Eu estou de acordo por um lado e não estou de acordo por outro.
Mas tenho que admitir que a minha posição tem a ver com a forma que tenho de ver as marinhas do mundo.
Ora este projecto, não é decididamente o de um navio de patrulha costeira. Aliás, o proprio nome indica: Navio de Patrulha Oceânico. Outros chamam-lhes “Patrulhas de Alto-Mar”
Portanto se há coisa que o navio não é, é costeiro.
E é por isto que eu acho que ele é pequeno.
Um Navio Oceânico, tem que estar preparado para estar no oceano, mesmo em condições muito complicadas, com ondas muito altas. A sua estrutura, tem que ser capaz de resistir a tempestades fortes, a grande distância da costa, se necessário.
O NPO de projecto português por exemplo, não é dada de especial (o que é suposto ser característica de um patrulha), e mesmo esse projecto, é considerado relativamente pequeno, com um deslocamento de 1600 toneladas.
As actuais corvetas portuguesas da classe João Coutinho / Baptista de Andrade,
http://www.areamilitar.net/marinha/Bapt ... a=Portugal com cerca de 1400 toneladas de descolamento, têm problemas em alto mar, exactamente porque não são suficientemente grandes.
Este projecto tem apenas 1.150 Toneladas de deslocamento.
Um patrulha, é suposto ser isso mesmo, UM PATRULHA. Não é destinado a entrar em combate com ninguém, e tem que ter capacidade para fiscalizar a Zona Economica Exclusiva. Com o Brasil a aumentar o limita da ZEE para lá das 200 milhas marítimas, os navios da marinha brasileira têm que chegar muito mais longe da costa que hoje, se querem fiscalizar alguma coisa. Por isso devem ser navios robustos, e capazes de chegar lá, em qualquer situação.
Se um país quer ter uma longa ZEE, também tem que ter meios para, por exemplo efectuar operações de busca e salvamento longe da costa. Isso de ter uma grande ZEE, não é só vantagens.
Com navios com estas características, o Brasil fica limitado, porque quando for mesmo preciso, em vez de mandar um NPO grande, tem que mandar uma fragata, se as condições de tempo forem más.
Outra coisa é comparar os barcos de países como a Suécia, com o Brasil. A Suécia não é um país com um enorme Mar-Oceano. Quanto ao LCS americano, ainda não há certezas absolutas sobre como vai ser. Por tudo isto, pensar em colocar mísseis neste tipo de navios não faz sentido, do meu ponto de vista. É a mesma coisa que colocar um canhão de 105mm num carro da policia civil. O carro não vai nem andar, e nem consegue absorver o impacto do disparo.
Da mesma forma, quanto menor for a plataforma, mais baixos estarão seus sensores, porque se não a plataforma corre o risco de virar. Quanto mais baixos estão os sensores, menos eficazes eles são. Um navio pequeno, com bons sensores, fica cego, porque eles estão limitados pela curvatura da terra.
Este navio, tenta esquecer que são as Inhaumá que estão erradas neste momento, As Inhaumá, eventualmente deveríam ser transformadas em patrulhas oceânicos, porque sem armamentos ficariam mais leves, e o Brasil deveria pensar na aquisição de um pequeno numero de navios modernos, como por exemplo o LCF holandês ou o projecto francês.
No meu conceito, um país como o Brasil precisa de uns 4 fragatas/contra-torpedeiros, 4 fragatas de usos gerais, e umas duas dúzias de patrulhas oceânicos. Outra possibilidade, é um país produzir um navio patrulha por volta das 2000 Toneladas, e depois fazer uma versão militarizada, como eu considero possível no caso do NPO português:
Projecto NPO-2000 base:
http://www.areamilitar.net/marinha/NPO2 ... a=Portugal
Hipotese 1 - Ligeiramente armado
http://www.areamilitar.net/marinha/npo2 ... a=Portugal
Hipotese 2 - Pesadamente armado
http://www.areamilitar.net/marinha/NPO2 ... a=Portugal
Enfim, ideias
Cumprimentos