Corveta Barroso

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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#31 Mensagem por Brasileiro » Seg Mar 07, 2005 5:55 pm

Pô, essa Barroso do jeito que demora para ser construída ele deve se deteriorar eli parada esperando seus equipamentos, tomando chuva e todos os tipos de agressão sem a menor proteção.
Na minha opinião, quando se coloca um navio na água, deve se ter todos os equipamentos já prontos para serem colocados rapidamente no navio, para evitar isso. É como se o navio ficasse abandonado esperando suas peças.
Alguém sabe a quantas andam a Barroso?
O processo de construção dela realmente acelerou?


abraços




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#32 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Mar 07, 2005 6:33 pm

A gente discutindo sobre corvetas... Não deu pra perceber que esses navios são pequenos demais para carregar blindagem e um armamento decente? Só servem para patrulhar a costa mesmo (por isso não é problema se as Inhaúma não aguentam o alto mar), vamos discutir sobre uma marinha decente (não é tão real mas é bem mais interessante).

1) As Greenhalgh precisam ser substituidas, como são meio pesadinhas para corvetas (e até para destroiers) podem perfeitamente serem substituidas por destroiers (de preferência novos) sem sufocar nossa marinha com custos operacionais.

2) O Para tambem precisa ser substituido, quem sabe mais uma Niteroi ou outro navio semelhante no lugar dele ia bem.

3) As Niteroi precisam abandonar aquele canhão ridículo para dar espaço a algum armamento anti-aéreo descente.

(aqui começa o sonho)
4) Precisamos de alguns (2 ou 3) navios com uma blindagem mais resistente (cruzadores).

5) Precisamos de navios armados para funcionarem como artilharia para os fuzileiros navais, nem que seja só colocar varios ASTROS II em cima de um cargueiro, mas precisamos de navios assim, se dependesse de mim colocaria foguetes e misseis de cruzeiro no lugar dos canhões que permitem ao navio atirar de mais longe e com mais volume de fogo.




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#33 Mensagem por Paisano » Seg Mar 07, 2005 7:24 pm

Volto a insistir: Uma opção que poderia ser pensada pela MB, no caso da corveta Barroso, seria substituição do canhão de 114,5mm, na proa, pelo lançador Albatroz, que já são utilizados pelas fragatas Niterói.




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#34 Mensagem por pt » Seg Mar 07, 2005 7:35 pm

-> Marechal

1
De facto as Type 22 não estão ficando mais novas, mas estão com dez anos de marinha brasileira, e podem perfeitamente ser modernizadas num padrão idêntico ao das Niteroi.

2
As Niteroi, como todos os navios precisam de um canhão para funcionar como a sua artilharia principal. Há alguns anos pensou-se que isso sería viável, (e por isso as Greenhalg não têm canhões) mas posteriormente, todos os navios de maiores dimensões passaram a ter canhões.

3
A blindagem dos navios é uma questão que deixou de fazer sentido na segunda-guerra mundial. A principal razão, tem a ver com o facto de as armas actuais, poderem perfurar mesmo as maiores blindagens. Os navios de hoje, já não se protegem com blindagem. Se fosse assim, já tinhamos aí os americanos com navios com blindagens de 2 metros de espessura.

Os americanos protegem as suas esquadras com vários anéis concentricos, com o eixo nos porta-aviões. As esquadras são defendidas primeiro pelos aviões, depois pelos misseis anti-aéreos, e finalmente pelos sistemas de defesa de ponto.

Aí eu de facto acho que a esquadra brasileira não tem sistemas de defesa de ponto adequados, e as Niteroi não corrigiram o problema, com o sistema Trinity, que é muito bonitinho, mas, implica (para funcionar bem), munição muito cara e uma grande dose de boa sorte.

O apoio aos fuzileiros navais, nunca pode ser feito com ASTROS embarcados em barcaças. As coisas não funcionam assim. O ASTROS é um sistema terrestre e os bombardeamentos de terra desde barcos, com foguetes, nunca funcionaram bem.

quando comparamos, com os canhões das fragatas, como os canhões das Niteroi ou das corvetas, não há comparação possível.
Nos dias de hoje, consideram-se novos sistemas de artilharia, como por exemplo aquele que se baseia no 155mm alemão, com munição assistida.

Há muita coisa para fazer antes de pensar em mais fragatas e barcas armadas com ASTROS.

Veja:

Um sistema CIWS/RAM para as Niteroi e para a Greenhalg
Sistema ASPIDE nas Greenhalgh para harmonizar a frota
Colocação de ASPIDE no porta-aviões São Paulo (um lançador de cada lado)
Instalação de pelo menos dois sistemas CIWS no São Paulo
Instalação de pelo menos dois Trinity, onde estavam inicialmente os Creusot-Loire que equipavam o São Paulo, e que foram removidos.

Modernizar pelo menos oito Skyhawk num padrão idêntico ao F-5BR, nomeadamente permitindo ao Skyhawk atacar navios, utilizando misseis Harpoon.

Desenvolvimento das capacidades da marinha para permitir lançar misseis Exocet dos submarinos Tupi, como parece que será possível no Tikuna.

Desenvolvimento da capacidade de operação conjunta dos helicópteros das fragatas com os submarinos.

só com isso, (só) a marnha do Brasil, já ficava com uma capacidade "para ninguém botar defeito".

Haveric capacidade objectiva de controlo marítimo e os canhões de 114.5mm, junto com a capacidade de ataque dos Skyhawk sería muito superior a baterias de ASTROS, que são foguetes. Armas de artilharia, e que não funcionam convenientemente no mar.

Cumprimentos




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#35 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Mar 07, 2005 7:47 pm

pt escreveu:A blindagem dos navios é uma questão que deixou de fazer sentido na segunda-guerra mundial. A principal razão, tem a ver com o facto de as armas actuais, poderem perfurar mesmo as maiores blindagens. Os navios de hoje, já não se protegem com blindagem. Se fosse assim, já tinhamos aí os americanos com navios com blindagens de 2 metros de espessura.

O medo dos americanos era enfrentar a URSS e suas milhares de ogivas atômicas, mas 90% dos paises do globo não fazem a menor ideia de como se fabrica uma ogiva atômica, por isso a guerra a se pensar seria uma guerra convencional, sendo assim a blindagem (principalmente as novas blindagens compostas) ainda é importante.

O apoio aos fuzileiros navais, nunca pode ser feito com ASTROS embarcados em barcaças. As coisas não funcionam assim. O ASTROS é um sistema terrestre e os bombardeamentos de terra desde barcos, com foguetes, nunca funcionaram bem.

O que você tem contra foguetes? Deixa os coitados no navio pô. É preferivel ter dezenas de foguetas acertando a costa por minuto (mesmo sem muita precisão) do que 4 ou 5 tiros de canhão (não da nem pra assustar...).




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#36 Mensagem por pt » Seg Mar 07, 2005 8:08 pm

O medo dos americanos era enfrentar a URSS e suas milhares de ogivas atômicas,

Isso é verdade, mas o problema, hoje não são as bombas atómicas, mas sim os misseis, que de facto podem perfurar mesmo a blindagem de um couraçado.
Depois, lembre-se de que o maior couraçado do mundo, o Yamato, ou mais mitico couraçado do mundo, o Bismark, não foram afundados por bombas atómicas, mas sim pela aviação.
E grande parte das marinhas ou das forças aéreas, sabe como afundar navios.

O que você tem contra foguetes? Deixa os coitados no navio pô.

:mrgreen:
eh eh eh
Eu não tenho nada contra.

Mas, no navio não os vou deixar. Primeiro numa fragata não cabem.
Segundo, se você deixa os foguetes no navio, eles não servem de nada.

Depois, você não pode comparar a cadência de tiro de um canhão de uma Niteroi, com a cadência de tiro de um lançador de foguetes.

O canhão é muito mais preciso. Por isso, por cada tiro de canhão que você atira no alvo, tem que disparar uns dez foguetes para atingir o mesmo alvo.

Se isso não fosse suficiente, cada um dos dez foguetes custa muitissimo mais caro e é mais perigoso de manusear que um projectil de 114mm de uma Niteroi, que pode disparar mais de vinte vezes por minuto, com grande precisão, a 22 Km de distância.

Se tudo isto não fosse suficiente, há o problema do fogo de contra-bateria. Quando você dispara foguetes (projecteis que seguem uma rota facil de calcular), você está a dizer alto e bom som "Ó Eu aqui disparando meus foguetes".

Garanto que você não vai querer estar onde os lançadores de foguetes estiverem se o inimigo tiver alguma forma de dispara contra você.
Se os foguetes estiverem numa "barca", então, adeus "barca".
:mrgreen:

Cumprimentos




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#37 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Mar 07, 2005 8:23 pm

pt,
Uma fragata fracamente blindada pode ser tirada de combate por um único missel, ja um cruzador vai precisar ser atingido por alguns misseis para ser afundado, a aviação realmente é um problema, mas hoje temos AEW coisa que não existia na 2GM.

Quanto aos foguetes eles podem não caber numa fragata, mas cabem em um navio maior e feito exclusivamente para carrega-los, um canhão é pesado tem pouco volume de fogo e pouco alcance perto dos foguetes (lembre-se se você estiver a apenas 22km da costa e o inimigo utilizar ASTROS II como artilharia de costa vai chover S30 na sua cabeça), e, se são imprecisos o próprio nome ja diz Artilhary SATURATION ROcket System, você atinge uma área muito maior, ideal para livrar o campo de inimigos escondidos.




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#38 Mensagem por Brasileiro » Seg Mar 07, 2005 8:50 pm

Parece idiota mas vou comentar:
O Balanço do mar não prejudicaria o tiro com artilharia de foguetes, uma vez que para obter precisão a lançadora se posiciona exatamente na posição ideal do disparo, e um leve balanço na lançadora já seria capaz de comprometer completamente a precisão de armas não guiadas de longo alcance, colocando o foguete a centenas de metros da rota pretendida.
Acho que para ataque de costa, o mais ideal seriam mísseis balísticos leves, ou foguetes com atualização final de rota.
Sistemas de artilharia de longo alcance, só funcionariam com perfeição quando baseadas em terra.


abraços




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#39 Mensagem por Brasileiro » Seg Mar 07, 2005 8:53 pm

O Balanço do mar não prejudicaria o tiro com artilharia de foguetes, uma vez que para obter precisão a lançadora se posiciona exatamente na posição ideal do disparo


Perdão, errei.
Por favor, corrijam. O certo seria:

....O Balanço do mar PREJUDICARIA o tiro com artilharia de foguetes, uma vez que para obter precisão a lançadora se posiciona exatamente na posição ideal do disparo....




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#40 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Mar 07, 2005 9:03 pm

Quem ja viajou num navio do tamanho que eu imagino sabe que o balanço só existe quando o mar esta agitado ou quando ele esta em movimento, e se o balanço atrapalha os foguetes é muito pior para os canhões que perdem a vantagem da precisão e tem um volume de fogo muito menor.




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#41 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Mar 07, 2005 10:45 pm

Paisano escreveu:Volto a insistir: Uma opção que poderia ser pensada pela MB, no caso da corveta Barroso, seria substituição do canhão de 114,5mm, na proa, pelo lançador Albatroz, que já são utilizados pelas fragatas Niterói.


Não é necessário, visto que a Classe Inhaúma/Barroso tem provisão (um local específico) para receber o lançador óctuplo do Albatroz. Entretanto, por falta de recursos, esse espaço não foi utilizado.




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#42 Mensagem por Paisano » Seg Mar 07, 2005 11:17 pm

EDITADO POR PAISANO




Editado pela última vez por Paisano em Ter Mar 08, 2005 9:03 am, em um total de 1 vez.
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#43 Mensagem por Paisano » Seg Mar 07, 2005 11:21 pm

FinkenHeinle escreveu:
Paisano escreveu:Volto a insistir: Uma opção que poderia ser pensada pela MB, no caso da corveta Barroso, seria substituição do canhão de 114,5mm, na proa, pelo lançador Albatroz, que já são utilizados pelas fragatas Niterói.


Não é necessário, visto que a Classe Inhaúma/Barroso tem provisão (um local específico) para receber o lançador óctuplo do Albatroz. Entretanto, por falta de recursos, esse espaço não foi utilizado.


Então não há qualquer justificativa para não adoção desse lançador na Classe Inhaúma/Barroso. É o que popularmente se chama de "economia porca". :evil:




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#44 Mensagem por alex » Ter Mar 08, 2005 12:21 am

Olha, gente estou quase apostando que mesmo com a entrada da Barroso à
frota vai se manter a ultima Pará. Acho que como as outras tres já desativadas teremos sobressalentes para uns cinco anos para mantermos o nosso contratorpedeiro "predileto" navegando.
Ai teremos 02 elefantes brancos no mar : a Barroso e a ultima Pará.
E ainda querem desativar o São Paulo.
desativem Primeiro esses navios que nem conseguem abater um Xavante com o piloto chapado .....




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#45 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Mar 08, 2005 7:56 am

Marechal do Ar:
pt,
Uma fragata fracamente blindada pode ser tirada de combate por um único missel, ja um cruzador vai precisar ser atingido por alguns misseis para ser afundado, a aviação realmente é um problema, mas hoje temos AEW coisa que não existia na 2GM.


Claro que uma grande plataforma é mais difícil de afundar que uma pequena, e que teoricamente para afundar um cruzador é necessária mais "bombarda" que para afundar uma corveta ou uma fragata.

Mas a questão que se coloca é que com um ou dois tuiros certeiros ou com um míssil bem dirigido a partir do ar, ou mesmo de outra plataforma naval é possível tornar uma plataforma, mesmo que grande, completamente inoperacional.

Mesmo que não afunde.




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