F-X - O Fim Definitivo - FAB Anuncia o Cancelamento

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Slip Junior
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#61 Mensagem por Slip Junior » Qui Mar 03, 2005 12:51 pm

Plinio Jr escreveu:(...) somente a modernização de parte da frota de Su-27 acabou-se tornando viável.

Plinio, vc (ou qualquer outro membro, é óbvio) saberia me dizer quantos Su-27 a Força Aérea Russa atualmente possui, quantos já foram modernizados e a previsão de quantos mais ainda deverão ser?

Abraços




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Plinio Jr
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#62 Mensagem por Plinio Jr » Qui Mar 03, 2005 1:51 pm

Blz Slip ??

Os russos tem no momento em torno de 440 Su-27K/SK/UB, boa parte desta frota está parada por motivos financeiros.

Eles receberam os primeiros 05 Su-27SM no final de 2003, estas aeronaves foram deslocadas para o 4th Combat and Coversion Traning Centre em Lipetsk.

Outras 07 aeronaves foram recebidas no final do ano passado (2004) e deslocadas para o 23rd Fighter Air Regiment at Komsomolsk-na-Amur.
Dentro do conograma , outras 10 aeronaves deverão serem integradas as unidades de combate este ano e outras 06, durante o ano de 2006.

Estou verificando o total de aeronaves que deverão ser modernizadas, mas não devem ser muitas não.




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Luís Henrique
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#63 Mensagem por Luís Henrique » Qui Mar 03, 2005 2:14 pm

Os EUA ainda não compraram mas, ele ja foi vendido, o que ainda não aconteceu com SU-35 :


Sim, Lauro Melo. Essa notícia é bem conhecida, eu não estou dizendo que o F-16 block 60 não tem comprador. Estou dizendo que os EUA não compraram e nem comprarão F-16 block 60.

Obviamente porque eles podem ter algo melhor, não porque o F-16 block 60 seje ruim. E é claro que não é, é um excelente avião.

O que estou tentando dizer é que o Su-35 também é um excelente avião. A Rússia não comprou nenhuma unidade porque tem centenas de outros aviões e em breve terá o Pak Fa. Nenhum outro país comprou o avião, porque a Europa produz seus próprios aviões e os EUA e a Europa tem maior influência sobre a maioria dos países do mundo. Os países que compram material russo preferiram continuar com o Su-30 MKI e outros. Ou esperar pelo Pak Fa como o caso da Índia.

Isto se for na aquisição unitária da aeronave, na parte de manutenção, os custos de 01 Su-35 com certeza são o dobro , senão o triplo de um Gripen.

Não adianta comprar, tem que ter, principalmente, condições de mante-lo, e isto, com certeza a grande maioria dos clientes de produtos russos não tem condições de manter, isto explica o porque que o Su-35 não conseguiu emplacar em vendas até o presente momento.


Plinio Jr,

Acontece que o Pak Fa esta sendo projetado para ter um custo baixo de aquisição e também um custo baixo de manutenção.

Eles não compram mais Su-35 porque não tem dinheiro e não porque aguardam o PAK-FA.


Porque eles tem centenas de aviões excelentes.
Porque eles terão o Pak Fa.
Porque eles não são burros de ficar gastando dinheiro com um avião, sendo que eles tem aviões que podem executar praticamente as mesmas coisas e em breve terão um avião bem melhor.

1. o Su-35 é uma melhora do Su-27 e não do Su-30. A sua designação oficial é Su-27M e nada relacionado com Su-30(qualquer coisa). Ele possui várias características semelhantes ao Su-30MKI mas não nenhuma melhora dessa aeronave.


Slip junior,

Ah, o Su-35 não tem nada haver com o Su-30. :roll:
Em seguida você disse que ele possui várias semelhanças com o Su-30MKI mas nenhuma melhora dessa aeronave. :roll:
Então ele é inferior ao Su-30MKI. Tem exatamente os mesmos aviônicos, a mesma estrutura, etc etc etc.....
Só para constar, da mesma forma que o nome inicial do Su-35 era Su-27M o do Su-30 é Su-27P. É tudo da mesma família e eles tem muitas coisas em comum.


2. Nunca vi ninguém falar que o Su-35 é uma porcaria.


Muita gente fala que se o Su-35 fosse realmente bom a Rússia teria váriso e outros países teriam importado este vetor também. E ele deveria ser provado em combate etc......

3. Nem o Su-35 nem o seu irmão de sangue, o Su-37, nunca foram exportados.


E dai?
O Rafale ainda não foi exportado. O F-22 provavelmente nunca será exportado.

4. Os Flankers de nova geração (Su-30/32/34/35/37) só foram utilizados em ataques bastante limitados durante a campanha da Chechênia e falar que por essa ação esses são "provados em combate" é forçar a barra um pouco.


O Rafale também foi provado em combate com forças medíocres.

Agora, coloca um desses. Qualquer um dos cinco que você mencionou contra um F-16, ai depois a gente conversa...

-----------
Plinio, vc (ou qualquer outro membro, é óbvio) saberia me dizer quantos Su-27 a Força Aérea Russa atualmente possui, quantos já foram modernizados e a previsão de quantos mais ainda deverão ser?


Esse texto abaixo fala alguma coisa disso.

Russian Air Force Gets New Su-27 Fighter Planes
Created: 24.12.2004 12:19 MSK (GMT +3), Updated: 13:10 MSK

MosNews

Russia’s Armed Forces received a delivery Thursday of seven modernized Flanker Su-27 fighter planes, enhancing its arsenal and equipment stock.

The combat aircraft were assembled in Komsomolsk-na-Amure in the Far East, near the border with China, Russia’s Ren TV reported.

Military pilots hope that within a year and for the first in the Russian army’s history the whole air force will be equipped with the modernized Su-27s. The new combat jet is a multifunctional fighter adapted to all weather conditions and equipped with high precision Vozdukh-Zemlya missiles, a correspondent at the plant said.

“These aircraft have resources that can last for more than 13 years,” the commander-in-chief of the Russian Air Force, Col-Gen Vladimir Mikhaylov, said in the broadcast. “In other words, they are just like new aircraft but their cost is several times less. Their effectiveness, however, exceeds that of all other models in anybody’s possession at the moment.”

In the next few years the air force expects to receive more than 200 new fighters. So far these will also be modernized models, but Mikhaylov says that in four years the serial production of fifth generation aircraft will begin.


A Rússia tem aproximadamente 2.600 aviões de combate. Mas o número de Su-27 e o número de modernizados eu não sei....




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#64 Mensagem por Lauro Melo » Qui Mar 03, 2005 2:45 pm

Slip Junior escreveu:
Plinio Jr escreveu:(...) somente a modernização de parte da frota de Su-27 acabou-se tornando viável.

Plinio, vc (ou qualquer outro membro, é óbvio) saberia me dizer quantos Su-27 a Força Aérea Russa atualmente possui, quantos já foram modernizados e a previsão de quantos mais ainda deverão ser?
Abraços


Slip,

Complementando as ótimas informações do Plínio :
Lembrando que mais de 70 % da frota de SU-27 esta parada e cerca de 60 SU-27 deverão ser desativados em 2005.
Outra ponto é que a media de horas de vôo em 2004 na Rússia subiu para 60 horas por piloto.

Qto aos operadores de Su-27 :

Angola: 12 Su-27S

China: 75 Su-27SK - + 200 que ainda deverão ser produzidos até 2012-2014.

Eritrea: 12 Su-27S

Etiópia: 17 Su-27S

Indonésia: 02 Su-27SK - outra encomenda do tipo a ser confirmada

Kazaquistão: 28 Su-27S

Ucrania: 69 Su-27S *** Várias Unidades desativadas.

Uzbekistão: 30 Su-27S

Vietnã : 11 Su-27SK

Rússia : 440 Su-27S , 25 Su-30 e 08 Su-27IB/Su-34

Bielo-Rússia -

Índia - SU-30

Malásia -

O total dos russos pode deve cair muito em 2005.

Entre 2003 / 04 / 05 / 06 estão previstos o recebimento de 30 Su-27M as unidades de linha de frente.

Informações : AFM, Air International de exemplares de 2003/4 , Flight International - Directory Air forces 2002 e 2003




"Os guerreiros não caem se ajoelham e levantam ainda mais fortes."
TOG: 22 anos de garra, determinação e respeito.
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#65 Mensagem por Plinio Jr » Qui Mar 03, 2005 4:27 pm

Realmente não consegui a quantidade de Su-27s que os russos pretendem modernizar, pelo andar da carruagem, vão modernizando o que a verba do ano corrente permite e estão começando com uma quantidade muito pequena em relação o que podem fazer, ou seja, financeiramente a coisa continua feia por lá.

Entre o final do ano passado e este ano, 02 regimentos de Su-27 serão desativados, o que aumentará a quantidade de aeronaves colocadas em depósitos. As frotas de Mig-31 e Su-27 são as que mais estão sofrendo em termos operacionais.

Vamos lá Luís:

O que estou tentando dizer é que o Su-35 também é um excelente avião. A Rússia não comprou nenhuma unidade porque tem centenas de outros aviões e em breve terá o Pak Fa.

Acontece que o Pak Fa esta sendo projetado para ter um custo baixo de aquisição e também um custo baixo de manutenção.

Possuem centenas de aeronaves boas que estão sendo ultrapassadas tecnologicamente pelos seus equivalentes ocidentais e algumas estão em sucatões espalhados pela Rússia por falta de dinheiro para fazerem as suas devidas modernizações, é um quadro preocupante, e o PAK Fa nem saiu da prancheta ainda.

Projeto para ter baixo custo de manutenção é uma coisa Luis, qdo se coloca a mão na massa a estória é totalmente diferente, é muito cedo dizer que eles conseguiram ou vão conseguir isto ou não, sendo que o avião ainda não passa de um desenho.

Porque eles não são burros de ficar gastando dinheiro com um avião, sendo que eles tem aviões que podem executar praticamente as mesmas coisas e em breve terão um avião bem melhor.

Então o Su-35 foi criado só para demonstrações aéreas ??

Claro que não...Estava previsto colocar estas aeronaves em operação junto a PVO substituindo as primeiras versões de Su-27K em serviço, mas de repente a grana ficou curta, optou-se pela modernização dos velhos Su-27s através de algumas melhorias obtidas pelo programa Su-35

O grande problema do Su-35 é simples, a não aquisição do mesmo pela FA russa gera um clima de desconfianças em torno do avião perante a potenciais clientes, para se ter uma idéia, atualmente nenhum país está interessado na aquisição do avião, isto é algo que preocupa.

Não tendo dinheiro para aquisições de novas aeronaves, o final do Su-35 pode ser o mesmo do F-20 Tigershark, uma excelente aeronave, mas não tendo encomendas por parte do país de origem acabou matando a aeronave.

O Rafale ainda não foi exportado. O F-22 provavelmente nunca será exportado

O Rafale não foi exportado, mas tem fortes encomendas pelas FA´s francesas e estão na licitação de alguns países, algo que infelizmente não ocorre com o Su-35 .

Qto ao F/A-22 tbm acho que seja dificil alguma exportação, mas existe o acompanhamento oficial do governo de Taiwan nas aeronaves que estão entrando em serviço na USAF , podendo gerar em alguma encomenda, mesmo numa versão downgrade...




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#66 Mensagem por Luís Henrique » Qui Mar 03, 2005 5:04 pm

Então o Su-35 foi criado só para demonstrações aéreas ??


Não. Foi exatamente o que você disse antes.

O Su-35 serviria a Rússia mas por problemas de dinheiro eles optaram por modernizar os Su-27.

Agora nem por isso o Su-35 é ruim, porque se o Su-27 e Su-30 são bons, porque o Su-35 seria ruim. Pelo contrário, é uma versão melhorada de um Su-27 como você mesmo disse.

Agora os russos perderam tecnologia, mas já estão se recuperando.

Pelo texto que eu coloquei da para perceber que os pilotos da rússia esperam que em um ano toda a frota russa seja composta de aviões Su-27 modernizados.

Military pilots hope that within a year and for the first in the Russian army’s history the whole air force will be equipped with the modernized Su-27s.


E o comandante chefe da Força Aérea Russa disse que é um avião excelente e que ninguém tem um avião tão bom atualmente.

Ou seja, ele considera melhor do que qualquer outro avião em serviço no mundo. Talvez ele esteja puxando saco, mas acho que isso é bem próximo da realidade. Talvez o Su-27 modernizado pode perder para um outro avião ocidental, mas a diferença é mínima.

“These aircraft have resources that can last for more than 13 years,” the commander-in-chief of the Russian Air Force, Col-Gen Vladimir Mikhaylov, said in the broadcast. “In other words, they are just like new aircraft but their cost is several times less. Their effectiveness, however, exceeds that of all other models in anybody’s possession at the moment.”


No final do texto ainda tem isso:

In the next few years the air force expects to receive more than 200 new fighters. So far these will also be modernized models, but Mikhaylov says that in four years the serial production of fifth generation aircraft will begin.


Então eles terão uma frota e tanto. E os aviões serão todos modernizados.
Depois, a Rússia pretende adquirir 500 Pak Fa. Acho que com isso só tem um país com uma força aérea mais poderosa, os EUA.

Só acho que esses 4 anos para iniciar a produção do Pak Fa esteja equivocado. Acho que vai o dobro ou mais...

Então a Rússia não ta tão mal assim. O melhor que o Brasil tem a fazer, é uma parceria com a Rússia e entrar no Pak Fa. Ai sim em 10 anos teriamos possivelmente o melhor ou segundo melhor avião do mundo.




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Brasileiro
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#67 Mensagem por Brasileiro » Qui Mar 03, 2005 5:07 pm

FAB Pós-Cancelamento Programa F-X

Entrevista com Tenente-Brigadeiro-do-Ar José Carlos Pereira,

Comandante do Comando-Geral do Ar ( COMGAR), da Força Aérea Brasileira.

Entrevista realizada no dia 24 Fev 05 -Base Aérea de Canoas (BACO).

Nelson F. Düring
Editor


Defesanet: Quais aviões estão sendo analisados em substituição ao cancelamento do Programa F-X BR?
Brig. J. Carlos: A força Aérea Francesa tem aviões usados Mirage 2000, os Emirados Árabes e outros países, os F-16 estão sobrando na Europa, tem também nos Estados Unidos, existe Sukhoi 27 também sobrando da Rússia, existe o Kfir, da Reserva de Guerra de Israel, o Cheetah, da África do Sul, e o nosso F-5, que muitos países estão oferecendo . E daí que vai sair e acho que vai sair rápido.

Defesanet: Com o encerramento do Programa F-X BR, quais as alternativas
Brig. J. Carlos: É possível dar um retardo na desativação dos Mirage III, é possível fazer outras combinações, mas é necessária uma tomada de decisão rápida (compra de um avião usado) .
Eu acredito, que num mês ou dois no máximo, essa decisão tenha que estar tomada. Olha, eu acho que vamos tomar uma decisão tranqüila, muito mais econômica do que se poderia imaginar e uma solução transitória.
Transitória de quanto tempo: é difícil responder - dois, três, quatro anos, no máximo - Não mais do que 4 anos.

Defesanet: Embora esse avião consiga operar por um período maior, em 4 anos haveria uma outra decisão?
Brig. J. Carlos: Isso. Embora possa haver um sobreposição ("over lapping"), entre eles, continuaria sendo feito um trabalho de aquisição de um novo caça, mas sem tanta pressão, pois não haveria, como agora, uma data fatal para os aviões Mirage III pararem. Eu acho que vai dar certo.

Defesanet: Independente de que avião seja escolhido agora, o Senhor crê que será obtida uma boa solução?
Brig. J. Carlos: Nós vamos conseguir uma boa solução, solução aceitável para as condições econômicas do país, aceitável em termos de segurança aérea, segurança de vôo, não vamos colocar um material que possa afetar a segurança, um avião seguro, isso é fundamental, que dê a Força Aérea um "up grade" em algum ponto; é aquilo que digo sempre: é importante ter no nariz do avião um excelente radar e sob as asas mísseis BVR, o resto é luxo.

Os critérios para a escolha são:
Primeiro: a mais segura, que não ofereça nenhum risco à segurança de vôo;
Segunda: a mais econômica, e a
Terceira: que atenda ao critério: um bom radar no nariz e mísseis BVR sob as asas.

Porque comprar alguma coisa, igual ao Mirage III, que não enxerga e não faz nada..., não vale a pena.

Defesanet: O avião não necessitaria ser "multirole"( multifunção)?
Brig. J. Carlos: A função do avião seria muito mais de defesa aérea. O multirole é desejável, mas não é uma condição "si ne qua" , aí entram também outros luxos de aviões modernos, como piloto automático, em vários eixos e isso tudo é dispensável. Realmente precisamos de um excelente radar e capacidade de mísseis BVR. Com isso, a FAB dará um salto à frente, e aí sim dá para esperar uns três, quatro anos tranqüilamente, enquanto isso os outros projetos estão andando.

Defesanet: Outra solução seria deslocar um grupo de F-5 para Anápolis(GO)?
Brig. J. Carlos: É possível sim. O F-5 BR já modernizado. Nós temos um pequeno excedente de aviões F-5. Então, no momento em que eles forem modernizados, os do esquadrão aqui do Sul e lá do Rio de Janeiro, poderão receber os aviões, e terão uma pequena sobra de aviões F-5. Esta sobra de aviões F-5 pode, eventualmente até cobrir o alerta de defesa aéreo, ali na região central. Talvez fosse necessário adquirir mais 5, 6 ou 10 aviões F-5, mas seria também um caminho. O F-5 está barato no mercado internacional. Vários países estão oferecendo aviões F-5 usados em bom estado. É também uma solução. Vamos ter que ver esse caminho.

Estaremos recebendo o primeiro F-5BR em Março, provavelmente entre os dias 15 a 18.

Defesanet: Na manobra Terral, fomos informados de um bom desempenho dos Mirage III com os R-99A. Os Mirage III estavam conseguindo enxergar um pouco mais, embora não fosse orgânico do avião.
Brig. J . Carlos: Nós fizemos agora um exercício usando nossos Mirage III como aviões de ataque ao solo. Foi um exercício muito bom, a precisão dos aviões foi excelente. Ele ficou muito incapacitado, como avião de defesa aérea. Aí nós fizemos uma série de testes com ele, como avião de ataque, empregando armamento real, funcionou maravilhosamente.

Defesanet: Qual foi o exercício Brigadeiro?
Brig. J Carlos: Um exercício que a FAB fez, no país inteiro, em 5 ou 6 locais (stand de tiro), simulamos a Força Aérea atacando 5 posições simultaneamente, muito distantes umas das outras, por exemplo: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Nordeste e Roraima, na mesma hora. Foi muito bonito! Um único comando central, em Brasília, comandou os ataques empregando a inclusão dos Mirage III. Foi um sucesso absoluto.

Defesanet: Podemos dizer que o foco é integrar o futuro caça, ao conceito de operações centradas em rede?
Brig. J. Carlos: Sem dúvida nenhuma. Você não pode raciocinar sem esse tipo de integração. Veja bem: o máximo de integração no estado da arte, isso ninguém conta para ninguém, sabe como as coisas funcionam...mas nós já temos uma capacidade muito boa, muito razoável de chegar a um resultado muito bom nesse campo. Mesmo com dificuldades, nós estamos com domínio tecnológico bem razoável.

Defesanet: Os senhores. são muito seguros na informação. Boa parte do publico desconhece essas conquistas.
Brig. J. Carlos: Você sabe, é que, os militares brasileiros, eu não sei se é por questão de DNA. Acho que o nosso DNA é assim. O pessoal tem até vergonha de falar as coisas. Na verdade agora estou falando em meu nome pessoal. Nos estamos fazendo, não só defesa aérea e perseguindo traficante. Estamos fazendo o CAN (Correio Aéreo Nacional), na Amazônia. Meu amigo, quando recebo o relato dos meus pilotos, de aviões transportando leprosos, tuberculosos, avião sendo contaminado pelo nosso povo, povo brasileiro contaminando os aviões da Força Aérea com suas doenças, por um lado é uma coisa chocante, mas é o trabalho que temos que fazer. Aí nós militares ficamos até com um certo receio - meu Deus, nosso povo está morrendo, precisando de coisas básicas, tipo uma vacina contra Febre Amarela e eu estou pensando em alta tecnologia, em transmissão via datalink - não tem nada a ver uma coisa com a outra. Nós só vamos tirar o povo da miséria quando tivermos uma tecnologia bem lá frente. Mas choca um pouco. A mim choca.

Eu digo para minha gente nós podemos fazer as duas coisas . Estamos fazendo assistência social com aviões Caravan. São aviões de custo operacional extremamente baratos. Empregamos os nossos médicos, porque é uma mão de obra, que já está inserida no orçamento. Estamos fazendo muita coisa.

Tecnologia é cara, mas acho que dá um retorno social grande.

O problema dos militares é esse. Veja o problema do Pará. Estamos transportando o Exército, estamos envolvidos com o Exército naquela operação. Aquela violência, problema da terra, nossos soldados, sargentos, oficiais do Exército estão lá, é um drama. Tem que manter a ordem, manter a disciplina ajudar a polícia.

Por outro lado é um drama, tem aquela miséria, doença tropical é o estado que ficou omisso tanto tempo por ali. Endemias todas que acontecem isso é parte de nossa guerra.

( Nota Defesanet: Cosme Degenar, Diretor de Redação de Tecnologia & Defesa, acompanhou por duas semanas as atividades do CAN.)

Defesanet: Qual o legado da gestão J. Carlos no Comgar?
Brig. J Carlos: No dia 31 de Julho, tiro o time de campo. Foram quatro anos à frente do COMGAR. Nós investimos no desenvolvimento da área de Comando e Controle. Acho que avançamos muito na área de Comando e Controle. Hoje, se a FAB precisar liderar, comandar forças aéreas estrangeiras, inclusive forças de primeiro mundo, não haverá problema, nós temos competência para isso.

Tem pessoal treinado para isso, em condições de comandar, mesmo uma Força Aérea avançada. Foi um salto muito grande, que nós demos. Avançamos também no campo tático. O setor de material não evoluiu muito, devido as limitações naturais do país.

Defesanet: Até Abril sai uma decisão no caça tampão ?
Brig J. Carlos: Acredito que sim. Tem de sair, os Mirage III estão parando.

Defesanet: Quais os mísseis BVR ( Beyond Visual Range- Além do alcance Visual), estão sendo analisados?
Brig. J. Carlos: São poucos os mísseis BVR, que estariam disponíveis para o Brasil . O MICA, os franceses já ofereceram, o Derby( Israel) também foi oferecido, tem o R-Darter( África do Sul), e eu acredito que os russos também venderiam os mísseis para nós, sem nenhum problema. Aí entra a questão de custo. Esses mísseis BVR são muito parecidos entre si. A questão é a integração. Custa caro integrar esses mísseis

Defesanet: A integração poderia ter um prazo diferente da do avião?
Brig. J. Carlos: Sim. A integração teria de ser feita já no Brasil. Não necessariamente teria de ser um avião já integrado. E outra coisa esse processo de integração é questão de tecnologia. Aprenderíamos muito com esse trabalho de integração.

Defesanet: O ganho tecnológico seria nesse processo de integração míssil BVR e o radar ?
Brig. J. Carlos: Sim o ganho seria no processo de integrar: a arma, radar e o datalink, que vai comandar o míssil BVR via radar. Nós não temos isso no momento. Seria o grande ganho tecnológico.

Isso vale qualquer coisa. Se nós pudermos obter essa qualificação de ter um controle de um mísil BVR, via datalink, com o radar de seu avião, isso é que interessa. O resto é perfumaria.

Defesanet: Na CRUZEX 2002 os franceses obtiveram uma grande superioridade com os MICA.
Brig. J Carlos: Temos de sair dessa fossa, e adquirir um novo patamar tecnológico.

O Editor agradece a ACS do V COMAR a possibilidade dessa entrevista.



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#68 Mensagem por Luís Henrique » Qui Mar 03, 2005 5:08 pm

FAB Pós-Cancelamento Programa F-X

Entrevista com Tenente-Brigadeiro-do-Ar José Carlos Pereira,

Comandante do Comando-Geral do Ar ( COMGAR), da Força Aérea Brasileira.

Entrevista realizada no dia 24 Fev 05 -Base Aérea de Canoas (BACO).

(http://www.defesanet.com.br)

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Defesanet: Quais aviões estão sendo analisados em substituição ao cancelamento do Programa F-X BR?
Brig. J. Carlos: A força Aérea Francesa tem aviões usados Mirage 2000, os Emirados Árabes e outros países, os F-16 estão sobrando na Europa, tem também nos Estados Unidos, existe Sukhoi 27 também sobrando da Rússia, existe o Kfir, da Reserva de Guerra de Israel, o Cheetah, da África do Sul, e o nosso F-5, que muitos países estão oferecendo . E daí que vai sair e acho que vai sair rápido.

Defesanet: Com o encerramento do Programa F-X BR, quais as alternativas
Brig. J. Carlos: É possível dar um retardo na desativação dos Mirage III, é possível fazer outras combinações, mas é necessária uma tomada de decisão rápida (compra de um avião usado) .
Eu acredito, que num mês ou dois no máximo, essa decisão tenha que estar tomada. Olha, eu acho que vamos tomar uma decisão tranqüila, muito mais econômica do que se poderia imaginar e uma solução transitória.
Transitória de quanto tempo: é difícil responder - dois, três, quatro anos, no máximo - Não mais do que 4 anos.

Defesanet: Embora esse avião consiga operar por um período maior, em 4 anos haveria uma outra decisão?
Brig. J. Carlos: Isso. Embora possa haver um sobreposição ("over lapping"), entre eles, continuaria sendo feito um trabalho de aquisição de um novo caça, mas sem tanta pressão, pois não haveria, como agora, uma data fatal para os aviões Mirage III pararem. Eu acho que vai dar certo.

Defesanet: Independente de que avião seja escolhido agora, o Senhor crê que será obtida uma boa solução?
Brig. J. Carlos: Nós vamos conseguir uma boa solução, solução aceitável para as condições econômicas do país, aceitável em termos de segurança aérea, segurança de vôo, não vamos colocar um material que possa afetar a segurança, um avião seguro, isso é fundamental, que dê a Força Aérea um "up grade" em algum ponto; é aquilo que digo sempre: é importante ter no nariz do avião um excelente radar e sob as asas mísseis BVR, o resto é luxo.

Os critérios para a escolha são:
Primeiro: a mais segura, que não ofereça nenhum risco à segurança de vôo;
Segunda: a mais econômica, e a
Terceira: que atenda ao critério: um bom radar no nariz e mísseis BVR sob as asas.

Porque comprar alguma coisa, igual ao Mirage III, que não enxerga e não faz nada..., não vale a pena.

Defesanet: O avião não necessitaria ser "multirole"( multifunção)?
Brig. J. Carlos: A função do avião seria muito mais de defesa aérea. O multirole é desejável, mas não é uma condição "si ne qua" , aí entram também outros luxos de aviões modernos, como piloto automático, em vários eixos e isso tudo é dispensável. Realmente precisamos de um excelente radar e capacidade de mísseis BVR. Com isso, a FAB dará um salto à frente, e aí sim dá para esperar uns três, quatro anos tranqüilamente, enquanto isso os outros projetos estão andando.

Defesanet: Outra solução seria deslocar um grupo de F-5 para Anápolis(GO)?
Brig. J. Carlos: É possível sim. O F-5 BR já modernizado. Nós temos um pequeno excedente de aviões F-5. Então, no momento em que eles forem modernizados, os do esquadrão aqui do Sul e lá do Rio de Janeiro, poderão receber os aviões, e terão uma pequena sobra de aviões F-5. Esta sobra de aviões F-5 pode, eventualmente até cobrir o alerta de defesa aéreo, ali na região central. Talvez fosse necessário adquirir mais 5, 6 ou 10 aviões F-5, mas seria também um caminho. O F-5 está barato no mercado internacional. Vários países estão oferecendo aviões F-5 usados em bom estado. É também uma solução. Vamos ter que ver esse caminho.

Estaremos recebendo o primeiro F-5BR em Março, provavelmente entre os dias 15 a 18.

Defesanet: Na manobra Terral, fomos informados de um bom desempenho dos Mirage III com os R-99A. Os Mirage III estavam conseguindo enxergar um pouco mais, embora não fosse orgânico do avião.
Brig. J . Carlos: Nós fizemos agora um exercício usando nossos Mirage III como aviões de ataque ao solo. Foi um exercício muito bom, a precisão dos aviões foi excelente. Ele ficou muito incapacitado, como avião de defesa aérea. Aí nós fizemos uma série de testes com ele, como avião de ataque, empregando armamento real, funcionou maravilhosamente.

Defesanet: Qual foi o exercício Brigadeiro?
Brig. J Carlos: Um exercício que a FAB fez, no país inteiro, em 5 ou 6 locais (stand de tiro), simulamos a Força Aérea atacando 5 posições simultaneamente, muito distantes umas das outras, por exemplo: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Nordeste e Roraima, na mesma hora. Foi muito bonito! Um único comando central, em Brasília, comandou os ataques empregando a inclusão dos Mirage III. Foi um sucesso absoluto.

Defesanet: Podemos dizer que o foco é integrar o futuro caça, ao conceito de operações centradas em rede?
Brig. J. Carlos: Sem dúvida nenhuma. Você não pode raciocinar sem esse tipo de integração. Veja bem: o máximo de integração no estado da arte, isso ninguém conta para ninguém, sabe como as coisas funcionam...mas nós já temos uma capacidade muito boa, muito razoável de chegar a um resultado muito bom nesse campo. Mesmo com dificuldades, nós estamos com domínio tecnológico bem razoável.

Defesanet: Os senhores. são muito seguros na informação. Boa parte do publico desconhece essas conquistas.
Brig. J. Carlos: Você sabe, é que, os militares brasileiros, eu não sei se é por questão de DNA. Acho que o nosso DNA é assim. O pessoal tem até vergonha de falar as coisas. Na verdade agora estou falando em meu nome pessoal. Nos estamos fazendo, não só defesa aérea e perseguindo traficante. Estamos fazendo o CAN (Correio Aéreo Nacional), na Amazônia. Meu amigo, quando recebo o relato dos meus pilotos, de aviões transportando leprosos, tuberculosos, avião sendo contaminado pelo nosso povo, povo brasileiro contaminando os aviões da Força Aérea com suas doenças, por um lado é uma coisa chocante, mas é o trabalho que temos que fazer. Aí nós militares ficamos até com um certo receio - meu Deus, nosso povo está morrendo, precisando de coisas básicas, tipo uma vacina contra Febre Amarela e eu estou pensando em alta tecnologia, em transmissão via datalink - não tem nada a ver uma coisa com a outra. Nós só vamos tirar o povo da miséria quando tivermos uma tecnologia bem lá frente. Mas choca um pouco. A mim choca.

Eu digo para minha gente nós podemos fazer as duas coisas . Estamos fazendo assistência social com aviões Caravan. São aviões de custo operacional extremamente baratos. Empregamos os nossos médicos, porque é uma mão de obra, que já está inserida no orçamento. Estamos fazendo muita coisa.

Tecnologia é cara, mas acho que dá um retorno social grande.

O problema dos militares é esse. Veja o problema do Pará. Estamos transportando o Exército, estamos envolvidos com o Exército naquela operação. Aquela violência, problema da terra, nossos soldados, sargentos, oficiais do Exército estão lá, é um drama. Tem que manter a ordem, manter a disciplina ajudar a polícia.

Por outro lado é um drama, tem aquela miséria, doença tropical é o estado que ficou omisso tanto tempo por ali. Endemias todas que acontecem isso é parte de nossa guerra.

( Nota Defesanet: Cosme Degenar, Diretor de Redação de Tecnologia & Defesa, acompanhou por duas semanas as atividades do CAN.)

Defesanet: Qual o legado da gestão J. Carlos no Comgar?
Brig. J Carlos: No dia 31 de Julho, tiro o time de campo. Foram quatro anos à frente do COMGAR. Nós investimos no desenvolvimento da área de Comando e Controle. Acho que avançamos muito na área de Comando e Controle. Hoje, se a FAB precisar liderar, comandar forças aéreas estrangeiras, inclusive forças de primeiro mundo, não haverá problema, nós temos competência para isso.

Tem pessoal treinado para isso, em condições de comandar, mesmo uma Força Aérea avançada. Foi um salto muito grande, que nós demos. Avançamos também no campo tático. O setor de material não evoluiu muito, devido as limitações naturais do país.

Defesanet: Até Abril sai uma decisão no caça tampão ?
Brig J. Carlos: Acredito que sim. Tem de sair, os Mirage III estão parando.

Defesanet: Quais os mísseis BVR ( Beyond Visual Range- Além do alcance Visual), estão sendo analisados?
Brig. J. Carlos: São poucos os mísseis BVR, que estariam disponíveis para o Brasil . O MICA, os franceses já ofereceram, o Derby( Israel) também foi oferecido, tem o R-Darter( África do Sul), e eu acredito que os russos também venderiam os mísseis para nós, sem nenhum problema. Aí entra a questão de custo. Esses mísseis BVR são muito parecidos entre si. A questão é a integração. Custa caro integrar esses mísseis

Defesanet: A integração poderia ter um prazo diferente da do avião?
Brig. J. Carlos: Sim. A integração teria de ser feita já no Brasil. Não necessariamente teria de ser um avião já integrado. E outra coisa esse processo de integração é questão de tecnologia. Aprenderíamos muito com esse trabalho de integração.

Defesanet: O ganho tecnológico seria nesse processo de integração míssil BVR e o radar ?
Brig. J. Carlos: Sim o ganho seria no processo de integrar: a arma, radar e o datalink, que vai comandar o míssil BVR via radar. Nós não temos isso no momento. Seria o grande ganho tecnológico.

Isso vale qualquer coisa. Se nós pudermos obter essa qualificação de ter um controle de um mísil BVR, via datalink, com o radar de seu avião, isso é que interessa. O resto é perfumaria.

Defesanet: Na CRUZEX 2002 os franceses obtiveram uma grande superioridade com os MICA.
Brig. J Carlos: Temos de sair dessa fossa, e adquirir um novo patamar tecnológico.

O Editor agradece a ACS do V COMAR a possibilidade dessa entrevista.




Sniper
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#69 Mensagem por Sniper » Qui Mar 03, 2005 5:13 pm

Ótimas notícias:

1 - A FAB irá adiquirir um caça 0KM daqui a 4 anos.

2 - Em no máximo 2 meses uma decisão sobre o caça de 2ª mão.

3 - A FAB ja esta pensando nos mísseis BVR, que seriam os mesmos levantados por nós aqui no DB ( MICA, Derby e R-Darter, R-27? :lol: )

Abraços!




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Luís Henrique
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#70 Mensagem por Luís Henrique » Qui Mar 03, 2005 5:17 pm

Gostaria de colocar uma pergunta aqui.

Muitos já ouviram rumores de que o Brasil poderia iniciar um projeto nacional para produção de aviões de combate, com parcerias internacionais.

Isto está sendo discutido por brigadeiros da aeronáutica.

Não sei se essa possibilidade já foi descartada, mas gostaria de saber o que os colegas acham disso?

Talvez poderiamos utilizar todas as nossas empresas com experiência na área e em áreas correlatas e pagar os israelenses para nos ensinar a fazer um radar, e talvez uma turbina, etc etc etc....

De repente, poderíamos gastar uma graninha e produzir tudo aqui no Brasil. Produzir turbinas, radares, todos os aviônicos necessários, design moderno, provavelmente furtivo.......etc etc.

Não sei se estou viajando muito, mas talvez com um investimento (pagando Israel, Rússia, África do Sul, China, sei la) poderiamos ter um avião considerado bom e moderno e poderiamos também produzir mísseis BVR e outros armamentos necessários como mísseis de curto alcance melhores que o piranha, mísseis anti-navio, etc

Não seria o melhor avião, com certeza, mas poderiamos ter um avião equivalente a um caça de 4ª geração com armamento moderno, por um preço acessível, baixo custo de operação.

Além da independência tecnologica, teríamos ainda a possibilidade de ganhar dinheiro vendendo esses aviões para países da América do Sul, talvez da América Central, África, Ásia, Oriente Médio, etc...

Com a forte aliança com a Venezuela, Argentina e com o fortalecimento da união de toda América do Sul, poderiamos vender para vários países daqui....

O que acham?




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#71 Mensagem por Luís Henrique » Qui Mar 03, 2005 5:24 pm

Agora eu não lembro com quem eu estava discutindo sobre o brasil comprar uma boa quantidade de F-5 para moderniza-los para o padrão BR.

Mas pelo texto acima da para ver que existem boas quantidade de F-5 e em bom estado.

Não sei quem havia falado que a grande maioria não poderiam ser modernizados porque não estavam em bom estado.

Mas pelo que o Brigadeiro disse, existem vários países oferecendo F-5 para o Brasil, todos em bom estado de conservação...




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#72 Mensagem por Plinio Jr » Qui Mar 03, 2005 5:55 pm

Agora os russos perderam tecnologia, mas já estão se recuperando.

Onde ??

Pelo texto que eu coloquei da para perceber que os pilotos da rússia esperam que em um ano toda a frota russa seja composta de aviões Su-27 modernizados. E o comandante chefe da Força Aérea Russa disse que é um avião excelente e que ninguém tem um avião tão bom atualmente.

Não se pode levar este tipo de informação a sério Luís, se eles já possuem um conograma definido de 30 aeronaves entregues em 04 anos !! , como podem modernizar a frota toda em 01 ano ??

Qto a opinião do Comandante, por pior que fosse, ele jamais admitiria isto..rs.. :D :D

Mas pelo texto acima da para ver que existem boas quantidade de F-5 e em bom estado.

Não sei quem havia falado que a grande maioria não poderiam ser modernizados porque não estavam em bom estado.

Mas pelo que o Brigadeiro disse, existem vários países oferecendo F-5 para o Brasil, todos em bom estado de conservação...


Até nos oferecerem estas aeronaves não vejo nada de anormal, agora a pergunta é qtos e quem irá fornecer estas aeronaves ??

Ainda estou cético (nem poderia deixar de ser) qto a aquisição de novas aeronaves a curto-médio prazos, não faz sentido adquirir aeronaves de segunda mão que ficou claro que irão adquirir.

Porque comprar alguma coisa, igual ao Mirage III, que não enxerga e não faz nada..., não vale a pena.

Aki fiquei bem aliviado..uma boa dica que não serão Kfirs ou Chetaahs..rs..




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#73 Mensagem por Jet Crash® » Qui Mar 03, 2005 11:11 pm

Slip Junior escreveu:Álias, e o custo de operação?!

Abraços


Me arrisco a dizer que será mais caro de se operar que o previsto, o que tem sido a regra.

O UCAV/UAV já é uma aeronave em sí, ou seja, tem desgaste, consome combustível, etc. A manutenção de toda os sistemas eletrônicos deverá ser extremamente onerosa.

Será necessário o treinamento de operadores, pois por mais que se diga que os serão automatizados eles estão longe de ser automatos, operando sem controle humano sobre o campo de batalha. Não será ainda nestas décadas que veremos "a revolução das máquinas".




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Carlos Mathias

#74 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Mar 03, 2005 11:51 pm

A Rússia levantou o embargo à carne brasileira, no texto o brigad. cita avião e mísseis russos, será?




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#75 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sex Mar 04, 2005 12:42 am

Na boa, péssima a entrevista do Brigadeiro. Da forma que ele falou, dá pra imaginar que ele não sabe nada de aviões de caça, o que - óbvio - não é o caso.

Segue abaixo uma análise do cancelamento em inglês - desculpe quem não sabe inglês, mas não recebi o texto em português:

Brazil: The Air Force's Financial and Political Pinch
Mar 02, 2005

Summary

The Brazilian air force recently announced that a $700 million program to purchase 12 fighter aircraft was canceled because the aircraft would be technologically obsolete by the time they were purchased and delivered. But it is more likely that the deal was called off for financial and political reasons.

Analysis

Brazil's air force issued a statement Feb. 24 that it was canceling a $700 million competitive bidding process for the procurement of 12 advanced fighter aircraft. The statement said the deal was called off because the fighters would be obsolete by the time they were bought and delivered. However, there are only three fighters in development that technologically outclass the two under consideration: the U.S.-made F-22 and Joint Strike Fighter and the European Eurofighter. Brazil probably is not holding out for these aircraft. The United States does not usually reward countries that oppose its political initiatives -- such as Brazil -- with its cutting edge weaponry, and pursuing the Eurofighter would mean forging a new relationship with the consortium of the United Kingdom, Germany, Italy and Spain.

Stratfor believes the purchase was called off because President Luiz Inacio "Lula" da Silva's government does not have the financial resources or political support in Congress necessary to the transaction. Stratfor also thinks the air force was forced to suspend the program because the army -- which is politically more powerful -- is promoting a national defense doctrine that renders the purchase of technologically advanced fighter aircraft unnecessary.

Brazil's air force is the largest in Latin America, with a capable fighter contingent consisting of the Brazilian-produced AT-29 Tucanos light attack/interceptor, U.S.-made F-5BR/M attack/interceptor and French-made Mirage III fighter. The air force had contemplated purchasing new fighter aircraft since 1999, during former President Fernando Henrique Cardoso's government, as the last phase of its plan to modernize its equipment. Brazilian air force sources said the field had been narrowed to two planes: the French/Brazilian Mirage 2000 BR and the Russian Sukhoi Su-35.

When da Silva became president in January 2003, he postponed the bidding process, alleging the funds were needed for social works. After two years without apparent progress or decisions, the program was canceled -- in spite of France and Russia's status as strategic and economic allies of da Silva's government.

The air force's fighter program is not in line with Brazil's military doctrine, which not only looks to external threats, but also internal threats. Brazil's Complementary Law No. 69 states that the military's mission is to defend the fatherland and to cooperate in the national development and in civil defense. This gives the military a focus on internal security issues, including security in the Amazon region -- an issue upon which, as Stratfor previously pointed out, Brazil must focus military strength. The army has stepped up to address this need by developing the Calha Norte (Northern Corridor) project, a government priority to provide security and promote economic development in the Amazon region.

Amazon security is militarily a "low intensity conflict" -- which in the jungle requires large numbers of ground forces with slow-flying support aircraft. To keep in line with its military doctrine, Brazil needs more patrol boats, helicopters, fixed-wing turbo prop aircraft, subsonic fighters and more forces on the ground to maintain security in the Amazon, where illegal loggers, diamond miners and drug trafficking groups roam freely, sometimes clashing with poor landless peasants.

Brazil's annual military budget is approximately $10 billion, according to U.S. State Department figures. However, most of this budget goes toward military personnel pay and general equipment maintenance. The military is not given a budget for new hardware purchases; rather, procurement must pass through the civilian Congress, and obtaining new military hardware is a hard sell in Brazilian politics.

Each armed forces branch has been trying to protect its priority projects -- the army, defense of the Amazon; the navy, its nuclear-powered submarine; and the air force, its advanced fighters. But given the political clout the army has over the air force and navy -- and its importance in Brazil's overall national defense and security plan -- future spending is likely to favor the army over the navy and air force's high-tech wish lists.

Despite the Brazilian air force's statement, the fighter program was canceled for financial, political and strategic reasons. Brazil does not have the military budget to support procuring technologically advanced fighters, and the air force does not have the political clout to force such a purchase.

Brazil's defense spending will focus on equipment to support low-intensity conflict operations, such as more armored vehicles, helicopters and patrol boats manufactured in Brazil. Additional equipment Brazil might purchase from other countries -- attack helicopters from Russia, France or the United States; remote sensing equipment from the United States; and shallow water patrol boats from Sweden -- will go to serve the country's military defense doctrine, which does not include the need for high-tech fighter planes.

Copyright 2005 Strategic Forecasting Inc. All rights reserved.


Essa análise cita uma possível interferência do Exército no cancelamento. Isso eu acho completamente descabido. Erraram feio. Fala que o Exército tem mais influência política (e isso é verdade) e que disse que a doutrina de emprego das Forças Armadas brasileiras não contemplaria soluções "high-tech" para a FAB e MB. Isso eu acho que foi um devaneio da parte deles.




Vinicius Pimenta

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