Portugal: NPO 2000

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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#31 Mensagem por Spectral » Sáb Fev 05, 2005 4:38 pm

Como foi discutido noutro lado, os NPO estão equipados para a missão que vão cumprir ( patrulha oceânica)

MAS

poderiam estar melhor equipados para essa missão!

Nomeadamente :
.Um radar melhor ( apenas terão um radar comercial de navegação)

.Um hangar telescópico, não são precisos heils orgânicos mas caso a situação o exiga para poderem embarcar e operar um Lynx com eficácia.

.Um pouco mais de velocidade máxima

.Uma peça automatizada e com um controlo optrónico ( sensor infravermelhos), como já se vê por todo o lado


O problema é o de sempre, money...




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#32 Mensagem por JLRC » Sáb Fev 05, 2005 11:20 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Obrigado pela explicaçõa, JLRC.

Em qualquer caso, julgo que nada disso está previsto para quando as nossa VdG entrarem em Up-grade de meio de vida, mas seria pena que pelo menos não se montassem lá uns lançadores VLS para os Sea-Sparrow.


Se não está nada previsto então que upgrade será feito? Uma coisa tenho eu a certeza, pelo menos está prevista a montagem de um VLS, a questão é saber qual ou então saber se se mantêm os Sea Sparrow ou se se opta pelo ESSM.




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#33 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Fev 07, 2005 11:47 am

JLRC:

Mas tem a certeza de que serão colocados VLS nas Vasco da Gama na sequência da sua modernização?

Se assim for, óptimo, mas que eu saiba isso não está previsto.

Oxalá tenha razão.




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#34 Mensagem por Spectral » Seg Fev 07, 2005 2:08 pm

Sem ESSM não há upgrade.

Sem VLS não há ESSM.

Logo, um qualquer upgrade envolverá a colocação de um VLS. Se não, será apenas um simples update ao nível dos equipamentos electrónicos ou semelhante.

E que eu saiba ( do ponto de vista de alguém completamente do exterior), nada está ainda decidido sobre o upgrade.




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#35 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Fev 11, 2005 8:33 am

Caro Spectra.

Segundo me foi dito, é exactamente isso que está previsto efectuar nas meko:

Uma revisão geral alteração de alguns equipamentos electronicos, substuituição dos radares, e pouco mais.

Aliás, basta ver a verba no programa de modernização para 2005, para se perceber que para pouco mais dá que para uma pintura :cry:

A menos que o programa se prolongue para 2006 e 2007 e que as verbas consignadas permitam a colocação dos ESSM e do VLS.

Sem isso, de facto e com o tempo a passar, as fragatas acabarão por ser sujeitas a down-grade, e não o contrário, dada a evolução os equipamentos que estão nas marinhas dos outros países da Europa e nomeadamente da NATO.




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#36 Mensagem por P44 » Qua Abr 06, 2005 11:50 am

Up!!!!

(continuar a discussão acerca do nº de NPOs que estava a "desvirtuar" o tópico dos AB... :P :roll: )
============================================
Extracto da Resolução do Conselho de Ministros n.º 183/2004

(...)

1 - Aprovar o Programa Relativo à Aquisição de Navios Destinados à Marinha Portuguesa (PRAN), a executar por um período de 1 anos, no qual se compreendem um contrato quadro, um contrato específico de aquisição de seis navios-patrulha oceânicos e um contrato específico de aquisição de cinco lanchas de fiscalização costeira.

2 - Aprovar os encargos orçamentais com a a execução dos contratos a celebrar entre o Estado e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A. (ENVC), com o limite máximo previsto no n.º 3 da presente resolução, os quais serão repartidos pelos anos de 2006 a 2015, sendo que, em cada ano económico, não poderão exceder as seguintes importâncias, com IVA incluído:

a) Ano de 2006 - €26.854.116;
b) Ano de 2007 - €64.227.881;
c) Ano de 2008 - €76.011.897;
c) Ano de 2009 - €55.095.542;
c) Ano de 2010 - €46.322.666;
c) Ano de 2011 - €44.227.697;
c) Ano de 2012 - €56.062.557;
c) Ano de 2013 - €57.593 467;
c) Ano de 2014 - €38.433.695;
c) Ano de 2015 - €15.171.534.

(...)


PROGRAMA RELATIVO À AQUISIÇÃO DE NAVIOS DESTINADOS À MARINHA PORTUGUESA (PRAN):

- APROVAÇÃO:

------- Resolução do Conselho de Ministros nº 183/2004, de 16 de Novembro:

Na sequência do procedimento aberto pelo despacho conjunto nº 15/20011, publicado no Diário da República, II Série, nº 9, de 11 de Janeiro de 2001, foi celebrado entre o Estado e a sociedade Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S. A. (ENVC), em 15 de Outubro de 2002, um contrato relativo à construção e aquisição de um navio-patrulha oceânico, com direito de opção de aquisição de um segundo navio do mesmo tipo (direito entretanto exercido pelo Estado). Nesse contrato, em especial no seu anexo R, ficou expressa a possibilidade de ampliar o fornecimento deste tipo de navios e definidas condições para esses fornecimentos posteriores.

Em 19 de Maio de 2004, e ao abrigo da Resolução do Conselho de Ministros nº 68/20042, publicada no Diário da República, II Série, nº 140, de 16 de Junho de 2004, o Estado celebrou com os ENVC novo contrato de aquisição de dois navios-patrulha oceânicos e de combate à poluição.

Na fase actual, e tendo em conta o disposto na Lei de Programação Militar (Lei Orgânica nº 1/20033, de 13 de Maio), em especial no respectivo anexo A («Quadro financeiro»), a importância da manutenção e reforço da capacidade de vigilância marítima e a sequência de fornecimentos já prevista no contrato relativo à aquisição dos dois primeiros navios-patrulha oceânicos, entende o Governo que deve ser formalizado um programa estruturado e completo de aquisição de navios, com definição clara e integral das respectivas condições de fornecimento, o qual será designado por Programa Relativo à Aquisição de Navios (PRAN).

Tal programa de aquisições contempla a aquisição de seis navios-patrulha oceânicos, bem como de cinco lanchas de fiscalização costeira.

pt escreveu:Colocada: Sex 07 Jan, 2005 11:57 pm Assunto:

--------------------------------------------------------------------------------

Esta noticia é uma noticia curiosa. Nomeadamente, porque reduz o numero de NPO's para 8, quando se fala em aumentar a Zona Económica Exclusiva.

Do meu ponto de vista (e isto é especulação), reduzir o numero de NPO's, sería o lógico a fazer se se tivesse como objectivo começar a trabalhar numa sub-classe de NPO's / corvetas que pudessem ser melhor armados. Se 10/12 NPO's para uma ZEE de 300 milhas é pouco, como toda a gente reconhece, então, aumentar a ZEE de 200 para 300 milhas e reduzir os NPO's básicos de 10 para 8 (menos 20%) não faz sentido.

Fará no entanto sentido se, houver o propósito de pensar numa outra versão (eventualmente esticada) do actual NPO, transformando-o numa fragata.




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#37 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Abr 06, 2005 12:08 pm

A observação do PT é pertinente, e dá razão a pessoas como eu que afirmam que de facto a visão minimalista das capacidades das nossas FA's estão a levar o país para um grau ZERO de potencial militar e de vigilância do espaço nacional, para além de nada prever em termos de meios dissuasórios perante ameaças do exterior.

E por ameaças, não me refiro apenas a invasões militares de outros países.

Há muitos e variados graus de ameaças.

O problema de fundo é esse mesmo, e o mais incrível é que tudo isto vai no sentido contrário ao da maioria esmagadora dos países aliados e mais próximos geográficamente de Portugal.

Para que Portugal quer FA's se não as quer equipar?

Quantitativamente?

Não, porque não há verba!

Qualitativamente, como defende o CEDN e a actual LPM?

Como, se o que se prevê é apenas uma actualização dos equipamentos, sem que nada de especialmente qualitativo ou de vanguarda viremos a ter?

Olhe-se o exemplo do que está previsto em termos de up-grade das Vasco da Gama.

Apenas para que possam desfilar em paradas e comemorações anuais?




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#38 Mensagem por ferrol » Qua Abr 06, 2005 1:40 pm

Spectral escreveu:Sem VLS não há ESSM.

Vexamos:
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http://www.fas.org/man/dod-101/sys/missile/rim-7.htm
On Aegis ships, ESSM will be launched from the MK 41 Vertical Launch System, requiring a thrust vector control system on the ESSM rocket. On non-Aegis ships (aircraft carriers, amphibious assault ships, other surface combatants), it will be fired from other launch systems.

Estes "other launch systems" son os da imaxe, o Mk 29 mod 1, que pode lanzar ESSM-Evolved Sea Sparrow e non necesita VLS, polo que as VdG non terán por qué ter, necesariamente VLS.

Saúdos.




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#39 Mensagem por Spectral » Qua Abr 06, 2005 3:36 pm

Hm, tinha a ideia que esses lançadores estavam a desaparecer.. Obrigado ferrol ;)

Mas não diga isso muitas, porque senão a Marinha Portuguesa ainda pode seguir essa via . :P




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#40 Mensagem por P44 » Qui Abr 07, 2005 5:51 am

Spectral escreveu:Hm, tinha a ideia que esses lançadores estavam a desaparecer.. Obrigado ferrol ;)

Mas não diga isso muitas, porque senão a Marinha Portuguesa ainda pode seguir essa via . :P


O nosso amigo Spectral está muito óptimista, acha mm que as VdG terão algum dia um VLS :?:




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#41 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Abr 07, 2005 9:57 am

De facto as fragtas Meko-200 da Marinha portuguesa não precisam necessáriamente de ter VLS mas presisam desejavelmente.

É uma diferença de conceitos.

O amigo Ferrol, nacional de um país que tem de tudo menos armas nucleares, diz, e bem que as VdG podem disparar ESSM a partir de outros sistemas que não os VLS, já que só temos navios sem AEGIS, ao contrário da marinha de Espanha.

Como escrevi isso de outra vez, é como se eu tivesse um grande jipe só para ir para o trabalho.

E um vizinho meu com o Renault Clio me dissesse que gostaria de ter um jipe como o meu, ou mesmo um um pouco mais pequeno.

E eu, de barriga cheia dissuadia-o a não se meter nisso argumentado que se era só para ir para o trabalho, mais valia manter o velho Clio, ou comprar um Fiat Punto, que é mais económico.

Ou seja, para mim, o jipe era útil, e para ele não. :shock:

Ele poderia argumentar assim:

Mas você tem jipe, mas não tem uma quinta no Alentejo, e então para que quer o jipe?

E eu dizia:

Não tenho quinta, mas um dia posso vir a ter essa quinta.

Por isso, já tenho o jipe para essa eventualidade.

E o vizinho, humilhado ia chorar para casa, enquanto eu dava umas gargalhadas, mesmo que um dia ele viesse a ter mesmo uma quinta no Alentejo, por herança de um tio, e eu nunca visse um palmo de terra no Alentejo.

É essa atitude típica dos nossos vizinhos de Espanha para connosco, e em Portugal quase toda a gente se conforma muito bem com essa ideida de que é uma fatalidade Portugal prescindir de tudo, desde que tenhamos umas superfícies comerciais apresentáveis, telemóveis com MMS e marcas de roupa espanhola em cada esquina. :evil:




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#42 Mensagem por P44 » Qui Abr 07, 2005 10:28 am

Alguma coisa contra Fiats Puntos :evil: ???????????????????????

Eta, o Mullah hoje está com a força toda...a continuar assim titio jorge o chama pra adjunto.... :mrgreen: :lol: :lol: :lol:




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#43 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Abr 07, 2005 10:34 am

Não me diga que tem um Punto? :?

Pronto, troque na história que contei, por um Fiesta :wink:

Mas não acha que a parábola tem razão de ser.

Os vizinhos de Espanha falam de barriga cheia e fartam-se de dizer que Portugal nem precisa de se preocupar muito com Defesa, já que como eles têm tudo, até podem paternalísticamente proteger-nos das invasões mouras.




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#44 Mensagem por P44 » Qui Abr 07, 2005 10:41 am

Rui Elias Maltez escreveu:Não me diga que tem um Punto? :?

Pronto, troque na história que contei, por um Fiesta :wink:

Mas não acha que a parábola tem razão de ser.

Os vizinhos de Espanha falam de barriga cheia e fartam-se de dizer que Portugal nem precisa de se preocupar muito com Defesa, já que como eles têm tudo, até podem paternalísticamente proteger-nos das invasões mouras.


Tá bem não lhe digo (já se esqueceu daquele dia em que não pude vir trabalhar pois o AEGIS do dito cujo enfarilhou????) :mrgreen:

E não será antes uma metáfora? ou uma hiperbole, em vez de parábola???

Agora a sério, já disse isto um milhão de vezes, os malvados castelhanos olham pra nós como uma provincia deles, e por isso se comportam assim...
É claro que nós também estamos sempre de costas voltadas pra esses coños em matéria de cooperação...ainda estou pra saber como é que as corvetas do tempo da outra senhora foram construidas pela BAZAN!!!!!




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#45 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Abr 07, 2005 10:54 am

Amigo P-44:

As corvetas foram construidas porque na altura os nossos estaleiros não tinham grande capacidade técnica para fazer navios de guerra de qualidade.

Esqueceu-se do problema que foi construir cá as Dealey, que deram uma barraca e que só aguentaram 10 anos a navegar?

Por isso teve que se recorrer aos estaleiros espanhóis.

No tempo, e no contexto europeu, apenas a Espanha nos defendia politicamente em relaçãoà política ultramarina do Estado Novo, e mais discretamente, por via da guerra fria, a França (que nos vendeu as Reviere )e a Alemanha (fornecedora de viaturas e da G-3).

Para o final, com Nixon na Casa Branca, até os EUA deixaram de ter as reservas que tiveram no início da guerra colonial com Kennedy e Johnson.

Por isso houve essa cooperação entre Espanha e Portugal no domínio da construção naval

_______

Quanto à avaria no AEGIS da sua plataforma, nunca me chegou a referir, penso eu, os estaleiros em que tinah sido construída.
___________

Sobre a parábola:

Tem razão de ser.

Soube há pouco que um colega espanhol num cohecido forum :mrgreen: , a propósito de uma união militar entre os dois países disse, entre outras coisas, que Portugal tiraria vantagens disso, já que uma das baterias Patriot que a Espanha está para comprar, poderia ser instalada na costa algarvia, para se defender dos ICBM do Senegal, ou de outra perigosa potencia militar africana qualquer :mrgreen:

Agora se se falar em cooperação para a construção de plataformas, aí eu estaria plenamente de acordo, até pelas economias de escala decorrentes disso.




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