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Mensagem
por FCarvalho » Qua Fev 23, 2005 7:51 pm
Olá a todos.
Pessoalmente acredito que o armamento individual do infante brasileiro, mesmo o do CFN, está muito aquém de um padrão mínimo desejável, capaz de proporcionar a letalidade necessária e a manutenção eficaz do indice de sobrevivência e durabilidade daquele em combate.
Isto não só acontece pela ausência de verbas, mas em vista de uma certa falta de visão de longo prazo e um exarcebado pragmatismo financeiro e cultural que acompanha as fas brazucas deste sempre...
Em conversas com colegas militares, constantemente verifico o arraigado furor com que defedem Fal`s e cia ltda, além de tantos outros meios e materiais já consagrados, até demais, no EB.
Mas se para nós, que estamos de fora, é dificil conceber o porque do EB/CFN tanto se apegarem a materias tradicionais, e seus derivados, imaginem alguém que passa vinte e poucos anos aprendendo a fazer de um tudo um pouco com "aquele fuzil", äquela pistola", "aquele obuseiro", "aquele rádio", "aquele jipe" ... sempre os mesmos conceitos, usos e traquejos,,, é como a primeira namorada... você até esqueçe ... mas nunca "deixa de gostar".
Vejo que nas atuais condições, a nossa infantaria está como que num mato sem cachorro, haja vista, as condições (manutenção e capacidade operacional) do que temos não serem as melhores, e não termos, minimamente, perspectivas de uma modernização de verdade das mesmas; ainda há de se convir da existência de um precedênte que, acredito ser muito mais serio e perigoso, para a infantaria do EB/CFN, como arma combativa, agora e no futuro, e que foi bem lembrado pelo colega Arthur, quer seja, a nossa quase total inépcia na área de C4IR.
Perceba-se o tamanho do abacaxi a descascar em frente a nossa tradicional exiguidade finaceira: prioridade no planejamento de longo médio/prazo para a infantaria: armas ou sistemas C4IR?
Diga-se de passagem que o EB/CFN por sua condição e necessidades, não pode se dar ao luxo de "especializar-se" em determinadas facetas de sua ação. Pelo contrário, face a pequenez dos recursos humanos e finaceiros deve buscar, mais do que nunca, a maior e melhor proeficienciência possivel em todos os ramos de suas armas.
Pensar o contrário disso, pode soar como um contra-senso ao que já dizia, um destes ilustres brasileiros, que seja, Rui Barbosa ou Barão do RIo Branco: "marinhas não se improvisam".
Exercitos também não ...
Abraços
Carpe Diem