Ucrânia vende mísseis a Irã e China

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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rodrigo
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Ucrânia vende mísseis a Irã e China

#1 Mensagem por rodrigo » Sex Mar 18, 2005 12:21 pm

Ucrânia admite exportação de mísseis para China e Irã, diz FT


São Paulo - A Ucrânia admitiu ter exportado 12 mísseis de cruzeiro para o Irã e seis para a China, segundo o jornal Financial Times. Em entrevista ao jornal, o procurador-geral da Ucrânia, Svyatoslav Piskun, confirmou que os 18 mísseis X-55 foram exportados em 2001, mas disse que nenhum deles foi vendido com as ogivas nucleares.

Os X-55 têm alcance de 3 mil quilômetros, o suficiente para atingir o Japão desde o continente asiático ou Israel desde o Irã. Esta é a primeira vez que a Ucrânia admite oficialmente que as exportações - denunciadas por um parlamentar ucraniano no mês passado - realmente ocorreram.

O Japão tem receio de que os mísseis vendidos à China possam ter acabado na Coréia do Norte, mas Piskun disse ao jornal que não há motivos para suspeitar que essa transferência ocorreu.


Arsenal
As exportações estão sendo investigadas em um processo secreto na Ucrânia e as embaixadas dos Estados Unidos e do Japão em Kiev querem que as investigações sejam tornadas públicas, segundo o jornal.

O Japão e os Estados Unidos estão preocupados com o que parece ter sido um grave vazamento de tecnologia do arsenal nuclear da antiga União Soviética. A Ucrânia tinha cerca de mil mísseis em seu arsenal quando a União Soviética acabou.

A metade deles deveriam ter sido devolvidos à Rússia nos anos 1990 e os demais deveriam ter sido destruídos, segundo um programa de desarmamento financiado pelos EUA. O processo de investigações foi iniciado ainda pelo governo anterior da Ucrânia.

Um empresário ucraniano foi preso e dois russos são suspeitos de terem organizado as exportações. Um dos empresários russos, Oleg Orlov, foi preso em Praga, em julho passado, a pedido da Ucrânia e está em curso processo de extradição. Há suspeitas de que dois funcionários do setor de exportações de armas da Ucrânia estejam envolvidos.
http://www11.estadao.com.br/internacional/noticias/2005/mar/18/53.htm




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rodrigo
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#2 Mensagem por rodrigo » Sáb Mar 19, 2005 8:40 pm





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#3 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Mar 21, 2005 7:41 pm

Alguém deve estar cagando nas calças, hein?




César
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#4 Mensagem por César » Seg Mar 21, 2005 7:50 pm

Os EUA? :roll: Ou o Irã?

Acho que deve ser o Irã hein....




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#5 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Mar 21, 2005 8:43 pm

Meu querido, nenhuma força armada do mundo pode voltar o tempo, por mais poderosa que seja, isso vale até mesmo para os super-policiais-do-mundo, e caso uma arma dessas seja usada com uma ogiva nuclear contra uma cidade qualquer, o nível de destruição e mortes será um preço caríssimo pago por quem quer que seja. As retaliações podem ser ainda maiores e acredito que serão, mas nada mudará o resultado do primeiro ataque, nem milhões de mísseis, aviões, tropas e etc...
De mais a mais, acho que este míssil não alcança os EUA, né não?




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#6 Mensagem por Plinio Jr » Ter Mar 22, 2005 2:49 pm

De mais a mais, acho que este míssil não alcança os EUA, né não?

Do Irã podem atingir Israel e da China podem atingir o Japão, nenhuma novidade para os japoneses, afinal de contas eles já possuem seu arsenal e esta aquisição talvez sirva de base para futuros projetos chineses.

Pelo lado do Írã , a coisa muda de figura, pois eles contam com algo que possa atingir os israelenses, serve de mais um motivo para os mesmos, atacarem o Irã dentro em breve, com ou sem a ajuda dos americanos.

Estes mísseis disparados destes países, não atingem os EUA.




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#7 Mensagem por zorrilho » Qui Mar 24, 2005 11:59 am

Gozado,achava que a China com toda a sua pujança militar não precisava importar misseis,até mesmo porque tem muitos em seu arsenal, inclusive nucleares.




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#8 Mensagem por Plinio Jr » Sáb Mar 26, 2005 10:11 am

Na verdade Zorrilho, os chineses são ótimos copiadores, vejo na aquisição destes mísseis a necessidade deles terem artefatos com similar capacidade a serem desenvolvidos por eles ou quem sabe mesmo fabricar uma cópia destes sob licença.

Outro ponto importante a ser salientado, existem negociações em andamento, os russos ofereceram alguns TU-22M Backfires aos chineses para substituir a idosa frota de H-6 (cópias dos Tu-16 Badger) , os Backfires tbm podem ser vetores destes mísseis, pode estar aí, um dos motivos da aquisição destes. :?: :!: :?:




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#9 Mensagem por VICTOR » Sáb Mar 26, 2005 12:36 pm

Mísseis contrabandeados ameaçam equilíbrio asiático

São 18 mísseis de cruzeiro levados pela máfia ucraniana ao Irã e à China, com moderna tecnologia digital

Roberto Godoy

Os 18 mísseis de cruzeiro contrabandeados pela máfia da Ucrânia para o Irã e a China em 2004 podem desequilibrar as forças de um primeiro ataque estratégico na região. A versão do KH-55 Kent, desenvolvida na ex-União Soviética, é moderna, incorpora tecnologia digital e, no Oriente Médio, só encontram equivalente no arsenal estratégico de Israel. O índice de erro em relação ao alvo pretendido é estimado em menos de 50 metros.

O modelo vendido irregularmente é lançado a partir de grandes bombardeiros Tupolev Tu-22M3 Backfire, supersônicos (2,4 mil km/hora) de longo alcance. O comandante da Força Aérea da Rússia, Vladimir Mikhailov, confirmou há dois dias que a China está negociando a compra de dois regimentos dessas aeronaves - um total de 40 unidades modernizadas.

Cada um dos aviões pode transportar até 8 mísseis em um disparador rotativo. A ogiva nuclear do KH-55 é de 250 kilotons, potência cerca de 17 vezes maior que a do rendimento efetivo da bomba de Hiroshima. O alcance dos mísseis é de 3 mil quilômetros. As autoridades da Ucrânia garantem que as armas foram levadas para Pequim e Teerã sem as cargas atômicas, desativadas há 10 anos.

O lote desviado foi fabricado entre 1990 e 1995. As primeiras investigações indicam que a empresa de exportações do ex-presidente Leonid Kuchma está diretamente envolvida na operação. Há dois anos a organização assumiu ter intermediado a venda - mas não a entrega - de radares móveis de defesa aérea para o Iraque sob o regime de Saddam Hussein.

Em 25 de fevereiro, Kuchma foi citado nas investigações que apuram o desaparecimento de dois avançados sistemas antiaéreos desviados de um depósito do Exército ucraniano.

Armas russas de última geração estão encomendadas pela Síria, como resultado de uma visita do presidente Bashar Assad a Moscou no dia 24 de janeiro. O contrato principal envolve um número desconhecido de mísseis Iskander-E.

"Trata-se de uma configuração popular, de baixo preço, destinada a atender às necessidades de Defesa dos mesmos clientes que um dia compraram os nossos Scuds", disse ontem ao Estado um dos representantes para a América Latina da agência russa de material militar, a Rosoboronexport.

Para o funcionário, "o Iskander é uma arma tática, com raio de ação de 280 quilômetros, dotado de uma ogiva de explosivos convencionais de 200 kg". Os sírios têm interesse em adquirir para suas Forças Armadas baterias antiaéreas, integradas por fibras óticas, para acionar simultaneamente canhões de tiro rápido e lançadores de mísseis terra-ar distribuídos, por exemplo, ao longo de uma linha disposta no estratégico Vale do Bekaa.




Carlos Eduardo

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