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Mensagem
por JL » Ter Dez 07, 2004 10:03 pm
Resumidamente, eu penso o seguinte: antes de queremos projetar um submarino nuclear, deveríamos há muito tempo ter desenvolvido outros sistemas, relacionados com submarinos, veja por exemplo o caso dos torpedos, usamos submarinos desde de antes da II GM e não fabricamos até hoje nenhum tipo de torpedo. Isto é, apenas um exemplo, mas lembre-se que muita coisa além do reator e da turbina e máquinas associadas são necessárias para a construção de um submarino e as grandes potencias, boicotarão qualquer tentativa nossa de levar a frente este projeto, da mesma maneira que impuseram sérias restrições de adquirir tecnologias para o projeto do VLS. O nosso submarino precisará de tubos lançadores de torpedos, hoje importamos da Alemanha, sistema de navegação inercial, valvúlas especificas etc. A fabricação de equipamentos sofisticados sem que haja demanda para uma produção em escala industrial implica em custos inviáveis.
A industria alemã que produz periscópios e mastros, por exemplo, produz para submarinos montados em outros países, como por exemplo os Tupi brasileiros, isso aumenta a escala e reduz os custos. Tudo isso é baseado em acordos comerciais, agora que empresa estrangeira vai fornecer equipamentos para um projeto próprio, o qual não vai render os lucros, de uma produção sob licença como foi a do Tupi, isso sem falar da pressão norte americana, francesa etc. Nenhum governo detentor de uma marinha de aguas azuis vai querer a existencia de um sub nuclear na mão de uma marinha de terceiro mundo, com um governo incerto no futuro (pelo menos acredito que eles vejam o Brasil assim), o que poderia ameaçar os seus interesses. Por isso para fazer um sub.nuclear teriamos que produzir tudo aqui. O Brasil não faz isso hoje, o indice de nacionalização de um submarino como o Tikuna esta longe dos 100%.
Por isso eu digo é um programa que se perde no tempo e sempre engatinha atrás de tecnologias que tendem a ficar obsoletas antes que a alcançamos.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.