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Mensagem
por orestespf » Ter Mar 06, 2007 2:20 pm
Gostei muito dos posts da Koslova e do CB_Lima, as discussões e especulações (de nossa parte, naturalmente) devem seguir estes caminhos mesmo, ao meu ver. Sempre pensei como a Koslova em relação a proposta russa, parecia muito óbvia e um risco fascinante para os entusiastas (seria um jogo de gato e rato). Porém, discordo quanto ao que existe de "oficial" em relação aos M-2000 (compra de governo-governo). Do ponto de vista político isso é apenas um "argumento", não deixando claro os acontecimentos reais dos bastidores. Claro que não nego a hipótese de "rabo preso", como de financiamento de campanhas, etc. A verdade é que o sistema de licitação adotado no governo passado e pelo qual a FAB se viu obrigada a usar, gerou mais confusão do que tudo (inexperiência é o mínimo, para não usar outros termos...). Friamente falando nenhum dos concorrentes seria uma boa opção para FAB naquele momento depois daquela confunsão (não pelos vetores em si), mas pela salada política em que a FAB se meteu. A história (real) do Kfir nem merece comentário. A única saída honrosa naquele momento para a FAB era a intervenção do governo (novo) para decretar o fim daquele FX e fazer com que o mesmo chamasse pra si a responsabilidade da decisão, que naturalmente seria política (chegaram até usar um argumento de Fome-Zero; ridículo! Acreditou quem quis). Vários argumentos a favor do M-2000 poderiam ser usados naquele momento (preço, promessa de campanha, conhecimento do vetor por causa do seu irmão mais velho, logística e tudo mais que quisessem, mesmo não sendo coerentes). O resto já se sabe...
Quanto aos SU-29, seria uma aposta de natureza política e não operacional. O tal risco mencionado pela Koslova, ao meu ver, seria perigoso do ponto de vista político, mas extremamente interessante do ponto de vista técnico (colocar a concorrência em uma sinuca de bico). Qualquer outro vetor diferente do M-2000 poderia sugerir a garantia de vitória no novo FX e esse risco não era o desejável. O M-2000 dava mais argumentos e até hoje o chamam de caça-tampão (belo argumento! rs).
Quanto a hipótese dos F-16, não a vejo assim, embora tenha usado um bom roteiro da história da FAB como argumento. Não duvido disso também, mas não acredito nessa aquisição. A FAB e o governo parecem observar as escolhas dos nossos vizinhos antes de tomar uma decisão, virá coisa boa (mas a decisão será política novamente), porém não como muitos aqui gostariam, ou seja, não acredito que teremos um único vetor no Brasil, pelo menos por um bom e longo tempo... rsrsrs
Orestes