Desarmamento Civil

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#121 Mensagem por rodrigo » Dom Mai 22, 2005 5:53 pm

Eu diria isso de uma forma diferente, "a democracia só funciona quando realmente é uma democracia", no Brasil temos "algo que eu não sei bem o que é" como dizia o Figueredo...


Democracia, de Geisel a Lula
por Percival Puggina em 16 de maio de 2005

Em maio de 1977, um mês após haver decretado o fechamento do Congresso Nacional, o presidente Ernesto Geisel concedeu uma entrevista a jornalistas franceses. Inquirido sobre as condições de liberdade política existentes no país, Geisel afirmou que no Brasil havia uma "democracia relativa" e que ela não podia ser semelhante às democracias francesa ou inglesa porque os níveis de desenvolvimento social e econômico eram diferentes.

O conceito emitido pelo "alemão" colou em sua biografia de modo irreparável e assim permaneceu até hoje. Para ele, democracia era algo relativo e, obviamente, se relativo era, só o podia ser em relação a um absoluto qualquer, no caso a convicção do titular do poder sobre o estágio do desenvolvimento social e econômico da sociedade onde o exerce.

Pois eis que coube ao talento do presidente Lula referendar a imprecisa definição emitida pelo penúltimo presidente do regime militar. Indagado sobre a ausência de qualquer referência à democracia na declaração final da Cúpula América do Sul-Países Árabes, Lula afirmou que seria "falta de democracia" tentar definir o conceito do termo em uma reunião plural como a realizada na capital federal, acrescentando que o documento continha o que era possível. "Ele é um resultado do nível de compreensão que nós produzimos nesse encontro", concluiu.

"É nisso que dá, andar em más companhias", talvez diga o leitor. Mas eu fico pensando que sentido tem a democracia para Lula se, ao longo de dois anos e meio de governo tem privilegiado tais parceiros e esteve em visita a quase todos os ditadores do planeta. Ainda no mês passado, em encontro com Chávez e Uribe, afirmou em favor do venezuelano: "Não aceitamos difamação de companheiros, não aceitamos difamação contra companheiros". E arrematou: “Tem muita gente falando mal de nós pelo mundo. Portanto, é importante que tenhamos um dos sócios nos defendendo”, garantiu. Emocionado, Chávez agradeceu: "Obrigado por tuas palavras de solidariedade. Às vezes dói, sabe?"

Sei. Sei que, para Lula, a democracia é mais do que relativa, não é um valor em si e vem bem depois da ideologia. Sei que a Cúpula foi um fracasso sob todos os aspectos e sei que Kirchner acabou sendo o mais prudente de todos ao pegar o boné e ir embora antes de que o desastrado documento final viesse a lume.
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3666

Esse texto serviria para vários tópicos, mas vou postá-lo aqui para aproveitar o gancho do Marechal.




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#122 Mensagem por Guilherme » Qua Mai 25, 2005 10:14 am

Mais um brilhante artigo do Peter Hof:

Desarmamento: abrindo uma caixa preta




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#123 Mensagem por rodrigo » Qua Mai 25, 2005 10:26 am

24/05/2005 - 23h56
Secretário de SP compara apreensões de armas a "enxugar gelo"

GABRIELA MANZINI
da Folha Online

O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, afirmou nesta terça-feira que a sensação de impunidade fez com que a apreensão de armas de fogo, promovida pelos secretários estaduais da área, é como "enxugar gelo".

Para ele, ainda que seja apreendida "uma arma de fogo ilegal a cada quatro minutos", cresce a vulnerabilidade das fronteiras, especialmente nas rodovias federais. "Sugerimos trabalhar em conjunto com a PF, inclusive por escrito. Qual foi a resposta? Não."

Abreu Filho reconheceu apenas a colaboração do Estatuto do Desarmamento, que "puniu o porte ilegal de armas", tornando-o crime inafiançável. "A União precisa legislar. A polícia está no limite da repressão e seu único instrumento contra a impunidade [o Código Penal] é de 1940", disse.

Nesta terça-feira, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) divulgou uma pesquisa que apontou o envolvimento da sociedade civil em ações de combate à violência como um dos fatores que estimulou queda no número de homicídios registrados entre 1999 e 2003, em São Paulo. O movimento é contrário ao identificado no restante do país, segundo o pesquisador, Julio Jacobo Waiselfisz.

Para Abreu Filho, o governo federal deixa claro que "a segurança pública não é uma prioridade". Segundo ele, o Estado deixou de receber repasses para a área em 2002, quando Fernando Henrique Cardoso, pertencente ao mesmo partido do governador Geraldo Alckmin, o PSDB, deixou o cargo.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u109355.shtml




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#124 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Mai 25, 2005 2:07 pm

Esse artigo que o Guilherme citou, é fantástico. Recomendo a leitura para aqueles que são contra e os que são (ainda) a favor do desarmamento. A quem interessa? A conclusão do artigo para se ter uma idéia:

"Conclusão (até agora): serão esbanjados 570 milhões de reais para resolver 4,2% de um problema, enquanto verbas para atacar e combater os 95,8 % são irresponsavelmente cortadas."




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#125 Mensagem por talharim » Qua Mai 25, 2005 5:13 pm

Para Abreu Filho, o governo federal deixa claro que "a segurança pública não é uma prioridade"


Mas para o governo federal nada é prioridade.

O governo federal teve superávit de R$ 19 bilhões nas suas contas públicas GastosXReceitas.

São R$ 19 bilhões de reais parados no caixa do governo,fora o acumulado dos 2 últimos anos.

Depois dizem que o Brasil não renovou o acordo com o FMI.

O problema desse país não é falta de dinheiro,é a política econômica perversa financiada pelos bancos privados e capital especulativo.......................E dizem que se trata de uma política macroeconômica de longo prazo (felizmente cada vez menos economistas se convencem disso)...




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#126 Mensagem por Guilherme » Qua Mai 25, 2005 10:45 pm

Recebido pela lista de e-mail do Movimento Viva-Brasil:

MOVIMENTO VIVA BRASIL SOFREU BOICOTE NO PROGRAMA OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

No dia 24 de maio, o Prof. Bene Barbosa, presidente do Movimento Viva Brasil, participou do programa Observatório da Imprensa, onde o tema do debate era a campanha do desarmamento.

A primeira desconfiança de que não havia nenhuma imparcialidade surgiu no momento que foram apresentados os participantes:

Dep. Denise Frossard - A favor do desarmamento
Rangel Bandeira (Viva Rio)- A favor do desarmamento
Paulo Cunha - A favor do desarmamento (não ocmpareceu)
Dep. Raul Jungman - A favor do desarmarammento (por telefone)
Rubens Cesar Fernandes (Viva Rio) A favor do desarmamento (gravado)

A média de tempo de participação no primeiro bloco foi de 6 minutos para cada participante com exceção do prof. Bene que teve apenas três minutos.

No segundo bloco, mais uma vez as mentiras foram apresentadas pelos desarmamentistas e o presidente do Viva BRrsil sequer foi chamado.

No terceiro bloco veio o golpe final, alegando problemas com o link de São Paulo, a participação do Prof. Bene foi encerrada, embora a produtora de São Paulo afirmasse que a participação poderia continuar por telefone!

Além de tudo isso o vt apresentado dava enorme espaço para o Rubens Cesar Fernandes do Viva Rio além de discorrer mentiras e meias-verdades sobre as armas de fogo.

Não podemos nos calar, não podemos aceitar um ataque deste tipo. Desta vez foram longe demais.

ESCREVAM PARA:

obstv@tvebrasil.com.br
canaldoleitor@ig.com.br
falecom@tvcultura.com.br
jornalismo@tvcultura.com.br
asscom@tve.com.br

O link do programa é: http://www.tvebrasil.com.br/observatorio/


Que vergonha, Sr. Alberto Dines... :evil:




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#127 Mensagem por rodrigo » Qui Jun 02, 2005 10:48 am

Tirando a dúvida
por Olavo de Carvalho em 01 de junho de 2005

Quando um chavão pejorativo reaparece com insistência nas bocas dos vários porta-vozes de uma causa, fixando hipnoticamente a atenção do público num determinado traço odioso da figura adversária, o mínimo de prudência recomenda suspeitar de que não se trata de uma polêmica normal, mas de uma campanha de propaganda enganosa.

Suspeita não é, evidentemente, certeza. Pode ser tudo uma infeliz coincidência estilística.

O método para tirar a dúvida é simples. Verifique se o rótulo tem alguma correspondência com a realidade. Se o insultado tem de fato a má qualidade apontada e se ela é tão proeminente que olhando para ele dificilmente se repare em outra coisa, a repetição do insulto talvez traduza apenas a uniformidade de uma impressão geral correta. Milhares de brasileiros repetem que o presidente Lula é campeão internacional de gafes, e não há nisso nenhuma campanha contra ele, apenas a constatação repetida de fatos notórios.

Mas, se o defeito indicado não é saliente a esse ponto, se, ao contrário, ele não é evidente de maneira alguma e, pior ainda, se sua presença no personagem acusado não pode ser comprovada por nenhum meio legítimo, então é claro que a insistência grupal em apontá-lo revela um intuito uniforme e organizado de conquistar o público para uma opinião difamatória, utilizando um cacoete de linguagem para criar um cacoete de pensamento.

A expressão "poderoso lobby da indústria de armas", que quase infalivelmente reaparece nos discursos dos desarmamentistas para carimbar os adversários da sua campanha como paus-mandados a serviço de interesses milionários, entra nitidamente nessa categoria. Isso pode ser averiguado facilmente pelo método acima apontado.

Desde logo, os usuários desse chavão empregam-no sempre de maneira vaga e genérica, sem jamais esclarecer a quais indústrias de armas se referem nem muito menos qual a ligação delas com as entidades que reagem ao desarmamento.

O motivo é muito simples: não há nenhuma indústria de armas financiando a luta contra o desarmamento. O Brasil tem uma única empresa fabricante de armas, cujo maior e quase único cliente no território nacional é o governo, isto é, o chefe mesmo da campanha desarmamentista.

Quanto a empresas estrangeiras, não existe o mínimo indício de que alguma delas tenha contribuído para as escassas e pobres organizações pró-armas, nem muito menos de que tenha feito algum esforço sério para conquistar o mercado brasileiro.

Em compensação, os financiadores da campanha desarmamentista em todo o mundo são bem conhecidos: ONU, Comunidade Européia, Fundação Ford, Fundação Rockefeller e entidades similares, além do senhor George Soros, é claro.

Quem, então, é o "poderoso lobby"?

Outro dia, no Rio, as colunas sociais noticiaram uma reunião festiva de desarmamentistas chiques. A chamada "nata da sociedade" compareceu ao evento para dar seu apoio à bela causa personificada pelo doutor Rubem César Fernandes, aquele mesmo que alardeava que o desarmamento iria diminuir a criminalidade e, uma vez obtida a persuasão geral, declarou candidamente que se tratava de um geral auto-engano.

A festa transcorreu sem o menor incidente, mesmo porque o prédio onde se realizava ficou cercado de seguranças armados, zelosos na sua tarefa de proteger as vidas e os bens dos convidados.

Como a lei do desarmamento só proíbe armas pessoais, não seguranças armados, ela terá por efeito imediato e incontornável a divisão dos cidadãos brasileiros em duas classes: a maioria desarmada, que o governo confessa não ter condições de proteger, e a minoria armada até os dentes, que não precisará de proteção oficial porque tem meios de se proteger a si mesma.

É ou não é para o beautiful people comemorar desde já?

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3726




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#128 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qui Jun 02, 2005 12:21 pm

O mesmo Rubem César Fernandes que fala com todas as letras que permite que seu filho fume maconha em casa. E ele luta contra as drogas? Estranho, não?




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#129 Mensagem por rodrigo » Sex Jun 10, 2005 11:25 am

09/06/2005 - Médicos ingleses pedem pelo fim das facas pontiagudas (Deu no New York Times. Dá para acreditar?)

Os autores do editorial na última edição do British Medical Journal pediram por modificações nas facas. O editorial, “Reduzindo os crimes por facas: nós precisamos banir a venda de facas de cozinha longas e pontiagudas”, nota que as facas são usadas para esfaquear pessoas assim como cortar assados e outras funções na cozinha.



Os autores do artigo, a dra. Emma Hern, dr. Will Glazebrook e dr. Mike Beckett, do Hospital Universitário West Middlesex em Londres, pediram por leis que exigissem que os fabricantes de facas redesenhassem suas mercadorias com pontas arredondadas e sem corte.



Os pesquisadores notaram que o índice de violência na Inglaterra aumentou quase 18% de 2003 a 2004, e isto nas duas primeiras semanas de 2005, 15 mortes e 16 ataques não fatais envolviam esfaqueamentos. Em uma atitude pouco usual para um trabalho acadêmico, os pesquisadores citaram a manchete de janeiro do The Daily Express, um tablóide inglês: “Na Inglaterra, um terço das vítimas de assassinato são esfaqueadas até a morte”. Hern falou que “a idéia surgiu e nós jogamos no ventilador” para que as pessoas conversassem sobre a redução dos crimes. “Se é uma boa solução para o problema ou não, eu não tenho certeza”.



Nos Estados Unidos, onde as pessoas discutem mais o controle de armas do que de facas, partidários de ambos os lados pareciam achar graça. Wayne LaPierre, vice-presidente-executivo da Associação Nacional de Rifle, perguntou, “eles vão fazer com que todo mundo use facas, garfos e colheres de plásticos em suas próprias casas, como fazem em aviões?”



Peter Hamm, porta-voz da Campanha Brady de Prevenção à Violência de Armas de Fogo, que apóia o controle de armas, brincou, “o controle dos palitos de dente está longe disso?”. Ele disse que as pessoas no movimento dele estavam “com inveja” dos britânicos por terem tal problema. “Nos EUA, a gente não consegue nem chegar a um acordo de que as armas são perigosas e que devemos torná-las mais seguras”, ele falou.



Os autores do editorial argumentaram que a ponta afiada é uma característica remanescente de eras menos corteses, quando as pessoas costumavam caçar alimentos. Eles entrevistaram dez chefs na Inglaterra, e “nenhum deu um motivo para as facas serem longas e pontiagudas”.



Um chef americano, entretanto, discordou da proposta. Uma faca, disse Anthony Bourdain, chef executivo do Les Halles e autor do “Kitchen Confidential”, é uma ferramenta estimada do negócio, e não algo para ser moldado por burocratas. “Seu peso, seu formato – são extensões de nossos braços, e de muitas formas, nossas personalidades”.

http://www.movimentovivabrasil.com.br/noticias/index.php?acao3_cod0=1b43952c6229cf59473a26510ade8613&action=showClip&clip12_cod=292




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#130 Mensagem por Guilherme » Sex Jun 10, 2005 11:37 am

Inacreditável!




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#131 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sex Jun 10, 2005 12:49 pm

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: Como tem imbecil nesse mundo! Por que não abolimos os carros? Matam muito mais! :lol: :lol: :lol: :lol:




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#132 Mensagem por Pablo Maica » Sex Jun 10, 2005 2:57 pm

O maldito desgraçado FDP do vagabundo ou maluco que quiser mesmo matar alguem não prescisa de arma de fogo, ele mata com uma faca, pedra, pau e ate mesmo com as mão, na verdade o que esses imbecis a favor do desarmamento querem fazer é tapar o sol com a peneira e colocar a culpa de toda a violência que acontece no Brasil nas armas de fogo que dizem eles ser objetos do demonio que andam sozinhos por ai matando gente, todos nós sabemos que violência se combate com educação, mas tbm sabemos que um povo que tem educação e cultura não ia aturar os abusos cometidos por um governo de M.... e e tbm não ia ser manipulado por uma emissora de tv que deve até as calças para a união, fora essas ongs que que tiram rios de dinheiro de não sei aonde e e gastam em não sei o que... se essa imundicia da globo se preocupasse mesmo com mortes de inocentes fariam uma campanha contra as bebidas alcoolicas que causam acidentes tanto no transito quanto com bebados violentos batendo em mulheres e filhos dentro de casa, fora casos de cancer, e isso mata mto mais gente que os "objetos diabolicos" no Brasil, mas se acabarem com as bebidas quem vai gastar mihões em comerciais que passam dezenas de vezes por dia na tv? Enchendo os bolsos da globo que por sua vez deve respingar alguma coisa para suas amiguinhas ongs... Garanto a vcs que se a Taurus ou a IMBEL tbm pagassem milhões por alguns minutos no horário nobre da tv (mas tem que ser na globo) não iriamos estar discutindo este assunto agora.


Um abraço e t+




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#133 Mensagem por RAF » Sex Jun 10, 2005 8:00 pm

Pablo Maica escreveu:O maldito desgraçado FDP do vagabundo ou maluco que quiser mesmo matar alguem não prescisa de arma de fogo, ele mata com uma faca, pedra, pau e ate mesmo com as mão, na verdade o que esses imbecis a favor do desarmamento querem fazer é tapar o sol com a peneira e colocar a culpa de toda a violência que acontece no Brasil nas armas de fogo que dizem eles ser objetos do demonio que andam sozinhos por ai matando gente, todos nós sabemos que violência se combate com educação, mas tbm sabemos que um povo que tem educação e cultura não ia aturar os abusos cometidos por um governo de M.... e e tbm não ia ser manipulado por uma emissora de tv que deve até as calças para a união, fora essas ongs que que tiram rios de dinheiro de não sei aonde e e gastam em não sei o que... se essa imundicia da globo se preocupasse mesmo com mortes de inocentes fariam uma campanha contra as bebidas alcoolicas que causam acidentes tanto no transito quanto com bebados violentos batendo em mulheres e filhos dentro de casa, fora casos de cancer, e isso mata mto mais gente que os "objetos diabolicos" no Brasil, mas se acabarem com as bebidas quem vai gastar mihões em comerciais que passam dezenas de vezes por dia na tv? Enchendo os bolsos da globo que por sua vez deve respingar alguma coisa para suas amiguinhas ongs... Garanto a vcs que se a Taurus ou a IMBEL tbm pagassem milhões por alguns minutos no horário nobre da tv (mas tem que ser na globo) não iriamos estar discutindo este assunto agora.


Um abraço e t+





Parabéns!!!

Perfeito...não preciso dizer mais nada. :D




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#134 Mensagem por Pablo Maica » Sex Jun 10, 2005 9:50 pm

Valeu RAF!! :wink:


Um abraço e t+ :D




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#135 Mensagem por rodrigo » Qui Jun 16, 2005 3:20 pm

15/06/2005 - Unesco associa redução nas taxas de homicídios a uma série de medidas conjuntas

Veículo: Agência Brasil / Veiculação: On-line
Mapa da violência de São Paulo, lançado pela Unesco em maio de 2005, associa redução nas taxas de homicídios a uma série de medidas conjuntas:

•Implantação do programa “Escola da Família”, que abre 5.306 escolas estaduais nos finais de semana, período em que os homicídios entre jovens aumentam. O programa oferece atividades de cultura, esportes e educação em bairros carentes de estrutura e lazer. Resultado: entre setembro de 2004 e fevereiro de 2005, houve uma redução de 36% no total de ocorrências policiais registradas nas escolas e no seu entorno.

•A Lei Seca, que determina o fechamento dos bares das 23h às 6h, apresenta resultados significativos: os municípios que a adotaram apresentaram queda de 28% nas taxas de homicídios entre 1999 e 2004. As cidades que implantaram a Lei Seca e também ampararam programas sociais de inclusão tiveram redução ainda maior nas taxas de assassinato: 38,2%.

•Criação do “Disque-denúncia”, uma iniciativa financiada por empresários, operada pela polícia e que conta com a participação direta da sociedade, cujo objetivo é funcionar como uma ferramenta para a resolução de crimes, especialmente seqüestros.

O conjunto dessas medidas reduziu 12,1% dos índices estaduais de homicídio, entre 1999 e 2003. Isso demonstra que o declínio da violência decorre de uma série de fatores que, somente quando articulados, são capazes de mostrar bons resultados.

O desarmamento do cidadão, por si só, não é instrumento para combater a criminalidade! “É preciso dividir os crimes em duas categorias: os evitáveis e os não-evitáveis pelo Estatuto do Desarmamento. Os crimes evitáveis pelo Estatuto são da ordem de 4,2% e os crimes não-evitáveis pelo Estatuto somam 95,8%. Quer dizer, o governo quer realizar um referendo para dar conta de 4,2% dos crimes com armas de fogo”. (Eric Rubiale, artigo publicado no Jornal do Brasil em 12/06/05)

E os outros 95,8%, quem vai evitar?

15/06/2005 - População não entrega armas em igrejas

Veículo: Tribuna de Alagoas / Veiculação: Impresso
O mutirão para entrega de armas, realizado pelas igrejas no sábado em Maceió, não obteve sucesso. Até o meio-dia, ninguém havia comparecido aos postos de recolhimento para fazer a entrega, dentro da campanha de desarmamento promovida pelo governo federal.
Inicialmente, seriam seis postos, mas devido ao fato do efetivo da Polícia Federal estar mobilizado em outras operações, a exemplo da Operação Guabiru, apenas dois funcionaram um na Igreja Batista do bairro do Pinheiro e outro na Paróquia de São Pedro, em Ponta Verde. "Creio que faltou divulgação", reconheceu o pastor Wellington Santos, do Pinheiro. Ele sugeriu que o mutirão prossiga nos próximos sábados, até o dia 23 de junho quando se encerra a campanha do desarmamento.
"Até mesmo na sede da Polícia Federal a movimentação de entrega de armas está sendo pequena nos últimos dias. São cerca de dez, por semana", informou um agente da PF, que estava no posto da Igreja de São Pedro.
O mutirão é organizado pela ONG Viva Rio do Rio de Janeiro, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e a Visão Mundial.
No Rio de Janeiro, o trabalho deu certo. Em 45 postos instalados nas igrejas, já foram recolhidas mais de sete mil armas.
Em todo o Brasil, a campanha de desarmamento feita pelo governo federal já recolheu 350 mil armas, desde seu início em agosto de 2004. De dezembro de 2004 até abril deste ano, foram 100 mil armas.
Em Alagoas, o número de armas entregues já chega 6.500, das quais 3.800 até dezembro, conforme revela o delegado Francisco Luiz, da PF. A pessoa que faz a entrega da arma recebe indenização, de R$ 100 a R$ 300, e não é identificada.
A campanha é uma iniciativa importantíssima para tirar o Brasil do primeiro lugar do ranking de países onde mais se morre por armas de fogo no mundo. As maiores vítimas são os jovens do sexo feminino. A arrecadação de armas requer, sobretudo, o engajamento da população na campanha.

15/06/2005 - Desarmamento perde o fôlego na reta final

Veículo: Jornal do Commercio / Veiculação: Impresso

link do veículo: http://www.jcam.com.br
Escondida no terceiro andar do prédio da Superintendência de Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, na Praça Mauá, a sala que abriga o núcleo fluminense do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) nem de perto lembra a agitação do segundo semestre do ano passado. Sinal de que, a menos de duas semanas de seu término, a Campanha do Desarmamento parece caminhar para um fim melancólico. Nos primeiros meses do ano, o volume de entregas voluntárias de armas caiu para menos de 25% do registrado em média em 2004.
Capitaneada pela Polícia Federal, a campanha recolheu, desde 23 de dezembro de 2003, quando foi iniciada em caráter experimental, 34.461 armas. Até 14 de julho do ano passado, no entanto, não havia sido montada a estrutura para receber as armas, e o dinheiro para o pagamento das indenizações (que variam de R$ 100 a R$ 300) era ainda promessa do Governo federal. Neste período, foram entregues apenas 139 armas, cujos donos saíram do Sinarm com um termo circunstanciado para requerer depois a indenização.
Com a entrada efetiva, em agosto, do Viva Rio, a Campanha ganhou novo fôlego e logo foi acrescida ainda das polícias Civil e Militar do Rio e o Exército, que montaram postos fixos para a coleta e ajudaram a promover, entre as prefeituras do interior, convênios que permitissem eventos itinerantes de recolhimento. Em setembro de 2004, o volume chegou ao ponto mais elevado, saltando de 4.391 em julho para 10.023 em setembro. Logo em seguida, no entanto, o nível retornou ao normal, em torno de 3,5 mil por mês.
Em janeiro foram entregues só 484 armas
Na reta final da Campanha, prevista para ser encerrada no próximo dia 23, o ritmo das entregas voluntárias caiu bruscamente em janeiro deste ano (484), para menos de 20% do total de dezembro (3.196) passado. Houve recuperação nos meses seguintes, mas a média diária manteve-se baixa em relação aos meses de 2004. Em junho, até o dia 11, o número está em torno de 20 por dia, segundo dados da Delegacia de Defesa Institucional (Delinst), ao qual o núcleo do Sinarm está subordinado.
Um dos colaboradores nas discussões que resultaram no Estatuto do Desarmamento (lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003), o superintendente da PF no Rio de Janeiro, delegado José Milton Rodrigues, afirma que tem debatido com a direção-geral da corporação a extensão da campanha até, pelo menos, a realização do referendo sobre o comércio de armas, em outubro. As chances de que isso ocorra, entretanto, são reduzidas.
- Temos conversado com Brasília e a indicação é que a campanha seja encerrada no prazo previsto, sem novas prorrogações. O ideal seria que ela fosse mantida até a decisão sobre a proibição do comércio de armas, ou mesmo que se tornasse uma iniciativa em caráter permanente, para que o cidadão pudesse, a qualquer momento, entregar uma arma que não deseja mais possuir - argumenta o superintendente da PF no Rio.
O delegado reconhece que a grande procura, em determinados momentos, provocou atrasos nos processos de liberação das indenizações. Erros no preenchimento de formulários, tanto da parte de policiais quanto pelos beneficiários também colaboraram para a demora. Outra dificuldade foi pagar quem não tinha conta em banco; em vez do depósito simples em conta corrente, a Superintendência Regional da PF teve de promover o ressarcimento através de ordens de pagamento.
- Quando começou a campanha, não imaginávamos como ia ser, tanto que as previsões iniciais do Ministério da Justiça era de 80 mil armas em todo o País, e devemos chegar a 300 mil, quase quatro vezes esse número. Nos surpreendemos com as filas, mas acho que concluímos com um saldo bastante interessante. São 34 mil armas a menos para causar mortes no Estado do Rio de Janeiro - diz o delegado José Milton Rodrigues.

A defesa do direito de portar arma legalmente
Apesar de ter angariado a adesão de diversas ONGs e instituições com participação reocnhecida nos movimentos sociais, como a Igreja Católica e o Rotary International, a Campanha do Desarmamento não foi unanimidade entre a sociedade civil. Entre os críticos da proposta, o Movimento Viva Brasil tem sido mais atuante, com uma página na internet (http://www.movimentovivabrasil.com.br) que já conta com 30 mil usuários cadastrados e reúne reportagens, ensaios e pesquisas condenando a proposta.
Segundo o presidente da ONG, Benê Barbosa, o Viva Brasil não pretende ser um pólo de defesa da utilização de armas pela população, mas vê no desarmamento uma iniciativa que vai deixar as pessoas mais expostas aos crimes. Advogado por formação, Barbosa se diz preocupado com a possibilidade de os cidadãos brasileiros perderem o direito de portar armas legalmente.
- O desarmamento das pessoas de bem não é de forma alguma uma maneira de reduzir a criminalidade. Criou-se um grande mito em relação ao uso de armas de fogo de forma defensiva que ninguém consegue desfazer. Mas a nossa grande briga é pelo direito que vai ser retirado - afirma.
Barbosa critica a falta de um estudo sobre o uso defensivo de armas para que a discussão possa ser melhor conduzida. Outro ponto importante, segundo ele, é a definição ampla de "crime interpessoal" - denominação dada pelos especialistas para os crimes cometidos em virtude da relação entre bandido e vítima, como assassinatos passionais e vinganças - que acabaria incluindo casos comuns, como assaltos.
- Os R$ 45 milhões utilizados pelo governo para as indenizações poderia ter sido melhor aplicado em equipamentos para os policiais, como viaturas e coletes à prova de balas que suportem tiros de fuzis. Nós mesmos fizemos uma pequena doação, tentando sensibilizar outras entidades, mas ninguém seguiu nossa iniciativa - analisa Barbosa.
Os cariocas parecem não concordar muito com as idéias defendidas pelo Viva Brasil. Levantamento divulgado no último dia 8 pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS) mostrou que 76,5% dos moradores do Rio de Janeiro são favoráveis à campanha de desarmamento; 19,5% discordam, 3% não sabem e 1% não respondeu. Os dados são parte da Pesquisa Municipal de Vitimização, para a qual foram entrevistadas 1,1 mil pessoas na cidade do Rio, sendo 59% mulheres e 41% homens.
Para o superintendente da PF no Rio, José Milton Rodrigues, as críticas são "simplistas":
- Não dá para seguirmos esse raciocínio (de que o dinheiro deveria ter sido empregado em outras iniciativas). Se for assim, não vamos mais investir em muitas coisas, é preciso atacar quantas frentes for possível. De qualquer modo, quantas pessoas deixaram de perder a vida por causa dessas 34.461 armas? Mesmo que fosse uma só, já teria valido a pena, partindo do princípio que toda vida tem um valor incalculável.
Críticas têm base em experiências de outros países
Usado pelo Movimento Viva Brasil como um dos argumentos para os males do desarmamento, a experiência britânica com a proibição de armas de mão (handguns, no inglês, denominação que abrange desde pistolas a fuzis e escopetas) resultou em aumentos de 50% no número de homicídios ao longo da década de 1990.
Segundo estudo do pesquisador canadense Gary Mauser disponível na página da ONG, no entanto, a realidade do Reino Unido é bem diferente da brasileira. O trabalho foi produzido para a revista Public Policy Sources, editada pela ONG Fraser Institute, de pesquisa social.
Mauser destaca que entre 9% a 31% dos homicídios na Inglaterra foram praticados com armas de fogo. No restante, foram empregadas outros métodos, como armas brancas e agressões. Entre os assaltos, o percentual é ainda menor, de 4% a 14%. Já no Brasil, de acordo com a pesquisadora Luciana Phebo, do Instituto de Estudos da Religião (Iser), 63,9% das mortes por causas externas registradas são causadas por revólveres, pistolas e outras armas.
O número de homicídios mencionado pelo canadense cresceu, no Reino Unido, de 50 por milhão de habitantes (5 por cem mil habitantes, de acordo com a padronização adotada mundialmente) para 15 por milhão de habitantes (1,5 por cem mil). O Brasil ocupa o primeiro lugar do ranking mundial em mortes por arma de fogo, com taxa de 21,8 vítimas por cem mil habitantes. Em 2002, ano-base da informação, foram 38.088 mortes.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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