Portugal: NPO 2000

[Rui Elias Maltez]

Soultrain:

Eu acredito numa forças armadas modernas e reactivas.

Mas também acredito na capacidade pró-activa que o JNSA trouxe para cima da mesa de discussão.

Não vejo que ter meios de projecção navais ou aéreos, sejam um transfirmar das nossa FA's numa empresa de transportes.

Porque por esse prisma, os navios de projecção espanhois ou italianos seriam o nosso meio de transporte para que entrarmos com a nossa Companhia de Comandos na tal força anunciada europeia.

Acho que até por serem mais baratos, Portugal poderia dar prioridade aos meios de logística, transporte e sustentação de forças, que em meios militares puros, de ataque, ou seja, nas forças de projeção de poder, como sejam fragatas ou destroieres.

A nossa política de defesa deve basear-se num conceito defensivo (e por isso a minha teima em querer que Portugal tenha pelo menos 2 navios bons em AAW), e até porque como foi afirmado mais acima, o que hoje parece ser uma verdade, amanhã pode já não o ser, confesso que o armamentismo espanhol, negado por muitos, mas que eu interpreto como tal, me preocupa um pouco, não só na perspecticva e uma invasão que acho improvável, mas exatamente por tornar o país política e militarmente insignificante.

Seria como vermos a Bélgica ao lado da França.

Gostaria que o papel de Portugal fosse algo mais relevante que o da Bélgica, até porque noutros domínios, a Bélgica já os ultrapassou por muitos.

Só isso.

[luis F. Silva]

Rui Elias escreveu:

Os meios navais e aéreos de projecção são o suporte para umas FA's que ser querem interventivas, porque depois, as viaturas, os homens, os equipamentsos individuais, esses arranjam-se.

Creio que o Rui está a ver a coisa ao contrário. Primeiro temos que ter os homens, os equipamentos individuais para a protecção desses homens, para não se tornarem "carne para canhão", e as viaturas para deslocar e proteger esses homens nos teatros para onde sejam mandados.
Se não têm A 400, vão de Antonov e C 130. Se não têm LPD levem o material em cargueiros alugados ATEMPADAMENTE. Agora ter os transportes e faltar tudo o resto, não vejo nenhuma lógica nesses seu raciocínio. Claro que se tivermos o LPD levamos homens e material, mas o LPD fará parte da projecção de forças de fuzileiros, e não de infantaria do exercito.
Com respeito aos PALOPS, os tais que quiseram a independência do colonizador, deixem-nos lá sossegadinhos nos seus paises. Levar material para uma catástrofe é uma coisa, andarmos a fazer papel de policias de África é outra, e para levar comida e tendas, mantas, e medicamentos para depois serem desviados, serve bem o tal Antonov alugado.

[Rui Elias Maltez]

Luís:

Mas esse meios, nós já os temos e bem aprontados.

Companhias de páras ou de comandos alternadamente o Afeganistão, uma companhia a GNR emTimor que será reforçada em breve, destacamentos no Kosovo e na Bósnia, uma Companhia de Engenhaira no Líbano, tivemos durante 6 meses um destacamento do DAE no Congo.

Ou seja:

Homens e material já os temos.

Essas forças já só vão com G-3 se quiserem, temos viaturas tácticas e acho que deveriamos ter mais, com os Hummvie blindados, os PandurII já começaram a a ser fabricados, já temos os EH-101 CSAR, e teremos os NH-90, fala-se numa força de MBT's topo de gama, etc.

Faltam agora os meios de transporte e sustentação.

Um LPD razoalvelmente grande que acredito que venha lá para 2014, mais um bom AOR e continuo a acreditar que um terceiro navio de apoio faria falta.

Quanto a África, se África interessa a países como França, EUA, Itália, ao Japão, China ou Inglatrerra, porque não nos há-de interessar a nós?

[antoninho]

Caro Rui Elias Maltez, pela sua lógica, está o presente governo.....

Rui Elias Maltez escreveu:
Camaradas!!!

Em poucas palavras, para ver se percebem:

Eu não em princípio sou contra a valência submarina na Armada.

Apenas acho que o custo por 2 unidades apenas é muito.

Se dinheiro houvesse que fossem 3 unidades, e eu teria outra opinião.

Não havendo aparentemente dinheiro para 3 unidades, acredito que mais valia dispensar essa arma, porque por momento apenas ficaremos com uma operacional


Agora a lógica do governo pro navpol.....

Apenas acha-mos que o custo por 1 unidades apenas, é muito.

Se dinheiro houvesse que fossem 3 unidades, e teria-mos outra opinião.

Não havendo aparentemente dinheiro para 3 unidades, acredita-mos que mais valia dispensar essa arma, porque por momento apenas ficaremos com uma operacional e se esta estiver em manutenção ficamos a zero

[Rui Elias Maltez]

Antoninho:

Mas no caso do LPD, a propria Marinha quer um novo AOR a prazo, e eu sempre defendi que para além do LPD, que fosse adquirido um segundo navio, mais pequeno, eventualmente de apoio para sustentação de forças, uma espécie de navio logóstico mais barato, talvez um Ro-Ro.

Serviria de reforço nuns casos ou de rectaguarda para outros casos.

[P44]

A França vai vender os seus BATRAL ??

E afinal a Argentina nao quer, o Ouragan ou o Orage, (...).

FUENTES

Aquí mesmo.
http://www.meretmarine.com/article.cfm?id=103794

Selon nos informations, les transports de chalands de débarquement Ouragan et Orage ne seront pas vendus à l'Argentine. Le pays, qui souhaitait renforcer sa flotte amphibie avec les deux vieux navires de la Marine nationale, livrés en 1965 et 1968, a finalement renoncé, il y a quelques jours, à les acquérir. Des problèmes de législation nationale sont évoqués mais c'est, bien évidemment, l'affaire très médiatisée du démantèlement de l'ex-Clemenceau qui a, in fine, empêché la vente. Tout comme l'ancien porte-avions, toujours en attente à Brest, les deux TCD embarquaient, à leur mise en service, un importante quantité d'amiante. L'Ouragan et l'Orage ont néanmoins bénéficié d'un désamiantage partiel, environ deux tiers des matériaux contenant de l'isolant cancérigène étant remplacés par des matériaux inoffensifs. Après avoir fait l'objet d'une cartographie certifiée par le Bureau Veritas, l'Ouragan, premier bâtiment à devoir rejoindre l'Argentine, en mars 2006, aurait reçu son passeport vert. Placé en réserve fin 2005, le navire avait accueilli des marins argentins venus se former à bord avec leurs homologues français.

Pois parece que hai problemas de amianto e que xa non vai haber venda...

Un saúdo.

Gracias Amigo Ferrol

Os nossos amigos Brasileiros é que vão ficar todos contentes.

A construção do NavPol trará Know-how imenso a muitas pequenas e médias empresas Portuguesas, muito deste Know-how não será contabilizado, pois ficará em processos, desde logística a telecomunicações.

Por acaso tem-se visto, que o Governo está INTERESSADÍSSIMO nisso tudo....

[antoninho]

Bom e se por acaso fosse uma solução tipo dinamarquesa, duas Absalon, mas um pouco maiores e com doca, não seria mais interessante pra MP???

[Sintra]

E quem é que nos garante que a necessidade actual de fragatas AAW e LPD's não se inverte no futuro, privilegiando os submarinos.

À muito mais aviões nos céus do que submarinos nos mares e ainda por cima, a grande maioria destes ultimos pertence aos nossos aliados...

Eu penso que a compra de equipamentos de defesa deve ser feita numa lógica pro-activa, face a ameaças futuras a longo prazo, com maior ou menor grau de probabilidade, e também face a ameaças actuais, mas apenas se elas forem prementes e com vocação de durabilidade que justifique um investimento. E a essa luz é que eu defendo a compra dos submarinos, mas por exemplo, acho que caça-minas não são uma prioridade. É igualmente a essa luz que eu acho que devemos ter um LPD, mas que "corvetizar" os NPO é um luxo que, de momento, não podemos pagar.

Quanto à falta de cenários em que imaginemos os U-209PN a operar daqui a uns anos, tudo isso é algo relativo. Muitas vezes nem conseguímos prever onde vamos estar no dia seguinte... Será que a 10 de Setembro os americanos sabiam que deviam aumentar urgentemente o tamanho das suas forças terrestres e preparar o seu Exército para uma guerra de guerrilha urbana? Será que, a 31 de Agosto de 1939, a maioria dos Polacos achava que era urgente investir nas forças armadas? Será que, no início de 1982, a maioria dos Britânicos acreditava mesmo que reduzir o número de porta-aviões e bombardeiros estratégicos não era a melhor coisa a fazer, e que havia prioridades de investimento muito maiores, como escolas ou hospitais?

É devido a toda esta imprevisibilidade que eu considero essencial a compra de submarinos - por muito que a situação global se degrade, eles serão sempre uma arma eficaz, dissuasora e com excelente relação custo-benefício, capazes de realizar um leque alargado de missões.

Completamente de acordo, JNSA para ministro da defesa JÁ

Abraços

[Sintra]

Bom e se por acaso fosse uma solução tipo dinamarquesa, duas Absalon, mas um pouco maiores e com doca, não seria mais interessante pra MP???

Ando a dizer isso à mais de um ano (não estou a defender que se trocasse o LPD por duas Absalon´s, como já discutimos anteriormente, com isso não concordo, mas quando olho para as KD´s)...
E então desde que vi o quanto vamos pagar pelas duas KD... O mesmo que os Dinamarqueses vão pagar por duas "Absalon" novas...

Abraços

[antoninho]

É o que eu digo, ninguém neste país sabe fazer contas, desde que o pagante seja o Zé, maravilha de políticos e afins....

[antoninho]

Agora li uma reportagem(nota) na FAM nº54, da autoria do Pedro Monteiro, que além de comentar os Pandur, refere a seguir os NPO, em que refere o atraso,destes com problemas nos motores e cito:

""de melhoras ao projecto inicial""

Seria interessante "alguém" referir essas "melhoras" ao projecto, não era??

[P44]

Agora li uma reportagem(nota) na FAM nº54, da autoria do Pedro Monteiro, que além de comentar os Pandur, refere a seguir os NPO, em que refere o atraso,destes com problemas nos motores e cito:

""de melhoras ao projecto inicial""

Seria interessante "alguém" referir essas "melhoras" ao projecto, não era??

lá isso era.

Alguém pode exclarecer a populaça inculta?

[Rui Elias Maltez]

Já tudo foi dito por nós relativamente ao atrasos dos NPO.

O que se exigiria era que por se tratar de um bem do Estado, construido com dinheiros do Estado, nuns estaleiros detidos por capitais públicos que, quem de direito explicasse de vez, e por palavras simples o porquê dos atrasos, o porque dos desacertos nos discursos entre Marinha e ENVC, etc.

Acho que estamos todo no direito de exigir isso.
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E esse até seria um bom tema para desenvolver no blogue.

[Charlie Golf]

À muito mais aviões nos céus do que submarinos nos mares e ainda por cima...

Ai que dores que estou a sentir na zona gramatical. Há alturas em que me dói mesmo muito.

[Sintra]

À muito mais aviões nos céus do que submarinos nos mares e ainda por cima...

Ai que dores que estou a sentir na zona gramatical. Há alturas em que me dói mesmo muito.