rodrigo escreveu:A estória é interessante, mas vejo que ainda é baseada na eterna comparação de guerra do Vietnã x invasão da Amazônia. Esquecem em primeiro lugar que a derrota americana gerou inúmeros estudos e doutrinas de aperfeiçoamento do combate na selva. Aí alguém vai dizer: mas nós temos o CIGS, o melhor treinamento de guerra da selava do mundo. Mas isso não basta. Temos dois problemas que não existiam no Vietnã: transporte de suprimentos e a evolução dos sensores térmicos.
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Existem muitas dividas sobre o combate a resistência ainda. Muito mais perguntas que respostas. E todas que você levantou fazem sentido.
A situação geral e particular sem duvida foi retirada de alguma ordem de operações de um exercício de resistência. Todos os exercícios de resistência a ordem é muito parecida com essa situação. A missão também deve ter sido baseada em algum exercício, e foi adaptada para melhor entendimento do publico civil.
A guerra do Vietnã foi um ponto de inflexão no exército americano, mas foi como um todo, não houve grandes mudanças no combate de selva do exército dos EUA. Durante a guerra fria a hipótese mais aceita era de um conflito na Europa e depois no oriente médio.
O Vietnãn também teve problemas com suprimento. È obvio que o empenho da população ajudou, mas o que foi decisivo foi o apoio de outras nações, que com certeza o Brasil não teria. Agora, é preciso levar em conta que a guerra de resistência e um combate que se desenrola devagar. Enquanto que na guerra convencional se procura decidir a guerra no mais curto espaço de tempo possível, na guerra a resistência é justamente o contrário. Um bloqueio aéreo, naval e terrestre a um longo prazo, num território do tamanho da Amazônia, acho que seria impraticável mesmo para um inimigo com as possibilidades do exército americano.
Quanto à evolução de sensores térmicos. Eu não tenho nenhum conhecimento técnico para dizer se funcionam ou não. A radiação infravermelha das estrelas não entra na selva, os sinais de radio e GPS também não, então fica a duvida, será que tem alguma coisa que entra naquele lugar? Mas isso é “achismo”, é preciso um estudo mais profundo sobre o assunto. O que é ensinado na selva é que não se acende fogueira numa situação de combate. Fogareiros de campanha podem ser acessos dentro de buracos e longe das palmeiras que podem servir como antenas e refletir o calor. Essa de acender várias fogueiras eu nunca ouvi falar. No Vietnã se urinava em sacos plásticos para despistar os sensores que captavam o odor o humano. Dizem que o famoso “som da selva” é uma camuflagem natural a detectores de som, não sei se é verdade.
O caso acima é uma ficção. Ele falou sobre os sensores, mas é lógico ele criou uma situação onde estava tudo dentro de suas possibilidades. Esses situações criadas para fins de exercícios as vezes beiram o ridículo. Rs rs rs Certa vez um major perguntou como eu defenderia uma determinada ponte, eu comecei a dizer o que eu faria e ele foi derrubando meus argumentos, com ataques aeromoveis, incursões subaquáticas de forças especiais, mísseis teleguiados...então eu disse: “Major, ou o senhor me dá mais meios ou o senhor arruma um inimigo mais fraco....” rs rs
Apesar de tudo da pra ter uma noção de como desenrolaria o combate na selva. Da para ver que as perdas seriam elevadíssimas, mesmo depois do “game over”. O Vietnã estava disposto a pagar esse preço, ate mesmo porque não tinha outra opção, aqui temos a opção de abrir mão do nosso território e ficar com a parte industrializada, acho que isso é que vai decidir essa tal “guerra da Amazônia”.