Novo cmte. pode dividir o controle aéreo
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- jambockrs
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Novo cmte. pode dividir o controle aéreo
Meus prezados:
Novo comandante da Aeronáutica pode dividir responsabilidade do controle aéreo
Plantão | Publicada em 28/02/2007 às 15h08m Regina Alvarez - O Globo
BRASÍLIA - Ao tomar posse nesta quarta-feira, o novo comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Juniti Saito, anunciou que a Aeronáutica não pretende que o controle do espaço aéreo seja sua exclusividade, mas afirmou que qualquer mudança só deverá ser feita após uma análise técnica e criteriosa por parte de todos os órgãos envolvidos.
- O comando da Aeronáutica não pleiteia que a atividade de controle do espaço aéreo seja apenas de sua responsabilidade. Mas não podemos fugir à nossa obrigação de manter a soberania nacional em patamares condizentes com a importância do país - disse.
Saito argumentou que o Brasil demorou 30 anos para construir a estrutura aérea que tem hoje. Relatou também que o país tem recebido muitas consultas de outros países sobre seu modelo aéreo, principalmente após os atentados de 11 de setembro de 2001.
O brigadeiro disse que focará sua atuação à frente da FAB "no apoio ao homem".
- Assumo hoje o comando da Aeronáutica com o compromisso de dar continuidade ao aprimoramento de seus integrantes. É preciso que os militares e suas famílias sirvam com dignidade e sejam reconhecidos por sua dedicação aos rigores da carreira militar - afirmou.
Saito destacou também a necessidade de ampliar o domínio de idiomas dos controladores aéreos. A demanda surgiu após acusações de que uma das causas do acidente do vôo 1907 da Gol, que caiu no ano passado no Mato Grosso, foi o fato dos pilotos do Legacy, americanos, não estariam entendendo as ordens dos controladores brasileiros.
Um abraço e até mais...
Novo comandante da Aeronáutica pode dividir responsabilidade do controle aéreo
Plantão | Publicada em 28/02/2007 às 15h08m Regina Alvarez - O Globo
BRASÍLIA - Ao tomar posse nesta quarta-feira, o novo comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Juniti Saito, anunciou que a Aeronáutica não pretende que o controle do espaço aéreo seja sua exclusividade, mas afirmou que qualquer mudança só deverá ser feita após uma análise técnica e criteriosa por parte de todos os órgãos envolvidos.
- O comando da Aeronáutica não pleiteia que a atividade de controle do espaço aéreo seja apenas de sua responsabilidade. Mas não podemos fugir à nossa obrigação de manter a soberania nacional em patamares condizentes com a importância do país - disse.
Saito argumentou que o Brasil demorou 30 anos para construir a estrutura aérea que tem hoje. Relatou também que o país tem recebido muitas consultas de outros países sobre seu modelo aéreo, principalmente após os atentados de 11 de setembro de 2001.
O brigadeiro disse que focará sua atuação à frente da FAB "no apoio ao homem".
- Assumo hoje o comando da Aeronáutica com o compromisso de dar continuidade ao aprimoramento de seus integrantes. É preciso que os militares e suas famílias sirvam com dignidade e sejam reconhecidos por sua dedicação aos rigores da carreira militar - afirmou.
Saito destacou também a necessidade de ampliar o domínio de idiomas dos controladores aéreos. A demanda surgiu após acusações de que uma das causas do acidente do vôo 1907 da Gol, que caiu no ano passado no Mato Grosso, foi o fato dos pilotos do Legacy, americanos, não estariam entendendo as ordens dos controladores brasileiros.
Um abraço e até mais...
- faterra
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Também penso que todos os controladores devem dominar o inglês que, quer queira quer não, é a língua oficial mundial nas comunicações entre aeronaves e controles. E mais do que isto, dominar o inglês técnico utilizado no desempenho da função.
Que bom que estão atentando para isto.
Que bom que estão atentando para isto.
Editado pela última vez por faterra em Qua Fev 28, 2007 8:22 pm, em um total de 1 vez.
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
- Marino
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O foco do discurso de posse não foi sobre controladores aéreos.
Como uma notícia pode ser distorcida por um meio de comunicação:
Como uma notícia pode ser distorcida por um meio de comunicação:
Noticiário da Aeronáutica Ano XXX - Edição Especial - 28 Fev 2007
Ao assumir o honroso cargo de Comandante da Aeronáutica, quero, como minhas primeiras palavras, manifestar ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, meu profundo agradecimento, pela confiança depositada em meu nome para dirigir os destinos da Força Aérea Brasileira neste quadriênio que ora se inicia. Assim também, estendo este pensamento ao Ministro da Defesa, Excelentíssimo Senhor Doutor Waldir Pires, expressando-lhe a mais viva satisfação de atuar como seu colaborador direto, com a certeza de somar o melhor de meus esforços, sempre com olhos voltados para o êxito de sua gestão, cuja responsabilidade precípua é prover a defesa dos interesses maiores do Estado brasileiro.
Gratifica-me receber a suprema missão de minha existência – comandar a Força Aérea do meu País – das mãos do Tenente-Brigadeiro-do-Ar Luiz Carlos da Silva Bueno, a quem, desde já, presto justas homenagens pelos quase cinqüenta anos de dedicação aos assuntos da esfera de competência da Aeronáutica.
Neste instante, quando ocorrem as naturais renovações na estrutura da Administração Pública, e novos rumos se descortinam, cabe-me agradecer-lhe pela distinção com que fui brindado, ao designar-me como Chefe do Estado-Maior, quando pude compartilhar, ao lado do Alto Comando da Aeronáutica, das complexas deliberações afetas às tarefas
e aos destinos da nossa Instituição.
Tenente-Brigadeiro Bueno, permita-me transmitir-lhe, e também à estimada Sônia e família, o reconhecimento dos homens e mulheres que fazem a Força Aérea Brasileira, formulando-lhes votos de muitas felicidades nesta nova fase de suas vidas.
Assumo o cargo de Comandante da Aeronáutica, que traz em si tantas tradições e desafiadoras responsabilidades, após mais de quatro décadas, de incondicional dedicação aos objetivos nacionais, servindo nas fileiras da Força Aérea. Em suas asas, tive o privilégio de conhecer os quatro cantos do Brasil, e com enorme satisfação, eu, que sou descendente direto de uma família de imigrantes, pude com-
provar, nos mais longínquos rincões do nosso território, a presença de irmãos de todas as etnias, de diferentes credos, vivendo multicoloridos costumes, praticando hábitos simples e convicções particulares, mas, sobretudo, todos, amando com a força que brota dos corações puros esta terra abençoada por Deus. Eis o berço da Força Aérea, que é de todos os brasileiros.
Como reza nossa Carta Magna, sendo a Aeronáutica uma Instituição de caráter nacional e permanente, sobreleva-se muito além dos meros interesses do cotidiano, buscando inspiração nos três pilares de sua inalienável missão constitucional:
- Defender a Pátria;
- Garantir os poderes constituídos; e
- Por demanda destes, assegurar a lei e a ordem.
Os desafios da realidade presente, conjugando-se com o esforço de todos os segmentos verdadeiramente comprometidos com o desenvolvimento do País, ampliam o leque de responsabilidades das Forças Armadas para além das lides puramente castrenses e impõem o engajamento, até o limite de suas capacidades e vocações, nos grandes projetos desta Nação. Com esta visão, a Aeronáutica continuará a esmerar-se para cumprir suas missões complementares, em proveito da sociedade como um todo.
A epopéia do Correio Aéreo Nacional; a implantação de escolas de excelência, a exemplo do ITA, que resultou na consolidação do quarto complexo industrial aeronáutico do planeta; a engenhosidade de um sistema de controle do espaço aéreo integrado e econômico; a pronta e eficaz participação no socorro às populações menos favorecidas, em especial aquelas atingidas por calamidades, entre outras, são diferentes facetas da atuação do Comando da Aeronáutica, sempre com foco na integração, no progresso e no bem-estar dos brasileiros.
Cada passo da vitoriosa trilha desta Força pode contar histórias concretas de vidas salvas, de relevantes conquistas, de obstáculos vencidos com tenacidade, que, em conjunto, emolduram um belo quadro de valiosas realizações. Eis o legado espontâneo de numerosas gerações de “Cavaleiros do Século do Aço”, que, nesta cerimônia, estão muito bem representados, e a quem dedico um emocionado agradecimento pelo prestígio das presenças.
Assim tem sido a nossa jornada. Desse modo devemos prosseguir.
Com este enfoque, a permanência das aspirações institucionais, constantes do Plano de Metas da Aeronáutica para o período 2007 – 2010, é fator primordial para este Comando que se inicia, enfatizando, de maneira especial, a continuidade administrativa e a incessante busca da excelência.
Ao ponderar sobre o elenco de metas estabelecidas, interpreto que estas podem ser agrupadas em temas afins, permitindo-lhes um tratamento mais abrangente e compreensivo.
Assim, visualizo as seguintes áreas de atenção:
Apoio ao Homem
É imperativo continuar a procura incessante de mecanismos que possam atender e cuidar de nossa gente. A mensagem é empregar o melhor de nossas energias e possibilidades
para que os integrantes da Aeronáutica e suas famílias disponham de moradias condizentes, recebam efetivo suporte de saúde, desfrutem de boas escolas, trabalhem em adequadas instalações, vivam condignamente e sejam reconhecidos pela dedicação aos rigores da profissão militar, uma carreira de Estado que detém características únicas e especiais.
Capacidade Operacional e Gerencial
Como destaca a Política de Defesa Nacional, o Brasil não pode prescindir de Forças Armadas dissociadas de sua estatura político-estratégica, o que define a premente necessidade de uma Força Aérea adequadamente equipada e bem treinada. A continuidade do Programa de Recuperação Operacional da FAB, em particular o oportuno encaminhamento do Projeto F-X, é um requisito fundamental para que esta Força esteja à altura dos anseios do País. Sob tal ótica, a modernização organizacional; o esforço aéreo anual compatível com as realidades operacionais plenamente conhecidas; o incremento da disponibilidade dos meios aéreos; agregando-se, finalmente, o vital papel desempenhado pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, este conjunto de aspectos configura-se como de definitiva importância para o cumprimento da destinação do Comando da Aeronáutica.
Formação e Aperfeiçoamento
No seu dia-a-dia e, em última análise, numa situação de conflito, o profissional da Aeronáutica lida com vetores e equipamentos de finas e sensíveis tecnologias. Eis por que sua preparação deve ser primorosa, provendo sólida base cultural, ampliando o domínio de idiomas, aprofundando conhecimentos de alta complexidade e proporcionando-
lhe meios para absorver continuamente novas capacidades, cujo propósito é permitir atuação segura, e com maestria, em atividades que incorporam sofisticados avanços e altas responsabilidades.
Tecnologia e Base Industrial
Como muito bem nos ensinou o inesquecível Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho, a Força Aérea Brasileira não pode abrir mão do domínio de tecnologias avançadas. Este entendimento demonstra que é imprescindível persistir na tarefa de consolidar a capacitação dos centros de pesquisa, dos campos de provas e das bases de lançamento de veículos destinados ao aeroespaço, delineando-se, desse modo, a intensa participação do Comando da Aeronáutica no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), no qual o Veículo Lançador de Satélites é um compromisso de Governo. Neste contexto, desenvolver atividades conjuntas, dentro e fora do Brasil, no sentido de ampliar a capacitação
científico-tecnológica da Aeronáutica no campo aeroespacial, é incentivar a indústria brasileira, em especial a de defesa, gerando valiosos empregos e fortalecendo a soberania do País.
Presença Estratégica e Institucional
Seguindo as diretrizes do Executivo, a Força Aérea Brasileira dará continuidade ao seu papel de vetor de segurança e fator de desenvolvimento, interagindo de maneira sinérgica com o Congresso Nacional e o Poder Judiciário, entendendo que se torna indispensável
e urgente a consolidação da mentalidade de defesa no seio da coletividade. Neste diapasão, assume especial realce a prioridade conferida à Amazônia e ao Atlântico Sul, regiões que ostentam desafios só comparáveis às suas potencialidades e à cobiça que conflita com os interesses maiores do povo brasileiro.
Tendo em mente as metas e aspirações ora explicitadas, e usando a energia do coração para construir a realidade planejada, ouso afirmar: o Comando, que neste instante assumo, está perfeitamente sintonizado com o irrefreável esforço do Brasil rumo a seu merecido futuro. Juntos haveremos de construir o amanhã.
- Nossa Força vem da união de todos nós!
A História da aviação, desde os seus primórdios, demonstra de forma cabal que o espírito de equipe está na base desta atividade; nela, foi construída, ao longo de décadas, uma cultura organizacional que privilegia o trabalho em grupo. Particularmente, os que labutam na aviação militar cultuam valores permanentes, que se manifestam tanto
no plano individual como no coletivo. Dentre estes, sobressaem, com toda a nitidez, a hierarquia e a disciplina, aos quais devem agregar-se os imprescindíveis sensos de justiça, dignidade e, sobretudo, a postura de absoluto respeito ao ser humano.
Ao constituírem-se em pedras basilares de toda Instituição militar, estes princípios merecem constante reflexão. Com este espírito, ombreando-nos com a Marinha do Brasil e o Exército Brasileiro, haveremos de manter vivo o compromisso de servir à Pátria, tendo a serena convicção de que nossos esforços somente darão bons frutos se perseverarmos
nas sendas do dever, da responsabilidade e da coesão – caminhos estes que escolhemos por livre vontade desde a mais tenra idade.
Companheiros da Força Aérea! Novo horizonte descortina-se e aguarda-nos; a trilha até ele, certamente, é moldada com muito trabalho, persistência, coragem e vontade de evoluir. Alcançá-lo representa cumprir a missão, contribuir para um mundo melhor e vivenciar o forte sentimento que nos dominou na primeira vez em que, orgulhosos,
envergamos o azul dos nossos uniformes; algo além do visível, superior aos objetivos individuais; algo que os homens e as mulheres dignos e patriotas denominam de ideal, esta chama que nos anima e nos inflama, até o último alento, pelo bem do Brasil.
Muito Obrigado.
-
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Marino escreveu:O foco do discurso de posse não foi sobre controladores aéreos.
Como uma notícia pode ser distorcida por um meio de comunicação:Noticiário da Aeronáutica Ano XXX - Edição Especial - 28 Fev 2007
Ao assumir o honroso cargo de Comandante da Aeronáutica, quero, como minhas primeiras palavras, manifestar ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, meu profundo agradecimento, pela confiança depositada em meu nome para dirigir os destinos da Força Aérea Brasileira neste quadriênio que ora se inicia. Assim também, estendo este pensamento ao Ministro da Defesa, Excelentíssimo Senhor Doutor Waldir Pires, expressando-lhe a mais viva satisfação de atuar como seu colaborador direto, com a certeza de somar o melhor de meus esforços, sempre com olhos voltados para o êxito de sua gestão, cuja responsabilidade precípua é prover a defesa dos interesses maiores do Estado brasileiro.
Gratifica-me receber a suprema missão de minha existência – comandar a Força Aérea do meu País – das mãos do Tenente-Brigadeiro-do-Ar Luiz Carlos da Silva Bueno, a quem, desde já, presto justas homenagens pelos quase cinqüenta anos de dedicação aos assuntos da esfera de competência da Aeronáutica.
Neste instante, quando ocorrem as naturais renovações na estrutura da Administração Pública, e novos rumos se descortinam, cabe-me agradecer-lhe pela distinção com que fui brindado, ao designar-me como Chefe do Estado-Maior, quando pude compartilhar, ao lado do Alto Comando da Aeronáutica, das complexas deliberações afetas às tarefas
e aos destinos da nossa Instituição.
Tenente-Brigadeiro Bueno, permita-me transmitir-lhe, e também à estimada Sônia e família, o reconhecimento dos homens e mulheres que fazem a Força Aérea Brasileira, formulando-lhes votos de muitas felicidades nesta nova fase de suas vidas.
Assumo o cargo de Comandante da Aeronáutica, que traz em si tantas tradições e desafiadoras responsabilidades, após mais de quatro décadas, de incondicional dedicação aos objetivos nacionais, servindo nas fileiras da Força Aérea. Em suas asas, tive o privilégio de conhecer os quatro cantos do Brasil, e com enorme satisfação, eu, que sou descendente direto de uma família de imigrantes, pude com-
provar, nos mais longínquos rincões do nosso território, a presença de irmãos de todas as etnias, de diferentes credos, vivendo multicoloridos costumes, praticando hábitos simples e convicções particulares, mas, sobretudo, todos, amando com a força que brota dos corações puros esta terra abençoada por Deus. Eis o berço da Força Aérea, que é de todos os brasileiros.
Como reza nossa Carta Magna, sendo a Aeronáutica uma Instituição de caráter nacional e permanente, sobreleva-se muito além dos meros interesses do cotidiano, buscando inspiração nos três pilares de sua inalienável missão constitucional:
- Defender a Pátria;
- Garantir os poderes constituídos; e
- Por demanda destes, assegurar a lei e a ordem.
Os desafios da realidade presente, conjugando-se com o esforço de todos os segmentos verdadeiramente comprometidos com o desenvolvimento do País, ampliam o leque de responsabilidades das Forças Armadas para além das lides puramente castrenses e impõem o engajamento, até o limite de suas capacidades e vocações, nos grandes projetos desta Nação. Com esta visão, a Aeronáutica continuará a esmerar-se para cumprir suas missões complementares, em proveito da sociedade como um todo.
A epopéia do Correio Aéreo Nacional; a implantação de escolas de excelência, a exemplo do ITA, que resultou na consolidação do quarto complexo industrial aeronáutico do planeta; a engenhosidade de um sistema de controle do espaço aéreo integrado e econômico; a pronta e eficaz participação no socorro às populações menos favorecidas, em especial aquelas atingidas por calamidades, entre outras, são diferentes facetas da atuação do Comando da Aeronáutica, sempre com foco na integração, no progresso e no bem-estar dos brasileiros.
Cada passo da vitoriosa trilha desta Força pode contar histórias concretas de vidas salvas, de relevantes conquistas, de obstáculos vencidos com tenacidade, que, em conjunto, emolduram um belo quadro de valiosas realizações. Eis o legado espontâneo de numerosas gerações de “Cavaleiros do Século do Aço”, que, nesta cerimônia, estão muito bem representados, e a quem dedico um emocionado agradecimento pelo prestígio das presenças.
Assim tem sido a nossa jornada. Desse modo devemos prosseguir.
Com este enfoque, a permanência das aspirações institucionais, constantes do Plano de Metas da Aeronáutica para o período 2007 – 2010, é fator primordial para este Comando que se inicia, enfatizando, de maneira especial, a continuidade administrativa e a incessante busca da excelência.
Ao ponderar sobre o elenco de metas estabelecidas, interpreto que estas podem ser agrupadas em temas afins, permitindo-lhes um tratamento mais abrangente e compreensivo.
Assim, visualizo as seguintes áreas de atenção:
Apoio ao Homem
É imperativo continuar a procura incessante de mecanismos que possam atender e cuidar de nossa gente. A mensagem é empregar o melhor de nossas energias e possibilidades
para que os integrantes da Aeronáutica e suas famílias disponham de moradias condizentes, recebam efetivo suporte de saúde, desfrutem de boas escolas, trabalhem em adequadas instalações, vivam condignamente e sejam reconhecidos pela dedicação aos rigores da profissão militar, uma carreira de Estado que detém características únicas e especiais.
Capacidade Operacional e Gerencial
Como destaca a Política de Defesa Nacional, o Brasil não pode prescindir de Forças Armadas dissociadas de sua estatura político-estratégica, o que define a premente necessidade de uma Força Aérea adequadamente equipada e bem treinada. A continuidade do Programa de Recuperação Operacional da FAB, em particular o oportuno encaminhamento do Projeto F-X, é um requisito fundamental para que esta Força esteja à altura dos anseios do País. Sob tal ótica, a modernização organizacional; o esforço aéreo anual compatível com as realidades operacionais plenamente conhecidas; o incremento da disponibilidade dos meios aéreos; agregando-se, finalmente, o vital papel desempenhado pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, este conjunto de aspectos configura-se como de definitiva importância para o cumprimento da destinação do Comando da Aeronáutica.
Formação e Aperfeiçoamento
No seu dia-a-dia e, em última análise, numa situação de conflito, o profissional da Aeronáutica lida com vetores e equipamentos de finas e sensíveis tecnologias. Eis por que sua preparação deve ser primorosa, provendo sólida base cultural, ampliando o domínio de idiomas, aprofundando conhecimentos de alta complexidade e proporcionando-
lhe meios para absorver continuamente novas capacidades, cujo propósito é permitir atuação segura, e com maestria, em atividades que incorporam sofisticados avanços e altas responsabilidades.
Tecnologia e Base Industrial
Como muito bem nos ensinou o inesquecível Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho, a Força Aérea Brasileira não pode abrir mão do domínio de tecnologias avançadas. Este entendimento demonstra que é imprescindível persistir na tarefa de consolidar a capacitação dos centros de pesquisa, dos campos de provas e das bases de lançamento de veículos destinados ao aeroespaço, delineando-se, desse modo, a intensa participação do Comando da Aeronáutica no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), no qual o Veículo Lançador de Satélites é um compromisso de Governo. Neste contexto, desenvolver atividades conjuntas, dentro e fora do Brasil, no sentido de ampliar a capacitação
científico-tecnológica da Aeronáutica no campo aeroespacial, é incentivar a indústria brasileira, em especial a de defesa, gerando valiosos empregos e fortalecendo a soberania do País.
Presença Estratégica e Institucional
Seguindo as diretrizes do Executivo, a Força Aérea Brasileira dará continuidade ao seu papel de vetor de segurança e fator de desenvolvimento, interagindo de maneira sinérgica com o Congresso Nacional e o Poder Judiciário, entendendo que se torna indispensável
e urgente a consolidação da mentalidade de defesa no seio da coletividade. Neste diapasão, assume especial realce a prioridade conferida à Amazônia e ao Atlântico Sul, regiões que ostentam desafios só comparáveis às suas potencialidades e à cobiça que conflita com os interesses maiores do povo brasileiro.
Tendo em mente as metas e aspirações ora explicitadas, e usando a energia do coração para construir a realidade planejada, ouso afirmar: o Comando, que neste instante assumo, está perfeitamente sintonizado com o irrefreável esforço do Brasil rumo a seu merecido futuro. Juntos haveremos de construir o amanhã.
- Nossa Força vem da união de todos nós!
A História da aviação, desde os seus primórdios, demonstra de forma cabal que o espírito de equipe está na base desta atividade; nela, foi construída, ao longo de décadas, uma cultura organizacional que privilegia o trabalho em grupo. Particularmente, os que labutam na aviação militar cultuam valores permanentes, que se manifestam tanto
no plano individual como no coletivo. Dentre estes, sobressaem, com toda a nitidez, a hierarquia e a disciplina, aos quais devem agregar-se os imprescindíveis sensos de justiça, dignidade e, sobretudo, a postura de absoluto respeito ao ser humano.
Ao constituírem-se em pedras basilares de toda Instituição militar, estes princípios merecem constante reflexão. Com este espírito, ombreando-nos com a Marinha do Brasil e o Exército Brasileiro, haveremos de manter vivo o compromisso de servir à Pátria, tendo a serena convicção de que nossos esforços somente darão bons frutos se perseverarmos
nas sendas do dever, da responsabilidade e da coesão – caminhos estes que escolhemos por livre vontade desde a mais tenra idade.
Companheiros da Força Aérea! Novo horizonte descortina-se e aguarda-nos; a trilha até ele, certamente, é moldada com muito trabalho, persistência, coragem e vontade de evoluir. Alcançá-lo representa cumprir a missão, contribuir para um mundo melhor e vivenciar o forte sentimento que nos dominou na primeira vez em que, orgulhosos,
envergamos o azul dos nossos uniformes; algo além do visível, superior aos objetivos individuais; algo que os homens e as mulheres dignos e patriotas denominam de ideal, esta chama que nos anima e nos inflama, até o último alento, pelo bem do Brasil.
Muito Obrigado.
Este tipo de manipulação de notícia, é o mais comum, a Imprensa está fazendo isto um hábito, extraí do fato a informação que lhe interessa, sem dar informação do fato!! Ou divulga apenas parte. Sinceramente, fico cada vez mais indignado com este tipo de comportamento.
[ ]´s
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Ontem conheci aqui no trampo um filho do Min. da Def. , o Francisco Pires, morri de vontade de perguntar se o pai dele sai e quem entra no ministério, mas achei que não tinha intimidade para isso
Editado pela última vez por Fábio Nascimento em Qui Mar 01, 2007 11:53 am, em um total de 1 vez.
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Defesa quer controle militar do tráfego aéreo e mais caças
Ministro recua e se alinha à Aeronáutica, que tenta não perder comando para civis
Novo comandante defende retomada do projeto F-X, de compra de aviões de combate, e do Veículo Lançador de Satélites
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou que o controle de tráfego aéreo civil deverá permanecer subordinado à Força Aérea. A declaração aconteceu após a posse do novo comandante da Aeronáutica, o brigadeiro-do-ar Juniti Saito, que por sua vez defendeu a retomada do projeto F-X, de aquisição de novos caças.
Segundo Pires, o controle de tráfego aéreo deve permanecer integrado ao sistema de Defesa Aérea, mas deu a entender que há propostas sob estudo para destacar a natureza civil do controle da aviação geral. Com o recuo, a Defesa se alinha à Aeronáutica, que rejeita a desmilitarização do setor, proposta pelo grupo de trabalho do governo em dezembro.
"O Brasil precisa ter uma aviação civil poderosa e importante, mas submetida ao controle do espaço aéreo da Aeronáutica", disse Pires.
"O sistema integrado é indispensável, senão teríamos uma repetição do que aconteceu no 11 de Setembro [problemas de comunicação entre controle e defesa aérea]", completou.
Segundo o comandante, o sistema brasileiro é "invejável" e "objeto de consulta de outros países, principalmente no pós-11 de Setembro".
"O Comando da Aeronáutica não pleiteia que a atividade de controle do espaço aéreo seja de sua exclusividade, mas não podemos fugir à nossa responsabilidade de manter a soberania nacional em um patamar condizente com a importância do Brasil", disse o brigadeiro.
Segundo ele, qualquer mudança nessa área precisa passar por uma "criteriosa análise técnica, financeira e operacional" do governo.
A desmilitarização é a principal reivindicação da operação padrão dos controladores, movimento que restringia o fluxo de aviões segundo regras de segurança e que foi o estopim da crise aérea em novembro. O governo considera que o situação já está sob controle e não há mais pressa ou prazos para definições sobre o assunto.
A estratégia da Aeronáutica, conforme revelou a Folha, é oferecer a migração dos sargentos controladores para cargos civis, com uma oferta de gratificação salarial e novo plano de carreira, sem a "desmilitarização".
Em seu discurso de posse, Saito destacou a necessidade de aparelhar a Força Aérea de acordo com a "estatura política-estratégica" do Brasil, mas não citou as compras de armamentos por países vizinhos, como a Venezuela.
"Estamos atentos às novas aeronaves no mercado internacional e, tão logo seja possível, resgataremos o processo de aquisição de novos caças para a defesa de nosso território, o conhecido projeto F-X", disse Saito, em referência à licitação cancelada em 2005 para compra de novos caças. Ele também disse que a FAB irá implantar novas unidades de vigilância na região amazônica.
Questionado sobre o F-X, Waldir Pires não foi específico, mas disse que o presidente Lula está empenhado em fortalecer as três Forças. Mas disse que o presidente pretende convocar em breve o Conselho de Defesa Nacional para discutir o fortalecimento militar dentro de uma visão global de um plano de Defesa Nacional.
"Vamos ter dentro de muito pouco tempo uma concepção de como adequar o projeto global de defesa. O presidente tem falado muito da necessidade de convocarmos o Conselho de Defesa, que terá uma compreensão global. Todas as Forças têm propostas legítimas, mas esse grau de prioridades estará vinculado a uma idéia de plano de defesa do Brasil."
O Conselho de Defesa Nacional é um órgão de consulta presidencial que reúne para discutir assuntos de soberania nacional e defesa do território. Ele tem 11 membros.
Entre suas prioridades, Saito também citou a retomada do Veículo Lançador de Satélites, o mesmo que explodiu na base de Alcântara em 2003, e melhorias nas condições de moradia, escola, saúde e reconhecimento para os militares -há muito o setor pede reajustes.(F SP)
Ministro recua e se alinha à Aeronáutica, que tenta não perder comando para civis
Novo comandante defende retomada do projeto F-X, de compra de aviões de combate, e do Veículo Lançador de Satélites
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou que o controle de tráfego aéreo civil deverá permanecer subordinado à Força Aérea. A declaração aconteceu após a posse do novo comandante da Aeronáutica, o brigadeiro-do-ar Juniti Saito, que por sua vez defendeu a retomada do projeto F-X, de aquisição de novos caças.
Segundo Pires, o controle de tráfego aéreo deve permanecer integrado ao sistema de Defesa Aérea, mas deu a entender que há propostas sob estudo para destacar a natureza civil do controle da aviação geral. Com o recuo, a Defesa se alinha à Aeronáutica, que rejeita a desmilitarização do setor, proposta pelo grupo de trabalho do governo em dezembro.
"O Brasil precisa ter uma aviação civil poderosa e importante, mas submetida ao controle do espaço aéreo da Aeronáutica", disse Pires.
"O sistema integrado é indispensável, senão teríamos uma repetição do que aconteceu no 11 de Setembro [problemas de comunicação entre controle e defesa aérea]", completou.
Segundo o comandante, o sistema brasileiro é "invejável" e "objeto de consulta de outros países, principalmente no pós-11 de Setembro".
"O Comando da Aeronáutica não pleiteia que a atividade de controle do espaço aéreo seja de sua exclusividade, mas não podemos fugir à nossa responsabilidade de manter a soberania nacional em um patamar condizente com a importância do Brasil", disse o brigadeiro.
Segundo ele, qualquer mudança nessa área precisa passar por uma "criteriosa análise técnica, financeira e operacional" do governo.
A desmilitarização é a principal reivindicação da operação padrão dos controladores, movimento que restringia o fluxo de aviões segundo regras de segurança e que foi o estopim da crise aérea em novembro. O governo considera que o situação já está sob controle e não há mais pressa ou prazos para definições sobre o assunto.
A estratégia da Aeronáutica, conforme revelou a Folha, é oferecer a migração dos sargentos controladores para cargos civis, com uma oferta de gratificação salarial e novo plano de carreira, sem a "desmilitarização".
Em seu discurso de posse, Saito destacou a necessidade de aparelhar a Força Aérea de acordo com a "estatura política-estratégica" do Brasil, mas não citou as compras de armamentos por países vizinhos, como a Venezuela.
"Estamos atentos às novas aeronaves no mercado internacional e, tão logo seja possível, resgataremos o processo de aquisição de novos caças para a defesa de nosso território, o conhecido projeto F-X", disse Saito, em referência à licitação cancelada em 2005 para compra de novos caças. Ele também disse que a FAB irá implantar novas unidades de vigilância na região amazônica.
Questionado sobre o F-X, Waldir Pires não foi específico, mas disse que o presidente Lula está empenhado em fortalecer as três Forças. Mas disse que o presidente pretende convocar em breve o Conselho de Defesa Nacional para discutir o fortalecimento militar dentro de uma visão global de um plano de Defesa Nacional.
"Vamos ter dentro de muito pouco tempo uma concepção de como adequar o projeto global de defesa. O presidente tem falado muito da necessidade de convocarmos o Conselho de Defesa, que terá uma compreensão global. Todas as Forças têm propostas legítimas, mas esse grau de prioridades estará vinculado a uma idéia de plano de defesa do Brasil."
O Conselho de Defesa Nacional é um órgão de consulta presidencial que reúne para discutir assuntos de soberania nacional e defesa do território. Ele tem 11 membros.
Entre suas prioridades, Saito também citou a retomada do Veículo Lançador de Satélites, o mesmo que explodiu na base de Alcântara em 2003, e melhorias nas condições de moradia, escola, saúde e reconhecimento para os militares -há muito o setor pede reajustes.(F SP)
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Luís Henrique escreveu:Ótimo.
O Saito, pelo jeito que falou da modernização da força, do FX e da necessidade de dominarmos tecnologias avançados, parece que o FX vai sair e vai ter transferências tenologicas...
Não vejo a hora.
Eu não tenho a menor dúvida disso. Desejo é que o Gen Perri e o Alte. Moura Neto "peguem o mesmo bonde" e tirem do governo todos os recursos que são de direito legítimo de suas respectivas forças.
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Baseado no texto do discurso, gostaria de saber de onde a imprensa tirou a possibilidade de repasse do controle aéreo para o setor civil. Não há uma vírgula sequer que sugere tal situação. O brigadeiro deu alguma entrevista após a posse? Ou alguém vazou este "furo" para a imprensa?
Um abraço!
Fernando Augusto Terra