Qual a mais poderosa classe de navios da América Latina?
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Caros companheiros
Se querem saber a opinião desapaixonada de quem está por fora, posso dizer-lhes que votei na classe L, que só perde para as restantes (incluindo as Niteroi) por não possuir um helicóptero orgânico, mas em contrapartida, possuem melhor defesa anti-aérea (mísseis SM-1 MR, rampa Mk 13 Mod 4, 40 mísseis, radar SMART-S), mísseis Sea Sparrow (sistema Mk 29, 24 mísseis), 8 Harpoon, 1 CIWS Goalkeeper, bom sistema anti-submarino (1 sonar SQS-509, 4 T/ASW Mk 32, torpedos Mk 46), bons sistemas de transmissões e comando, podendo actuar como navios navios de comando para Task Forces.
Considero que as classe M e a type 22 chilena estão ainda a um patamar superior que as Niterói, sobretudo as classe M. Só então, na minha opinião, vêm as Niterói, que depois de modernizadas serão uns óptimos vectores, pecando unicamente por não terem um verdadeiro helicóptero ASW, pois o seu Lynx pouco mais serve que para transportar torpedos.
Espero que não levem a mal esta minha opinião, como disse, desapaixonada, de quem está a falar friamente, com a cabeça e não com o coração.
Quanto à questão do São Paulo e do seu parque aéreo, podiam abrir um tópico sobre o assunto, para que se possa discutí-lo fora deste tópico. Terei então muito gosto de dar a minha opinião, um ponto de vista europeu e portanto, independente.
Cumpts
Se querem saber a opinião desapaixonada de quem está por fora, posso dizer-lhes que votei na classe L, que só perde para as restantes (incluindo as Niteroi) por não possuir um helicóptero orgânico, mas em contrapartida, possuem melhor defesa anti-aérea (mísseis SM-1 MR, rampa Mk 13 Mod 4, 40 mísseis, radar SMART-S), mísseis Sea Sparrow (sistema Mk 29, 24 mísseis), 8 Harpoon, 1 CIWS Goalkeeper, bom sistema anti-submarino (1 sonar SQS-509, 4 T/ASW Mk 32, torpedos Mk 46), bons sistemas de transmissões e comando, podendo actuar como navios navios de comando para Task Forces.
Considero que as classe M e a type 22 chilena estão ainda a um patamar superior que as Niterói, sobretudo as classe M. Só então, na minha opinião, vêm as Niterói, que depois de modernizadas serão uns óptimos vectores, pecando unicamente por não terem um verdadeiro helicóptero ASW, pois o seu Lynx pouco mais serve que para transportar torpedos.
Espero que não levem a mal esta minha opinião, como disse, desapaixonada, de quem está a falar friamente, com a cabeça e não com o coração.
Quanto à questão do São Paulo e do seu parque aéreo, podiam abrir um tópico sobre o assunto, para que se possa discutí-lo fora deste tópico. Terei então muito gosto de dar a minha opinião, um ponto de vista europeu e portanto, independente.
Cumpts
- Lauro Melo
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JLRC escreveu:Caros companheiros votei na classe L, que só perde para as restantes (incluindo as Niteroi) por não possuir um helicóptero orgânico,
O que é uma falta gravíssima.
JLRC
Mas em contrapartida, possuem melhor defesa anti-aérea (mísseis SM-1 MR, rampa Mk 13 Mod 4, 40 mísseis, radar SMART-S), mísseis Sea Sparrow, 1 CIWS Goalkeeper.
Do que adianta uma ótima defesa anti-aérea se não pode embarcar helicóptero para Alerta Aéreo Antecipado; entre outros para ataque ( ASW e a alvos de superfície ) . Veja Figuras mais abaixo.
JLRC
Considero que as classe M e a Type 22 chilena estão ainda a um patamar superior que as Niterói, sobretudo as classe M. Só então, na minha opinião, vêm as Niterói. Que depois de modernizadas
Como assim ???
A Marinha do Brasil tem 4 fragatas Type 22, e elas são INFERIORES as Niterói.
O processo de modernização das Niterói já esta concluido, faltando apenas poucos testes, que acabam até junho de 2005.
As Niterói modernizadas estas são melhores que as classe M. Na maioria dos aspectos.
Pecando unicamente por não terem um verdadeiro helicóptero ASW, pois o seu Lynx pouco mais serve que para transportar torpedos.
Espero que não levem a mal esta minha opinião, como disse, desapaixonada, de quem está a falar friamente, com a cabeça e não com o coração.
Na verdade são Westland Super Lynx Mk. 21 A (o helicóptero naval mais sofisticado em uso na América do Sul ).
“Embora ainda mantenha sua capacidade de ataque vetorado a submarinos — utilizando torpedos Mk.44 ou 46 e cargas de profundidade —, o Mk.21A é designado na MB como AH-11A. Sua capacidade em missões de esclarecimento e ataque a alvos de superfície é consideravelmente maior do que a dos antigos Lynx Mk.21, devido mormente ao fato de que o novo radar, colocado sob o nariz, é não só mais capaz que o anterior como também possui setor de busca de 360º. Isso significa que, imediatamente após o lançamento de um Sea Skua, o helicóptero pode iniciar manobras evasivas, afastando-se do alvo, porém o mantendo “iluminado” permanentemente pelo radar.
O MIR 2, por sua vez, possibilita a obtenção da marcação de uma fonte emissora de radiação eletromagnética (radar), bem como a banda, freqüência e tipo de varredura. Sendo um equipamento totalmente passivo, o MIR 2 muitas vezes permite que tudo isso seja feito sem que o adversário perceba a presença do Super Lynx, principalmente porque seu alcance de detecção é cerca de 50% maior do que o alcance do radar emissor.”
"As mudanças mais óbvias foram a instalação de um radar Seaspray 3000 (anteriormente conhecido como Mk.3), sistema de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica Racal MIR 2 (para localização e identificação das emissões de outros radares), novos motores (Rolls-Royce Gem 42), novo rotor principal (resultando em aumento de velocidade), novo rotor de cauda (em material composto, com novo perfil aerodinâmico e sentido de rotação invertido) e nova cabeça do rotor principal (semi-rígida, fabricada em titânio)."
Ao lado O binômio Lynx/Sea Skua aumentou em muito a capacidade anti-superfície dos navios de escolta da MB. O Sea Skua — do qual o Super Lynx pode transportar até quatro — pode destruir alvos do porte de FPB (Fast Patrol Boats, ou embarcações rápidas de patrulha) ou causar extensos danos a navios como corvetas e fragatas. (Foto: Segurança & Defesa)
Para ASW temos os 13 SH-3 transportados pelo São Paulo ( que inclusive devem ser substituídos ).
"Os guerreiros não caem se ajoelham e levantam ainda mais fortes."
TOG: 22 anos de garra, determinação e respeito.
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- FinkenHeinle
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Lauro Melo escreveu:Do que adianta uma ótima defesa anti-aérea se não pode embarcar helicóptero para Alerta Aéreo Antecipado; entre outros para ataque ( ASW e a alvos de superfície ) . Veja Figuras mais abaixo.
Caro Lauro,
NENHUMA Marinha no mundo já embarcou Helis AEW em Fragatas. Isso não acontece...
Ademais, cabe o meu comentário: As Niterói tem suas vantagens e desvantagens. Suas vantagens são ter recebido modernização recente, ter um bom índice de nacionalização, embarcar um heli orgânico. Mas a Classe L é muito boa. Como o amigo português citou, ela tem vantagens. Mas seus sistemas eletrônicos não são tão recentes.
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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Lauro Melo escreveu:A Marinha do Brasil tem 4 fragatas Type 22, e elas são INFERIORES as Niterói.
O processo de modernização das Niterói já esta concluido, faltando apenas poucos testes, que acabam até junho de 2005.
As Niterói modernizadas estas são melhores que as classe M. Na maioria dos aspectos.
A Williams chilena é do type 22 (Batch II) e as brasileiras são Type II (Batch I), a chilena é superior às brasileiras. Quanto às classe M em que vetores são as Niterói superiores? Só se for nalgum equipamento electrónico (o das M também é recente e sofisticado) porque no restante são suplantadas pelas M.
Senão vejamos o armamento :
As M têm 1/76 AA Oto-Melara compact SR, 2/20 AA, 8 Harpoon, 1/sist. VLS Mk 48 para os mísseis Sea Sparrow (16 células de lançamento), 1/CIWS Goalkeeper, 4 T/ASW Mk 32 (mísseis Mk 46), 1/helicópero WG-13 Lynx com sonar DUAV 4, sonar Sea Spray Mk 3, FLIR e sistema de guerra electrónica Aware-3. Não sei qual heli vai a marinha chilena operar.)
Quanto a radares estão euqipadas com : 1/Decca 1690/9 - 1/Scout - 1/SMART-S - 1/LW-08 - 2/STIR-18 (todos de construção holandesa e dos melhores do momento). Quanto a sonares temos : 1/PSH-36 de casco e 1/Anaconda passivo rebocado. Já para não falar das contra-medidas : empastelador APECS II, ruidoso rebocado SLQ-25, 2/lança-engodos SBROC Mk 36. Como vê, são do mais moderno que existe no mundo, na sua classe. Têm além disso a vantagem de serem cascos relativamente recentes. Para mim, são até melhores que as Duke britânicas. Mas como disse, é a minha opinião desapaixonada.
Cumpts
- Lauro Melo
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JLRC escreveu:A Williams chilena é do type 22 (Batch II) e as brasileiras são Type II (Batch I), a chilena é superior às brasileiras.
Existe algumas diferenças entre a Batch 1,2 e 3. Vou colocar alguns dados para você observas as diferenças ENTRE a Batch 1 e Batch 3.
Entretanto entre a Batch I e II; a diferença não é tão significativa, como existe entre a Batch 1 e Batch 3.
Type 22 Batch 1 Greenhalgh
Deslocamento: 4.600 tons
Comprimento: 131,2 m
Boca: 14,75 m
Calado: 6,8 m
Tripulação: 250 pessoas
Propulsão: sistema COGOG, formada por duas turbinas ROLLS-ROYCE "TYNE" RM1C e duas turbinas ROLLS-ROYCE "OLYMPUS" TM3B
Armamento: 2 injetores de 20 mm (com cadência de 900 tiros/minuto), dois lançadores triplo para torpedos de 12,75 in, dois lançadores MSA Sea Wolf e 4 míssil MSS MM-40 Exocet.
Aviação: Até dois helicópteros S. Lynx
Radar: Type1006 (navegação), type 967 e 968 (busca e combinação).
Radar de controle de tiro: 2 Type 910
Guerra Eletrônica: 02 lançadores de chaff/flare Sea Gnat, Typo 182 decoy ASW
ECM Tipo 670 da Raccal e Mage MEL UAA-2
Type 22 Batch 3
Deslocamento: 4.900 tons
Comprimento: 148,1 m
Boca: 14,75 m
Calado: 6,4 m
Propulsão: sistema COGOG, formada por duas turbinas ROLLS-ROYCE "TYNE" RM1C e duas turbinas ROLLS-ROYCE "OLYMPUS" TM3B e duas turbinas SM1A.
Tripulação: 245 pessoas.
Aviação: Até dois helicópteros S. Lynx ou Merlin
Radar: Type1006 (navegação), type 967 e 968 (busca e combinação).
Sonar: Type 2050 (montado no casco), Type 2031(Z) Towed Array.
Radar de controle de tiro: 2 Type 911
Guerra eletrônica: 02 lançadores de chaff/flare Sea Gnat, UAA-2 intercept, 2 Type 675 jammer, 4 decoy, Type 182 towed
Armamento: 1 injetor de Vickers de 4,5 in, 1 injetor Goalkeeper CIWS, dois lançadores triplo para torpedos de 12,75 in, dois lançadores MSA Sea Wolf e 8 míssil MSS Harpoon
A diferença entrea a Batch 1 e Batch 2 são poucas. A maioria das mudanças foram entre as Batch 1 e Batch 3.
Editado pela última vez por Lauro Melo em Qua Jan 19, 2005 9:01 pm, em um total de 1 vez.
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- Lauro Melo
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JLRC escreveu:
Caro JLRC,
O COC original incorporava tecnologia dos anos 70 e tinha tipologia centralizada entre seus computadores, enquanto no atual ela é do tipo distribuída. No novo COC a reconfiguração é automática, e ao se perder um console a operação em curso não será prejudicada. Os consoles atuais são todos verticais, enquanto que no COC original eram horizontais; em virtude disso, o posicionamento dos operadores foi alterado, de acordo com suas funções.
O controle tático fica a cargo do SICONTA Mk.II, um sistema complexo baseado em computação distribuída, de arquitetura e tecnologias de hardware e software mais modernas em comparação com o antigo Ferranti CAAIS, que utilizava uma arquitetura de processamento centralizado e com menor capacidade, baseado em linguagens de programação específicas. No SICONTA Mk.II, o software foi desenvolvido em várias camadas, algumas das quais são compostas por softwares comerciais proprietários. A versão atual do SICONTA Mk.II, porém, não integra ainda os equipamentos de guerra eletrônica.
O sistema de enlace de dados (“data link”) utilizado na modernização das fragatas usa rádios HF e UHF operando com protocolos Link YB, Link 14, sendo compatível com o das corvetas classe “Inhaúma” e o das fragatas classe “Greenhalgh”, além de diversos navios das marinhas argentina e uruguaia.
Foi determinada sua retirada e a adoção do sistema italiano Albatros, cujo componente missilístico é o Aspide. Assim, o canhão Mk.8 de popa das fragatas E/G e o lançador de mísseis anti-submarino Ikara das A/S foram retirados, e em seu lugar posicionado um lançador óctuplo de mísseis Aspide, da versão Mod7. Entretanto, o sistema pode ser adaptado para utilizar o míssil Aspide 2000, de maior alcance (cerca de 20 km).
A Marinha considera o número de recargas do Aspide como dado reservado. A edição 2002-2003 do Combat Fleets of the World menciona que não há recargas (o que certamente não é o caso), mas o Jane’s Fighting Ships (JFS) 2003-2004 menciona duas recargas. Uma comparação com a capacidade de mísseis das fragatas italianas da classe “Maestrale”, de porte menor que as “Niterói”, poderia ser interessante e até certo ponto esclarecedora: segundo o Combat Fleets, elas transportam um total de 24 mísseis Aspide (oito mísseis no lançador e mais duas recargas completas), enquanto o JFS é de opinião que os navios só têm capacidade para 16 Aspide. Nas “Niterói”, o carregamento dos mísseis no lançador é feito manualmente.
O programa ModFrag incluiu também a retirada dos dois antigos reparos de canhões Bofors 40mm/L70, e sua substituição por modernos reparos Bofors Mk.3 de 40mm. Os testes de aceitação desse armamento foram concluídos em 2001 na Liberal, quando foi abatido um drone aéreo, utilizando-se a munição do tipo 3P (Programável, Pré-Fragmentada e com espoleta de Proximidade). Essa munição, diga-se de passagem, encontra-se nacionalizada, sendo produzida pela Fábrica de Munições Almirante Jurandyr da Costa Muller de Campos. Na ocasião, o controle dos canhões foi realizado em modo secundário, pela alça optrônica EOS-400/10B. Já foram também feitos exercícios utilizando o controle primário, executado pelos consoles de controle de armas.
Em todas as fragatas foram mantidos os canhões Mk.8 (4,5”) de proa, bem como os lançadores de foguetes anti-submarino SR-375 Boroc e os dois reparos triplos de tubos lança-torpedos de 324mm Plessey STWS-1.
Os mísseis superfície-superfície são agora os MM40 Exocet, e não mais os MM38, de menor alcance, originalmente utilizados.
Ao lado No centro da foto a antena do radar de busca RAN-20S, que substituiu o AWS-2; à direita, no mastro de combate, vê-se a antena do Scanter Mil (Foto: Segurança & Defesa).
Ao lado Sobre o passadiço da Liberal, a pequena antena do radar Furuno; atrás, a plataforma que serve de base ao CME ET/SLQ-1A (que será reinstalado), e em último plano o radar RTN-30X de vante (Foto: Segurança & Defesa).
Radares
Se no setor de armamentos muita coisa foi mantida, em termos de radares a mudança foi total. O radar de busca combinada Plessey AWS-2 foi substituído pelo AESN RAN-20S, cuja transmissão se baseia em tecnologia mais avançada, empregando módulos amplificadores em estado sólido independentes e não utilizando válvulas de potência, como a Magnetron. A flexibilidade de operação é muito maior, pois graças à existência de 16 módulos de transmissão independentes, o radar é capaz de suportar múltiplas avarias sem interromper sua operação.
Além disso, o RAN-20S possui recurso MTD (Moving Target Detection, ou Detecção de Alvos Móveis), que permite a detecção e acompanhamento de alvos sobre terra (o alvo e o clutter são apresentados em filtros diferentes). Dispõe também da possibilidade de transmissão por setores; podem ser criados até oito setores simultaneamente, em uma mesma varredura. O AWS-2 possuía apenas duas freqüências, que poderiam ser selecionadas dentro de sua faixa de operação. O RAN-20S, entretanto, permite a operação com agilidade de freqüência. Apresenta indicações de falhas e avarias, por meio de um circuito de BITE (Built-In Test Equipment, ou equipamento interno de testes), tem maior alcance/sensibilidade e discrição (menor potência) — devido à compressão de pulso, envia apenas metade da potência do AWS-2. Possui agilidade de freqüência em FRP (Freqüência de Repetição de Pulsos), e indicador de jammer (embaralhador)
Ao lado Esse é o console ARPA instalado no
passadiço da Liberal, e que estará presente
também nos cinco outros navios. Graças aos seus recursos, o equipamento funciona como um
mini-SICONTA (Foto: Segurança & Defesa).
O radar de navegação Signaal ZW-06 foi substituído por um Terma Scanter Mil, de procedência dinamarquesa, com maior alcance e tecnologias de hardware e software mais modernas, maior facilidade de monitoração de falhas e de introdução de configuração, além de capacidade de mudar a FRP. No passadiço dos navios foi instalada uma ARPA (Automatic Radar Plotting Aid), que provê processamento de sinais e atua como um mini-SICONTA, com extrator próprio para acompanhamento de contactos, informando seu rumo e velocidade e apresentando seus vetores e cálculos de distância. O sistema calcula ainda o tempo que falta para chegar ao PMA (Ponto de Maior Aproximação), possibilita a inserção de linhas indexadas, derrotas, pontos de referência, marcação e distância em relação a outro contacto, e recebimento de latitude e longitude.
Ao lado Mastro da Defensora, vendo-se a antena do radar de navegação Scanter Mil, de fabricação dinamarquesa, que
substituiu o antigo Signaal ZW-06 (Foto: Segurança & Defesa).
A modernização das fragatas inclui a instalação de um radar de navegação Furuno 1942 Mk.2, que por ser um radar comercial possui uma rotina de manutenção bem simples. Apesar de pequeno, oferece recursos de grande importância para o Oficial de Quarto no Passadiço, tais como: transmissão por setores, capacidade de receber sinal de GPS e inserção de setores, facilitando assim a manutenção de posição na cobertura e área de guarda (na verdade, para esses fins ele é utilizado em preferência ao Scanter). Em caso de avaria do radar Scanter, o Furuno é utilizado para navegação no passadiço. Uma vantagem adicional é o fato de que, desligando seus outros emissores e utilizando apenas o Furuno, as fragatas podem até se passar por mercantes quando as circunstâncias assim o exigirem.
Acima Dois dos reparos do SLDM, na Defensora.
A incorporação de uma plataforma giro-estabilizada o transformará os reparos em plataformas de lançamento multi-uso, e o sistema poderá ser considerado um dos melhores do mundo, no gênero (Foto: Segurança & Defesa).
Os dois radares de direção de tiro RTN-10X foram substituídos por dois RTN-30X similarmente posicionados, mas de concepção de operação totalmente diferente. O RTN-30X fornece dados de marcação, sítio e distância dos alvos para o sistema de controle das armas, a fim de possibilitar a obtenção da direção de tiro por elas. Trata-se de um radar monopulso, enquanto o RTN-10X executava varredura cônica, sendo muito mais fácil de ser detectado e de sofrer interferências provenientes de medidas de ataque eletrônico. O RTN-30X possui vários recursos utilizados na Guerra Eletrônica (GE), como agilidade de freqüência e baixa potência de pico. Seu alcance é maior e sua potência transmitida é menor (devido à compressão de pulso); possui agilidade de freqüência, FRP, MTI (Moving Target Indicator, ou Indicador de Alvo Móvel) e a possibilidade de “trecar”em jamming e detectar um míssil disparado pelo alvo, pela atuação do recurso “Incoming Missile”. Cada RTN-30X pode dirigir simultaneamente até dois mísseis Aspide, lançados sobre o mesmo alvo.
Alças e sonares
A antiga alça LAS (localizada a vante) foi retirada e substituída por uma EOS-400B. Esta é uma alça optrônica, que pode controlar os canhões Mk.3 de 40mm e o canhão Vickers Mk.8. Podendo realizar a predição de tiro independentemente do SICONTA Mk.II, essa alça e constitui portanto num subsistema de controle de armas acima d’água. Dotada de câmeras térmica e de TV, pode ser empregada nos períodos diurno e noturno. Foi mantida a alça pedestal (ótica) anteriormente existente a ré da chaminé, e que é capaz de fornecer dados de marcação e sítio para o sistema de armas.
O sonar de casco EDO 610E foi substituído por um EDO 997(F), de mesma potência mas com processamento de sinais bem mais evoluído. Para a fabricação dos 997 (F), foram aproveitados os frames do 610E, após breve inspeção e manutenção, bem como: parte fixa do domo, suporte da caixa de junção, sistema de arriamento, cabeção até os elementos transmissores e algumas partes mecânicas.
E embora tenha sido desenvolvido um estudo no sentido da possível adoção de sonares Towed Array, sua implementação não está prevista.
Guerra Eletrônica
Em todas as fragatas, o equipamento MAGE (Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica) RDL 2/5 e o CDL 160 foi retirado, e está sendo instalado em seu lugar o Cutlass B1BW. Quando comparada à capacidade dos radares atuais, a tecnologia dos antigos módulos CDL e RDL já estava obsoleta. Em relação ao antigo RDL, o MAGE B1BW possui como principais avanços tecnológicos uma maior sensibilidade, maior precisão, disponibilidade de biblioteca de emissores, associação automática entre um ruído detectado com o existente na biblioteca, e apresentação dos parâmetros de emissão para vários emissores simultâneos. O Cutlass emprega tecnologia digital, e sua IHM (Interface Homem-Máquina) oferece maior facilidade para operação e melhor visualização dos ruídos, maior faixa de freqüência de recepção, além de possuir uma tela de apresentação geográfica, onde os ruídos são apresentados sobrepostos a um mapa.
A Defensora e a Liberal receberam o equipamento de CME (Contra-Medidas Eletrônicas) ET/SLQ-1A, desenvolvido pelo IPqM e produzido no Brasil pela Elebra. O CME ET/SLQ-1 foi testado quando embarcado no antigo CT Mariz e Barros e nas Corvetas classe “Inhaúma”. Os resultados foram satisfatórios, embora sua avaliação operacional não tenha sido realizada. Ele sofreu modernização, sendo compatibilizado com o SICONTA Mk.II para o ModFrag.Trata-se de um equipamento de Medida de Ataque Eletrônica não destrutiva (“soft kill”), e permite a defesa contra mísseis (bloqueio de seus radares, “arrastamento” do tracking de radares de direção de tiro ou mísseis e geração de alvos falsos).
O CME ET/SLQ-1A faz parte do sistema de defesa combinado das fragatas. Sua operação integrada ao MAGE B1BW e ao SLDM (Sistema de Lançamento de Despistadores de Mísseis, do qual falaremos mais adiante) permite que um radar ameaça seja despistado automaticamente após ter sido detectado pelo MAGE B1BW. A técnica de despistamento do radar ameaça poderá definir uma ação combinada do CME ET/SLQ-1A com um lançamento automático do foguete de chaff. O CME ET/SLQ-1A foi projetado para despistar todos os radares importantes para a defesa (tais radares poderão estar instalados em navios, aeronaves ou mísseis). Após o MAGE B1BW detectar um radar hostil, o SICONTA acionará automaticamente o CME ET/SLQ-1A, que por sua vez iniciará também automaticamente a técnica de despistamento mais apropriada ao tipo de radar identificado pelo MAGE.
O SLDM é um sistema desenvolvido pelo IPqM, inspirado no sistema britânico Plessey Shield 200, instalado nas corvetas “Inhaúma”. Embora podendo até utilizar a munição do Shield 200, o SLDM incorpora uma série de características que o sistema anterior não contempla, dentre as quais pode-se citar:
- o SLDM está preparado para operar com até quatro tipos de munição distintos, enquanto o sistema Shield está limitado a dois tipos;
- o SLDM opera com até 12 tubos em cada reparo, enquanto o Shield está limitado a nove tubos;
- o BITE do SLDM é muito mais elaborado, permitindo uma identificação mais rápida e precisa da avaria.
Na categoria de sistemas fixos, o SLDM não fica em desvantagem em relação aos demais sistemas, possuindo a vantagem de ter a sua tecnologia totalmente dominada pela MB, o que não é o caso dos outros. O próximo passo do SLDM será a incorporação de uma plataforma giro-estabilizada, com movimentos de conteira e elevação, o que o colocará entre os sistemas mais avançados do mundo, além de torná-lo uma plataforma de lançamento multi-uso.
O SLDM foi projetado para reconhecer e processar até quatro tipos distintos de munição, tanto do tipo foguete quanto do tipo morteiro. Até hoje, só existe disponível o foguete de chaff (para despistar sinais radar); entretanto, o sistema poderá operar com munições do tipo flares (para despistar buscadores infra-vermelho pelo calor que irradiam), despistadores de torpedo, etc.; para isso, é claro, faz-se necessário um upgrade de software no sistema.
Nas fragatas, dois reparos de SLDM encontram-se instalados em cada bordo, sobre o hangar. Nas proximidades dos lançadores existem dois armários para armazenamento de munição, cada um com capacidade para 24 foguetes. Portanto, para pronto uso, são 48 foguetes nos tubos e outros tantos nos armários.
Quando operando no Modo Integrado, isto é, sob o controle do SICONTA, o sistema pode engajar-se nos Modos Automático e Semi-automático. Quando engajado nesses modos de operação, ao receber uma Designação de Alvo, processa e gera automaticamente a solução tática (padrão de disparo) em função das informações da ameaça, oriundas do SICONTA, dos dados do navio e das condições ambientais, oriundas da Unidade de Distribuição de Sinais do Navio (UDSN) . Se estiver programado para engajamento Automático, após a geração da solução tática, o sistema dispara automaticamente os foguetes previstos no padrão calculado, sem a interferência do operador. Entretanto, se estiver programado para engajamento no Modo Semi-automático, assim que dispuser da solução tática, sinaliza ao operador, através de sua IHM central no COC, e aguarda a liberação do disparo, que será feita através da mesma IHM.
Quando operando no Modo Autônomo, uma vez que não está recebendo os dados da ameaça do SICONTA, propicia recursos para que o operador, utilizando sua IHM central instalada no COC, introduza os dados da ameaça, assim como, se for necessário, os dados do navio e os dados ambientais. A partir daí o sistema calculará automaticamente o padrão de disparo.
Quando operando em emergência, quer localmente ou a partir da sua IHM central no COC, o sistema permite que sejam utilizados padrões de disparo pré-programados, que não levam em consideração os dados do navio, ambientais ou da ameaça. O padrão de disparo a ser utilizado tem que ser escolhido pelo operador dentre os disponíveis. Estes padrões de disparo têm que ser programados com base num sistema apropriado, e posteriormente carregados na configuração do SLDM.
Outros itens e estágio atual
Além dos equipamentos/sistemas já mencionados, todos os navios receberão também um receptor de transponder de aeronave RRB e um hodômetro AGI AGILOG. Alguns outros itens, entretanto, estão sendo instalados apenas em algumas unidades: o ET/SLQ-1A, como já vimos, está sendo aplicado somente à Liberal e à Defensora, enquanto o SCMPA está sendo instalado somente na Independência e o SCAV na Defensora. A falta de recursos impediu que esses sistemas fossem instalados em todos os navios. Vale mencionar que a única alteração prevista e em andamento para o sistema de propulsão dos navios é a instalação do Sistema de Controle e Monitoração da Propulsão e Auxiliares na Independência. A previsão de comissionamento é para o segundo semestre de 2004.
Todos os mísseis, sonares, radares, alças, etc. já foram recebidos. Todos os equipamentos já foram instalados a bordo da Liberal e da Defensora e estão sendo submetidos a testes. Encontram-se parcialmente instalados na Niterói e na Independência, já começaram a ser instalados na União e em breve começarão a ser instalados na Constituição.
Além das fragatas “Niterói”, outros navios são beneficiados pelo programa ModFrag, recebendo ítens de armamento ou sistemas retirados por ocasião da modernização: um canhão Mk.8 da Constituição será instalado na corveta Barroso; os antigos canhões de 40mm vão para as fragatas da classe “Greenhalgh”; os cartões de computadores Ferranti foram testados, embalados e guardados como “spares” das fragatas classe “Greenhalgh”; um radar RTN-10X foi para o CASOp, que o instalará numa raia para estudos, enquanto os outros foram testados, tiveram seus cartões testados e embalados para servir de “spares” para as corvetas “Inhaúma”; um radar AWS-2 foi instalado no Ceará. Além disso, um radar ZW-06 foi cedido à Força Aérea Brasileira para pesquisa na área de guerra eletrônica.
Em termos de custo/benefício o ModFrag se destaca como uma exemplo extremamente positivo. Ao término do programa, a Marinha terá em mãos seis navios de escolta plenamente atualizados e padronizados, com vida útil adicional prevista de 15 anos, pelo custo de aquisição de um só navio novo, com características semelhantes. E isso sem contar o incomensurável valor da aquisição de know-how e tecnologia, que poderá no futuro trazer benefícios mais visíveis. Como exemplo, através da EMGEPRON está sendo fomentado o possível uso desses conhecimentos e sistemas por outros países latino-americanos.
http://www.segurancaedefesa.com/ModFrag_update.htm
Quanto às classe M em que vetores são as Niterói superiores? Só se for nalgum equipamento electrónico (o das M também é recente e sofisticado) porque no restante são suplantadas pelas M.
Senão vejamos o armamento :
As M têm 1/76 AA Oto-Melara compact SR, 2/20 AA, 8 Harpoon, 1/sist. VLS Mk 48 para os mísseis Sea Sparrow (16 células de lançamento), 1/CIWS Goalkeeper, 4 T/ASW Mk 32 (mísseis Mk 46), 1/helicópero WG-13 Lynx com sonar DUAV 4, sonar Sea Spray Mk 3, FLIR e sistema de guerra electrónica Aware-3. Não sei qual heli vai a marinha chilena operar.)
Quanto a radares estão euqipadas com : 1/Decca 1690/9 - 1/Scout - 1/SMART-S - 1/LW-08 - 2/STIR-18 (todos de construção holandesa e dos melhores do momento). Quanto a sonares temos : 1/PSH-36 de casco e 1/Anaconda passivo rebocado. Já para não falar das contra-medidas : empastelador APECS II, ruidoso rebocado SLQ-25, 2/lança-engodos SBROC Mk 36. Como vê, são do mais moderno que existe no mundo, na sua classe. Têm além disso a vantagem de serem cascos relativamente recentes. Para mim, são até melhores que as Duke britânicas. Mas como disse, é a minha opinião desapaixonada.
Caro JLRC,
O COC original incorporava tecnologia dos anos 70 e tinha tipologia centralizada entre seus computadores, enquanto no atual ela é do tipo distribuída. No novo COC a reconfiguração é automática, e ao se perder um console a operação em curso não será prejudicada. Os consoles atuais são todos verticais, enquanto que no COC original eram horizontais; em virtude disso, o posicionamento dos operadores foi alterado, de acordo com suas funções.
O controle tático fica a cargo do SICONTA Mk.II, um sistema complexo baseado em computação distribuída, de arquitetura e tecnologias de hardware e software mais modernas em comparação com o antigo Ferranti CAAIS, que utilizava uma arquitetura de processamento centralizado e com menor capacidade, baseado em linguagens de programação específicas. No SICONTA Mk.II, o software foi desenvolvido em várias camadas, algumas das quais são compostas por softwares comerciais proprietários. A versão atual do SICONTA Mk.II, porém, não integra ainda os equipamentos de guerra eletrônica.
O sistema de enlace de dados (“data link”) utilizado na modernização das fragatas usa rádios HF e UHF operando com protocolos Link YB, Link 14, sendo compatível com o das corvetas classe “Inhaúma” e o das fragatas classe “Greenhalgh”, além de diversos navios das marinhas argentina e uruguaia.
Foi determinada sua retirada e a adoção do sistema italiano Albatros, cujo componente missilístico é o Aspide. Assim, o canhão Mk.8 de popa das fragatas E/G e o lançador de mísseis anti-submarino Ikara das A/S foram retirados, e em seu lugar posicionado um lançador óctuplo de mísseis Aspide, da versão Mod7. Entretanto, o sistema pode ser adaptado para utilizar o míssil Aspide 2000, de maior alcance (cerca de 20 km).
A Marinha considera o número de recargas do Aspide como dado reservado. A edição 2002-2003 do Combat Fleets of the World menciona que não há recargas (o que certamente não é o caso), mas o Jane’s Fighting Ships (JFS) 2003-2004 menciona duas recargas. Uma comparação com a capacidade de mísseis das fragatas italianas da classe “Maestrale”, de porte menor que as “Niterói”, poderia ser interessante e até certo ponto esclarecedora: segundo o Combat Fleets, elas transportam um total de 24 mísseis Aspide (oito mísseis no lançador e mais duas recargas completas), enquanto o JFS é de opinião que os navios só têm capacidade para 16 Aspide. Nas “Niterói”, o carregamento dos mísseis no lançador é feito manualmente.
O programa ModFrag incluiu também a retirada dos dois antigos reparos de canhões Bofors 40mm/L70, e sua substituição por modernos reparos Bofors Mk.3 de 40mm. Os testes de aceitação desse armamento foram concluídos em 2001 na Liberal, quando foi abatido um drone aéreo, utilizando-se a munição do tipo 3P (Programável, Pré-Fragmentada e com espoleta de Proximidade). Essa munição, diga-se de passagem, encontra-se nacionalizada, sendo produzida pela Fábrica de Munições Almirante Jurandyr da Costa Muller de Campos. Na ocasião, o controle dos canhões foi realizado em modo secundário, pela alça optrônica EOS-400/10B. Já foram também feitos exercícios utilizando o controle primário, executado pelos consoles de controle de armas.
Em todas as fragatas foram mantidos os canhões Mk.8 (4,5”) de proa, bem como os lançadores de foguetes anti-submarino SR-375 Boroc e os dois reparos triplos de tubos lança-torpedos de 324mm Plessey STWS-1.
Os mísseis superfície-superfície são agora os MM40 Exocet, e não mais os MM38, de menor alcance, originalmente utilizados.
Ao lado No centro da foto a antena do radar de busca RAN-20S, que substituiu o AWS-2; à direita, no mastro de combate, vê-se a antena do Scanter Mil (Foto: Segurança & Defesa).
Ao lado Sobre o passadiço da Liberal, a pequena antena do radar Furuno; atrás, a plataforma que serve de base ao CME ET/SLQ-1A (que será reinstalado), e em último plano o radar RTN-30X de vante (Foto: Segurança & Defesa).
Radares
Se no setor de armamentos muita coisa foi mantida, em termos de radares a mudança foi total. O radar de busca combinada Plessey AWS-2 foi substituído pelo AESN RAN-20S, cuja transmissão se baseia em tecnologia mais avançada, empregando módulos amplificadores em estado sólido independentes e não utilizando válvulas de potência, como a Magnetron. A flexibilidade de operação é muito maior, pois graças à existência de 16 módulos de transmissão independentes, o radar é capaz de suportar múltiplas avarias sem interromper sua operação.
Além disso, o RAN-20S possui recurso MTD (Moving Target Detection, ou Detecção de Alvos Móveis), que permite a detecção e acompanhamento de alvos sobre terra (o alvo e o clutter são apresentados em filtros diferentes). Dispõe também da possibilidade de transmissão por setores; podem ser criados até oito setores simultaneamente, em uma mesma varredura. O AWS-2 possuía apenas duas freqüências, que poderiam ser selecionadas dentro de sua faixa de operação. O RAN-20S, entretanto, permite a operação com agilidade de freqüência. Apresenta indicações de falhas e avarias, por meio de um circuito de BITE (Built-In Test Equipment, ou equipamento interno de testes), tem maior alcance/sensibilidade e discrição (menor potência) — devido à compressão de pulso, envia apenas metade da potência do AWS-2. Possui agilidade de freqüência em FRP (Freqüência de Repetição de Pulsos), e indicador de jammer (embaralhador)
Ao lado Esse é o console ARPA instalado no
passadiço da Liberal, e que estará presente
também nos cinco outros navios. Graças aos seus recursos, o equipamento funciona como um
mini-SICONTA (Foto: Segurança & Defesa).
O radar de navegação Signaal ZW-06 foi substituído por um Terma Scanter Mil, de procedência dinamarquesa, com maior alcance e tecnologias de hardware e software mais modernas, maior facilidade de monitoração de falhas e de introdução de configuração, além de capacidade de mudar a FRP. No passadiço dos navios foi instalada uma ARPA (Automatic Radar Plotting Aid), que provê processamento de sinais e atua como um mini-SICONTA, com extrator próprio para acompanhamento de contactos, informando seu rumo e velocidade e apresentando seus vetores e cálculos de distância. O sistema calcula ainda o tempo que falta para chegar ao PMA (Ponto de Maior Aproximação), possibilita a inserção de linhas indexadas, derrotas, pontos de referência, marcação e distância em relação a outro contacto, e recebimento de latitude e longitude.
Ao lado Mastro da Defensora, vendo-se a antena do radar de navegação Scanter Mil, de fabricação dinamarquesa, que
substituiu o antigo Signaal ZW-06 (Foto: Segurança & Defesa).
A modernização das fragatas inclui a instalação de um radar de navegação Furuno 1942 Mk.2, que por ser um radar comercial possui uma rotina de manutenção bem simples. Apesar de pequeno, oferece recursos de grande importância para o Oficial de Quarto no Passadiço, tais como: transmissão por setores, capacidade de receber sinal de GPS e inserção de setores, facilitando assim a manutenção de posição na cobertura e área de guarda (na verdade, para esses fins ele é utilizado em preferência ao Scanter). Em caso de avaria do radar Scanter, o Furuno é utilizado para navegação no passadiço. Uma vantagem adicional é o fato de que, desligando seus outros emissores e utilizando apenas o Furuno, as fragatas podem até se passar por mercantes quando as circunstâncias assim o exigirem.
Acima Dois dos reparos do SLDM, na Defensora.
A incorporação de uma plataforma giro-estabilizada o transformará os reparos em plataformas de lançamento multi-uso, e o sistema poderá ser considerado um dos melhores do mundo, no gênero (Foto: Segurança & Defesa).
Os dois radares de direção de tiro RTN-10X foram substituídos por dois RTN-30X similarmente posicionados, mas de concepção de operação totalmente diferente. O RTN-30X fornece dados de marcação, sítio e distância dos alvos para o sistema de controle das armas, a fim de possibilitar a obtenção da direção de tiro por elas. Trata-se de um radar monopulso, enquanto o RTN-10X executava varredura cônica, sendo muito mais fácil de ser detectado e de sofrer interferências provenientes de medidas de ataque eletrônico. O RTN-30X possui vários recursos utilizados na Guerra Eletrônica (GE), como agilidade de freqüência e baixa potência de pico. Seu alcance é maior e sua potência transmitida é menor (devido à compressão de pulso); possui agilidade de freqüência, FRP, MTI (Moving Target Indicator, ou Indicador de Alvo Móvel) e a possibilidade de “trecar”em jamming e detectar um míssil disparado pelo alvo, pela atuação do recurso “Incoming Missile”. Cada RTN-30X pode dirigir simultaneamente até dois mísseis Aspide, lançados sobre o mesmo alvo.
Alças e sonares
A antiga alça LAS (localizada a vante) foi retirada e substituída por uma EOS-400B. Esta é uma alça optrônica, que pode controlar os canhões Mk.3 de 40mm e o canhão Vickers Mk.8. Podendo realizar a predição de tiro independentemente do SICONTA Mk.II, essa alça e constitui portanto num subsistema de controle de armas acima d’água. Dotada de câmeras térmica e de TV, pode ser empregada nos períodos diurno e noturno. Foi mantida a alça pedestal (ótica) anteriormente existente a ré da chaminé, e que é capaz de fornecer dados de marcação e sítio para o sistema de armas.
O sonar de casco EDO 610E foi substituído por um EDO 997(F), de mesma potência mas com processamento de sinais bem mais evoluído. Para a fabricação dos 997 (F), foram aproveitados os frames do 610E, após breve inspeção e manutenção, bem como: parte fixa do domo, suporte da caixa de junção, sistema de arriamento, cabeção até os elementos transmissores e algumas partes mecânicas.
E embora tenha sido desenvolvido um estudo no sentido da possível adoção de sonares Towed Array, sua implementação não está prevista.
Guerra Eletrônica
Em todas as fragatas, o equipamento MAGE (Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica) RDL 2/5 e o CDL 160 foi retirado, e está sendo instalado em seu lugar o Cutlass B1BW. Quando comparada à capacidade dos radares atuais, a tecnologia dos antigos módulos CDL e RDL já estava obsoleta. Em relação ao antigo RDL, o MAGE B1BW possui como principais avanços tecnológicos uma maior sensibilidade, maior precisão, disponibilidade de biblioteca de emissores, associação automática entre um ruído detectado com o existente na biblioteca, e apresentação dos parâmetros de emissão para vários emissores simultâneos. O Cutlass emprega tecnologia digital, e sua IHM (Interface Homem-Máquina) oferece maior facilidade para operação e melhor visualização dos ruídos, maior faixa de freqüência de recepção, além de possuir uma tela de apresentação geográfica, onde os ruídos são apresentados sobrepostos a um mapa.
A Defensora e a Liberal receberam o equipamento de CME (Contra-Medidas Eletrônicas) ET/SLQ-1A, desenvolvido pelo IPqM e produzido no Brasil pela Elebra. O CME ET/SLQ-1 foi testado quando embarcado no antigo CT Mariz e Barros e nas Corvetas classe “Inhaúma”. Os resultados foram satisfatórios, embora sua avaliação operacional não tenha sido realizada. Ele sofreu modernização, sendo compatibilizado com o SICONTA Mk.II para o ModFrag.Trata-se de um equipamento de Medida de Ataque Eletrônica não destrutiva (“soft kill”), e permite a defesa contra mísseis (bloqueio de seus radares, “arrastamento” do tracking de radares de direção de tiro ou mísseis e geração de alvos falsos).
O CME ET/SLQ-1A faz parte do sistema de defesa combinado das fragatas. Sua operação integrada ao MAGE B1BW e ao SLDM (Sistema de Lançamento de Despistadores de Mísseis, do qual falaremos mais adiante) permite que um radar ameaça seja despistado automaticamente após ter sido detectado pelo MAGE B1BW. A técnica de despistamento do radar ameaça poderá definir uma ação combinada do CME ET/SLQ-1A com um lançamento automático do foguete de chaff. O CME ET/SLQ-1A foi projetado para despistar todos os radares importantes para a defesa (tais radares poderão estar instalados em navios, aeronaves ou mísseis). Após o MAGE B1BW detectar um radar hostil, o SICONTA acionará automaticamente o CME ET/SLQ-1A, que por sua vez iniciará também automaticamente a técnica de despistamento mais apropriada ao tipo de radar identificado pelo MAGE.
O SLDM é um sistema desenvolvido pelo IPqM, inspirado no sistema britânico Plessey Shield 200, instalado nas corvetas “Inhaúma”. Embora podendo até utilizar a munição do Shield 200, o SLDM incorpora uma série de características que o sistema anterior não contempla, dentre as quais pode-se citar:
- o SLDM está preparado para operar com até quatro tipos de munição distintos, enquanto o sistema Shield está limitado a dois tipos;
- o SLDM opera com até 12 tubos em cada reparo, enquanto o Shield está limitado a nove tubos;
- o BITE do SLDM é muito mais elaborado, permitindo uma identificação mais rápida e precisa da avaria.
Na categoria de sistemas fixos, o SLDM não fica em desvantagem em relação aos demais sistemas, possuindo a vantagem de ter a sua tecnologia totalmente dominada pela MB, o que não é o caso dos outros. O próximo passo do SLDM será a incorporação de uma plataforma giro-estabilizada, com movimentos de conteira e elevação, o que o colocará entre os sistemas mais avançados do mundo, além de torná-lo uma plataforma de lançamento multi-uso.
O SLDM foi projetado para reconhecer e processar até quatro tipos distintos de munição, tanto do tipo foguete quanto do tipo morteiro. Até hoje, só existe disponível o foguete de chaff (para despistar sinais radar); entretanto, o sistema poderá operar com munições do tipo flares (para despistar buscadores infra-vermelho pelo calor que irradiam), despistadores de torpedo, etc.; para isso, é claro, faz-se necessário um upgrade de software no sistema.
Nas fragatas, dois reparos de SLDM encontram-se instalados em cada bordo, sobre o hangar. Nas proximidades dos lançadores existem dois armários para armazenamento de munição, cada um com capacidade para 24 foguetes. Portanto, para pronto uso, são 48 foguetes nos tubos e outros tantos nos armários.
Quando operando no Modo Integrado, isto é, sob o controle do SICONTA, o sistema pode engajar-se nos Modos Automático e Semi-automático. Quando engajado nesses modos de operação, ao receber uma Designação de Alvo, processa e gera automaticamente a solução tática (padrão de disparo) em função das informações da ameaça, oriundas do SICONTA, dos dados do navio e das condições ambientais, oriundas da Unidade de Distribuição de Sinais do Navio (UDSN) . Se estiver programado para engajamento Automático, após a geração da solução tática, o sistema dispara automaticamente os foguetes previstos no padrão calculado, sem a interferência do operador. Entretanto, se estiver programado para engajamento no Modo Semi-automático, assim que dispuser da solução tática, sinaliza ao operador, através de sua IHM central no COC, e aguarda a liberação do disparo, que será feita através da mesma IHM.
Quando operando no Modo Autônomo, uma vez que não está recebendo os dados da ameaça do SICONTA, propicia recursos para que o operador, utilizando sua IHM central instalada no COC, introduza os dados da ameaça, assim como, se for necessário, os dados do navio e os dados ambientais. A partir daí o sistema calculará automaticamente o padrão de disparo.
Quando operando em emergência, quer localmente ou a partir da sua IHM central no COC, o sistema permite que sejam utilizados padrões de disparo pré-programados, que não levam em consideração os dados do navio, ambientais ou da ameaça. O padrão de disparo a ser utilizado tem que ser escolhido pelo operador dentre os disponíveis. Estes padrões de disparo têm que ser programados com base num sistema apropriado, e posteriormente carregados na configuração do SLDM.
Outros itens e estágio atual
Além dos equipamentos/sistemas já mencionados, todos os navios receberão também um receptor de transponder de aeronave RRB e um hodômetro AGI AGILOG. Alguns outros itens, entretanto, estão sendo instalados apenas em algumas unidades: o ET/SLQ-1A, como já vimos, está sendo aplicado somente à Liberal e à Defensora, enquanto o SCMPA está sendo instalado somente na Independência e o SCAV na Defensora. A falta de recursos impediu que esses sistemas fossem instalados em todos os navios. Vale mencionar que a única alteração prevista e em andamento para o sistema de propulsão dos navios é a instalação do Sistema de Controle e Monitoração da Propulsão e Auxiliares na Independência. A previsão de comissionamento é para o segundo semestre de 2004.
Todos os mísseis, sonares, radares, alças, etc. já foram recebidos. Todos os equipamentos já foram instalados a bordo da Liberal e da Defensora e estão sendo submetidos a testes. Encontram-se parcialmente instalados na Niterói e na Independência, já começaram a ser instalados na União e em breve começarão a ser instalados na Constituição.
Além das fragatas “Niterói”, outros navios são beneficiados pelo programa ModFrag, recebendo ítens de armamento ou sistemas retirados por ocasião da modernização: um canhão Mk.8 da Constituição será instalado na corveta Barroso; os antigos canhões de 40mm vão para as fragatas da classe “Greenhalgh”; os cartões de computadores Ferranti foram testados, embalados e guardados como “spares” das fragatas classe “Greenhalgh”; um radar RTN-10X foi para o CASOp, que o instalará numa raia para estudos, enquanto os outros foram testados, tiveram seus cartões testados e embalados para servir de “spares” para as corvetas “Inhaúma”; um radar AWS-2 foi instalado no Ceará. Além disso, um radar ZW-06 foi cedido à Força Aérea Brasileira para pesquisa na área de guerra eletrônica.
Em termos de custo/benefício o ModFrag se destaca como uma exemplo extremamente positivo. Ao término do programa, a Marinha terá em mãos seis navios de escolta plenamente atualizados e padronizados, com vida útil adicional prevista de 15 anos, pelo custo de aquisição de um só navio novo, com características semelhantes. E isso sem contar o incomensurável valor da aquisição de know-how e tecnologia, que poderá no futuro trazer benefícios mais visíveis. Como exemplo, através da EMGEPRON está sendo fomentado o possível uso desses conhecimentos e sistemas por outros países latino-americanos.
http://www.segurancaedefesa.com/ModFrag_update.htm
"Os guerreiros não caem se ajoelham e levantam ainda mais fortes."
TOG: 22 anos de garra, determinação e respeito.
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- Lauro Melo
- Sênior
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Caro JLRC,
Em resumo :
A modernização das Fragatas envolve a substituição de praticamente todos os sensores de bordo, a instalação do MSA "ASPIDE" , de canhões de 40mm Mk3 e a substituição do antigo sistema de Controle Tático pelo SICONTA MKII, desenvolvido no Brasil.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
Comprimento total: 129 m
Deslocamento carregado: 3200 t Calado (sonar): 5,5 m
Boca máxima: 13,5 m
Velocidade: 30 nós (turbinas)
Raio de ação: 5.300 milhas a 17 nós
Sistema de propulsão: CODOG (2 turbinas a gás e 4 motores)
Tripulação: 22 Oficiais / 195 Praças --- Total: 217
SENSORES
Sonar VDS EDO700-E
Sonar de Casco EDO 997(F)
Radar Superfície/Aéreo RAN 205
Radar de Direção de Tiro RTN 30X
Radar de superfície SCANTER
Radar de Navegação Furuno
CME Ativo
CME Passivo
MAGE-RADAR
Alça EOS 400/10B
SLDM
ARMAMENTO
Siconta MK II
Canhão 4.5" "Vickers" MK-8
Canhão 40mm Mk3 da Bofors
Mísseis Exocet MM-40
Lançador Triplo de Torpedos MK-46
Lançador Triplo Foguete BOROC
Helicóptero orgânico
MSA ASPIDE
Sistema Albatros de Lançamento de Mísseis
Guerra Eletronica :
O ET/SLQ-1A é um equipamento de CME capaz de exercer o bloqueio eletrônico na faixa de freqüência de operação dos radares de busca e direção de tiro.
Possui capacidade autônoma de acompanhamento a partir de uma designação inicial.
SLDM é um sistema de lançamento de foguetes que tem por missão prioritária a defesa de um navio de superfície contra mísseis anti-navio, utilizando para tal, lançamentos coordenados de foguetes despistadores de mísseis; podendo, ainda, ser utilizado para o lançamento de dispositivos despistadores de torpedos. O sistema pode ser configurado com um a quatro lançadores com até doze tubos cada, dependendo do porte do navio onde será instalado.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
Número de Lançadores: de 1 a 4
Número de Tubos por Lançador: 4, 8 ou 12
Tipo de Lançador: 1 ou 2 direções
Configuração de Munição: até 4 tipos
Diâmetro Máximo da Munição: 100 mm
Interface com o Sistema de Armas: RS422 dupla
Interface com Giro, Hodômetro e Anemômetro Interfaces: SINCRO / DIGITAL ou RS422 dupla (**)
Tipos de munições que suporta: CHAFF (Sedução e Distração), CHAFF (Confusão *), IR (*), SPRAY (*), Despistador de Torpedo (*), e outras (*).
Operação: pelo Console do Sistema de Armas, pelo Console de Operação do próprio sistema ou pelos Displays de Operação Local
(*) Depende da disponibilidade da munição e da instalação do software específico.
(**) Utilizada em plataformas que possuem um sistema de concentração e distribuição dos sinais desses sensores.
Em resumo :
A modernização das Fragatas envolve a substituição de praticamente todos os sensores de bordo, a instalação do MSA "ASPIDE" , de canhões de 40mm Mk3 e a substituição do antigo sistema de Controle Tático pelo SICONTA MKII, desenvolvido no Brasil.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
Comprimento total: 129 m
Deslocamento carregado: 3200 t Calado (sonar): 5,5 m
Boca máxima: 13,5 m
Velocidade: 30 nós (turbinas)
Raio de ação: 5.300 milhas a 17 nós
Sistema de propulsão: CODOG (2 turbinas a gás e 4 motores)
Tripulação: 22 Oficiais / 195 Praças --- Total: 217
SENSORES
Sonar VDS EDO700-E
Sonar de Casco EDO 997(F)
Radar Superfície/Aéreo RAN 205
Radar de Direção de Tiro RTN 30X
Radar de superfície SCANTER
Radar de Navegação Furuno
CME Ativo
CME Passivo
MAGE-RADAR
Alça EOS 400/10B
SLDM
ARMAMENTO
Siconta MK II
Canhão 4.5" "Vickers" MK-8
Canhão 40mm Mk3 da Bofors
Mísseis Exocet MM-40
Lançador Triplo de Torpedos MK-46
Lançador Triplo Foguete BOROC
Helicóptero orgânico
MSA ASPIDE
Sistema Albatros de Lançamento de Mísseis
Guerra Eletronica :
O ET/SLQ-1A é um equipamento de CME capaz de exercer o bloqueio eletrônico na faixa de freqüência de operação dos radares de busca e direção de tiro.
Possui capacidade autônoma de acompanhamento a partir de uma designação inicial.
SLDM é um sistema de lançamento de foguetes que tem por missão prioritária a defesa de um navio de superfície contra mísseis anti-navio, utilizando para tal, lançamentos coordenados de foguetes despistadores de mísseis; podendo, ainda, ser utilizado para o lançamento de dispositivos despistadores de torpedos. O sistema pode ser configurado com um a quatro lançadores com até doze tubos cada, dependendo do porte do navio onde será instalado.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
Número de Lançadores: de 1 a 4
Número de Tubos por Lançador: 4, 8 ou 12
Tipo de Lançador: 1 ou 2 direções
Configuração de Munição: até 4 tipos
Diâmetro Máximo da Munição: 100 mm
Interface com o Sistema de Armas: RS422 dupla
Interface com Giro, Hodômetro e Anemômetro Interfaces: SINCRO / DIGITAL ou RS422 dupla (**)
Tipos de munições que suporta: CHAFF (Sedução e Distração), CHAFF (Confusão *), IR (*), SPRAY (*), Despistador de Torpedo (*), e outras (*).
Operação: pelo Console do Sistema de Armas, pelo Console de Operação do próprio sistema ou pelos Displays de Operação Local
(*) Depende da disponibilidade da munição e da instalação do software específico.
(**) Utilizada em plataformas que possuem um sistema de concentração e distribuição dos sinais desses sensores.
"Os guerreiros não caem se ajoelham e levantam ainda mais fortes."
TOG: 22 anos de garra, determinação e respeito.
TOG: 22 anos de garra, determinação e respeito.
FinkenHeinle escreveu:
NENHUMA Marinha no mundo já embarcou Helis AEW em Fragatas. Isso não acontece...
Mais ou menos! Um helicóptero especifico para a função AEW não é utilizado embarcado em uma escolta, porem um Super Lynx (por exemplo) apesar de não ser uma aeronave do tipo pode perfeitamente auxiliar uma escolta nessa função. Isso tudo graças ao radar Seaspray Mark 3000 (ou similar), que pode efetuar varreduras (ar-ar e ar-terra) de 360°. Se eu não estou enganado o alcance do Seaspray e superior a 50 km. Um exemplo da utilização desse conjunto (escolta + helicóptero) na função AEW, seria a detecção de um míssil antinavio, com isso a escolta teria maior tempo de reação, permitindo assim melhores chances de sobrevivência.
Falou!!!
Bandeira que é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho,
O coração do Paulista!
Guilherme de Almeida
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho,
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Guilherme de Almeida
Blz Lauro,
Eu não concordo com essa afirmação! Na minha opinião, antes do S. Lynx da MB teríamos o Cougar chileno e o Sea King brasileiro. Agora se a MB optar por modernizar os nossos Lynx para o padrão S. Lynx 300, ai sim essa aeronave estará no mesmo patamar do Cougar o Sea King, e na minha opinião seria o melhor vetor ASW da América Latina.
Falou!!!
Na verdade são Westland Super Lynx Mk. 21 A (o helicóptero naval mais sofisticado em uso na América do Sul ).
Eu não concordo com essa afirmação! Na minha opinião, antes do S. Lynx da MB teríamos o Cougar chileno e o Sea King brasileiro. Agora se a MB optar por modernizar os nossos Lynx para o padrão S. Lynx 300, ai sim essa aeronave estará no mesmo patamar do Cougar o Sea King, e na minha opinião seria o melhor vetor ASW da América Latina.
Falou!!!
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Que traz no topo vermelho,
O coração do Paulista!
Guilherme de Almeida
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho,
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Guilherme de Almeida
Blz JLRC,
Fica difícil analisar, quando nessa comparação estão vetores de diversas funções (AAW, ASW, E/G). Então no geral (analisando somente a escolta), eu fico com a classe “M”, por possui um excelente conjunto de sensores (DSBV 61, SMART-S 3D, LW-08 2D, SLQ-25 Nixie, etc) e capacidade para operar helicóptero. Em armamentos, as Niterói não fica devendo em nada a classe “M”.
A classe “L” são vetores de grande capacidade, porem longe de ser um conjunto completo, pois querendo ou não, os helicópteros embarcado são peças fundamentais em uma escolta. Não tenho nenhuma duvida sobre a capacidade antiaérea da classe “L”, porem não podemos esquecer que uma escolta sem helicóptero(s) embarcado tem um desempenho ASW e ASuW bastante prejudicado. Sem contar os outros benefícios que os helicópteros navais proporcionam a uma escolta (VERTREP, MEDEVAC, SAR, AEW, guerra eletrônica, entre outros).
A classe “M” e ‘L” deveram passar por algumas modificações antes de ser enviadas para a marinha chilena. Basta saber então quais seriam essas modificações!? Acredito que a classe “L” deveria ser modificada, ficando semelhante a classe Kortenaer, com isso o lançador Mk 13 juntamente com os mísseis SM-1MR deveriam ser retirado para dar o lugar a um Deck e hargar para helicóptero(s). Perderia a capacidade de defesa de aérea, mais pelo menos ganharia uma escolta versátil e completa. Sem contar que a vida do SM-1MR será curta, pois esse míssil está sendo aposentado na US Navy, conseqüentemente não será mais fabricada.
Portanto o Chile teria quatro escolta(E/G) modernas/novas, com hargar/Deck, e armamento de qualidade, com isso bastaria comprar helicópteros compatível.
Classe de fragatas Kortenaer (Holanda):
F459 Adrias (Grécia)
F460 Aegeon (Grécia)
Conclusão: Com certeza o Chile terá as melhores escoltas da América Latina, porem sem duvida o Brasil terá o melhor conjunto da região, já que os chileno não terão helicóptero naval especializado embarcado, pois o Cougar não é compatível nessas embarcações. Bastaria então o Brasil modernizar os seus S. Lynx, dotando esses vetores de capacidade ASW independente da embarcação.
Até mais...............................................
Fox
Fica difícil analisar, quando nessa comparação estão vetores de diversas funções (AAW, ASW, E/G). Então no geral (analisando somente a escolta), eu fico com a classe “M”, por possui um excelente conjunto de sensores (DSBV 61, SMART-S 3D, LW-08 2D, SLQ-25 Nixie, etc) e capacidade para operar helicóptero. Em armamentos, as Niterói não fica devendo em nada a classe “M”.
A classe “L” são vetores de grande capacidade, porem longe de ser um conjunto completo, pois querendo ou não, os helicópteros embarcado são peças fundamentais em uma escolta. Não tenho nenhuma duvida sobre a capacidade antiaérea da classe “L”, porem não podemos esquecer que uma escolta sem helicóptero(s) embarcado tem um desempenho ASW e ASuW bastante prejudicado. Sem contar os outros benefícios que os helicópteros navais proporcionam a uma escolta (VERTREP, MEDEVAC, SAR, AEW, guerra eletrônica, entre outros).
A classe “M” e ‘L” deveram passar por algumas modificações antes de ser enviadas para a marinha chilena. Basta saber então quais seriam essas modificações!? Acredito que a classe “L” deveria ser modificada, ficando semelhante a classe Kortenaer, com isso o lançador Mk 13 juntamente com os mísseis SM-1MR deveriam ser retirado para dar o lugar a um Deck e hargar para helicóptero(s). Perderia a capacidade de defesa de aérea, mais pelo menos ganharia uma escolta versátil e completa. Sem contar que a vida do SM-1MR será curta, pois esse míssil está sendo aposentado na US Navy, conseqüentemente não será mais fabricada.
Portanto o Chile teria quatro escolta(E/G) modernas/novas, com hargar/Deck, e armamento de qualidade, com isso bastaria comprar helicópteros compatível.
Classe de fragatas Kortenaer (Holanda):
F459 Adrias (Grécia)
F460 Aegeon (Grécia)
Conclusão: Com certeza o Chile terá as melhores escoltas da América Latina, porem sem duvida o Brasil terá o melhor conjunto da região, já que os chileno não terão helicóptero naval especializado embarcado, pois o Cougar não é compatível nessas embarcações. Bastaria então o Brasil modernizar os seus S. Lynx, dotando esses vetores de capacidade ASW independente da embarcação.
Até mais...............................................
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Bandeira que é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho,
O coração do Paulista!
Guilherme de Almeida
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- alex
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Algumas retificações:
- a MB possui operacionais 07 SH-3, necessitando sua substituição,
- os SH-3 não podem ser usados nas Niterois e Grennhalg, limitando a operação de um grupo tarefa de fragatas e corvetas na função anti-submarina aos Lynx com torpedos e direcionados pelo sonar destes navios. O que expoe este grupo a operar mais proximos dos submarinos espondo-os a um nivel maior de perdas , isto numa marinha com poucos navios e que não poderia suportar perdas não tão elevadas como , por exemplo, 20% .
Conclusão : o Modfrag ampliou a capacidade anti-aerea da MB mas, por questões economicas , não pode ampliar na mesma proporção a capacidade anti-submarina nos helis e navios (sonares rebocados).
- a MB possui operacionais 07 SH-3, necessitando sua substituição,
- os SH-3 não podem ser usados nas Niterois e Grennhalg, limitando a operação de um grupo tarefa de fragatas e corvetas na função anti-submarina aos Lynx com torpedos e direcionados pelo sonar destes navios. O que expoe este grupo a operar mais proximos dos submarinos espondo-os a um nivel maior de perdas , isto numa marinha com poucos navios e que não poderia suportar perdas não tão elevadas como , por exemplo, 20% .
Conclusão : o Modfrag ampliou a capacidade anti-aerea da MB mas, por questões economicas , não pode ampliar na mesma proporção a capacidade anti-submarina nos helis e navios (sonares rebocados).
- Rui Elias Maltez
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Julgo que tanto as Niterói, como as de Classe L do Chile são plataformas muito boas e que não desmereciam nenhuma marinha de qualquer país europeu, membro da NATO.
À sua maneira terão capacidade de defesa e de combate temíveis.
Mas a ausência de helis orgânicos nas fragatas chilenas é importante.
Mas atenção, quando o Chile receber as JvH da Holanda (que também não terão essa capacidade de as equipar com helis orgânicos).
Nessa altura, a marinha oceânica do Chile terá um ""up-grade" a esse nível que deverá levar o Brasil a pensar se não será tempo de aproveitando as circunstanciais dificuldades orçamentais da Argentina para investir no que quer seja, aumentar as suas capacidades.
Já o está a fazer, modernizando as Niteroi.
Julgo que o "calcanhar de Aquiles" da MB é de facto a pouca capacidade aérea do PA S. Paulo.
Com essa plataforma modernizada e revista e uma boa frota de aeronaves modernas, acompanhada devidamente pelas escoltas Niterói, e mais os submarinos aí o Brasil ao nível de marinha ficaria imbatível no contexto da América Latina.
À sua maneira terão capacidade de defesa e de combate temíveis.
Mas a ausência de helis orgânicos nas fragatas chilenas é importante.
Mas atenção, quando o Chile receber as JvH da Holanda (que também não terão essa capacidade de as equipar com helis orgânicos).
Nessa altura, a marinha oceânica do Chile terá um ""up-grade" a esse nível que deverá levar o Brasil a pensar se não será tempo de aproveitando as circunstanciais dificuldades orçamentais da Argentina para investir no que quer seja, aumentar as suas capacidades.
Já o está a fazer, modernizando as Niteroi.
Julgo que o "calcanhar de Aquiles" da MB é de facto a pouca capacidade aérea do PA S. Paulo.
Com essa plataforma modernizada e revista e uma boa frota de aeronaves modernas, acompanhada devidamente pelas escoltas Niterói, e mais os submarinos aí o Brasil ao nível de marinha ficaria imbatível no contexto da América Latina.
- Vinicius Pimenta
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Rui, apenas não entendi o seguinte:
O que a situação da Argentina tem em relação ao equipamento da Marinha do Brasil? Sinceramente não vejo relação entre as dificuldades argentinas e o reequipamento brasileiro.
Julgo que 7 SH-3 Sea King e mais capacidade de embarcar mais de 30 aeronaves é bem maior que a capacidade aérea chilena e argentina. Falta definir a substituição dos Sea King. O preferido da MB é o Merlin.
Vou além, sem querer ser ufanista, com as Niterói modernizadas, com as Greenhalg, 5 submarinos (Tikuna já em 2005/2006), e NAe São Paulo modernizado e devidamente equipado, a MB ficaria imbatível não só no contexto da América Latina e Canadá mas também faria uma frente incrível em todo o Hemisfério Sul e algumas das Marinhas européias. Ou estou errado?
Nessa altura, a marinha oceânica do Chile terá um ""up-grade" a esse nível que deverá levar o Brasil a pensar se não será tempo de aproveitando as circunstanciais dificuldades orçamentais da Argentina para investir no que quer seja, aumentar as suas capacidades.
O que a situação da Argentina tem em relação ao equipamento da Marinha do Brasil? Sinceramente não vejo relação entre as dificuldades argentinas e o reequipamento brasileiro.
Julgo que o "calcanhar de Aquiles" da MB é de facto a pouca capacidade aérea do PA S. Paulo.
Julgo que 7 SH-3 Sea King e mais capacidade de embarcar mais de 30 aeronaves é bem maior que a capacidade aérea chilena e argentina. Falta definir a substituição dos Sea King. O preferido da MB é o Merlin.
Com essa plataforma modernizada e revista e uma boa frota de aeronaves modernas, acompanhada devidamente pelas escoltas Niterói, e mais os submarinos aí o Brasil ao nível de marinha ficaria imbatível no contexto da América Latina.
Vou além, sem querer ser ufanista, com as Niterói modernizadas, com as Greenhalg, 5 submarinos (Tikuna já em 2005/2006), e NAe São Paulo modernizado e devidamente equipado, a MB ficaria imbatível não só no contexto da América Latina e Canadá mas também faria uma frente incrível em todo o Hemisfério Sul e algumas das Marinhas européias. Ou estou errado?
Vinicius Pimenta
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