Manobra Aspirantex 2005

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Paisano
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Manobra Aspirantex 2005

#1 Mensagem por Paisano » Qui Fev 03, 2005 2:08 pm

ASPIRANTEX 2005

Fonte: http://www.defesanet.com.br/marinha/aspirantex05

No período de 19 a 26 de janeiro, aconteceu nos litorais dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo a manobra Aspirantex 2005, da Marinha do Brasil.

Tecnologia & Defesa e Defesanet acompanharam a Esquadra no exercício que prepara os futuros oficiais para a vida no mar.

Para a realização desta operação foi constituído o Grupo Tarefa 701.1 (GT 701.1) composto pelas fragatas F-41 Defensora e F-48 Bosísio, corveta V-30 Inhaúma, navio desembarque-doca G-30 Ceará e navio-tanque G-23 Almirante Gastão Motta, comandado pelo contra-almirante Eduardo Monteiro Lopes, comandante da 2ª Divisão da Esquadra.

Participaram também dos exercícios navais o submarino S-30 Tupi, os navios patrulha P-46 Gurupá e P-44 Guajará e o navio transporte de tropas G-21 Ary Parreiras, em apoio às diversas fases do adestramento, além de um destacamento do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC).

O componente aéreo embarcado foi constituído de 02 Super Lynx do 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque - Lince (HA-1), 1 Esquilo do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral - Águia (HU-1) e 1 Super Puma do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral - Pégasus (HU-2).

A Aspirantex 2005 teve como objetivo familiarizar os aspirantes a oficial (um total de 267 alunos da Escola Naval), com as diversas tarefas realizadas pelas tripulações, necessárias à condução de navios em manobras oceânicas, aprimorando os ensinamentos teóricos adquiridos nas disciplinas técnicas navais em sala de aula e simuladores.

Falando para Tecnologia & Defesa/Defesanet, o almirante Monteiro Lopes destacou que foram necessários cerca de 15 dias para a execução do planejamento de alto nível de toda a operação, incluindo aspectos administrativos, logísticos e operacionais, com ênfase nos exercícios em que as manobras marinheiras foram valorizadas para uma melhor compreensão de suas complexidades e aproveitamento didático dos futuros oficiais.

Durante a Aspirantex foram realizados treinamentos de navegação em baixa visibilidade (situação real no canal de São Sebastião devido à ocorrência de neblina e chuvas) e em canal varrido. Na ilha Grande, foi realizada navegação em águas restritas e fundeio de precisão e em Alcatrazes, tiro antiaéreo noturno em granadas iluminativas com canhões de 40mm e metralhadoras de 20mm.

Nas pernadas (trânsito dos navios) ocorreram transferências de óleo no mar e de carga leve durante o dia e à noite, com o mar ficando grosso, em demonstrações inequívocas da capacidade de navegar das tripulações brasileiras. No dia 26 o vetusto Ary Parreiras, mantido em plenas condições operacionais devido a uma esmerada manutenção, com alunos do Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (que prepara oficiais para a Marinha Mercante) a bordo, realizou passagem de carga (cofres de munição) entre os navios do GT.

As ações de guerra anti-submarino permitiram que os aspirantes observassem o submarino Tupi navegando na superfície, em cota periscópica e submergindo. Os navios-patrulha, em alta velocidade executaram demonstração de técnicas de ataque a comboios e o destacamento do GRUMEC realizou "fast-rope" no Ceará, o qual simulou ser um navio mercante em situação irregular e que precisava ser apresado.

As operações aéreas foram intensas e incluíram a qualificação e requalificação de pilotos, vôos de esclarecimento e de ataque coordenado navio-helicóptero, com destaque para o primeiro vôo de longa duração de Super Lynx, sobre o mar, com tanque suplementar de combustível, ocorrido no dia 21.

Durante a estadia no Porto de Santos, nos dias 22 e 23, os navios estiveram abertos à visitação pública, sendo que cada um recebeu, em média, cerca de 3.000 pessoas.

O GT 701.1 também exerceu o controle de uma área marítima ao longo do litoral,contribuindo para a defesa dos interesses brasileiros relacionados ao Mar Territorial e a Zona Econômica Exclusiva.

Mais uma vez, registrou-se o alto grau de dedicação e profissionalismo das tripulações que demonstraram estarem plenamente aptas a conduzir com eficiência uma Marinha com vocação oceânica. Entretanto apesar do início de ano promissor, uma vez que em 2004 não houve a Aspirantex, continua a incidir sobre a Esquadra os reflexos dos recursos financeiros insuficientes que a Marinha tem recebido nos últimos anos, provocando inúmeras dificuldades materiais e degradando a credibilidade do Poder Naval brasileiro pela dificuldade de manutenção dos meios existentes e pela falta de perspectivas em curto prazo de substituição daqueles que saíram de serviço.




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