Temos três departamentos de pessoal, três secretarias de finanças, três sistemas de comunicação social, três secretarias de inteligência e três departamentos de ensino. Isso é razoável? A milicada acha que sim...
Pepê
Pepê, não sei se vou ter tempo agora de responder, tenho que sair, mas:
três departamentos de pessoal
A carreira de cada força possui características próprias. Por ex, os oficiais do EB cursam 2 anos a ECEME, enquanto a MB e a FAB é um ano; o interstício normalmente é diferente, dependendo da necessidade de cada força, definida anualmente no Plano de Carreira; este Plano de Carreira é diferente para cada força; etc.
três secretarias de finanças
Para cada compra, que necessita conhecimento técnico específico, é preciso uma licitação separada; cada contrato, com empresas diferentes, inclui as necessidades específicas operacionais de cada força; os recursos provenientes do governo são colocados em ND diferentes; etc.
três sistemas de comunicação social
Qual o problema? Não é melhor que as informações prestadas tenham credibilidade? Não notou que eu raramente escrevo nos tópicos sobre força aérea e exército? Posso sair dando opiniões descabidas, mas logo iriam perguntar que é o louco que fala tanta besteira de algo que não é sua área.
três secretarias de inteligência
Pepê, qual inteligência? Hoje em dia podemos falar de inteligência estratégica ou inteligência operacional. Na estratégica, as FFAA contribuem. Na operacional, gostaria muito que o EB passasse para a MB as características dos radares do LCS americano, ou que a FAB conseguisse informações sobre os novos BTR da Colômbia, ou que a MB passasse ao EB as frequências de comunicações das FARC, p. ex.
Órgãos diferentes, para necessidades diferentes. Ninguem iria operar o cérebro com um proctologista.
três departamentos de ensino
As necessidades de instrução das forças são diferentes. Não precisa ser especialista para intuir isso.
Veja os praças , p. ex: Um oficial do EB iria gerenciar a formação de uma praça submarinista? Ou um oficial da MB ser responsável pelos cursos de FE do EB? Que tal oficiais da FAB gerenciarem os cursos de formação de Operadores Radar ou Sonar na MB, ou de guerra na selva, em Manaus?
Pepê, não somos tão burros assim. Os mais interessados em economizar recursos, integração, melhoras no gerenciamento das forças, somos os militares.
Que tal antes de soluções espetaculares, ou questionamento radicais, verificar como funcionam as FFAA de outros países, os desenvolvidos em primeiro lugar, claro.