sgt alex escreveu:Na minha modesta opinião, se a Argentina invadir o Brasil devemos levar as mãos para os céus e rezar, pois o nosso Exercito, infelizmente, está caminhando para uma força de maltrapilhos.
Digo isso pelo fato de que nossos soldados, principalmente os recrutas, não possuem nem o básico do material que deveriam possuir, exemplo:
- Não existem porta-carregadores para serem pagos aos recrutas, então imaginem a cena em um combate em que um soldado, para trocar o carregador do seu fuzil, tenha que colocar a mão no bolso da calça para sacar um carregado municiado;
- Os capacetes de aço e fibra são tão antigos, que muitos não possuem o arrebite para se colocar a jugular que prende o capacete ao queixo (isso quando se tem a jugular);
- Para um acampamento (exercício, manobra, etc...) os soldados tem que levar os seus pertences, fardamento, material de higiene, em mochilas trazidas de casa (imaginem as cores!!!);
- A maioria das barracas tem mais de 15, algumas 20, anos de uso, cheias de remendo e furos;
- O pessoal da motomecanização, faz o impossível para que as viaturas possam ser utilizadas devidas a idade e a falta de peças, a maioria das vezes o encarregado mais antigo da oficina consegue, com a ajuda de ex-militares, algumas peças por doação;
- Alguns de vocês por acaso já viu em alguma exposição mais recente do material utilizado pelo Exército os fogões de campanha???São da época da 2ª guerra mundial. Existem algumas poucas unidades com cozinhas de campanha, mas a maioria utiliza mesmo são os fogões.
Sinceramente pessoal para um governo que diz querer ter cadeira cativa no conselho de segurança da ONU, ser o representante da América do Sul para proteger os interesses da América Latina, é uma vergonha o que acontece nas Forças Armadas.
Agora uma pergunta: Por quê os meios de comunicação (TV Globo, SBT, Veja, Jornal do Brasil, etc...) não fazem uma matéria real de como estão as nossas FAs e o perigo que se tem de não ter forças preparadas e equipadas para defender o nosso território?
Concordo com você. Eu também sou contra o uso do EB em qualquer atividade que não seja a defesa da nação, pelo menos na situação atual. O EB esta criando brigada GLO (para recorrer durante as greves das policias), brigadas de força de paz, e daqui apouco vão criar uma brigada de campanha de vacinação, brigada de soldado-cidadão (para gerar os empregos que o governo prometeu) e a atividade principal fica esquecida.
Quanto à situação do material que você comentou, eu conheço poucas OM, apesar de ter mais de 15 anos de serviço eu conheço só OM da minha arma (infantaria). Seu comentário me chamou a atenção porque tudo isso que você relatou eu vivi também, mas com o passar dos anos, meados da década de 90, quando o EB fez aquela aquisição de sobras de material de intendência da guerra do golfo, eu vi (nas OM de infantaria) esse material de intendência que você disse, melhorar muito. Por exemplo:
- Não existem porta-carregadores para serem pagos aos recrutas, então imaginem a cena em um combate em que um soldado, para trocar o carregador do seu fuzil, tenha que colocar a mão no bolso da calça para sacar um carregado municiado;
Desde dessa época que mencionei, não vi mais problemas com porta-carregadores. Inclusive os porta-carregadores são de excelente qualidade.
- Os capacetes de aço e fibra são tão antigos, que muitos não possuem o arrebite para se colocar a jugular que prende o capacete ao queixo (isso quando se tem a jugular);
Todas as OM de infantaria que conheço atualmente usam o capacete balístico, e eu estou falando de OM de prioridade 3 e não prioridade 1, como brigada paraquedista e outras.
- Para um acampamento (exercício, manobra, etc...) os soldados tem que levar os seus pertences, fardamento, material de higiene, em mochilas trazidas de casa (imaginem as cores!!!);
As mochilas usadas atualmente são dois modelos (grande e media capacidade) de fabricação nacional, mas não deixam nada a desejar ao modelo americano da época que foram adquiridas, inclusive em algumas OM usam mochilas americanas legitimas que só tem de vantagem do modelo nacional o sistema de soltura rápida e de ajuste mais eficaz.
- A maioria das barracas tem mais de 15, algumas 20, anos de uso, cheias de remendo e furos;
Esse problema das barracas foi um dos que eu vi durar mais tempo para ser resolvido. Embora os modelos ainda sejam antigos, as barracas que eu vi por ai são novas, mas já vi coisas boas também, como um modelo francês e algumas barracas pequenas em forma de iglu.
- O pessoal da motomecanização, faz o impossível para que as viaturas possam ser utilizadas devidas a idade e a falta de peças, a maioria das vezes o encarregado mais antigo da oficina consegue, com a ajuda de ex-militares, algumas peças por doação;
Agora você tocou na ferida do EB. Um amigo meu disse certa vez que foi feito um levantamento do combustível existente numa brigada blindada durante um certo período do ano... segurem o queixo... a brigada tinha condição de se deslocar 500 m...isso mesmo, eu não errei na hora de digitar não...é metro e é 500, não é 5000 não.
- Alguns de vocês por acaso já viu em alguma exposição mais recente do material utilizado pelo Exército os fogões de campanha???São da época da 2ª guerra mundial. Existem algumas poucas unidades com cozinhas de campanha, mas a maioria utiliza mesmo são os fogões.
Acho que só as OM prioridade 1 tem cozinhas de campanha.
Só deixo claro que em momento algum minha intenção foi desmentir seu post, pois como eu já falei, tudo isso que você relatou eu já vi, só estou surpreso, eu pensei que esses problemas com material de intendencia não existia mais.