Bolovo escreveu:A questão é que os A-4 mataram o resto da frota, minha opinião.
Se eles estivessem matando o resto da frota não estaríamos com apenas 2 A-4 operacionais!
Temos que reconhecer: Falta dinheiro em todos os ramos das FA's Brasileiras !
Moderador: Conselho de Moderação
"Parabelum"Olá Prick.Não foi o que declarou aqui um dos autores da reportagem, como você pode ler, falou que exitem 02 operacionais de cada tipo.
Desculpe, acho que realmente não fui muito claro. O “tipo” que me referi é o tipo de aeronave utilizada por um esquadrão. Por exemplo: o VF-1 usa o Skyhawk, o HS-1 o Sea King e assim por diante, sem especificar a versão. Será que fui mais claro?
Então vamos mudar a frase: O pessoal da manutenção da BAeNSPA se esforça para manter ao menos duas (2) aeronaves por esquadrão. No caso dos AF1 existe, em condições operacionais, apenas o N-1013 (monoplace) e o N-1022 (Biplace).
Acho que agora não tem mais dúvidas, neste ponto, não é?
Como você também notou a reportagem não é nada clara sobre os SH-3, não entendi nada. Existiam 13, 06 foram encostados, sobraram 07, portanto, não existe o número 05, em nenhum dos lotes.
Como o Hélio bem disse, sairá em breve (espero que ainda essa semana) uma matéria sobre os SH-3 na MB, ok? Mas para adiantar posso dizer que só existiam 2 SH-3 em condições de vôo na quinta-feira, quando lá estivemos. Existiam mais 3 em varias etapas de manutenção, inclusive alguns aguardando peças e componentes, vários descarregados aguardando destino (serem vendidios), sendo que para um deles já foi colocado a venda, e já existem, pelo que sei, 2 que são monumentos, um em São Pedro da Aldeia e outro na Praça XVI, no Rio de Janeiro.
Se você for lá verá isso com seus próprios olhos.Também não menciona o contrato assinado com a Lockheed, fala sobre as 10 turbinas enviadas para revisão completa. Mas não existe nada a respeito do resto do contrato, que deixa a MB quase que livre da manutenção dos A-4, uma terceirização. Segundo a própria MB existe a obrigatoriedade de pelo 06 células para uso imediato. Fiquei com mais dúvidas ao ler a reportagem, do que tinha antes. E o principal, era saber como anda o desenrrolar do contrato abaixo, no caso dos A-4.Lockheed Martin Argentina apoiará as aeronaves AF-1/1A
A Marinha do Brasil, representada pela Diretoria de Aeronáutica da
Marinha, selecionou a Lockheed Martin's Aircraft Argentina para o serviço de apoio logístico a seis aviões AF-1/1A e dez turbinas J52-P408. O contrato, para um período de quatro anos, iniciará em julho e está avaliado em US$ 6,5 milhões. Nesse contrato, a Lockheed Martin proverá os serviços de revisão de turbinas, manutenção de linha de vôo e o correspondente treinamento funcional para os técnicos da Marinha do Brasil. O pagamento será feito por hora efetivamente voada, modalidade pioneira na Marinha do Brasil. A manutenção dos aviões será realizada na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia e a das turbinas nas instalações da Lockheed Martin, em Córdoba, na Argentina.
Fonte: Revista Nomar 757
Pelo que ficamos sabendo na BAeNSPA, o contrato é só referente a revisão nas turbinas e o treinamento de seu pessoal (para dar manutenção nas turbinas), não a aeronave como um todo. Estes motores foram desmontados na base e enviados para a LMAASA, onde serão totalmente recondicionadas e enviados de volta. A montagem dos mesmos e a instalação deles, será feita na BAeNSPA.Quanto aos SH-3, serão trocados, era de se esperar uma baixa operacionalidade, mas a reportagem não fala nada sobre isto.
A reportagem é sobre os Skayhawk, ok? A matéria sobre os SH-3 esta sendo preparada.Por sinal, estou cada vez mais em dúvida sobre o termo operacional. O que é ser operacional? O que significa, em caso de emergência, todos os A-4 podem ser colocados em uso? Porque somente 15 foram mesmo tornados operacionais, dos 23 recebidos.
Operacional quer dizer, em minha opinião, apto a realizar a missão a qual é destinado. No caso dos Skyhawk, interceptação e ataque.
A informação que tivemos lá, do próprio pessoal da manutenção era: caso se tivessem os recursos humano e material disponíveis, poder-se-ia colocar em condições de vôo cerca de 15 aeronaves em pouco tempo.Também queria saber quem declarou que 66 milhões por 12 A-4 reformados é caro. Sem saber o que seria feito, e sem saber quem falou isto, fica difícil dar credibilidade a esta declaração.
Antes de qualquer coisa, eu e o Hélio passamos todo o dia 9 deste mês (sexta-feira) acompanhando o dia-a-dia da BAeNSPA, onde fomos o tempo todo acompanhado por um Capitão de Corveta. Posso lhe assegurar que não foi nem uma nem duas pessoas que nos afirmaram sobre a proposta da EMBRAER, agora se você quer questionar a credibilidade das pessoas e suas patentes (acho que como bom conhecedor da MB, você deve saber o significado das siglas, não é mesmo?) que colocamos nos agradecimentos, acho que você deveria ir até lá e perguntar isso pessoalmente.
Mais uma coisa, nós não falamos que o preço é caro, mas elevado (ou alto) e isso possui uma sutil diferença: quando se diz que preço é “caro” que dizer que o objeto em questão não vale o cobrado e quando se diz que o preço é “elevado”, ou que o preço é “alto”, é porque não se pode pagar por ele, entendeu?
Abraços,
Paulo Bastos
PRick escreveu:Como Bolovo afirmou que existe um AF-1A voando em SJC, então são 03 que estão voando, não vou falar em operacional, voar não quer dizer operacional.
Bolovo escreveu:PRick escreveu:Como Bolovo afirmou que existe um AF-1A voando em SJC, então são 03 que estão voando, não vou falar em operacional, voar não quer dizer operacional.
Então quer dizer nada.
Esse AF-1A que estava voando aqui em São José poderia ser muito bem um dos dois AF-1 que estão voando.
Adriano escreveu:Olá!
O que fazer sobre a questão dos Royalts da Petrobrás?
A MB tem direito sobre eles ou não? Como a MB tem lidado com isso?
É foda...
Abraços.
helio escreveu:Prick
Vou procurar responder os seus questionamentos:
-Se o contrato com a LMAASA previa ensinar o pessoal do AF-1 a fazer a manutenção dos A-4, não notamos a presença de nenhum argentino na base, sequer algum A-4 em manutenção completa (do tipo IRAN), Reparamos muitos A-4, partido ao meio(calma gente!) para retirar o motor, coisa corriqueira numa manutenção. A grande maioria dos aviões está intacto e pronto para ser utilizado. Quando dissemos que 15 aviões poderiam ser colocados rápidamente em operação, podemos considerar que uma grande parte está parada,mas que pode ser colocado em operação apenas mediante um rápido check.
-Não encontramos qualquer A-4 no meio de uma manutenção mais completa , pois estes aviões possuem poucas hotas de vôo, e foram revisados antes de receberem a pintura da MB e voado pelos técnicos da KEY Aviation.
-Quanto a preocupação de ter apenas 2 aviões em operação é menos preocupante do que pensam. Me lembro bem quando visitava a BASC no final dos anos 60( tô velho, eu sei) e via um punhado de Meteors operacionais(3~4) e uma porrada deles sucateados no canto do hangar do Zeppelin. AQUILO SIM era preocupante, pois sabiamos que aquelas carcaças NUNCA MAIS iriam voar.
-Operacional por operacional, nunca ví avião tão "hangar queen" como os nossos mirages MIII. Raríssimas vezes estiveram voando mais de 5 de uma vez( numa Cruzex) e ninguém deste fórum ficou preocupado . E não era por falta de verba, e sim porque a hora/vôo e a hora/manutenção era caríssima( preste atenção Prick: aqui o custo era CARO- não valia o que custava- e não ALTO- como o upgrade do A-4 que pode até ser o preço justo,porém fora do que a MB pode gastar)
-No caso dos A-4 sabemos perfeitamente que poderão voltar a ser operacionais assim que fluir mais verba.
-Quanto a ser modernizado ou não, todos nós sabemos que o objetivo principal da MB era implantar uma DOUTRINA para operar aparelhos de asa fixa. Imagine eles ,que conseguiram após 33 anos voltar a poder operar aviões que vier a mais(upgrade ) é lucro!
Muitas vezes nós ficamos no forum "masturbando mentalmente" discutindo acaloradamente sobre upgrades ideais, ou vetores que poderiam a ser equipados em nossas forças, mas o artigo que eu e meus co-autores fizemos foi de um perfil atual da Aviação Naval, e um alerta para que os nossos governantes não deixem perder todo conhecimento que a Aviação Naval adquiriu.
Se vai haver upgrade, só o tempo dirá, o que posso afirmar que o projeto está no freezer,mas não da UTI
Um abraço
Hélio Higuchi
PS: O que o Bolovo viu em SJC sem dúvida foi UM DOS 2 A-4 em operação. Eles não precisam necessariamente voar juntos, sabia?
É revoltante, mas é essa a realidade, infelizmente. A aviação naval de asa-fixa é praticamente inexistente e sem a menor esperança se sair da UTI pelo menos até o final desta década.
Alguns aqui falam em comprar MAIS fragatas, mas a realidade é que não há helicópteros para todas as escoltas, e o certo seria haver pelo menos uns 2 a mais do que o número de escoltas, não podemos pensar em comprar mais navios (aumentar a esquadra) se alguns destes irão ficar desprotegidos, sem helicópteros. A prioridade agora não deveria comprar as B-3 inglesas nem Bremen etc e sim mais uns 5 Lynx, para pelo menos termos bem equipadas as escoltas que temos. Deveríamos melhorar o que temos, aumentando a capacidade das escoltas com mais helicópteros ao invés de comprar mais navios....isso é caçar sarna pra se coçar. É como se o Exército resolvesse incorporar um milhão de recrutas, mas será que o Exército tem um milhão de fuzis??? É a mesmíssima coisa
S-3??? F-18????? Rafale???? Será que estamos ficando MALUCOS??? O VF-1 está encontrando todas as dificuldades possíveis para colocar dois míseros AF-1 em limitadas condições de vôo e combate, estes que são caças mono-motores, de eletrônica quase que inexistente, básico do básico para um caça. Imaginem se fossem F-18....
A Marinha parece estar querendo dar passos maior do que as pernas, sinceramente. Como não dá conta de ter uma força aérea, a MB acada não sendo nem Marinha muito menos Força Aérea. Que tal ela tentar se contentar, pelo menos por enquanto em ser apenas Marinha? Mas que seja uma BOA Marinha, com helicópteros para todas as escoltas e submarinos em número suficiente, para depois que ela conseguir tudo isso aí sim tentar ter a sua força aeronaval de asa-fixa, do contrário ela vai continuar do jeito que está: Nem Marinha nem Força Aérea.
Nós, aqui do Fórum temos o direito (e até a obrigação) de sonhar, mas a Marinha não!!! Ela é realidade e tem que se contentar em fazer o melhor com essa realidade. Parece que a nossa Marinha está sonhando, e pior que isso, está PAGANDO PARA SONHAR.
O nosso A-12 está para voltar, novinho em folha, infelizmente. Não era para ele estar tão novinho, ele quase não foi usado nesses 7 anos de MB.
Os AF-1 estão apodrecendo de encostados, ficaram totalmente obsoletos sem que tivessem oportunidade de fazer aquilo que poderiam oferecer. Nesse exato instante era para termos já os nossos pilotos qualificados (SERÁ POSSÍVEL QUE ESSES 7 ANOS NÃO SERIAM SUFICIENTES PARA ALGO UM POUCO MELHOR???) mas o que acontece é que a cada ano que passa os pilotos são obrigados a começar tudo do zero novamente, voam apenas para não desaprenderem a voar e os conceitos básicos de combate diurno, mas não acrescentando em nada em termos de doutrina, treinam apenas para não perderem o que já aprenderam, para que a aviação naval de asas-fixas da MB apenas SOBREVIVA. Nossa força aero naval SOBREVIVE, mas só isso.
Ela não cresceu, não cresce (ou até diminuiu) e não dá a menor esperança de que irá crescer, apenas que continuará SOBREVIVENDO. Se é que isso não acontece também em outros ramos das nossas forças armadas e até mesmo da própria Marinha do Brasil.
E nesse picadeiro que se tornou a política de Defesa no Brasil, fica a dúvida sobre que cargo cairia melhor para os novos comandantes que em breve assumirão: Equilibrista, mágico ou PALHAÇO????
Tomara, mas TOMARA MESMO que eu esteja errado e que o sonho de uma aviação naval de asa-fixa deixe de ser apenas uma utopia.
abraços]
Eu sempre falei isso, mas ninguém acreditava. Tinha ainda quem acreditava que tinham 12 MIII operacionais. Só se eram secretos!Operacional por operacional, nunca ví avião tão "hangar queen" como os nossos mirages MIII. Raríssimas vezes estiveram voando mais de 5 de uma vez( numa Cruzex) e ninguém deste fórum ficou preocupado
Povo descuidado, abrimos as pálpebras entre dois intervalos de sesta, à brisa da costa dourada pelo sol, banhando-nos na tipidez do ar, na volúpia do colorido, na embriaguez ambiente da luz, e banindo d’alma os pensamentos do imprevisto, cerrando-a ao sussurro da consciência, que fala pelo rugir das águas eternas.
O mar é o grande avisador. Pô-lo Deus a bramir junto ao nosso sono, para nos pregar que não durmamos. Por ora a sua proteção nos sorri, antes de se trocar em severidade. As raças nascidas à beira-mar não têm licença de ser míopes.