O Novo Desafio da Aviação Naval Brasileira
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- Luís Henrique
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Uma solução poderosa seria a seguinte:
1 A-12 M
6 Niteroi M
3 T22 B1 M
1 Barroso
4 T22 B3
2 T42 B3
Exocet MM40 B3 com alcance ampliado para quase 200 km em todas.
Aspide 2000 em todas.
E um missil do porte do Aster 30 nas T-42, nas T22 B3 e no A-12.
Modernização dos A-4, bombas inteligentes, Exocet e Derby.
AEW&C´s, etc.
1 A-12 M
6 Niteroi M
3 T22 B1 M
1 Barroso
4 T22 B3
2 T42 B3
Exocet MM40 B3 com alcance ampliado para quase 200 km em todas.
Aspide 2000 em todas.
E um missil do porte do Aster 30 nas T-42, nas T22 B3 e no A-12.
Modernização dos A-4, bombas inteligentes, Exocet e Derby.
AEW&C´s, etc.
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
Simplesmente um GRANDE caça.
- Einsamkeit
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- Localização: Eu sou do Sul, é so olhar pra ver que eu sou do Sul, A minha terra tem um cel azul, é so olhar e ver
Como instalar um Sylver nas T-42?
Nao é la muito produtivo
Nao é la muito produtivo
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
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mas que jamais o tornarão a ser...
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- Plinio Jr
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cb_lima escreveu:Olá,
Eu estava lendo uma reportagem sobre os "Marines" americanos e fiquei pensando se os F-18 deles não seriam uma boa também (já que eles não operam tanto "enganchados" quanto os do USN)? Isso é claro se eles concordassem
[]s
CB_Lima
Os F-18s dos Marines podem ser vistos constantemente nos Naes da US Navy ajudando no rodizio das unidades de F-18s das mesmas e outro detalhe, estão bem voadas, as grandes pérolas do momento são dos CF-188 canadenses, estes sim, s/ desgaste das operações navais e células com muitas horas de voo adiante.
Mas pelo visto, não creio que a MB venha a fazer este tipo de aquisições no momento...
- alex
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Marino:
Me referi a entrevistas dadas por oficiais à revistas na época dizendo que a MB adquiriu os SkyHawk do Kuait remanejando verba que seria usada na construção da Barroso, que acarretou mais atrasos na construção da dita cuja. Só disse que a Barroso não é o projeto prioritário para a MB visto que ela sempre retira verbas da Barroso para outros projetos.
Também vemos a real prioridade da Barroso quando a própria MB diz que será o único de sua classe preferindo um navio do porte de uma fragata.
Não desmereço este navio porque foi construído no Brasil mas sim porque tem falhas e não é o navio ideal para a MB virou um Híbrido que não fica bem nem como NaPoc nem como fragata.
Se amanhã a Mb iniciar a construção de uma fragata projetada no país e um almirante disser :" olha para chegarmos aqui tivemos que construir as Inhaúmas e fazer o ModFrag" aí sim a Inhauma/Barroso terá justificado sua existência. Se for um projeto de algum outro país aí provavelmente não teria sentido.... Como você disse os sistemas são iguais ou melhores que uma Niterói mas o ganho não justifica sua existência.
Foram gastos 1,25 Bilhão de doláres (muito mais do que esse valor pois o projeto foi quase sempre devagar acarretando mais custos) em cinco navios que na minha opinão seriam bem melhor empregados em mais 2 ou 3 Niterois.
Desculpe, não entendi a colocação.
Não vamos desmerecer uma classe construida no Brasil, operada por homens que suportam um grande desconforto, com um navio menor, que exige muito mais da tripulação.
Me referi a entrevistas dadas por oficiais à revistas na época dizendo que a MB adquiriu os SkyHawk do Kuait remanejando verba que seria usada na construção da Barroso, que acarretou mais atrasos na construção da dita cuja. Só disse que a Barroso não é o projeto prioritário para a MB visto que ela sempre retira verbas da Barroso para outros projetos.
Também vemos a real prioridade da Barroso quando a própria MB diz que será o único de sua classe preferindo um navio do porte de uma fragata.
Não desmereço este navio porque foi construído no Brasil mas sim porque tem falhas e não é o navio ideal para a MB virou um Híbrido que não fica bem nem como NaPoc nem como fragata.
Se amanhã a Mb iniciar a construção de uma fragata projetada no país e um almirante disser :" olha para chegarmos aqui tivemos que construir as Inhaúmas e fazer o ModFrag" aí sim a Inhauma/Barroso terá justificado sua existência. Se for um projeto de algum outro país aí provavelmente não teria sentido.... Como você disse os sistemas são iguais ou melhores que uma Niterói mas o ganho não justifica sua existência.
Foram gastos 1,25 Bilhão de doláres (muito mais do que esse valor pois o projeto foi quase sempre devagar acarretando mais custos) em cinco navios que na minha opinão seriam bem melhor empregados em mais 2 ou 3 Niterois.
- Marino
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Caro Alex
A MB conseguiu retomar a capacidade de projetar navios de guerra com as Inhaúma. Este dado é uma realidade e qualquer outro projeto terá como base, e aqui eu quero dizer a capacitação de engenheiros, projetistas, técnicos, etc, as Corvetas.
Mesmo que a MB opte por um projeto estrangeiro, a capacitação para desenvolvê-lo e aplicá-lo será devida as Inhaúma.
Para criticar a capacidade do navio devemos verificar para que ele foi construido, quais seus requisitos de estado-maior. As Inhaúma cumprem rigorosamente estes requisitos, escritos várias décadas atrás. Não devemos nos esquecer disto.
Hoje, com navios multi-função, é claro que é preferível uma fragata, com capacidades múltiplas. Este é UM DOS motivos que levou a MB a procurar o projeto de uma fragata e não construir mais corvetas.
Mas que elas cumprem com as tarefas para qual foram construídas, cumprem.
Como escrevi ao Bolovo, caso se construam novas fragatas ou se adquiram no exterior por oportunidade as T22B3, para mim elas iriam de baixa, junto com o Pará.
Mas o legado, da retomada da construção naval no país, da operação de um meio projetado e construído no Brasil, da realização de avaliação operacional por brasileiros, das operações com outras Marinhas, inclusive na OTAN (Linked Seas), da manutenção dos sistemas e software do navio, perdurará.
A MB conseguiu retomar a capacidade de projetar navios de guerra com as Inhaúma. Este dado é uma realidade e qualquer outro projeto terá como base, e aqui eu quero dizer a capacitação de engenheiros, projetistas, técnicos, etc, as Corvetas.
Mesmo que a MB opte por um projeto estrangeiro, a capacitação para desenvolvê-lo e aplicá-lo será devida as Inhaúma.
Para criticar a capacidade do navio devemos verificar para que ele foi construido, quais seus requisitos de estado-maior. As Inhaúma cumprem rigorosamente estes requisitos, escritos várias décadas atrás. Não devemos nos esquecer disto.
Hoje, com navios multi-função, é claro que é preferível uma fragata, com capacidades múltiplas. Este é UM DOS motivos que levou a MB a procurar o projeto de uma fragata e não construir mais corvetas.
Mas que elas cumprem com as tarefas para qual foram construídas, cumprem.
Como escrevi ao Bolovo, caso se construam novas fragatas ou se adquiram no exterior por oportunidade as T22B3, para mim elas iriam de baixa, junto com o Pará.
Mas o legado, da retomada da construção naval no país, da operação de um meio projetado e construído no Brasil, da realização de avaliação operacional por brasileiros, das operações com outras Marinhas, inclusive na OTAN (Linked Seas), da manutenção dos sistemas e software do navio, perdurará.
- Marino
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Matéria de hoje do Defesanet:
O Novo Desafio da Aviação Naval Brasileira II
O Primeiro Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino HS-1
Hélio Higuchi
Paulo Roberto Bastos Jr.
Alfredo Andre Tassara
Em 26 de janeiro de 1965, através do decreto nº 55.627 foi criado o Primeiro Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino (HS-1) com sede na Base Aeronaval de São Pedro de Aldeia (BAeNSPA), no norte Fluminense, cuja missão básica era "Prover os meios necessários para detectar, localizar, acompanhar e atacar submarinos e alvos de superfície, a fim de contribuir para a proteção de nossas Forças Navais".
Inicialmente foram equipados com seis helicópteros Sikorsky SH-34J Seabat, configurados para missões ASW (Anti-Submarine Warfare - Guerra Anti-Submarino), oriundos do Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Aviação Embarcado (2º/1º GAE) da Força Aérea Brasileira (FAB). Vieram em decorrência da proibição a MB de poder operar aparelhos de asa fixa, obrigando-a a entregar seus Pilatus P-3 e T-28R1 Nomair para a FAB e recebendo em troca os SH-34J", sendo operados até 1974.
Durante os primeiros anos a Aviação Naval, operava uma frota de helicópteros de várias procedências: Bell 47D/J, Hughes 269, Fairchild Hiller FH1100 e Sikorsky SH-34J dos Estados Unidos, Westland Widgeon, Whirlwind e Wasp da Inglaterra, e Kawasaki Bell 47G do Japão, porém, destes o único vetor especializado para missões ASW era o SH-34J, sendo que, por falta de qualificação, a manutenção do mesmo era feita pela FAB no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP).
Em 28 de abril 1970 chegaram os primeiros quatro Sikorsky SH-3D Sea King, U.S. Navy, matrículas N-3007 a N-3010, trazendo uma nova filosofia de operação de helicópteros ASW, assim como, agora, a função ASuW (Anti-Surface Warfare - Guerra a Alvos de Superfície). A manutenção passou a ser feita na própria BAeNSPA. Dois anos depois foram recebidos mais 2 SH-3D, matrículas N-3011 e N-3012.
Em 1984 chegaram mais quatro Sea Kings novos, fabricados sob licença na Itália pela Agusta, matrículas N-3013 a N-3016, sendo estes da versão ASH-3H que estavam equipados com um radar APS-705V com varredura de 360° instalado em um radome sob a fuselagem e possuindo capacidade de disparo do míssel anti-navio AM-39 Exocet. Dois anos mais tarde a MB resolve padronizar a frota, enviando para a Agusta os quatro Sea King sobreviventes (N-3007, N-3010, N-3011 e N-3012) dos dois primeiros lotes para serem capacitados a operar também com Exocet, sendo realizado o primeiro disparo em 1992.
Em 13 maio de 1996 são recebidos mais seis SH-3H, ex-U.S. Navy, matrículas N-3017 a N-3019 e N-3029 a N-3031, e mais dois que vieram como peças de reposição. Apesar de serem células antigas, estes foram revisados em 2000 e equipados com o sonar NA/AQS-18(V), muito mais moderno que o modelo anterior e com uma capacidade de mergulho três vezes maior.
Após essa reforma, a MB redenominou seus SH-3. Aqueles fabricados ou modernizados pela Agusta foram chamados SH-3A, ou ALFA, e possuem maior capacidade de carga e ASuW, podendo disparar os AM-39 Exocet, mas possuem uma capacidade ASW mais limitada, e os SH-3B, ou Bravo, que são os equipados com o NA/AQS-18(V) e utilizados exclusivamente como vetor ASW.
Com o tempo, diante da obsolescência do equipamento, e da dificuldade de conseguir peças sobressalentes obrigou a MB procurar um substituto à altura. Antes mesmo de adquirir um novo helicóptero, foram também vitimados pelo drástico corte de verbas imposto pelo governo federal, obrigando o HS-1 a desativar parte da frota, embora a maioria deles estivessem em boas condições. Assim, estão em operação apenas cinco Sea Kings, sendo quatro deles capacitados para disparar Exocet (N-3011, N-3012, N-3015 e N-3016) e um SH-3B (N-3017).
O HS-1 apesar de ter a sua frota diminuída, ele está totalmente operacional, mantendo pelo menos um dos SH-3 em stand by o tempo todo. Alguns como o N-3015 está sofrendo uma reforma geral (padrão semelhante ao IRAN da FAB) e o N-3016 acaba de sair deste processo de revitalização, o que nos leva a concluir que serão capazes de operar por muito tempo. Todo o processo de revitalização dos Sea King é feito no BAeNSPA, desde a célula até todos os seus aviônicos e componentes, inclusive o motor.
Os Sea King operados pela MB
Matrícula Modelo Carga Observação
N-3007 Sikorsky SH-3D 1970 Desativado 2006
N-3008 Sikorsky SH-3D 1970 Acidentado em 19/08/1976.
N-3009 Sikorsky SH-3D 1970 Acidentado em 21/11/1970. Preservado como monumento em São Pedro de Aldeia
N-3010 Sikorsky SH-3D 1970 Desativado 2006
N-3011 Sikorsky SH-3D 1972 Em operação
N-3012 Sikorsky SH-3D 1972 Em operação
N-3013 Agusta ASH-3H 1984 Desativado 2006
N-3014 Agusta ASH-3H 1984 Acidentado em 08/01/1989
N-3015 Agusta ASH-3H 1984 Em manutenção
N-3016 Agusta ASH-3H 1984 Em operação
N-3017 Sikorsky SH-3H 1996 Em operação
N-3018 Sikorsky SH-3H 1996 Desativado. Preservado como monumento no Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro
N-3019 Sikorsky SH-3H 1996 Desativado *
N-3029 Sikorsky SH-3H 1996 Desativado 2006 (último vôo em 14/12/05)
N-3030 Sikorsky SH-3H 1996 Desativado 2006
N-3031 Sikorsky SH-3H 1996 Desativado 2006 (último vôo em 24/06/04)
* Durante a nossa visita o SH-3H N-3019 não estava na BAeNSPA, entretanto constava na tabela de disponibilidade do hangar do HS-1 como desativado.
O Substituto
Vários helicópteros foram analisados pelos técnicos da Aviação Naval, alguns deles divulgados pela mídia como o Agusta/Westland EH-101 Merlin, Eurocopter AS532SC Cougar, Sikorsky SH-60B Seahawk, Kaman Seasprite e a versão naval do MIL Mi-171.
Ao questionarmos sobre estes candidatos ao provável substituto para o Sea King aos integrantes do HS-1, existe uma unanimidade quanto a preferência pelo Seahawk, pois além da experiência e confiabilidade em operar helicópteros da Sikorsky (operam desde a criação do Esquadrão), apreciam pelo fato de ser um projeto que nasceu como helicóptero para fins especificamente militares, ao contrario do Cougar e do Mi-171. Além do mais, o que favorece o Seahawk é o fato do mesmo já ter sido utilizado em combate, de ter sido oferecido a possibilidade do AM-39 Exocet ser integrado ao Seahawk e a facilidade de financiamento intermediado pelo próprio fabricante.
O Merlin apesar de ser o mais moderno, é fabricada pela Agusta/Westland, tradicionais fornecedoras da MB, possui um preço considerado proibitivo. Finalmente o Kaman Seasprite, apesar de ser um conhecido vetor para ASW e ASuW, foi projetado ainda na década de 60, com alguns conceitos hoje superados por helicópteros mais recentes, além de ser fabricado por um fornecedor que não possui tradição no Brasil.
O fornecimento de seis Seahawks para a MB já obteve a aprovação do congresso norte-americano, pré-requisito de praxe para a exportação de equipamento militar daquele país.
Entretanto todos nós sabemos que a decisão do modelo a ser adquirido nem sempre obedece à preferência de quem efetivamente vai utilizá-lo, e muitas vezes a compra é meramente política, tal qual foram os Mirage 2000. A prevalecer esta tendência do governo atual, existe a possibilidade do Cougar navalizado ser o escolhido.
Como diz o lema do Esquadrão HS-1: AD ASTRA PER ASPERA (É Árduo o caminho para os Astros).
Agradecimentos
Os autores agradecem às pessoas abaixo citadas pela paciência e atenção com que nos ajudaram tornando possível este artigo:
" CMG Hugo Marcelo Vieira de Melo Pimentel - comandante da BAeNSPA
" CMG Osnildo Dagoberto Bighi
" CC Adalmir Fernandes de Almeida
" CT Christiano Dutra
" CT Erandir Bastos Mota.
O Novo Desafio da Aviação Naval Brasileira II
O Primeiro Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino HS-1
Hélio Higuchi
Paulo Roberto Bastos Jr.
Alfredo Andre Tassara
Em 26 de janeiro de 1965, através do decreto nº 55.627 foi criado o Primeiro Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino (HS-1) com sede na Base Aeronaval de São Pedro de Aldeia (BAeNSPA), no norte Fluminense, cuja missão básica era "Prover os meios necessários para detectar, localizar, acompanhar e atacar submarinos e alvos de superfície, a fim de contribuir para a proteção de nossas Forças Navais".
Inicialmente foram equipados com seis helicópteros Sikorsky SH-34J Seabat, configurados para missões ASW (Anti-Submarine Warfare - Guerra Anti-Submarino), oriundos do Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Aviação Embarcado (2º/1º GAE) da Força Aérea Brasileira (FAB). Vieram em decorrência da proibição a MB de poder operar aparelhos de asa fixa, obrigando-a a entregar seus Pilatus P-3 e T-28R1 Nomair para a FAB e recebendo em troca os SH-34J", sendo operados até 1974.
Durante os primeiros anos a Aviação Naval, operava uma frota de helicópteros de várias procedências: Bell 47D/J, Hughes 269, Fairchild Hiller FH1100 e Sikorsky SH-34J dos Estados Unidos, Westland Widgeon, Whirlwind e Wasp da Inglaterra, e Kawasaki Bell 47G do Japão, porém, destes o único vetor especializado para missões ASW era o SH-34J, sendo que, por falta de qualificação, a manutenção do mesmo era feita pela FAB no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP).
Em 28 de abril 1970 chegaram os primeiros quatro Sikorsky SH-3D Sea King, U.S. Navy, matrículas N-3007 a N-3010, trazendo uma nova filosofia de operação de helicópteros ASW, assim como, agora, a função ASuW (Anti-Surface Warfare - Guerra a Alvos de Superfície). A manutenção passou a ser feita na própria BAeNSPA. Dois anos depois foram recebidos mais 2 SH-3D, matrículas N-3011 e N-3012.
Em 1984 chegaram mais quatro Sea Kings novos, fabricados sob licença na Itália pela Agusta, matrículas N-3013 a N-3016, sendo estes da versão ASH-3H que estavam equipados com um radar APS-705V com varredura de 360° instalado em um radome sob a fuselagem e possuindo capacidade de disparo do míssel anti-navio AM-39 Exocet. Dois anos mais tarde a MB resolve padronizar a frota, enviando para a Agusta os quatro Sea King sobreviventes (N-3007, N-3010, N-3011 e N-3012) dos dois primeiros lotes para serem capacitados a operar também com Exocet, sendo realizado o primeiro disparo em 1992.
Em 13 maio de 1996 são recebidos mais seis SH-3H, ex-U.S. Navy, matrículas N-3017 a N-3019 e N-3029 a N-3031, e mais dois que vieram como peças de reposição. Apesar de serem células antigas, estes foram revisados em 2000 e equipados com o sonar NA/AQS-18(V), muito mais moderno que o modelo anterior e com uma capacidade de mergulho três vezes maior.
Após essa reforma, a MB redenominou seus SH-3. Aqueles fabricados ou modernizados pela Agusta foram chamados SH-3A, ou ALFA, e possuem maior capacidade de carga e ASuW, podendo disparar os AM-39 Exocet, mas possuem uma capacidade ASW mais limitada, e os SH-3B, ou Bravo, que são os equipados com o NA/AQS-18(V) e utilizados exclusivamente como vetor ASW.
Com o tempo, diante da obsolescência do equipamento, e da dificuldade de conseguir peças sobressalentes obrigou a MB procurar um substituto à altura. Antes mesmo de adquirir um novo helicóptero, foram também vitimados pelo drástico corte de verbas imposto pelo governo federal, obrigando o HS-1 a desativar parte da frota, embora a maioria deles estivessem em boas condições. Assim, estão em operação apenas cinco Sea Kings, sendo quatro deles capacitados para disparar Exocet (N-3011, N-3012, N-3015 e N-3016) e um SH-3B (N-3017).
O HS-1 apesar de ter a sua frota diminuída, ele está totalmente operacional, mantendo pelo menos um dos SH-3 em stand by o tempo todo. Alguns como o N-3015 está sofrendo uma reforma geral (padrão semelhante ao IRAN da FAB) e o N-3016 acaba de sair deste processo de revitalização, o que nos leva a concluir que serão capazes de operar por muito tempo. Todo o processo de revitalização dos Sea King é feito no BAeNSPA, desde a célula até todos os seus aviônicos e componentes, inclusive o motor.
Os Sea King operados pela MB
Matrícula Modelo Carga Observação
N-3007 Sikorsky SH-3D 1970 Desativado 2006
N-3008 Sikorsky SH-3D 1970 Acidentado em 19/08/1976.
N-3009 Sikorsky SH-3D 1970 Acidentado em 21/11/1970. Preservado como monumento em São Pedro de Aldeia
N-3010 Sikorsky SH-3D 1970 Desativado 2006
N-3011 Sikorsky SH-3D 1972 Em operação
N-3012 Sikorsky SH-3D 1972 Em operação
N-3013 Agusta ASH-3H 1984 Desativado 2006
N-3014 Agusta ASH-3H 1984 Acidentado em 08/01/1989
N-3015 Agusta ASH-3H 1984 Em manutenção
N-3016 Agusta ASH-3H 1984 Em operação
N-3017 Sikorsky SH-3H 1996 Em operação
N-3018 Sikorsky SH-3H 1996 Desativado. Preservado como monumento no Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro
N-3019 Sikorsky SH-3H 1996 Desativado *
N-3029 Sikorsky SH-3H 1996 Desativado 2006 (último vôo em 14/12/05)
N-3030 Sikorsky SH-3H 1996 Desativado 2006
N-3031 Sikorsky SH-3H 1996 Desativado 2006 (último vôo em 24/06/04)
* Durante a nossa visita o SH-3H N-3019 não estava na BAeNSPA, entretanto constava na tabela de disponibilidade do hangar do HS-1 como desativado.
O Substituto
Vários helicópteros foram analisados pelos técnicos da Aviação Naval, alguns deles divulgados pela mídia como o Agusta/Westland EH-101 Merlin, Eurocopter AS532SC Cougar, Sikorsky SH-60B Seahawk, Kaman Seasprite e a versão naval do MIL Mi-171.
Ao questionarmos sobre estes candidatos ao provável substituto para o Sea King aos integrantes do HS-1, existe uma unanimidade quanto a preferência pelo Seahawk, pois além da experiência e confiabilidade em operar helicópteros da Sikorsky (operam desde a criação do Esquadrão), apreciam pelo fato de ser um projeto que nasceu como helicóptero para fins especificamente militares, ao contrario do Cougar e do Mi-171. Além do mais, o que favorece o Seahawk é o fato do mesmo já ter sido utilizado em combate, de ter sido oferecido a possibilidade do AM-39 Exocet ser integrado ao Seahawk e a facilidade de financiamento intermediado pelo próprio fabricante.
O Merlin apesar de ser o mais moderno, é fabricada pela Agusta/Westland, tradicionais fornecedoras da MB, possui um preço considerado proibitivo. Finalmente o Kaman Seasprite, apesar de ser um conhecido vetor para ASW e ASuW, foi projetado ainda na década de 60, com alguns conceitos hoje superados por helicópteros mais recentes, além de ser fabricado por um fornecedor que não possui tradição no Brasil.
O fornecimento de seis Seahawks para a MB já obteve a aprovação do congresso norte-americano, pré-requisito de praxe para a exportação de equipamento militar daquele país.
Entretanto todos nós sabemos que a decisão do modelo a ser adquirido nem sempre obedece à preferência de quem efetivamente vai utilizá-lo, e muitas vezes a compra é meramente política, tal qual foram os Mirage 2000. A prevalecer esta tendência do governo atual, existe a possibilidade do Cougar navalizado ser o escolhido.
Como diz o lema do Esquadrão HS-1: AD ASTRA PER ASPERA (É Árduo o caminho para os Astros).
Agradecimentos
Os autores agradecem às pessoas abaixo citadas pela paciência e atenção com que nos ajudaram tornando possível este artigo:
" CMG Hugo Marcelo Vieira de Melo Pimentel - comandante da BAeNSPA
" CMG Osnildo Dagoberto Bighi
" CC Adalmir Fernandes de Almeida
" CT Christiano Dutra
" CT Erandir Bastos Mota.
A matéria está melhor que a outra, mas ainda falta um dado importante. Dos 16 SH-3 recebidos, apenas 04 foram comprados novos, são os SH-3A pela designação da MB, estes são aparelhos construídos pela Agusta Italiana. Que converteu e reformou outros SH-3 ex-US Navy.
Portanto, são estas células são desde o início, mantidas e operadas pela MB ou retrofitadas, que parecem ser as menos voadas. Elas deverão operar ainda depois da desativação dos SH-3B, e incorporação dos novos Helos.
Os SH-70B podem ser convertidos para usar os Exocet´s, porque uma de suas versões possui radar de busca compatível, usam o mesmo modelo oferecido junto com os Cougar Naval.
Porém, os BH navais só possuem uma estação de armamento capaz de transportar os AM-39, a nova versão da US Navy tem uma célula com duas estações de armamento capaz de operar os AM-39, porém, tal integração, apesar de possível nesta últimas versões, nuca foi realizada. Ou seja, vai acarretar um custo adicional.
Quanto a falta de verbas os dados dos orçamentos contradizem tal opinião. Volta e meia o Site Defesanet rebate ou produz matérias com este tipo de conteúdo, não soma nada tal desinformação.
[ ]´s
Portanto, são estas células são desde o início, mantidas e operadas pela MB ou retrofitadas, que parecem ser as menos voadas. Elas deverão operar ainda depois da desativação dos SH-3B, e incorporação dos novos Helos.
Os SH-70B podem ser convertidos para usar os Exocet´s, porque uma de suas versões possui radar de busca compatível, usam o mesmo modelo oferecido junto com os Cougar Naval.
Porém, os BH navais só possuem uma estação de armamento capaz de transportar os AM-39, a nova versão da US Navy tem uma célula com duas estações de armamento capaz de operar os AM-39, porém, tal integração, apesar de possível nesta últimas versões, nuca foi realizada. Ou seja, vai acarretar um custo adicional.
Quanto a falta de verbas os dados dos orçamentos contradizem tal opinião. Volta e meia o Site Defesanet rebate ou produz matérias com este tipo de conteúdo, não soma nada tal desinformação.
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- stan
- Júnior
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Fiquei com uma dúvida. O ASH-3H (B), adquirido novo em 1984 na Italia, nº 3013, consta como desativado. Existe algum motivo especial? Ele teve algum problema estrutural, ou grande número de horas voadas??? Em tese deveria voar mais uns 10 anos!
Outra dúvida? se adquiridos os SH 60, utilizados na função ASW, fica os SH 3A restantes (2 ou 3) na função ASuW lancando AM39, até uma definição sobre a asa fixa ( ou deixa como tá, ou reforma alguns A4, etc, etc).
Caso contemplada a função ASuW pelo vetor escolhido (AS532) ou resolvida a questão do aviões, não poderão estas celulas serem adaptadas na fução AEW semelhantes aos Seaking recentemente modernizados na Royal Navy (sua função atualmente vai além do AEW, tendo sido utilizado até no Iraque para designação de alvos!!) e com previsão de utilização extendida ate 2018?
Acho que existem ações que tem que ser efetivadas, ainda que sejam paliativos, que não sejam as melhores, mas enquanto isto esta se estabelecendo novas doutrinas e preparando o terreno para, definitivamente, a MB tornar-se marinha de 1º mundo.
Dou um exemplo: a transformação de SH3 em aeronave AEW (no caso do SH60) ou de dois AS532 (os mais novos adquiridos em 1990) dos FN em aeronaves AEW. Não são coisas impossíveis e que independem do tipo de novo P.A. e são compatíveis com o São Paulo e algumas futuras Tipo 22 III , não carecendo de recursos que inviabilizariam os orçamento da Marinha !!!!. Idem na modernização dos A4.
abraço a todos
Outra dúvida? se adquiridos os SH 60, utilizados na função ASW, fica os SH 3A restantes (2 ou 3) na função ASuW lancando AM39, até uma definição sobre a asa fixa ( ou deixa como tá, ou reforma alguns A4, etc, etc).
Caso contemplada a função ASuW pelo vetor escolhido (AS532) ou resolvida a questão do aviões, não poderão estas celulas serem adaptadas na fução AEW semelhantes aos Seaking recentemente modernizados na Royal Navy (sua função atualmente vai além do AEW, tendo sido utilizado até no Iraque para designação de alvos!!) e com previsão de utilização extendida ate 2018?
Acho que existem ações que tem que ser efetivadas, ainda que sejam paliativos, que não sejam as melhores, mas enquanto isto esta se estabelecendo novas doutrinas e preparando o terreno para, definitivamente, a MB tornar-se marinha de 1º mundo.
Dou um exemplo: a transformação de SH3 em aeronave AEW (no caso do SH60) ou de dois AS532 (os mais novos adquiridos em 1990) dos FN em aeronaves AEW. Não são coisas impossíveis e que independem do tipo de novo P.A. e são compatíveis com o São Paulo e algumas futuras Tipo 22 III , não carecendo de recursos que inviabilizariam os orçamento da Marinha !!!!. Idem na modernização dos A4.
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stan escreveu:Fiquei com uma dúvida. O ASH-3H (B), adquirido novo em 1984 na Italia, nº 3013, consta como desativado. Existe algum motivo especial? Ele teve algum problema estrutural, ou grande número de horas voadas??? Em tese deveria voar mais uns 10 anos!
Outra dúvida? se adquiridos os SH 60, utilizados na função ASW, fica os SH 3A restantes (2 ou 3) na função ASuW lancando AM39, até uma definição sobre a asa fixa ( ou deixa como tá, ou reforma alguns A4, etc, etc).
Caso contemplada a função ASuW pelo vetor escolhido (AS532) ou resolvida a questão do aviões, não poderão estas celulas serem adaptadas na fução AEW semelhantes aos Seaking recentemente modernizados na Royal Navy (sua função atualmente vai além do AEW, tendo sido utilizado até no Iraque para designação de alvos!!) e com previsão de utilização extendida ate 2018?
Acho que existem ações que tem que ser efetivadas, ainda que sejam paliativos, que não sejam as melhores, mas enquanto isto esta se estabelecendo novas doutrinas e preparando o terreno para, definitivamente, a MB tornar-se marinha de 1º mundo.
Dou um exemplo: a transformação de SH3 em aeronave AEW (no caso do SH60) ou de dois AS532 (os mais novos adquiridos em 1990) dos FN em aeronaves AEW. Não são coisas impossíveis e que independem do tipo de novo P.A. e são compatíveis com o São Paulo e algumas futuras Tipo 22 III , não carecendo de recursos que inviabilizariam os orçamento da Marinha !!!!. Idem na modernização dos A4.
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Stan, a Mb já deixou claro quer o uso de helicópteros, principalmente os SH-3(em qualquer versão) é indesejável. por demasiadas limitações operacionais e por custo operacional tb alto.
sds
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
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stan escreveu:Fiquei com uma dúvida. O ASH-3H (B), adquirido novo em 1984 na Italia, nº 3013, consta como desativado. Existe algum motivo especial? Ele teve algum problema estrutural, ou grande número de horas voadas??? Em tese deveria voar mais uns 10 anos!
Outra dúvida? se adquiridos os SH 60, utilizados na função ASW, fica os SH 3A restantes (2 ou 3) na função ASuW lancando AM39, até uma definição sobre a asa fixa ( ou deixa como tá, ou reforma alguns A4, etc, etc).
Caso contemplada a função ASuW pelo vetor escolhido (AS532) ou resolvida a questão do aviões, não poderão estas celulas serem adaptadas na fução AEW semelhantes aos Seaking recentemente modernizados na Royal Navy (sua função atualmente vai além do AEW, tendo sido utilizado até no Iraque para designação de alvos!!) e com previsão de utilização extendida ate 2018?
Acho que existem ações que tem que ser efetivadas, ainda que sejam paliativos, que não sejam as melhores, mas enquanto isto esta se estabelecendo novas doutrinas e preparando o terreno para, definitivamente, a MB tornar-se marinha de 1º mundo.
Dou um exemplo: a transformação de SH3 em aeronave AEW (no caso do SH60) ou de dois AS532 (os mais novos adquiridos em 1990) dos FN em aeronaves AEW. Não são coisas impossíveis e que independem do tipo de novo P.A. e são compatíveis com o São Paulo e algumas futuras Tipo 22 III , não carecendo de recursos que inviabilizariam os orçamento da Marinha !!!!. Idem na modernização dos A4.
abraço a todos
Na verdade o SH-3 N-1013 foi comprado novo na Italia é um modelo SH-3A, sem dúvida é de estranhar o fato de ter sido dado como desativado em 2006.
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