morcego escreveu:Pepê Rezende escreveu:tulio escreveu:Koslova escreveu:
Mas é histórico, que FA´s associadas a regimes não democráticos, acabam por se tornar ruins operacionalmente, uma vez que parte de seus aparatos não são focados na função operacional verdadeira da FA que é a dissuasão externa, ao contrario passam a ser aparelhos do regime, perdendo a sua capacidade real de combate.
Gostei por demás deste texto da Mestra Koslova (redundante dizer isso...), mas vou me ater a este parágrafo, que me interessou particularmente.
Bueno, iniciarei referindo-me a um dos mitos da 2GM: o Soldado Italiano era o que de pior havia na época.
Segundo depoimentos de Soldados Ingleses - estes sim, sempre descritos, e com justiça, como sendo dos melhores que havia - que enfrentaram os Italianos na África do Norte, estes lutavam brava e ferozmente, em que pese serem mal treinados e equipados. Principalmente, eram MUITO mal comandados. A distância entre Praças e Oficiais era intransponível. Um verdadeiro sistema de castas. Consta de uma antiga Revista Commando um episódio em que Tropas Inglesas capturaram um ônibus Italiano. Dentro, devidamente protegidas por um padre, dezenas de belas e elegantes signoras acompanhavam a marcha dos maridos, Oficiais do Exército Italiano. Parece história das guerras medievais, mas aconteceu em meados do século XX...
O fato é que, dada a longa permanência dos fascistas no poder, o Estado e, por extensão, as FFAA, se partidarizou: ou é fascista de carteirinha e tem pistolão dos buenos ou vai lamber sabão. Então, cada vez menos se ascendia na Carreira Militar por MÉRITO PROFISSIONAL do que por PRESTÍGIO POLÍTICO: o comando não era dado ao melhor, mas ao mais apadrinhado. Não se tinha como nem por quê granjear respeito profissional entre a tropa, ou porque não se tinha qualidades a mostrar, ou porque não se precisava fazê-lo. Normalmente, ambos. Tinha-se apenas o Regimento Disciplinar.
Interessante é que no mesmo texto, a que recorro de memória, dizia o autor que a Alemanha ia no mesmo caminho, só não se havia deteriorado ainda por ser seu regime dez anos mais novo que o da Itália: quanto começou a 2GM, o nazismo estava no poder faziam apenas 6 anos (1933/1939). Mussolini ascendera ao poder em 1922.
Cito, ainda de memória, outro fato interessante, referente a isso, e que uso agora à guisa de exemplo: à medida que a guerra prosseguia, o Me-109 mostrava sinais cada vez mais claros de obsolescência, sendo praticamente ofuscado pelo FW-190. Foi então postulada a padronização deste último em detrimento do Me-109. E...? Bueno, Willy Messerschmitt era membro fundador do Partido e amigo pessoal do Führer, daí, sacumé, né?
Aliás, Heinkel apresentou um caça bimotor a jato, o Heinkel He-280, bem antes do Me-262. Mas Ernst Heinkel não era muito querido por Göering...
Sintomático...
Então, ditaduras tendem a se perpetuarem à custa do de melhor há num País, não importa onde seja.
O monopartidarismo inerente a elas sepulta as chances dos capazes e competentes em prol dos apadrinhados, gerando então desprezo e rancor. Ademais, o ditador não está lá apenas por seus méritos: é mantido no poder pelos que o desfrutam à sua sombra. Assim, o Estado perde gradualmente suas capacidades mais importantes pela constante dilapidação/malversação de seus recursos pela camarilha & apaniguados.
!!!Valews!!!
Não podemos esquecer o Heinkel 100, mais veloz que o BF-109E e com o mesmo raio de ação do BF-110. Mas Ernst Heinkel não era nazista...
Pepê
ME-262, vamos supor apenas duas coisas:
que o ME-262 tivesse entrado em operação 1 ano antes (coisa bastante possível não fosse o custo com a BARBAROSSA);
e que TITIO adolf NÃO se metesse e deixasse que o avião brigasse pela superioridade aérea.
PRONTO, isso já ia ser uma dor de cabeça dos infernos para os aliados.
outra coisa, o melhor soldado tanto em tática como em técnica, era o alemão, não se pode confundir as atitudes nefastas de um partido politico e de seus capangas armados com aquilo que a guerra tem de belo.
Na teoria dos SE, bastava o Me-262 ter entrado em operação em 1943 como previsto (sem interferencia do Adolfo), os aliados teriam que suar muito mais para obter a supremacia aérea que conquistaram no primeiro trimestre de 1944.
Quando ao He-100 versus Bf-109E, os caças de Messerschmitt na versões Emil (E) e Friedrich (F) ainda em seu período, eram do mesmo porte ou superiores a muita coisa até então, a grande cagad. ao meu ver, foi insistir nas versões Gustav (G) em diante, os alemães deveriam ter substituído os Me-109 por algo mais capaz em meados de 1942, mas a políticagem e os resultados obtidos por alguns poucos ases, continuou iludindo Goering, Hitler entre outros....
O resultado, é conhecido por todos nós....