O Soldado de infantaria do Exército Brasileiro

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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#16 Mensagem por FinkenHeinle » Ter Fev 22, 2005 9:46 pm

zorrilho escreveu:Faltou o missil anti-aéreo portatil Igla; e a propósito esse míssil mss-12(Mectron) não está em serviço não é? É só mais um projeto que nunca saiu do papel por falta de verbas. E esse míssil Erix eu nunca tinha ouvido falar,de onde ele è? qual sua função?


Negativo! O MSS-1.1 já está completamente desenvolvido, mas o EB não tem recursos para realizar a aquisição!




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#17 Mensagem por FinkenHeinle » Ter Fev 22, 2005 9:46 pm

fredom escreveu:creio que o ALAC venha substituir o AT-4, pois as caracteristicas sao semelhantes, mas resta saber se ja esta operacional ou ainda e' um prototipo.


Na verdade a ALAC é uma cópia do AT-4 sueco...




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#18 Mensagem por ZeRo4 » Ter Fev 22, 2005 11:47 pm

O Brasil tinha q adquirir bastante RPG-7 e seus derivados mais modernos, na minha opinião é mais versátil (apesar de menos poderoso...) que o AT-4.




As GATs e RPs estão em toda cidade!

Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
Arthur
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#19 Mensagem por Arthur » Qua Fev 23, 2005 9:31 am

Caros colegas,

Se vocês olharem bem o EB tá muito atrasado em termos de C4I. Acho que temos que trabalhar muito nessa área de forma a dotar nossos soldados de equipamentos que lhe permitam operar desmontados mais eficientemente. Não precisa ser um programa state-of-the-art que nem os programas da OTAN, mas mais um programa tipo o African Warrior.

Tb acho que temos que trabalhar mais o combate urbano, no qual não temos muita experiência. Caso venhamos a ter uma participação maior nas forças ONU daqui pra frente, os trabalhos dentro de cidades virão a representar um percentual muito grande da carga de trabalho dos nossos soldados.

Até mais,

Arthur




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#20 Mensagem por Alcantara » Qua Fev 23, 2005 1:21 pm

Com relação ao MSS 1.2 AC, ele já foi homologado após avaliaçào operacional.

PORTARIA N ° 027-SCT, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2004.
Homologa o Complemento ao RETOP nº 92 –
UNIDADE DE TIRO DO SISTEMA DE ARMAS
MISSIL ANTICARRO 1.2 AC (MSS 1.2 AC)

O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, no uso das atribuições que lhe
confere o no 10 do Art 8o do Capítulo VII do Regulamento da Secretaria de Ciência e Tecnologia do
Ministério do Exército (R-55), aprovado pelo Decreto no 91631, de 06 de setembro de 1985, e em
conformidade com o no 12 do Art 7o do Capítulo VII das IG 20-11 - Instruções Gerais para o
Funcionamento do Sistema de Ciência e Tecnologia do Exército, aprovadas pela Portaria Ministerial no 270,
de 13 de junho de 1994, resolve:

Art 1º Homologar o COMPLEMENTO AO RELATÓRIO TÉCNICO OPERACIONAL
(RETOP) no 92, relativo à Avaliação Operacional, na qual o protótipo da UNIDADE DE TIRO DO
SISTEMA DE ARMAS MISSIL ANTICARRO 1.2 AC (MSS 1.2 AC), desenvolvido pelo Instituto de
Pesquisa e Desenvolvimento, em conjunto com a empresa MECTRON – Engenharia, Indústria e Comércio
Ltda, foi considerado CONFORME.

Art 2º Estabelecer que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.




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#21 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Fev 23, 2005 1:44 pm

Muito bom! Agora só falta efetivar as compras.




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#22 Mensagem por Guerra » Qua Fev 23, 2005 1:48 pm

Arthur escreveu:Caros colegas,

Se vocês olharem bem o EB tá muito atrasado em termos de C4I. Acho que temos que trabalhar muito nessa área de forma a dotar nossos soldados de equipamentos que lhe permitam operar desmontados mais eficientemente. Não precisa ser um programa state-of-the-art que nem os programas da OTAN, mas mais um programa tipo o African Warrior.

Tb acho que temos que trabalhar mais o combate urbano, no qual não temos muita experiência. Caso venhamos a ter uma participação maior nas forças ONU daqui pra frente, os trabalhos dentro de cidades virão a representar um percentual muito grande da carga de trabalho dos nossos soldados.

Até mais,

Arthur


Fala Arthur...li em algum lugar que o EB esta criando um centro de instução para operações de paz. Não sei onde ou como vai ser esse centro...vamos torcer para pintar uma pista de combate a localidade.
Quanto as armas.




Editado pela última vez por Guerra em Seg Jan 19, 2009 2:07 pm, em um total de 1 vez.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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#23 Mensagem por César » Qua Fev 23, 2005 1:53 pm

Brasileiro escreveu:Eu gostaria também que alguém que saiba, me informasse mais sobre o lança rojão ALAC. Eu odiei o fato dele ser descartável com apenas um tiro. Queria saber as intenções do Exército com o ALAC.

Bem, eu não entendo praticamente nada de armamento anti-tanque, mas creio que o preço deve ter sido um fator determinante pra escolha deste armamento.

Mas fiquei intrigado sobre ele. Alguém teria mais informações?

Abraço a todos

César




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#24 Mensagem por Lauro Melo » Qua Fev 23, 2005 2:41 pm

Imperador César,

Subi um bom tópico sobre este assunto. As informações que tenho são estas abaixo :

ALAC (Arma Leve Anticarro)
No stand do Exército, por exemplo, encontravam-se expostos o ALAC (Arma Leve Anticarro), o Morteiro Pesado 120mm R2 Raiado, e o conjunto telefônico EB11 – CJ/39/ERC. O ALAC é um lança-rojão de 84mm, descartável após um só disparo, com alcance útil de 300m, máximo de 500m, peso de 7,2kg e munição do tipo HEAT. O Mrt P 120 M2 R pode ser tracionado por viaturas de 3/4t, transportado por aviões/helicópteros e lançado com pára-quedas. O peso total das três partes (tubo-canhão, reparo e placa-base) é 717 kg, e pode ser utilizada qualquer munição de 120mm de padronização internacional, para morteiros de alma lisa ou raiada. O alcance máximo com granada convencional de alto explosivo (Gr 120 AE Cnvl) é de 6.650m, subindo para 12.600m quando se emprega granada AE pré-raiada com propulsão adicional (Gr 120 AE PRPA). O conjunto telefônico EB 11-CJ 39/ERC destina-se aos sistemas de comunicação de viaturas blindadas e pesa 1,9kg (incluindo o casco).

Acima O protótipo do lança-rojão ALAC, de 84mm, foi exposto no stand do Exército; o alcance útil é de 300m. Na foto, a extremidade posterior está à esquerda (Foto: Segurança & Defesa).




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Armas

#25 Mensagem por FCarvalho » Qua Fev 23, 2005 7:51 pm

Olá a todos.

Pessoalmente acredito que o armamento individual do infante brasileiro, mesmo o do CFN, está muito aquém de um padrão mínimo desejável, capaz de proporcionar a letalidade necessária e a manutenção eficaz do indice de sobrevivência e durabilidade daquele em combate.

Isto não só acontece pela ausência de verbas, mas em vista de uma certa falta de visão de longo prazo e um exarcebado pragmatismo financeiro e cultural que acompanha as fas brazucas deste sempre...

Em conversas com colegas militares, constantemente verifico o arraigado furor com que defedem Fal`s e cia ltda, além de tantos outros meios e materiais já consagrados, até demais, no EB.

Mas se para nós, que estamos de fora, é dificil conceber o porque do EB/CFN tanto se apegarem a materias tradicionais, e seus derivados, imaginem alguém que passa vinte e poucos anos aprendendo a fazer de um tudo um pouco com "aquele fuzil", äquela pistola", "aquele obuseiro", "aquele rádio", "aquele jipe" ... sempre os mesmos conceitos, usos e traquejos,,, é como a primeira namorada... você até esqueçe ... mas nunca "deixa de gostar".

Vejo que nas atuais condições, a nossa infantaria está como que num mato sem cachorro, haja vista, as condições (manutenção e capacidade operacional) do que temos não serem as melhores, e não termos, minimamente, perspectivas de uma modernização de verdade das mesmas; ainda há de se convir da existência de um precedênte que, acredito ser muito mais serio e perigoso, para a infantaria do EB/CFN, como arma combativa, agora e no futuro, e que foi bem lembrado pelo colega Arthur, quer seja, a nossa quase total inépcia na área de C4IR.

Perceba-se o tamanho do abacaxi a descascar em frente a nossa tradicional exiguidade finaceira: prioridade no planejamento de longo médio/prazo para a infantaria: armas ou sistemas C4IR?

Diga-se de passagem que o EB/CFN por sua condição e necessidades, não pode se dar ao luxo de "especializar-se" em determinadas facetas de sua ação. Pelo contrário, face a pequenez dos recursos humanos e finaceiros deve buscar, mais do que nunca, a maior e melhor proeficienciência possivel em todos os ramos de suas armas.

Pensar o contrário disso, pode soar como um contra-senso ao que já dizia, um destes ilustres brasileiros, que seja, Rui Barbosa ou Barão do RIo Branco: "marinhas não se improvisam".

Exercitos também não ...


Abraços




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#26 Mensagem por César » Qua Fev 23, 2005 11:24 pm

Lauro Melo escreveu:Imperador César,

Subi um bom tópico sobre este assunto. As informações que tenho são estas abaixo :

ALAC (Arma Leve Anticarro)
No stand do Exército, por exemplo, encontravam-se expostos o ALAC (Arma Leve Anticarro), o Morteiro Pesado 120mm R2 Raiado, e o conjunto telefônico EB11 – CJ/39/ERC. O ALAC é um lança-rojão de 84mm, descartável após um só disparo, com alcance útil de 300m, máximo de 500m, peso de 7,2kg e munição do tipo HEAT. O Mrt P 120 M2 R pode ser tracionado por viaturas de 3/4t, transportado por aviões/helicópteros e lançado com pára-quedas. O peso total das três partes (tubo-canhão, reparo e placa-base) é 717 kg, e pode ser utilizada qualquer munição de 120mm de padronização internacional, para morteiros de alma lisa ou raiada. O alcance máximo com granada convencional de alto explosivo (Gr 120 AE Cnvl) é de 6.650m, subindo para 12.600m quando se emprega granada AE pré-raiada com propulsão adicional (Gr 120 AE PRPA). O conjunto telefônico EB 11-CJ 39/ERC destina-se aos sistemas de comunicação de viaturas blindadas e pesa 1,9kg (incluindo o casco).

Acima O protótipo do lança-rojão ALAC, de 84mm, foi exposto no stand do Exército; o alcance útil é de 300m. Na foto, a extremidade posterior está à esquerda (Foto: Segurança & Defesa).

Grande Lauro, :wink:

Muito obrigado pelas informações e por ter subido aquele tópico para ser debatido. Embora seja extremamente leigo da maneira que sou, estou aprendendo um bocado.

Um grande abraço,

César




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Re: Armas

#27 Mensagem por Arthur » Qui Fev 24, 2005 9:08 am

Caros colegas,

Apoio a posição do Fcarvalho. Nossos equipamentos pessoais estão longe do mínimo desejável. Essa história de que o FAL é melhor, mais resistente, essa idéia de que não adianta investir em tecnologia porque nossa guerra vai ser contra os EUA na Amazônia, e contra eles só adianta guerra de guerrilha é um pensamento muito pobre.

É uma predominância, de certa forma, dentro do EB, de uma maneira de pensar que para compensar a falta de recursos p/ modernizar nossa força desdenha os progressos tecnológicos alcançados pelas forças outras nações.

Seria bom lembrar aos nossos militares que independentemente do inimigo, soldados mais bem armados, protegidos e, principalmente, capazes de gerenciar e transmitir informações são bem mais capazes.

Seja para uma guerra comum, seja para uma guerra de guerrilha, seja para uma missão de paz.

Até mais,

Arthur




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#28 Mensagem por Alcantara » Qui Fev 24, 2005 12:16 pm

Gente, com relação aos sistemas C4IR, eu vi no Boletim do Exército 53/2004, de 30 de dezembro de 2004 a seguinte informação:

Portaria n°025 - EME, de 24 Mai 99, Boletim do Exército 22, de 04 Jun 99, que altera a Diretriz para Avaliação do Módulo Básico do Sistema Automatizado de Informações de Comando e Controle MARCONI (MACCIS).


Parece que o Exército andou testando a algum tempo algum sistema da Marconi (inglesa, não?).




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Re: Armas

#29 Mensagem por Guerra » Qui Fev 24, 2005 3:10 pm

FCarvalho escreveu: Diga-se de passagem que o EB/CFN por sua condição e necessidades, não pode se dar ao luxo de "especializar-se" em determinadas facetas de sua ação. Pelo contrário, face a pequenez dos recursos humanos e finaceiros deve buscar, mais do que nunca, a maior e melhor proeficienciência possivel em todos os ramos de suas armas.



Como sempre eu concordo com a opinião do Fcarvalho (velho de guerra). O militar não é muito chegado a mudanças. As vezes mudanças simples como um movimento de ordem unida já dispara aquela “no meu tempo não era assim...”. Existe sim um apego muito grande pelo FAL. Alguns, por falta de conhecimento, até acham o FAL o melhor, como disse o Arthur, mas a grande maioria vai pela segurança. E essa segurança foi adquirida com o convívio com a arma e não por ignorância. Se existisse uma flexibilidade de escolher a arma a cada missão, talvez poucas vezes o FAL seria escolhido. Por exemplo, na minha opinião o FAL não combina com operações aeromoveis, não combina com blindados, não é o ideal para a selva e nem para montanha. E ae eu pergunto, qual a arma ideal para ser empregado em todas essas condições, e ainda ser empregado como infantaria MTZ?




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Re: Armas

#30 Mensagem por Guerra » Qui Fev 24, 2005 3:14 pm

Arthur escreveu:É uma predominância, de certa forma, dentro do EB, de uma maneira de pensar que para compensar a falta de recursos p/ modernizar nossa força desdenha os progressos tecnológicos alcançados pelas forças outras nações.


Arthur


Arthur

Nunca ouvi ninguém criticar a tecnologia no EB, pelo contrario, existe uma preocupação enorme em acompanhar o desenvolvimento tecnológico. Eu creio que todo mundo aqui já esta careca se saber o quê o EB esta fazendo para acompanhar o desenvolvimento tecnológico, e todo mundo sabe que tb não é o ideal. O que existe é uma critica a dependência tecnológica. Por exemplo, tem soldados de outras nações, aqui mesmo na América do sul, que só fazem patrulhas em área de selva com apoio aeromovel, e quando alguém se perde na selva chamam os brasileiros para ajudar a procurar. Paises muito mais pobres que o Brasil, só se orientam por GPS. Tem muita gente que critica o soldado americano por serem dependentes tecnológicos, eu não acho que isso é fraqueza, pelo contrário.
Nunca ouvi falar abertamente no EB que vai haver uma grande guerra na amazônia contra os EUA (Mesmo no CIGS o inimigo é chamado de “Omega”). O que existe são duas hipóteses de emprego do EB na Amazônia, e se alguém passou a idéia que o EB esta se preparando para atuar como uma grande força de guerrilha, esse alguém passou uma idéia errada. Mesmo no combate a resistência, segundo a teoria, é preciso haver uma grande resistência de forma convencional para depois se passar para a guerrilha.
A tecnologia pode ser empregada na selva sim, todo mundo sabe disso. Por exemplo. Essa historia que o OVN (visão noturna) não funciona na selva é furada. Ele funciona, e ter o OVN anula a possibilidade de uso pelo inimigo.
A tecnologia é a maior possibilidade do inimigo e é um erro subestima-la, mas tb é um erro achar que o EB só vai funcionar quando atingir um nível tecnológico dos exércitos dos paises de primeiro mundo. Se você for comparar a infantaria brasileira com a americana...rapa mas esta muito longe de ser o ideal. Quando é que vamos ter uma infantaria capaz de atuar em qualquer lugar do mundo? Só Deus sabe... Mas acho que para a humilde missão do EB, embora não seja o ideal, pelo menos um padrão mínimo existe. Outras armas estão bem mais defasadas, justamente por dependerem mais da tecnologia.




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