cicloneprojekt escreveu:Marino escreveu:Caros Walter e Carcará
O Almirantado tem procurado o Presidente, seus Ministros, principalmente a da Casa Civil. Esta última, principalmente, se mostra irredutível na liberação dos royalties, que são liberados normalmente para Estados e Municípios.
Mesmo disciplinadamente, os 2 Almirantes trataram de público a questão, coisa que não vinha ocorrendo. A MB transmitiu, como dito, Ofícios, Memorandos, pediu a intervenção do Ministro da Defesa, etc.
Agora os 2 Almirantes mais antigos reclamaram de público.
O que os jornais de amanhã vão falar sobre isso?
Creio que já é uma mudança clara de postura.
Estou certo nessa interpretação ou estou me enganando?
Queira Deus q vc esteja certo Marino.
Vamos esperar a repercusão. Vou ficar atento para algum editorial da FSP ou do Estadão.
sds
Walter
Acabou de sair na agência Brasil:
Comandante da Marinha critica falta de recursos
O discurso de posse do almirante Júlio Soares de Moura Neto, que assumiu nesta quinta-feira o comando da Marinha, foi marcado por críticas ao desaparelhamento e ao baixo orçamento da instituição. O almirante destacou que houve uma recuperação do orçamento a partir de 2004, mas considera que ainda falta muito para que o Brasil tenha uma Marinha corretamente equipada.
"Em que pese a gradual recuperação do patamar desde 2004, verifica-se que, pelo menos nos últimos 10 anos, o nosso orçamento tem ficado aquém do que é preciso, impossibilitando a disponibilização de valores suficientes ao funcionamento, preparo e aparelhamento, acarretando a perda de nossa capacidade operacional", disse o novo comandante da Marinha. Ele alertou que, caso seja mantida essa tendência, em médio prazo, a situação do poder naval se tornará crítica.
Como agravante, o almirante afirmou que a maior parte dos recursos provenientes da geração de royalties do petróleo não vem sendo repassada à Marinha, como determina a lei. Após a cerimônia de posse, Moura Neto explicou que mais de 85% da produção nacional de petróleo vem do mar e que os royalties do produto deveriam ser destinados aos municípios, aos Estados e à Marinha.
O recurso, segundo ele, seria uma solução para implementar o Programa de Reaparelhamento da Marinha e assim garantir equipamentos e pessoal. "É exatamente esse recurso que a Marinha deve utilizar para fazer a patrulha das águas em torno das plataformas. Recebemos parte desses recursos, só não recebemos a totalidade".
Sobre o tema, o ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou que a destinação dos recursos está em lei, mas ainda deve ser disciplinada. "Sou uma voz dentro do governo favorável a isso, a que tenhamos esses royalties fortalecendo a proteção de todo o Atlântico Sul".
O almirante Roberto de Guimarães Carvalho, que discursou ao deixar o cargo, citou os desafios que enfrentou à frente da Marinha, como a remuneração dos servidores, os orçamentos anuais e o reaparelhamento da Força.
Sobre as críticas ouvidas durante os discursos dos almirantes, o ministro Waldir Pires comentou que "as reivindicações são justas" e que houve um período de "esquecimento das Forças Armadas". De acordo com ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é favorável ao fortalecimento das Forças Armadas. "Chegaremos lá", afirmou Pires.
Agência Brasil