missões são comparáveis a grosso modo as missões realizadas pelo braços navais do SAS britânico (que possui uma unidade semelhante ao SBS) e do Spetsnaz Naval russo e das unidades especiais da marinha americana, os SEALS.
Antigamente existia uma distinção bem clara sobre as responsabilidade entre o SAS e o SBS. O SAS se encarregava de operações mais profundas dentro do território inimigo, incluindo o treinamento de forças locais e o SBS tinha como responsabilidade as operações contra embarcações e instalações navais, reconhecimento de potenciais praias de desembarque e de atividades inimigas na costa.

SELEÇÃO E TREINAMENTO

Tradicionalmente, os nadadores-canoeiros do SBS evitam publicidade e se negam a revelar a natureza de suas operações clandestinas. Sabe-se, entretanto, que os homens do SBS são treinados nas várias técnicas de coleta de informações e em planejamento e execução de ataques altamente destrutivos, por trás das linhas inimigas. Entrar para o SBS não é uma empreitada fácil.
Antigamente os candidatos deviam fazer parte do Royal Marine Commando, com pelo menos três anos de serviço. Mas hoje com o SBS passando para a subordinação do UKSF, qualquer militar das três armas pode ser candidatos ao SBS.
Para que um homem se qualifique como um operador do SBS ele deve passar por um período de treinamento extremamente rigoroso e exigente. Os candidatos a membro do SBS (que podem ser graduados ou oficiais) devem apresentar inteligência acima da média, para operar com equipamento eletrônico complexo, além de compilar relatórios detalhados e precisos de maneira factual e extremamente séria.
As habilidades intelectuais ganham também importância crucial para o eficiente reconhecimento de praias. Durante tais operações, espera-se que as equipes identifiquem os pontos de desembarque adequados, recolham amostras de areia para testes de sustentação de peso e determinem a topografia das praias. Todas essas atividades devem ocorrer bem debaixo do nariz do inimigo e sem deixar nenhuma espécie de pista. Os nadadores-canoeiros são treinados para sentirem-se à vontade tanto debaixo da água quanto na superfície, pois a maior parte de suas atividades envolve viagens clandestinas dentro do território inimigo. Recebem, além disso, instruções severas para nunca deixar para trás um companheiro ferido, que poderia, sob pressão, revelar detalhes.
As equipes são infiltradas por diversos métodos: pela superfície da água, com o emprego de botes infláveis Gemini ou canoas Klepper, de dois lugares; também se utilizam submarinos ou saltos de pára-quedas no mar. Os recrutas devem ser capazes de manejar todos os tipos de meio de transporte, sob as mais diversas condições, além de remar seus barcos por grandes distâncias. Outra atividade essencial para todos os membros do SBS é o mergulho. Em seus exercícios iniciais os homens treinam com ar comprimido, depois passam a utilizar tangues de oxigênio, bem mais volumosos.
Os mergulhadores aprendem a entrar e sair de um submarino submerso e a operar debaixo da água por longos períodos de tempo. A natação subaquática permite também que as equipes do SBS executem operações de sabotagem, colocando minas magnéticas sob o casco de embarcações inimigas. Elas possuem dispositivos de retardo, de modo que a explosão ocorra quando os sabotadores já estão em segurança. No tocante às armas portáteis, os homens aprendem todas as minúcias do uso de submetralhadoras, como a Ingram, americana, e a Heckler & Koch MP5, alemã, e outros equipamentos não utilizados regularmente pêlos Comandos de Fuzileiros. É dada atenção especial ao desenvolvimento das habilidades de atirador de elite.
Se o recruta não for um pára-quedista muito bem treinado, é enviado para fazer um curso especializado e receber suas "asas". Também recebem instruções sobre procedimentos para se encontrarem com submarinos no mar. Depois de libertar-se de seu pára-quedas a poucos metros acima da água, o recruta tem de esperar pela embarcação. Existem diversas técnicas para que um submarino localize o nadador e se aproxime dele. A mais simples e à prova de falhas é o "bongie": um tubo de 15 cm de comprimento, contendo uma grande esfera de rolamento, que, quando virado para baixo, produz debaixo da água um eco característico. Sob a água, esse som pode ser detectado pelo sonar do submarino ou por outros sistemas de detecção de som.
Devido à intensidade do treinamento no SC3, os recrutas aprendem a passar com pouco tempo de sono. O dia, para eles, começa às 5h30 e vinte minutos depois já estão no ginásio, prontos para uma hora de exercícios físicos. Freqüentemente eles só completam as atividades à 1 h da madrugada, o que lhes dá apenas quatro horas e meia de sono. Nenhum detalhe do número de homens que "sobrevive" a esse rigorossíssimo regime é divulgado, mas durante a década de 50 apenas 20% dos candidatos ingressavam efetivamente no SBS.
Vejas as etapas do treinamento dos candidatos a operador do SBS:
Boating Week:
• Passar por uma prova de preparação de combate.
• Passar na prova de nado, que exige fazer 600m em 15 minutos, 50m vestido com uniforme de combate, armamento e estojo, e 25m subaquático.
• Mostrar aptidão com canoas.
Diving Week:
Completar uma série de mergulhos, com o objetivo de mostrar confiança e uma boa disposição para mergulhar. Se bem-sucedidos os homens irão participar de um curso de seleção em conjunto do SAS/SBS:
• A fase das encostas de Brecon Beacons, País de Gales, um dos locais de treinamento do SAS. (3 semanas): Navegação terrestre, com equipamento completo, esta fase termina com um dificílimo teste de resistência, a 'Long Drag', que é uma marcha de 64 km em 20 horas, carregando uma mochila de 20 kg. A maioria dos candidatos desistem nesta fase.
• O treinamento de Pré-selva (2 semanas): trabalhasse as patrulhas de quatro homens.
• O Treinamento de selva em Brunei (6 semanas).
• Semana do Oficial/treinamento de sinais (comunicações) (1 semana).
• Treinamento com armas de suporte (1 semana).
• O Curso de instrução de combate e sobrevivência do Exército (2 semanas): Sobrevivência, fuga e evasão, resistência, treinamento para suportar interrogatórios.
• A próxima fase acontece em Hereford, quartel-general do SAS:
• Treinamento em demolições (2 semanas).
• Treinamento em postos de observação (1 semana).
• O Curso de CQB - Close Quarter Battle (Combate em Ambientes fechados) (2 semanas).
• Cursos individuais de habilidades (8 semanas): durante esta fase os homens farão treinamentos em demolições. Os oficiais recebem treinamento em línguas e fazem o Curso de Comandante de Forças Especiais.
• Curso de pára-quedismo em linha estática (3 semanas) - para aqueles que ainda não são qualificados como pára-quedistas.
Após sua aprovação, o operador classificado como SC3, prestará serviços no SBS por alguns anos, e depois desse período poderá ser transferido para um estágio numa outra unidade de comandos. Esse sistema tem suas vantagens: os Fuzileiros não desejam que o SBS se torne uma unidade secreta no interior da unidade maior, e esse procedimento garante que alguns homens de suas fileiras estejam completamente familiarizados com as necessidades e métodos especializados das equipes de canoeiros. Freqüentemente os melhores elementos voltam ao esquadrão durante seu período de serviço com os Fuzileiros, para fazer outros cursos e obter melhores qualificações. Naturalmente o treinamento nunca cessa.
O SBS usa o uniforme padrão dos fuzileiros navais britânicos e a boina verde de "comando". Em trajes de desfile ou de caserna, as indicações de que um soldado pertence ao SBS são o distintivo de pára-quedista dos fuzileiros navais, no ombro direito, e o de canoeiro-mergulhador, no antebraço direito. O primeiro são as asas características e o último, a inscrição "SC" (Swimmer/Canoeist) com uma cruz acima e folhas de louro dos lados. Os oficiais do SBS usam as asas, mas não apresentam o distintivo de canoeiros (embora sejam qualificados para tanto, pois passaram pelo curso).
Os homens do SBS podem ir para mais treinamento em medicina de combate, comunicações, operações de contra-terrorismo, línguas estrangeiras, guia de SDV e muitas outras habilidades. Também são realizados muitos exercícios nações aliadas, especialmente com unidades afins, como os US Navy SEALS e os SBS Holandês. Na verdade, existem duas classificações mais elevadas que a SC3, ou seja, a SC2 e a SC1, que requerem provas ainda mais rigorosas. Durante esses cursos, os homens podem aprender uma língua estrangeira, enquanto outros são instruídos sobre guerra no Ártico. Os oficiais do SBS não são obrigados a deixar a unidade depois de um período determinado, como ocorre no SAS. Como acontece em algumas outras forças especiais, geralmente são convidados a sair se desejam promoção além de um certo posto.
Os treinamento no SBS são bem duros e realistas, como prova disto temos a morte do comandante da unidade em março de 2005 durante um exercício da OTAN. O Tenente coronel Richard Van Der Horst, 38 anos, era um oficial dedicado a sua unidade. Entrou no SBS em 1991 não participou da primeira guerra do golfo, mas operou no norte do Iraque em missões de policiamento no Kurdistão. Participou também da operação de resgate de soldados britânicos em Serra Leoa em 2000, a Operação Barras, em parceria com o Regimento de Pára-quedistas britânico e o 22 SAS. Ele foi condecorado com uma OBE por seus serviços na segunda guerra de golfo em 2003, quando o SBS ajudou a impedir que as forças de Saddam Hussein destruíssem as instalações de petróleo no sul do Iraque. Durante o exercício Battle Griffin, na Noruega, Van Der Horst liderava uma equipe de mergulhadores perto da base naval de Olavsvern, dentro do círculo ártico, próximo de Tromso. Ele não precisava como comandante do SBS participar deste desta missão, mas ele gostava de estar perto de seus homens. Os mergulhadores eram conduzidos por um SDV, um minisubmarino, projetado para o US Navy Seals tinha piloto, navegador e quatro mergulhadores. Houve problemas no equipamento de oxigênio do comandante do SBS e ele foi levado para o hospital inconsciente. Morreu alguns dias depois no hospital. O exercício Battle Griffin, envolveu 14.000, e tinha por objetivo treinar a retomada de equipamentos e navios petroleiros das mãos de terroristas.

UNIFORMES

O SBS usa o uniforme padrão dos fuzileiros navais britânicos e a boina verde de "Commando". Em trajes de desfile ou de caserna, as indicações de que um soldado pertence ao SBS são o distintivo de pára-quedista dos fuzileiros navais, no ombro direito, e o de canoeiro-mergulhador, no antebraço direito. O primeiro são as asas características e o último, a inscrição "SC" (Swimmer/Canoeist) com uma cruz acima e folhas de louro dos lados. Os oficiais do SBS usam as asas, mas não apresentam o distintivo de canoeiros (embora sejam qualificados para tanto, pois passaram pelo curso).
Nos últimos anos o SBS passou de quase 100 operadores para cerca de 250, deixou de está debaixo do Comando dos Royal Marines para o UKSF, e trocam 'Not By Strength By Guile', o antigo slogan do SBS que o acompanhou por muitos anos pelo novo 'By Strength And Guile', mais compatível com suas missões de assalto, bem diferentes de suas missões de reconhecimento e recolhimento de inteligência de antigamente. Apesar de não estarem mais debaixo dos Royal Marines os operadores do SBS usam ainda as boinas verdes do fuzileiros navais, mas com o seu novo emblema, aprovado pela Rainha.

ARMAMENTOS E EQUIPAMENTOS

As patrulhas de meia seção do SBS, formadas por quatro homens, encontram-se geralmente munidas com fuzis M-16 ou M-4 norte-americanos ou submetralhadora da série MP5 com silenciado. Outras armas que podem ser usadas como lançadores de granadas, o fuzil HK53 que foi visto em uso no Timor Leste, o fuzil para tiro de escol L96 A1, armas antitanque, morteiros, pistolas de 9mm, etc. Entre os equipamentos de patrulha encontram-se explosivos plásticos, assinaladores laser transmissores-interferidores.
As patrulhas de reconhecimento do SBS costumam carregar pouco equipamento e possuem três kits denominados de fuga e evasão, de cinturão e de fardo. Pouco se sabe a respeito do kit de fuga e evasão, presumindo-se que seja de dispositivos de sobrevivência ocultos entre as roupas e nos outros equipamentos. No kit de cinturão há uma pistola,faca, linha de pesca, cantil, cordas, coldres e porta-carregador. O de fardo contém comida extra, roupa seca e um poncho a prova d'água.Os botes utilizados pelo SBS incluem os de remo (semelhantes aos de surf), os dobráveis Klepper Mark 13 especialmente produzidos, e os infláveis Gemini bem maiores, com motor de popa de 40 cv. Há também os "Rigid Raider", versões militarizadas do barco de pesca "Dory" com motor de popa de até 140 cv, operados pêlos especialistas do esquadrão de "Rigid Raider" dos Fuzileiros Navais, com capacidade para transportar dez soldados.
Além dessas embarcações o SBS conta também com o "Kestrel", um bote dobrável para três pessoas, pequeno o suficiente para ser atado à perna de um pára-quedista. Esse barco tem um motor de 9,5 hp, que é lançado em separado, usa-se dióxido de carbono para inflá-lo. Para realizar as suas missões os homens podem usar qualquer tipo de uniforme existente nas forças armadas britânicas ou não, inclusive misturando itens. O objetivo é usar o uniforme mais adequado a missão e não dar "pistas" da origem da força que o está usando.




Imagem

Um abraço!
Fernando Augusto Terra
Avatar do usuário
faterra
Sênior
Sênior
Mensagens: 5096
Registrado em: Qui Dez 15, 2005 10:25 pm
Localização: Belo Horizonte - MG
Agradeceu: 89 vezes
Agradeceram: 79 vezes

#4 Mensagem por faterra » Sáb Abr 07, 2007 4:28 pm

SBS - Special Boat Service
(Serviço Especial de Embarcações)

Parte IV

APOIANDO O SAS E O SBS

A maioria das operações especiais britânicas são integradas, e as funções "ponta da lança" são executadas pelo SAS/SBS. Os papéis vitais de sustentação são fornecidos pelos vários elementos das forças armadas do Reino Unido.

O Special Forces Support Group (SFSG)

Este é o grupo de sustentação das forças especiais do Reino Unido. Sua tarefa preliminar é fornecer a infantaria em grande escala para suportar o SAS e o SBS em suas operações.
A criação da unidade surgiu da necessidade de fornecer uma tropa de infantaria que desse suporte às forças especiais do Reino Unido. Isto era feito através de várias unidades ad hoc do Exército britânico, como o Regimento de Pára-quedistas e os Royal Gurkha Rifles, bem como os Royal Marines. O SFSG irá cobrir em definitivo a lacuna aberta pela falta de poder de fogo dos pequenos grupos de tropas altamente treinadas do SAS e do SBS que não tinham poder de fogo suficiente para enfrentar os grandes grupos de terroristas no Iraque e no Afeganistão.
Por causa da similaridade inicial com os US Army Rangers, a unidade ficou conhecida como os Rangers britânicos. A unidade inclui Commandos dos Royal Marines (100), tropas do Regimento de Pára-quedistas (500) e peritos em queda livre do Regimento da Real Força Aérea – RAF (100). O núcleo da unidade é 1 pára. A unidade contará com cerca de 700 homens, aproximadamente o tamanho de um batalhão padrão da infantaria. O comandante será um Tenente Coronel do Regimento de Pára-quedistas. Os Royal Marines seriam usados também na sobrevivência marinha, e sua conhecida cooperação com o SBS e o Regimento da RAF em sua capacidade de tomar aeródromos e locais de aterrizagem.
A unidade foi estabelecida para suportar o SAS e o SBS em batalha, mas suportará também polícias quando tratarem de ataques terroristas. Embora a unidade tenha sido criada para fornecer suporte as forças especiais britânicas, ela também será treinada para o operações de contra-insurgência, contra-terrorismo e reconhecimento.
Todos os homens selecionados para o SFSG têm que ter passado por qualquer um desses cursos de seleção: o curso dos Royal Marines Commandos, a seleção do Regimento Pára-quedista ou o curso de seleção de pára-quedistas da RAF.
Em operações, a unidade pode abranger os vários papéis, como fornecendo ataques diversionários, fogo de sustentação, força de proteção, e suporte a tarefas do treinamento. Os membros da unidade continuarão a carregar seus próprios emblemas. Além carregarão um novo emblema de ombro que descreve uma adaga de prata em um fundo verde, com um raio preto com linha vermelha através dele. A unidade está localizada na base da RAF em Saint Athan, perto de Cardiff, Gales, perto da base do SAS em Hereford.
Segundo informações tropas do SFSG já operaram em Bagdá. Cerca de 100 pára-quedistas do Exército britânico foram enviados para essa cidade a serviço do SFSG. Sempre que o SAS vai realizar incursões contra terroristas em áreas altamente perigosas em Bagdá, os pára-quedistas são usados para fornecer a segurança do perímetro.
Usando uniformes americanos e se deslocando usando Humvees americanos, as tropas usam rifles de assalto C7 Diemaco - uma versão canadense do M16. Eles funcionam como uma força de reação rápida de apoio às operações do SAS e do SBS.
As tropas desdobraram-se para Bagdá no fim de 2005. após ter-se submetido a um treinamento com especialistas do SAS em Hereford, o que incluía o uso de armas e equipamentos americanos. Segundo uma fonte de inteligência o uso de uniformes americanos é a melhor forma de chamar a menor atenção do que o uniforme de pára-quedistas britânico em Bagdá.

Task Force 145 (TF 145)

Entre muitas de suas missões, o SFSG esteve envolvido na caçada ao terrorista, líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi. O SFSG fazia parte da Task Force 145 – TF 145. Uma organização especial formada pelas principais forças de operações especiais dos EUA (Rangers, força Delta, DEVGRU, 160º SOAR, etc) e Reino Unido, e está baseada em Balad, Iraque.
A TF 145 foi formada em 2003 e tinha a tarefa de capturar ou matar Saddam Hussein e seus 55 auxiliares diretos, estampadas em cartas de baralho. O Esquadrão C da Força Delta capturou Saddam Hussein em dezembro de 2003. Após essa captura, os principais esforços da TF 145 foi o de capturar ou matar Zarqawi, que representava a principal ameaça à estabilidade no Iraque. Enquanto o combate aos insurretos e a reconstrução do Iraque continuava, a TF 145 cresceu e passou por diversas mudanças. As TF 121 e a TF 626 foram suas precedentes.
No Iraque a TF 145 foi dividida em quatro grupos:
• Task Force West: Organizada em torno do SEAL Team 6 (DEVGRU) com suporte dos US Rangers.
• Task Force Central: Organizada em torno da Força Delta com suporte dos US Rangers.
• Task Force North: Organizada em torno do Batalhão dos US Rangers, combinada com um pequeno elemento da Força Delta.
• Task Force Black: Organizada em torno do 22 SAS (Esquadrão Sabre), suportado por tropas pára-quedistas do SFSG.
O refúgio de Zarqawi foi descoberto 15 dias antes do ataque mortal do dia 8 de junho de 2006. Foram várias as fontes utilizadas pela Força-Tarefa (Task Force) 145, nesta operação formada por americanos, ingleses e membros do serviço secreto jordaniano.
Por exemplo, no mês de maio, os agentes da Jordânia (um dos melhores serviços secretos do mundo) capturaram, no seu país, Khalaf al Karbuli. Karbuli era um dos encarregados, à distância, da análise do quadro voltado à proteção de Zarqawi. Por outro lado, a Task Force 145 se aproveitou da chamada Lei da Vendetta (Vingança). Pela tradição tribal, a morte de um xeque de clã implica em represália de sangue. No particular, Zarqawi liquidou mais de dez xeques de clãs regionais.
No campo da contra-informação, os serviços secretos norte-americanos, de maneira eficientíssima, trabalharam para difundir a imagem de Zarqawi como o protagonista da luta de resistência e da jihad (guerra santa). O vídeo exibido, encontrado em abril, mostrou o protagonismo de Zarqawi, e o mito do chefe único levou à reprovação por parte de lideranças sunitas, que estão em desvantagem em face dos xiitas. Fora tudo isso, o líder espiritual de Zarqawi -- o emir Kudeis al Juburi --, estava sendo seguido havia 6 semanas. Ele acabou morto na habitação que servia de refúgio a Zarqawi. Também pesou o prêmio de US$ 25 milhões: na terça e quarta-feira (dias 6 e 7 de junho) surgiu a delação de que Zarqawi participaria, no seu local de refúgio, de uma reunião.
Depois do êxito do ataque aéreo com caças F-16 usando bombas de 250 kg, verificou-se que Zarqawi estava em companhia de uma mulher, uma criança, do líder espiritual Juburi e dois seguranças. Apenas parte do corpo de Zarqawi foi mostrada, depois de recolhidos os pedaços. Ele foi reconhecido prontamente devido a uma particular tatuagem e velhas cicatrizes de ferimentos experimentados no Afeganistão. No lugar do "príncipe da Al Qaeda no Iraque" assumiu o egípcio Abul Masri, que era seu lugar-tenente.
A divulgação da foto de Zarqawi morto foi uma maneira pensada (pelos serviços de inteligência dos EUA, Jordânia e Inglaterra) de mostrar aos terroristas fundamentalistas (incluído a Al Qaeda) que o 'ocidente' também sabe impactar (os terroristas exibiram filmes de decapitações e atentados espetaculares). Em síntese, é o impacto da chamada guerra psicológica, usada para abater o moral do adversário.

O Special Reconnaissance Regiment (SRR)

Esta unidade foi criada em 2005 e é um Regimento das Forças Especiais do Reino Unido. O novo regimento absorveu a 14ª Companhia de Inteligência, unidade integrada pela polícia secreta e dedicada a obter informação sobre suspeitos de terrorismo norte-irlandeses, que operou em Ulster por mais de 20 anos.
A 14ª Companhia de Inteligência aperfeiçoou a arte do vigilância secreta em áreas urbanas e rurais e criou uma rede de agentes duplos que forneceram as forças de segurança britânicas uma inteligência confiável sobre ataques terrorista. Seu sucesso em vigiar, e sua habilidade em plantar dispositivos de escuta, grampear telefones e instalar câmeras de vídeo nos esconderijos e carros dos terroristas, tornaram a unidade famosa. Tal era o segredo em torno da unidade que poucas de suas operações se tornaram pública. Os membros da unidade são, entretanto, alguns dos homens e mulheres mais altamente decorados.
Um de seus grandes sucessos foi fornecer informação para a operação do SAS em 1988 que conduzi a morte três terroristas do IRA que estavam planejando atacar as forças britânicas em Gibraltar. A unidade também tomou parte uma operação contra terroristas que planejavam atacar uma estação policial em Loughgall, condado de Tyrone, em 1987. Oito membros do IRA foram mortos pelo SAS em uma emboscada cuidadosamente planejada.
Os recrutas do SRR (homens e mulheres) são treinados pelas 22 SAS. eles são oriundos das três armas e muitos deles têm aparência oriental ou mediterrânea, ou são membros das etnias minoritárias ou etnicamente árabes. O intenso treinamento tem a duração de seis meses onde os recrutas aprendem técnicas de primeiros socorros, vigilância, reconhecimento, coleta de informações, comunicações, Close-Quarter Battle-CQB, explosivos e uso de vários tipos de armas britânicas e estrangeiras. A prioridade será dada à capacidade de misturar-se ou infiltrar-se nos grupos terroristas islâmicos. Os que forem aprovados, espera-se uma taxa de aprovação de apenas 10%, serão enviados para um curso de árabe na escola de línguas das forças armadas britânicas em Beaconsfield, Buckinghamshire.
Essa unidade foi criada para atender a uma demanda mundial na coleta especializada de informações no combate ao terrorismo. Seu QG fica em Hereford sede do 22 SAS. O SRR é encarregado da coleta especializada de informações e assim libera o SAS e SBS para missões “mais duras” de combate. O papel do SAS e do SBS é essencialmente matar pessoas. O papel do SRR é fornecer a inteligência para o SAS e o SBS fazerem isso.
O SRR tem de 500 a 600 homens. Pode operar tanto dentro do Reino Unido quanto em operações no exterior.
Seu emblema é uma espada, tendo a frente um capacete corintiano e escrito numa flâmula Reconnaissance (Reconhecimento). Esta unidade participou da operação de vigilância que terminou tão tragicamente para o jovem imigrante Jean Charles de Menezes, que foi morto por agentes de segurança britânicos.
O SRR terá como missão também se infiltrar em grupos terroristas, diretamente ou usando agentes duplos. Para isso podem operar junto a agências de inteligências como a CIA e o Mossad. Logicamente a sua cooperação com o MI5 e MI6 deverá ser total.

Esquadrão Aeronaval 848

Este é um esquadrão de helicópteros da Marinha Real britânica, que opera helicópteros Sea King e é treinado especialmente para suportar operações do SBS e dos RM Commando. Helicópteros Sea King do 848 transportaram, junto com Chinooks da RAF, operadores do SBS para a cidade do Kuwait em 1991 em sua missão de recuperação a Embaixada britânico. Os Sea Kings desembarcaram equipes de snipers de SBS em edifícios próximos para cobrir a principal a força enquanto membros do SBS desciam de cordas dos Chinooks.

Esquadrão No. 7 da RAF

As Forças Especiais de Helicóptero da RAF voa o Chinook HC2. A unidade é treinada para executar operações de inserção e extração de tropas especiais em larga escala atrás das linhas. Isto envolve frequentemente voar centenas das milhas no nível da copa das árvores para evitar o radar inimigo. Os Chinooks desse esquadrão introduziram patrulhas do SAS na famosa caça aos Scuds iraquianos em 1991 e equipes de sabotagem do SBS.

Esquadrão No. 47 da RAF

Os Hercules C130K do esquadrão No. 47 são usados para transportar equipes do SBS profundamente em território hostil. Podem ser usados como uma plataforma para saltos HALO ou podem deixar cair tropas e barcos de SBS no mar para operações marítimas. Os Hercules podem também ser usados em operações de ressuprimento do SBS através de lançamentos de carga aérea.

Recursos da Marinha Real

As embarcações da Marinha Real suportam o SBS em suas missões antiterror e antidrogas nos mares e nos campos de óleo que cercam o Reino Unido. Em suas operações mais convencionais como assaltos anfíbios ou reconhecimento, os operadores do SBS podem ser lançados das fragatas e dos submarinos nucleares da Royal Navy (RN).

Fuzileiros Navais Reais

No evento de uma operação marítima de grande escala do SBS, tal como uma missão do salvamento no Mar do Norte, os Royal Marines (RM) podem ser chamados para fornecer o poder de fogo adicional. No exemplo da retomada de uma plataforma ou de um navio petroleiro, o SBS cuidaria dos objetivos mais críticos, enquanto os fuzileiros navais procurariam tomar outros pontos da embarcação/instalação. Na verdade essa responsabilidade de suporte esta passando para o Special Forces Support Group (SFSG).
Grupo de Proteção da Frota dos Reais Fuzileiros Navais (Fleet Protection Group Royal Marines - FPGRM) Este é um excelente grupo de suporte as operações de proteção e guarda do SBS, e é especializado em várias responsabilidades, incluindo a guardar de armas nucleares da Grã-bretanha e recursos navais de valor elevado.

Fonte: http://tropasdeelite.e1.com.br/UK_SBS.htm




Imagem

Um abraço!
Fernando Augusto Terra
Avatar do usuário
faterra
Sênior
Sênior
Mensagens: 5096
Registrado em: Qui Dez 15, 2005 10:25 pm
Localização: Belo Horizonte - MG
Agradeceu: 89 vezes
Agradeceram: 79 vezes

#5 Mensagem por faterra » Sáb Abr 07, 2007 8:29 pm

Entre os armamentos utilizados pelo SBS temos também a pistola submarina HK P11, que atira dardos debaixo d'água, podendo disparar também fora d'água.

Se sabe realmente muy poco acerca de este arma tan particular. Solamente puede hacer cinco disparos. El problema es la recarga, que toma mucho, realmente mucho tiempo: es necesario enviar una pieza completa del arma nuevamente a la fábrica para que ellos hagan el trabajo.
Fue diseñada en la década de 1970, y entró en servicio hacia 1976. Se supone que la fabrica la conocida empresa alemana Heckler und Koch, pero esa empresa no ha dado su reconocimiento oficial. Dispara dardos calibre 7,62 x 36 mm, tanto fuera como debajo del agua. El alcance efectivo de la P11 parece ser de 30 metros sobre el agua, con un sonido poco más fuerte que el de una MP5SD. Debajo del agua, por obvias razones, el alcance se reduce a unos 10 o 15 metros, lo cual sin embargo parece ser bastante eficiente.
Otra de las extrañas características de la P11 es que no está accionada por pólvora, sino por dos baterías eléctricas. Más extraño todavía, teniendo en cuenta su propósito: ser disparada bajo el agua. Las dos baterías están alojadas en la empuñadura, totalmente aisladas del entorno para evitar problemas.
Los dardos están alojados en un tambor tipo revolver, y es por eso que esta parte debe ser desensamblada y enviada a la fábrica para que los dardos puedan ser recargados.
La P11 está reportada en servicio con los buzos de combate de Alemania, la SAS de Inglaterra, y 100 unidades de las Fuerzas Especiales de Estados Unidos. También es usada por Holanda, Dinamarca, Noruega e Israel, en sus unidades de buzos especiales de combate. Es un arma exclusiva para fuerzas especiales.
Es sin duda una buena arma, para haber permanecido en servicio durante tanto tiempo. Su uso en combate, sin embargo, es un secreto, aunque no sería nada extraño que haya sido usada en misiones secretas en alguna de las guerras pasadas durante su servicio.
Calibre 7,62 x 36 mm
Largo 200 mm
Ancho 60 mm
Distancia entre puntos de mira 146 mm
Surcos 180 mm a la derecha
Peso (cargada) 1,2 kg
Peso de la batería 0,7 kg
Alcance (fuera/dentro del agua) 30/15 a 10 metros


Fonte: http://www.armedassault.com.ar/foros/in ... wtopic=106
SpetZ NatZ

Imagem Imagem
Fotos: http://casusbelli.iespana.es/arsenal/p11.htm




Imagem

Um abraço!
Fernando Augusto Terra
Responder