E ae galera! Blz ?!
Antes de mais nada, gostaria de salientar que o motivo da criação desse tópico remonta o tópico "Uma Nova Era na Artilharia AntiAérea" - http://defesabrasil.com/forum/viewtopic ... a+nova+era - e é de suma importância aos que não acompanharam a acalorada discussão ou mesmo que tenha esquecido o teor do tópico em si, que retornem e leiam boa parte do tópico para entenderem a motivação da criação do atual tópico.
Para os mais preguiçosos, nesse parágrafo tentarei passar o ocorrido no tópico passado. A pasta referida anteriormente abrigou calorosas discussões sobre qual seria o melhor sistema de defesa antiaéreo de curta distância atualmente disponível para o EB! Os mais citados foram Pantsyr, RBS 23 Bamse e o Spyder (este defendido por mim). Fui indagado sobre diversas contradições envolvendo o Spyder, principalmente pelo fato do sistema ser baseado em mísseis nativamente pertecentes a arena ar-ar e depois pelo método de guiagem empregado no sistema (IIR e ARH) perante a guiagem CLOS do Pantsyr e RBS 23 Bamse.
O objetivo dessa recente exclamação não é o de ter a "palavra final" ou simplesmente dizer que: "ganhei o debate", Já que na época muitas coisas eu fiz deduções lógicas, porém não tinha como comprovar na prática por não ser ligado ao ramo. O tópico visa trazer mais algumas informações importantes sobre os sistemas AAAé que são de modo geral pouco desconhecidos! Infelizmente estou sem mouse no PC, portanto não poderei detalhar o tópico como gostaria! as explicações em negritas são palavras da própria Elizabeth Koslowa, aqueles que tiverem alguma dúvida podem visitar a lista Sistemas de Armas onde a própria Koslowa respondeu minhas perguntas.
Vamos lá...
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Problema No.1 - Spyder ser derivado de mísseis Ar-Ar.
Fox Escreveu
"...o Pantsyr é um SAM nato, coisa que o Spyder está longe de ser! Lembre-se que o Spada 2000 é um Aspide ar-ar com boas alterações em seu projeto."
FinkenHeinle Escreveu
"...O Spyder é uma ótima aplicação. Entretanto, ele foi projetado dentro de um compromisso, que foi criar um SAM baseado em mísseis Ar-Ar, mesmo abrindo mão de uma aplicação dedicada,que certamente seria melhor para a função.
FinkenHeinle Escreveu
"...Veja bem, na minha opinião, o Pantsyr está em vantagem por ser uma aplicação SAM Dedicada, ao contrário do Spyder, que é uma Adaptação."
Resposta da Koslowa
"O principal motivo para a esta nova tendencia identificada a 10 anos atrás, é a melhoria de capacidade que os projetos de AAM sofreram nos ultimos 20 anos.
Sistemas de radar mais compactos, capacidade inercial de meio curso, IIR, eficiencia de projeto aerodinamico etc...
A idéia de ter um míssil adaptado para a função SAM não representava mais uma "gambiarra" como na epoca de sistemas como o Caparral."
Problema No.2 - Guiagem SACLOS vs. IIR/ARH.
Fox Escreveu
"...Quais são os tipos de guiagem dos sistemas Crotale, Roland 2, Sea Wolf, RBS-23 Bamse, Rapier, Barak, etc ?!"
FinkenHeinle Escreveu
"...Um SAM de aplicação ACLOS é bem mais eficiente que um SAM dual IIR/ARH!"
Fox Escreveu
"...Um outro detalhe importante que deveríamos comentar, seria essa vantagem que o Spyder tem de utilizar dois mísseis com guiagem diferente, se comparado aos sistemas ACLOS e SACLOS (a grande maioria dos sistemas de defesa de ponto), essa vantagem praticamente nula, pois ambos os sistemas (ACLOS e SACLOS) são extremamente resistente a ECM."
FinkenHeinle Escreveu
"...O Spyder pode até ter alguns "números" melhores que o Pantsyr, mas por este último ser uma aplicação dedicada, com um tipo de guiagem/sistemas compatíves com a missão, ele se presta melhor à função que o Spyder!."
Resposta da Koslowa
"Durante muito tempo, por questões culturais e por questões tecnologicas, sempre desconfiamos de sistemas SAM com direcionamento IR por alguns motivos.
O principal deles é que o SAM deve ser capaz de ter seu envelope de engajamento uniforme em todos os lados de aproximação do vetor. Não pode ser influenciado pelo SOL, chuva, poeira, reflexos de sol e areia, agua.
Também não pode ser cegado por outras fontes IR presentes no cenário, como explosões, outros mísseis etc...
O IR se restringiu a misseis manpad, ou seja, lançados por soldados, como o Stinger e Igla. Porque estes misseis teriam que ser leves para se transportados a pé pela infantaria, logo não dá para transportar um radar de controle de fogo a pé.
Porem sistemas IIR apresentam algumas qualidades que podem ser interessantes.
-São resistentes a flare
-Não emitem radiação eletromagnética ou oque dificulta ações SEAD contra a bateria. ;As ações SEAD teriam que ser contra os radares que podem ser phased array e portanto mais dicretos
- Quando associados a sistemas inerciais de meio curso podem ter bons envelopes de aquisição porque não precisam ser lançados "travados" que é a maior deficiencia de um IR convencional.
Resposta da Koslowa (em outra mensagem)
"O que é melhor?
ACLOS, IIR ou ARH?
Isto é claro depende da capacidade do alvo de burlar a defesa.
Idealmente a melhor defesa seria realizada por combinações de sistemas de mísseis.
ACLOS tem otima capacidade contra alvos de pequeno RCS e "frios" como SOW - Stand Off Weapon. Também é relativamente bom contra alvos de uma forma homogenea. Isto é... Não precisa de preocupar com altitude, posição de aproximação etc... Perde em capacidade ECCM contra alvos muito bem equipados, onde o atacante conhece os modos de operação do radar.
IIR é muito resistente a ECM. Mas não é homogeneo em perfis de aproximação e condições de tempo. Também é ruim contra algos SOW.
ARH é um meio termo. Tem menos resistencia ECM, mas compensa pelo fator surpresa."
Artilharia AntiAérea - Importante Contribuição da Koslowa!
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
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Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
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