JL escreveu:Legal, Sr. Everton vou comentar o seu ponto de vista.
Com relação ao sistema de defesa aérea, concordo com você, hoje a Argentina não possui cobertura de radar, como a nossa, no entanto a Força Aérea Argentina tem radares móveis que podem cobrir pontos estratégicos e a cobertura de radar esta sendo montada e quando ela entrar em operação em decorrência do tempo, deverá ser mais moderna que a brasileira.
A cobertura dos radares brasileiros se refere a grande altitude, o trunfo real e verdadeiro são os R99 AEW do esquadrão Gavião, isto é uma vantagem.
Quanto a vetorar a aviação de caça, eu digo que a aviação de combate Argentina é um dos pontos mais fracos atuais da Argentina, mas devo lembrar que os A4AR são um competente vetor de ataque, com um radar de longo alcance, mísseis all-aspect AIM 9L Sidewinder, no mínimo iguais aos Python 3, bastante testados em combate. Porém como nós falta armamento moderno. E não existe nada comparável ao F5M. E no futuro os A1M superarão os A4Ar.
Experiência em combate, bem que a Argentina perdeu a Guerra das Malvinas, não discuto, mas sugiro que o senhor, estude a guerra, veja exemplos de muitos grupos argentinos isolados e sua resistência aos britânicos. Procure se informar sobre a batalha de Goose Green, por exemplo. Agora quanto a experiência da PM Carioca, para mim isso é ridículo. Não vou falar nada da PM carioca para não ser anti-ético. Guerra é uma coisa completamente diferente de subir morro em área civil com alguns traficantes armados com Ak47, FAL, Hk, Ar.15. é algo que não tem nada haver com uma ação de combate, contra uma tropa de infantaria. A diferença de poder de fogo, por exemplo é enorme, veja qualquer batalhão de reservistas até do Paraguai, vai ter metralhadoras de fita, como uma Mag, uma Browning, vão ter morteiros de 60 mm, 81 mm. Pelo que me consta a PM carioca não enfrenta isso. Nem atirados de elite, com capacidade para causar baixas diárias na PM. A Guerra é totalmente diferente do que a policia faz no seu dia a dia. Conheço alguma coisinha do assunto, pois sou policial.
Você comete um engano a indústria bélica Argentina existe sim.
Com relação ao Osório, esqueça isso, o que acontece é que o Exército possui todos os projetos de sistemas de armas desenvolvidos, estudados, projetados ou fabricados no Brasil. O Osório era uma grande misturada de componentes estrangeiros e acredito que hoje estão fora de linha dos seus fornecedores. E numa situação de guerra estaremos sobre um bloqueio internacional.
Com relação ao AT 27, eu apenas diria que os pilotos deles vão precisar de bastante coragem, para voar um avião lento, sem nenhuma proteção de blindagem, sem contra-medidas eletrônicas, sem RWR, sem flares. Para atacar com foguetes de 70 mm, um armamento bom mas que o avião tem que se expor em um mergulho raso. Alguns projéteis de 7.62 mm podem ser um problema sério para o AT27 Tucano. Se você conhece-se alguma coisa sobre a Guerra das Malvinas, você saberia como foi difícil uso do Púcara argentino na guerra. Agora é claro nós temos o A29 Super Tucano.
Você citou um monte de peças de Artilharia descontinuadas do nosso Exército, são arma antigas, muitas hoje servindo em monumentos ou que não passam a ter mais a manutenção adequada, por estarem estocadas. Não vejo possibilidade de uso de canhões de 75 mm e 152 mm, principalmente porque nem se fabricam estas munições. E o número de armas existente é bem abaixo do que você citou com certeza. Quanto ao Astros é um trunfo.
Agora os Argentinos também tem lança-foguetes de fabricação Argentina, são eles o SABPA 1 de 127 mm e o PAMPERO de 105 mm.
O canhão sem recuo de 57 mm, fabricado pela Hydrocar, descendente de um modelo norte-americano, é uma arma obsoleta. Agora para falar em armas obsoletas, lembro o senhor que os argentinos compraram mais de 1200 mísseis Mathogo, uns 600 mísseis SS11, tem um monte de canhões sem recuo, inclusive mais de 900 de 105 mm. Nós inclusive tínhamos um míssil anti-tanque antigo o Cobra, alemão.
O canhão sem recuo de 106 mm é uma arma que eu aprecio, o seu projétil HEAT pode destruir um tanque com certeza. Um projétil HEAT penetra em tese três vezes o seu calibre então o 106 mm x 3 = 318 mm para uma placa a 0 graus. Mas isso muda com a inclinação da blindagem. Mas com certeza destrói um TAM num impacto frontal. Mas esta arma muito usada na Guerra das Malvinas, que inclusive os EUA possuíam um terrível projétil de flechetes anti-pessoal. Possui um grave defeito é uma arma de único tiro, como os argentinos descobriram, você atira e faz um clarão tão grande, que todo o inimigo te localiza e como o artilheiro fica exposto ao lado da arma e ela é difícil de se movimentar, bum você morre em seguida. Por isso ela esta sendo substituída por modernos mísseis anti-tanque.
Olha o M60 é o melhor tanque da América do Sul, mas é um tanque norte-americano, se quebrar o cambio, qualquer peça é made in USA e são só 90 tanques. Outro ponto o veiculo vai ter dificuldades de trafegar na região. Comparativamente o TAM é um projeto inferior. Mas tem capacidade para destruir um M60, porque a blindagem do M60 é constituída apenas de uma placa de aço simples, com uns 120 mm na frente da torre e esse tipo de blindagem é muito vulnerável a projéteis HEAT e HESH e o canhão de 105 mm dos TAM e dos SK 105, disparam excelentes projéteis deste tipo. Agora quanto a blindagem do TAM acho que até as .50 são perigosas para ele.
Agora com relação a recursos humanos e econômicos, sem comparação.
Não denigra os hermanos, porque eles merecem muito respeito. Pois com uma população muito menor, uma economia muito menor, muitas crises econômicas, conseguiram equilíbrio na parte terrestre e merecem respeito nas outras áreas. Isso é o que me espantar.
Analisei o que existe, devo ressaltar que a quantidade de projeto de armamentos, engavetados nas gavetas dos dois exércitos, daria para fazer um outro exército somente de armas nacionais que nunca foram fabricadas por falta de verbas. E em caso de guerra surgiria, por força de necessidade muita coisa que desconhecemos. Nisto o Brasil leva enorme vantagem devido ao seu parque industrital.
DESCULPE VOU DISCORDAR DE ALGUNS PONTOS.
MAS AGORA ESTOU SEM TEMPO.
ABRAÇOS E AGUARDE.