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por Slip Junior » Dom Jan 23, 2005 2:31 pm
Talharim, segue abaixo a notícia completa da Agência Estado publicada na integra pelo Jornal O Estado de São Paulo da qual foi abstraída a nota que você mencionou.
EUA prometem transferir tecnologia na compra de F-16
Em novo lance da escolha de caças da FAB, americanos oferecem montagem no País e centro de manutenção
Roberto Godoy
O governo dos Estados Unidos decidiu jogar pesado para não perder o contrato de fornecimento de novos - ou nem tão novos - caças supersônicos para a aviação brasileira. Uma proposta apresentada ao Ministério da Defesa envolvendo o supersônico F-16 Falcon oferece transferência de tecnologia, considera acesso a sistemas de armas avançados e garante operações industriais no País. "Tudo é possível mediante negociação", disse sexta-feira ao Estado o coronel Antonio H. Rebelo, adido militar-chefe do Escritório de Ligação da embaixada americana em Brasília.
O oferecimento vale também para aviões usados a serem modernizados. Um lote de 18 unidades produzidas na segunda metade dos anos 80 pode custar US$ 90 milhões (US$ 5 milhões cada). A fabricante, Lockheed-Martin, informou que os custos da revitalização dependem diretamente do estado de cada avião.
Durante a vigência da concorrência FX - cujas cinco propostas internacionais para venda de caças de superioridade aérea para a FAB expiraram dia 31 de dezembro de 2004 -, a Casa Branca vetou o acesso à eletrônica de ponta, à venda de mísseis de longo alcance, de armas anti-radar e de sistemas para guiagem de bombas por satélite - tudo no contexto da apresentação, na disputa, feita pelo grupo Lockheed.
O procedimento inviabilizou a proposta americana na licitação da qual participaram franceses (Mirage 2000Br), suecos (JAS-39 Gripen) e também russos (Sukhoi-35 e MiG-29), todos consorciados com parceiros locais. O valor da encomenda FX é de US$ 700 milhões por 12 aviões.
MANOBRA RADICAL
A administração do presidente George W. Bush mudou radicalmente a atitude política nesse processo e, agora, liberou a transferência para o Brasil da tecnologia embarcada na versão 50/52 do caça F-16C como parte da eventual compra de um lote desses aviões. Essa configuração é a mesma utilizada pela Força Aérea dos EUA e parcialmente de Israel.
Mais ainda: segundo o coronel Rebelo, a passagem do conhecimento avançado será feita mesmo se a aquisição do Comando da Aeronáutica vier a abranger jatos F-16 usados, da série A. As aeronaves seriam revitalizadas no Brasil e receberiam sistemas eletrônicos da última geração mantida em linha de produção pelo grupo Lockheed-Martin. A previsão é de que o programa seja capaz de gerar 200 mil horas de trabalho e investimentos diretos da ordem de US$ 250 milhões ao longo de cinco anos. O adido militar-chefe revelou que o projeto dispõe que será instalado no País um centro de manutenção de caças F-16 destinado a atender usuários da região.
O Chile recebe em 2006/2007 as primeiras unidades de uma compra feita em 2002 e a Venezuela procura serviços para reformar a frota de 22 jatos de ataque. Equador e Colômbia estudam a incorporação do F-16.
Rebelo ressalta que a proposta apresentada ao Ministério da Defesa "não foi solicitada", mas faz sentido "dentro da relação amigável e cooperativa existente entre o Brasil e os EUA no campo da defesa".
Habilidade de Alencar atrai proposta americana
A proposta americana era esperada pelo ministro da Defesa e vice-presidente da República, José Alencar. Depois de anunciar a morte por perda de validade da agitada concorrência FX, Alencar disse que, "sem pressa e sem pressão", seria mais fácil ao governo tomar uma decisão "até o fim de 2005".
Para ele, político hábil e empresário esperto, era certo que fora do engessamento das regras da licitação internacional surgiriam novas ofertas. A surpresa é que a iniciativa tenha partido do menos flexível dos candidatos ao fornecimento dos caças.
De acordo com um ex-chanceler brasileiro que não pode ser identificado, a mudança de atitude do governo dos Estados Unidos nesse caso "tem a ver diretamente com a posição valorizada que o Departamento de Estado quer conferir ao Brasil na América Latina". O diplomata acha que essa aproximação também revela "a preocupação americana em neutralizar ou diminuir a avizinhação com a China, a Índia e países do bloco europeu".
BEST SELLER
O F-16 é usado em 24 forças aéreas responsáveis pela compra de 4.417 exemplares desse jato best seller. A Lockheed-Martin mantém programas de co-produção ou produção sob licença em 13 países. Há linhas de fabricação final na Bélgica, em Israel, na Holanda, na Turquia e na Coréia do Sul.
O total de compensações comerciais em execução pela Lockheed junto aos clientes importadores do F-16 é da ordem de US$ 13 bilhões.
Fonte: O Estado de São Paulo via NOTIMP/FAB
Sinceramente, acho que não é nem matéria paga nem algo para se dar muita credibilidade.... Apenas mais uma bobeira do Godoy.
Abraços