Índia e Rússia Assinam Acordo para produção de turbinas
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Índia e Rússia Assinam Acordo para produção de turbinas
Índia e Rússia Assinam Acordo de Transferência de Tecnologia: Produção de Turbinas para Caças
(para o texto original em inglês Link)
Na reunião de 24 Janeiro 2007 na sessão da "Russian-Indian Intergovernmental Commission on Military-Technical Cooperation", em Nova Deli, foi assinado um acordo para a produção sob licença da turbinea aeronáutica RD-33 series 3, para o caça MiG-29. O chefe da delegação russa é o Vice-Chefe do Governo, Ministro da Defesa Sergey Ivanov. Pela parte russa o acordo foi assinado pelo Diretor Geral da Organização Estatal Rosoboronexport, Sergey Chemezov.
A produção das turbines sera organizada pela HA Lcom a assistência técnica da organização Moscow Chernyshev Machine Building (MMP Chernyshev). A produção das turbinas seré feita na Índia sera feita de forma gradual e inclui a primeira remessa de motores prontos, montagem dos grande conjuntos e posteriormente a produção local de componentes e partes pelas empresas indianas.
O desenvolvimento da produção de turbinas por empresas indianas com a tecnologia russa demonstra a gradual transformação da Cooperação Rússia-Índia no campo Técnico-Militar de uma relação "fornecedor-cliente" (supplier-customer) para a de pesquisa e produção conjunta. Também melhorará as capacidades de combate da IAF (Indian Air Force).
A transferência da tecnologia de produção de tal equipamento no estado-da-arte (state-of-the-art) como as turbinas RD-33 series 3 para a Índia também vê o aumento das chances do caça multi-função (multirole) MiG-35 na competição da Indian Air Force para a compra de 126 caças, qua acontecerá em 2007
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Na reunião de 24 Janeiro 2007 na sessão da "Russian-Indian Intergovernmental Commission on Military-Technical Cooperation", em Nova Deli, foi assinado um acordo para a produção sob licença da turbinea aeronáutica RD-33 series 3, para o caça MiG-29. O chefe da delegação russa é o Vice-Chefe do Governo, Ministro da Defesa Sergey Ivanov. Pela parte russa o acordo foi assinado pelo Diretor Geral da Organização Estatal Rosoboronexport, Sergey Chemezov.
A produção das turbines sera organizada pela HA Lcom a assistência técnica da organização Moscow Chernyshev Machine Building (MMP Chernyshev). A produção das turbinas seré feita na Índia sera feita de forma gradual e inclui a primeira remessa de motores prontos, montagem dos grande conjuntos e posteriormente a produção local de componentes e partes pelas empresas indianas.
O desenvolvimento da produção de turbinas por empresas indianas com a tecnologia russa demonstra a gradual transformação da Cooperação Rússia-Índia no campo Técnico-Militar de uma relação "fornecedor-cliente" (supplier-customer) para a de pesquisa e produção conjunta. Também melhorará as capacidades de combate da IAF (Indian Air Force).
A transferência da tecnologia de produção de tal equipamento no estado-da-arte (state-of-the-art) como as turbinas RD-33 series 3 para a Índia também vê o aumento das chances do caça multi-função (multirole) MiG-35 na competição da Indian Air Force para a compra de 126 caças, qua acontecerá em 2007
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Re: Índia e Rússia Assinam Acordo para produção de turbinas
Fábio Nascimento escreveu:Índia e Rússia Assinam Acordo de Transferência de Tecnologia: Produção de Turbinas para Caças
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Na reunião de 24 Janeiro 2007 na sessão da "Russian-Indian Intergovernmental Commission on Military-Technical Cooperation", em Nova Deli, foi assinado um acordo para a produção sob licença da turbinea aeronáutica RD-33 series 3, para o caça MiG-29. O chefe da delegação russa é o Vice-Chefe do Governo, Ministro da Defesa Sergey Ivanov. Pela parte russa o acordo foi assinado pelo Diretor Geral da Organização Estatal Rosoboronexport, Sergey Chemezov.
A produção das turbines sera organizada pela HA Lcom a assistência técnica da organização Moscow Chernyshev Machine Building (MMP Chernyshev). A produção das turbinas seré feita na Índia sera feita de forma gradual e inclui a primeira remessa de motores prontos, montagem dos grande conjuntos e posteriormente a produção local de componentes e partes pelas empresas indianas.
O desenvolvimento da produção de turbinas por empresas indianas com a tecnologia russa demonstra a gradual transformação da Cooperação Rússia-Índia no campo Técnico-Militar de uma relação "fornecedor-cliente" (supplier-customer) para a de pesquisa e produção conjunta. Também melhorará as capacidades de combate da IAF (Indian Air Force).
A transferência da tecnologia de produção de tal equipamento no estado-da-arte (state-of-the-art) como as turbinas RD-33 series 3 para a Índia também vê o aumento das chances do caça multi-função (multirole) MiG-35 na competição da Indian Air Force para a compra de 126 caças, qua acontecerá em 2007
Precisamos disso no Brasil. Como o pessoal sabe, produzir turbinas é essencial para independência tecnológica na fabricação de aviões.
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Precisamos disso no Brasil. Como o pessoal sabe, produzir turbinas é essencial para independência tecnológica na fabricação de aviões.
Exato. Só que isso não ocorre de uma hora para outra. Não dá pra dizer simplesmente "vamos fabricar a turbina do Rafale/Su... aqui". Nós não temos base nenhuma.
O que é preciso primeiro é ter uma produção de peças dos motores dos Boeing/Airbus aqui no Brasil.
A segunda etapa seria a instalação de uma fábrica de turbinas para a linha da Embraer (ou a Alinson dos ERJ e Legacy ou as GE dos E-Jets). Depois disso, aí sim, poderia-se pensar em uma linha de montagem de motores militares aqui, mas o problema é que não há demanda na região nem no Brasil. Não temos linha de aviões de caça. Se inventarmos de fabricar Sukhois ou Rafales, dificilmente o número chegaria a 100 o que demandaria umas 300 turbinas e só. Pouco adianta montar uma fábrica, fabricar 300 turbinas e depois fechar tudo.
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Re: Índia e Rússia Assinam Acordo para produção de turbinas
Centurião escreveu:Fábio Nascimento escreveu:Índia e Rússia Assinam Acordo de Transferência de Tecnologia: Produção de Turbinas para Caças
(para o texto original em inglês Link)
Na reunião de 24 Janeiro 2007 na sessão da "Russian-Indian Intergovernmental Commission on Military-Technical Cooperation", em Nova Deli, foi assinado um acordo para a produção sob licença da turbinea aeronáutica RD-33 series 3, para o caça MiG-29. O chefe da delegação russa é o Vice-Chefe do Governo, Ministro da Defesa Sergey Ivanov. Pela parte russa o acordo foi assinado pelo Diretor Geral da Organização Estatal Rosoboronexport, Sergey Chemezov.
A produção das turbines sera organizada pela HA Lcom a assistência técnica da organização Moscow Chernyshev Machine Building (MMP Chernyshev). A produção das turbinas seré feita na Índia sera feita de forma gradual e inclui a primeira remessa de motores prontos, montagem dos grande conjuntos e posteriormente a produção local de componentes e partes pelas empresas indianas.
O desenvolvimento da produção de turbinas por empresas indianas com a tecnologia russa demonstra a gradual transformação da Cooperação Rússia-Índia no campo Técnico-Militar de uma relação "fornecedor-cliente" (supplier-customer) para a de pesquisa e produção conjunta. Também melhorará as capacidades de combate da IAF (Indian Air Force).
A transferência da tecnologia de produção de tal equipamento no estado-da-arte (state-of-the-art) como as turbinas RD-33 series 3 para a Índia também vê o aumento das chances do caça multi-função (multirole) MiG-35 na competição da Indian Air Force para a compra de 126 caças, qua acontecerá em 2007
Precisamos disso no Brasil. Como o pessoal sabe, produzir turbinas é essencial para independência tecnológica na fabricação de aviões.
Não me parece muito com "tranferencia de tecnologia", tá mais pra "fabricação sob licença" pelo que entendi.
A CELMA, daqui do Brasi, fabricou os 50 motorzinhos Spey do AMX e não sabe produzir um parafuso sem ter que ligar para a Rolls-Royce.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Brasileiro escreveu:Precisamos disso no Brasil. Como o pessoal sabe, produzir turbinas é essencial para independência tecnológica na fabricação de aviões.
Exato. Só que isso não ocorre de uma hora para outra. Não dá pra dizer simplesmente "vamos fabricar a turbina do Rafale/Su... aqui". Nós não temos base nenhuma.
O que é preciso primeiro é ter uma produção de peças dos motores dos Boeing/Airbus aqui no Brasil.
A segunda etapa seria a instalação de uma fábrica de turbinas para a linha da Embraer (ou a Alinson dos ERJ e Legacy ou as GE dos E-Jets). Depois disso, aí sim, poderia-se pensar em uma linha de montagem de motores militares aqui, mas o problema é que não há demanda na região nem no Brasil. Não temos linha de aviões de caça. Se inventarmos de fabricar Sukhois ou Rafales, dificilmente o número chegaria a 100 o que demandaria umas 300 turbinas e só. Pouco adianta montar uma fábrica, fabricar 300 turbinas e depois fechar tudo.
abraços]
Mas no caso de um fabricante de turbinas para aviões da Embraer o objetivo seria trazer para perto da fábrica a produção delas, diminuindo os custos e aumentando a nacionalização dos componentes.
Sim, eu sei. "Sonho meu..."
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Centurião escreveu:Brasileiro escreveu:Precisamos disso no Brasil. Como o pessoal sabe, produzir turbinas é essencial para independência tecnológica na fabricação de aviões.
Exato. Só que isso não ocorre de uma hora para outra. Não dá pra dizer simplesmente "vamos fabricar a turbina do Rafale/Su... aqui". Nós não temos base nenhuma.
O que é preciso primeiro é ter uma produção de peças dos motores dos Boeing/Airbus aqui no Brasil.
A segunda etapa seria a instalação de uma fábrica de turbinas para a linha da Embraer (ou a Alinson dos ERJ e Legacy ou as GE dos E-Jets). Depois disso, aí sim, poderia-se pensar em uma linha de montagem de motores militares aqui, mas o problema é que não há demanda na região nem no Brasil. Não temos linha de aviões de caça. Se inventarmos de fabricar Sukhois ou Rafales, dificilmente o número chegaria a 100 o que demandaria umas 300 turbinas e só. Pouco adianta montar uma fábrica, fabricar 300 turbinas e depois fechar tudo.
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Mas no caso de um fabricante de turbinas para aviões da Embraer o objetivo seria trazer para perto da fábrica a produção delas, diminuindo os custos e aumentando a nacionalização dos componentes.
Sim, eu sei. "Sonho meu..."
Já ouvi falar disso aqui em São José.
A Embraer já produz grande parte das peças dos aviões, as asas até pouco tempo atrás não eram brasileiras, agora são, o trem de pouso era alemão, agora é alemão-brasileiro e por aí vai.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Brasileiro escreveu:O que é preciso primeiro é ter uma produção de peças dos motores dos Boeing/Airbus aqui no Brasil.
A segunda etapa seria a instalação de uma fábrica de turbinas para a linha da Embraer (ou a Alinson dos ERJ e Legacy ou as GE dos E-Jets). Depois disso, aí sim, poderia-se pensar em uma linha de montagem de motores militares aqui, mas o problema é que não há demanda na região nem no Brasil. Não temos linha de aviões de caça. Se inventarmos de fabricar Sukhois ou Rafales, dificilmente o número chegaria a 100 o que demandaria umas 300 turbinas e só. Pouco adianta montar uma fábrica, fabricar 300 turbinas e depois fechar tudo.
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Inclino-me fortemente a concordar contigo. Haveria que se ter um programa SÉRIO orientado para, em umas duas décadas, ter-se uma, sei lá, Turbobrás?
E creio que os passos seriam mais ou menos os citados, alterados para:
Fabricar peças e partes para turbinas estrangeiras, de amplo uso aqui e no exterior.
Eventualmente, montar alguns modelos, com tanta nacionalização quanto possível. Temo que não seria TUDO ISSO de componentes nacionais...
A seguir, desenvolver em conjunto com um fabricante estrangeiro que domine plenamente a tecnologia 'dérnier-cri' de propulsores um novo projeto.
A partir de estarmos:
1) Up-to-date com os desenvolvimentos e técnicas produtivas
2) Desenvolvendo tecnologia própria
Poderíamos passar à fase seguinte:
Desenvolvimento e produção de turbinas nacionais.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Que eu saiba o BNDES já tentou (talvez ainda esteja tentando) atrair um fabricante de turbinas para o Brasil. O problema é que quando o governo se preocupou com isso, a família ERJ 145 já estava com sua produção declinando, então a RR não mostrou muito interesse. Se houvesse preocupação desde o começo, talvez a história fôsse outra, já que essa família utilizou umas 2.000 turbinas por aqui.
Os esforços agora são com a GE, para as turbinas da nova família EMB-170/190, mas não ouvi nada de novo a respeito nos últimos tempos. Acho que o plano não foi para frente.
Minha primeira mensagem aqui no DB foi exatamente sobre esse tema, e as possibilidades de utilizar o motor GE como base para um motor militar, tal como o RR dos ERJ-145.
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=3002&postdays=0&postorder=asc&highlight=motores+aeron%E1uticos&start=0
Também tem este outro tópico com algumas boas discussões:
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=2574&postdays=0&postorder=asc&highlight=motores+aeron%E1uticos&start=0
Os esforços agora são com a GE, para as turbinas da nova família EMB-170/190, mas não ouvi nada de novo a respeito nos últimos tempos. Acho que o plano não foi para frente.
Minha primeira mensagem aqui no DB foi exatamente sobre esse tema, e as possibilidades de utilizar o motor GE como base para um motor militar, tal como o RR dos ERJ-145.
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=3002&postdays=0&postorder=asc&highlight=motores+aeron%E1uticos&start=0
Também tem este outro tópico com algumas boas discussões:
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=2574&postdays=0&postorder=asc&highlight=motores+aeron%E1uticos&start=0