A recente realização de uma feira aeronáutica na União Indiana, a Aero India, veio deitar alguma luz sobre os programas indianos de aquisição de armamentos.
Um deles, prevê a aquisição de um total de 126 caças, que deverão substituir os MiG-21 presentemente ao serviço naquele país.
A Índia, dispõe de uma frota extremamente variada e diversificada, que inclui aeronaves europeias e russas, mas na corrida para o fornecimento destes 126 aviões estão concorrentes muito diversificados.
Os americanos da Boeing e da Lockeed apresentam o F-18 e o F-16 respectivamente. Os russos apresentaram a última versão do Mig-29, chamada de MiG-35 enquanto que da Europa há uma proposta para o fornecimento de Mirage-2000V ou Mirage, Eurofighter Typhoon e finalmente o Saab Gripen.
O avião sueco esteve presente na Aero India e foi co-pilotado por pilotos indianos que se mostraram impressionados com as capacidades e qualidades demonstradas pelo avião sueco.
Os mesmos militares indianos, quando perguntados sobre os aviões de origem americana, colocaram em causa a sua modernidade, afirmando que o F-16, por exemplo era uma aeronave relativamente antiquada.
Os americanos, apressaram-se a afirmar que o F-16 E/F, está entre os mais modernos aviões do mundo, tendo sido modernizado durante todo o seu período de vida. A sua qualidade é garantida pelos mais de quatro mil F-16 vendidos em todo o mundo, segundo os representantes da Lockeed.
Na corrida, está também a Boeing, que da mesma forma que a SAAB, se propõe fabricar as aeronaves na Índia, com total transferência de tecnologia para os indianos, juntamente com uma licença para o fabrico local da aeronave.
As possibilidades da SAAB, foram consideradas como muito boas, pelos representantes da empresa, que consideram que o Gripen, oferece vantagens sobre os outros concorrentes em todos os quesitos analisados, desde a capacidade de combate BVR (Para Além do Campo Visual), a capacidade para combate aproximado ou a capacidade para ataque ao solo ou reconhecimento.
A possibilidade de venda do Gripen, tem no entanto sobre si a sombra dos problemas com escândalos de corrupção que envolveram a Saab na venda dos seus aviões para a República Checa, e que também já ocorreram no passado, na própria Índia com a tentativa de vender peças de artilharia de 155mm ao exército indiano.
A Índia tem sido um dos principais clientes de armamentos russos, mas a sua presente (favorável) situação financeira e uma certa liberalização na possibilidade de vendas de armas por parte dos países ocidentais, permitem ao país jogar com a possibilidade de comprar produtos europeus ou mesmo americanos, para garantir melhores preços e condições por parte da Rússia.
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