Eu não tenho de acreditar nem deixar de acreditar.
a notícia é um facto, publicado em pelo menos dois dos maiores jornais da Índia.
Negar um facto não faz sentido.
Seria muito mais interessante entender porque razão as notícias existem.
Os russos não podem continuar a tapar o Sol com a peneira.
Os indianos apenas querem aquilo a que têm direito. Hoje em dia eles podem pagar, e como podem pagar, eles apenas exigem serviço.
Is indianos acham que os equipamentos que compraram são bons, mas não estão contentes com a assistência que têm. Como têm dinheiro, falaram grosso!
Falaram tão grosso, que o Putin foi a correr para reafirmar a aliança estratégica com a Índia.
E a visita ocorre depois da AEROINDIA, onde os russos pensavam que íam "arrasar" e ficaram encabulados quando militares da Força Aérea Indiana foram convidados a voar noutros aviões e nitidamente gostaram.
Temos que saber ler as notícias, ler noticias sobre a sociedade em geral, para podermos analizar as questões com um pouco mais de profundidade.
Nestas coisas de armamentos, todos os fabricantes dizem que são os melhores. As afirmações dos fabricantes também são notícias, mas é obrigação de quem tenta entender estas coisas, analisar friamente as questões para poder dar uma opinião.
Peço desculpa pela minha intervenção, mas eu não me meto nestes conflitos de torcedores que torcem por um avião como por um clube de futebol.
Esse tipo de «paixão», não é adequado quando se trata de analisar onde um país vai gastar o dinheiro dos contribuintes.
O dinheiro dos impostos dos cidadãos custa a ganhar!
Tem que ser justificado o seu gasto.
Cumprimentos
Índia desconfia da qualidade das armas russas
Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação
Peço desculpa pela minha intervenção, mas eu não me meto nestes conflitos de torcedores que torcem por um avião como por um clube de futebol.
Mas então você desconhece a assistência francesa, não é? Afinal, 1 milhão de dólares para reformar uma ATAR dos anos 60 é muito dinheiro, não? Ou o caso do helis e da Helibrás. U-214 grego, Scorpene e etc.
Se és tão isento das torcidas, façamos aqui uma lista de casos no mundo todo. Ou será que não há caso semelhante na história dos assuntos militares? Por favor amigo, ótimo que você coloque aqui estas notícias, mas daí você querer dizer que outros que tem uma visão diferente sejam meros torcedores vai uma distância grande.
- EDSON
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pt escreveu:Eu não tenho de acreditar nem deixar de acreditar.
a notícia é um facto, publicado em pelo menos dois dos maiores jornais da Índia.
Negar um facto não faz sentido.
Seria muito mais interessante entender porque razão as notícias existem.
Os russos não podem continuar a tapar o Sol com a peneira.
Os indianos apenas querem aquilo a que têm direito. Hoje em dia eles podem pagar, e como podem pagar, eles apenas exigem serviço.
Is indianos acham que os equipamentos que compraram são bons, mas não estão contentes com a assistência que têm. Como têm dinheiro, falaram grosso!
Falaram tão grosso, que o Putin foi a correr para reafirmar a aliança estratégica com a Índia.
E a visita ocorre depois da AEROINDIA, onde os russos pensavam que íam "arrasar" e ficaram encabulados quando militares da Força Aérea Indiana foram convidados a voar noutros aviões e nitidamente gostaram.
Temos que saber ler as notícias, ler noticias sobre a sociedade em geral, para podermos analizar as questões com um pouco mais de profundidade.
Nestas coisas de armamentos, todos os fabricantes dizem que são os melhores. As afirmações dos fabricantes também são notícias, mas é obrigação de quem tenta entender estas coisas, analisar friamente as questões para poder dar uma opinião.
Peço desculpa pela minha intervenção, mas eu não me meto nestes conflitos de torcedores que torcem por um avião como por um clube de futebol.
Esse tipo de «paixão», não é adequado quando se trata de analisar onde um país vai gastar o dinheiro dos contribuintes.
O dinheiro dos impostos dos cidadãos custa a ganhar!
Tem que ser justificado o seu gasto.
Cumprimentos
E vc é um daqueles que acredita que tudo que sai na imprensa é verdade. Cuidado vc esta substimando a honestidade humana . Aqui neste país tem-se um ditado mais ou menos assim . Vc viu saiu na Televisão então é verdade . Cuidado companheiro com a indusria do mestre Joseph Goebbels . CONTE UMA MENTIRA CEM VEZES E LEA SE TORNARA VERDADE.
- pt
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Mas então você desconhece a assistência francesa, não é? Afinal, 1 milhão de dólares para reformar uma ATAR dos anos 60 é muito dinheiro, não? Ou o caso do helis e da Helibrás. U-214 grego, Scorpene e etc.
Os problemas com o U214 grego, o caso da Helibras, do Scorpene ou o problema da Apolo-13, não têm nada a ver com a questão dos problemas de que falamos.
Os problemas com a assistência dos produtos russos, não são de agora, não são uma novidade, nem são desconhecidos.
A Índia não está satisfeita, e numa altura em que se negociam negocios de muitos milhões, faz o que qualquer comprador com cabeça faz.
Encosta o principal fornecedor à parede.
Estamos perante uma jogada dos indianos, utilizando para pressionar os russos a sua mais conhecida debilidade no mercado internacional de armas: A ineficiência.
Já referi em vários lugares, que este problema vem do tempo da URSS e é um problema estrutural da industria russa.
Os produtos russos sempre foram feitos para terem uma esperança de vida mínima, porque os russos acreditavam sempre que teriam grandes perdas.
A reparação e manutenção dos produtos sempre foi má, quando não inexistente!
Isto é um facto desde o tempo de Estaline, não é de agora.
Os tanques T-55, tinham um canhão que tinha um periodo de vida útil esperado que era de 20% a 25% do periodo de vida esperado de um canhão equivalente europeu como o L-7.
Não adianta de nada, vir dizer que isso é boato contra a industria russa.
Os russos, vão ter que ultrapassar o problema que têm em todo o mundo com a assistência aos produtos que vendem.
Eles não estão preparados para prestar assistência, e insistem em vender o produto e a fábrica, para que se necessário o comprador "se vire".
Esse é o máximo de assistência que eles podem dar.
Quando lhes pedem garantias escritas e monetárias, o que é que os russo fazem, sabe?
O problema é que à medida que a tecnologia vai evoluindo os equipamentos vão ficando mais complexos e não é possivel construir todos os equipamentos num país.
O SU-30MKI, com a grande incorporação de electrónica ocidental (de Israel e da França) é mais uma tentativa de produzir um avião que não tenha tantos problemas, reduzindo os componentes russos.
De resto, os indianos apenas confirmaram aquilo que se sabe.
É como dizer que há corrupção entre os políticos.
Todos sabemos que há, mas parece que fica toda a gente muito aflita quando se encontra uma prova.
Qual é o problema ?
Os erros dos outros, não desculpam os erros da industria russa, que aliás, tem trabalhado bastante para tentar "limpar" a imagem que tem. Mas na verdade, em muitos lugares ainda não conseguiu fazer isso, porque o problema dos tradicionais atrasos russos, acaba voltando.
A noticia em causa, não é única.
Mas se o problema for uma questão de "torcedor" aí não adianta.
Torcedor do Vasco da Gama vai dizer sempre que não foi penalty, mesmo que o defesa vascaíno tenha agarrado a bola com as duas mãos para impedir o adversário de marcar.
=========
Lembro que a questão é:
Há alguma informação que possa levar a concluir que a noticia adiantada pelos jornais indianos é falsa?
Cumprimentos
Editado pela última vez por pt em Qua Fev 28, 2007 12:38 pm, em um total de 1 vez.
- Sintra
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Nesta, o pt tem toda a razão, a quantidade de relatórios vindos do Congresso Indiano a dizer isto mesmo é uma coisa colossal, posso arranjar uma dúzia ou mais... E quem diz dos Indianos, diz dos Indonésios, ou de vários outros países.
Isto é retirado de um relatório efectuado pelo Mindef para o Congresso Indiano, e tenho muito mais coisas destas guardados no disco rigido.
Os Russos vendem equipamento barato, mas o suporte e a qualidade de construção deixam um bom bocado a desejar, o que não impede que mesmo assim tenham uma relação qualidade/preço muito atraente para quem não quer/pode aceder a equipamento Norte Americano ou Europeu.
O SU30MK2 que foi vendido à Venezuela ficou por metade do "Unit Cost Production" de um RAFALE ou Tiffie
Mas no entanto o "unit cost production" do SU30MKI que é a versão mais sofisticada do Flanker em serviço já fica por sensivelmente 3/4 do valor de um destes dois "Eurocanard´s", se os Indianos fossem autoriazdos a vender este avião para o exterior, o custo ficaria muito próximo do de um RAFA ou Tiffie, o que torna o custo de venda daquele "Super Duper" SU35BM uma enorme incógnita...
Pessoalmente acho que o caso Indiano ainda vai dar direito a uma compra do Mig (ou então à primeira venda externa do RAFALE), duvido IMENSO que um aparelho como o Gripen que fica na classe do LCA, que não tem qualquer ponto em comum na cadeia logistica com os aparelhos utilizados pela IAF, tenha reais chances no concurso...
Abraços
Isto é retirado de um relatório efectuado pelo Mindef para o Congresso Indiano, e tenho muito mais coisas destas guardados no disco rigido.
Serious shortcomings in the MiG-29 maintenance and overhaul process resulted in low serviceability of aircraft in squadrons and consequent shortfalls in operational tasks. The Comptroller and Auditor General (CAG) has held the Air Force and the Hindustan Aeronautics Limited (HAL) responsible for inordinate delays, poor performance and escalated costs in setting up and executing maintenance works. “This affected repair tasks over the period 1998-2005, leading to cannibalisation at all levels,” the report said. “Sub-optimal maintenance of the aircraft led to low serviceability of all aircraft, affecting flying tasks of the operational squadrons.” the report added. Serviceability status fluctuated between 43 and 62 per cent and there was a shortfall of flying task between 87.48 and 42.52 per cent between 1997-98 and 2004-05.“Despite executing appropriate agreements with the original equipment manufacturer (OEM), establishment of adequate repair and maintenance facilities lagged way behind,” The CAG, in its latest report observed. This resulted in continued dependence on foreign vendors besides requiring payments to the tune of Rs 500 crore. The MiG-29 was procured from the erstwhile Soviet Union in the late eighties to counter the Pakistani F-16s. The IAF operates three squadrons in the air superiority role and it is one of the most advanced aircraft in IAF’s inventory. Poor product support from the OEM was a recurring problem. Consequently, between 1998-99 and 2004-05, HAL sent1 1,280 lines of aggregates abroad for repair at a cost of Rs 72 crore. Likewise, 2,233 lines of spares against 57 orders were yet to be supplied at the No.11 Base Repair Depot leading to the cannibalisation. CAG noted that HAL was unable to meet the annual Full Overhaul (FO) task for engines. The shortfall between 1997-98 and 2004-05 ranged from 100 per cent to 12.5 per cent. The meantime between failure (MTBF) of HAL overhauled engines was also very low, with 74 per cent of engines that underwent FO during the last eight years being withdrawn prematurely. “This necessitated carrying out more interim overhauls at a cost of Rs 56.56 crore,” the report said. The MTBF of HAL-overhauled engines was just 60 hours whereas it was 213 hours for engines overhauled by OEM. The Air Force also pointed out that engines overhauled by HAL had been found to be with serious defects which had grave flight safety and maintenance implications. The report also revealed that the average turnaround time in India was 40 weeks as against 26 weeks by the OEM abroad. The Base Repair Depot concerned utilised 36.34 per cent and 47.73 per cent more than the prescribed man hours for the overhaul of each combat and trainer airframe, respectively. From the initially prescribed standard 50,000 man hours for overhaul of a single airframe, Air Headquarters revised it to 65,570 man hours for a combat aircraft and 67,662 man hours for a trainer. Despite this, BRD took 68,171 and 73,867 hours for a combat aircraft and a trainer, respectively. CAG also pointed out deficiencies in maintenance at the squadron level. In one instance it found out that available specialised tools were not being used resulting in misalignment of components leading to excessive vibrations in the engines.
Os Russos vendem equipamento barato, mas o suporte e a qualidade de construção deixam um bom bocado a desejar, o que não impede que mesmo assim tenham uma relação qualidade/preço muito atraente para quem não quer/pode aceder a equipamento Norte Americano ou Europeu.
O SU30MK2 que foi vendido à Venezuela ficou por metade do "Unit Cost Production" de um RAFALE ou Tiffie
Mas no entanto o "unit cost production" do SU30MKI que é a versão mais sofisticada do Flanker em serviço já fica por sensivelmente 3/4 do valor de um destes dois "Eurocanard´s", se os Indianos fossem autoriazdos a vender este avião para o exterior, o custo ficaria muito próximo do de um RAFA ou Tiffie, o que torna o custo de venda daquele "Super Duper" SU35BM uma enorme incógnita...
Pessoalmente acho que o caso Indiano ainda vai dar direito a uma compra do Mig (ou então à primeira venda externa do RAFALE), duvido IMENSO que um aparelho como o Gripen que fica na classe do LCA, que não tem qualquer ponto em comum na cadeia logistica com os aparelhos utilizados pela IAF, tenha reais chances no concurso...
Abraços