Royal Navy Será Reduzida à Metade

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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WalterGaudério
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#76 Mensagem por WalterGaudério » Sex Jan 19, 2007 12:34 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Então, o Cicloneproject defende para meios de superfície, uma dupla Fragatas + Corvetas?

Actualmente é difícil arranjar fragatas AAW com menos de 6.000 ton de deslocamento, e ainda assim... :? .

Para mim, seriam 6 fragatas para usos gerais, e 4 AAW.


Rui Elias, sds.

Sim, é por aí. No entanto devo retificar que não é propriamente EU quer defendo essa configuração. Mas boa parte do almirantado, e inclusive alguns CMGs bem cotatos para serem promovidos a Altes nos próximos 2 anos.
Ou seja, gente que terá poder de decisão...

Esse posicionamento se deve ao fato sobejamente conhecido da terrível desproporção de letalidade dentre os submarinos e os seus alvos...ops! digo, as fragatas, destróieres etc.

Em bom português.

Diante de oposição submarina consistente, os modernos navios de guerra(aqueles que estão dotados de sofisticados sistemas AAW seriam portanto inúteis ante ameaça ASW) são apenas bons alvos. Portanto a relação-custo/benefício de se constituir uma frota dotada de genu´[inos navios AAW seria de certa forma, consideravelmente(no caso brasileiro, bem entendido) um desperdício.

Essa é minha interpretação de vários posicionamentos de almirantes com que costumo conversar com alguma frequência.

SDs

Walter




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


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#77 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Jan 19, 2007 12:48 pm

Ciclone:

Mas os navios AAW serviriam para escoltar uma força-tarefa constituida, por exemplo pelo A-12, mais o G-30 e ainda um AOR.

Claro que para além do navio AAW, ira a acompanhar um multi-usos, com capacidade ASW.

E olhe que mesmo as fragatas F-100, apesar do AEGIS Spy 1-D têm alguma capacidade ASW também.

É que se o Brasil quer ter meios de projecção de forças, e os quiser colocar em teatros "quentes" e se não quiser contar com o apoio de outras marinhas, tem que ter uma marinha harmoniosa, e a capacidade AAW para quem tem navios de projecção de forças é fundamental.




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PRick

#78 Mensagem por PRick » Sex Jan 19, 2007 1:05 pm

É preciso termos em mente os cenários diferentes de atuação.


O mar territorial brasileiro é desimpedido, temos uma imensa área de mar aberto em nossas costas. Vale dizer, a ameaça aérea está reduzida a aeronaves embarcadas, já a ameaça submarina é significativa.

Assim, as escoltas AAé de aérea tem que ter igual capacidade ASW, o que deixa o navio com custos muito altos.

Com a presença do NAe São Paulo, não seria mais necessário que duas escoltas AAé, sem ele poderia existir umas 04 escoltas deste tipo.

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#79 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Jan 19, 2007 1:11 pm

Certo Prik.

Mas terão que pensar numa coisa:

Para que querem o A-12, e os navios-doca?

Só para navegar ao largo da costa brasileira?

Ou é para projecção de poder?

Se forem para cenários de alta intensidade (que não é o caso do Haiti), ainda que integrados numa missão multinacional, como é que poderiam proteger o A-12 eficazmente sem uma escolta AAW, de uma aviação hostil?




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PRick

#80 Mensagem por PRick » Sex Jan 19, 2007 1:33 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Certo Prik.

Mas terão que pensar numa coisa:

Para que querem o A-12, e os navios-doca?

Só para navegar ao largo da costa brasileira?

Ou é para projecção de poder?

Se forem para cenários de alta intensidade (que não é o caso do Haiti), ainda que integrados numa missão multinacional, como é que poderiam proteger o A-12 eficazmente sem uma escolta AAW, de uma aviação hostil?


Eu poderia acrescentar o seguinte, temos cerca de 15.000 homens em nossas fileiras de Fuzileiros Navais. Com armamento melhor que o Exército, trata-se de uma tropa de elite. Toda voluntária ou profissional.

O NAe ainda pode ser usado como Navio de Controle de Áerea Marítima, Porta-Helo ou NAe ASW. Mas os navios do tipo LPD, LST, só servem hoje como navio de transporte de tropas e suprimentos para atuação em forças de paz da ONU.

Agora é preciso termos em mente que a MB fica estacionada no Rio de Janeiro, e qualquer problema na Amazônia, seria uma distância maior que 4.000 kms por mar. Estamos num dos poucos países do mundo com fronteria de civilização, como a Austrália.

Veja o que estou falando do ponto de vista territorial, naval e terrestre. Este é o mapa sob a responsabilidade na MB, não podemos esquecer que o Brasil possui a maior bacia hidrográfica do Planeta.

Veja o mapa:

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O Brasil tem uma aérea territorial de 8.000.000 kms2 e uma Plaforma Continental mais ou menos com o mesmo tamanho! Segundo o último tratado de fronteira marítima.

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#81 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Jan 19, 2007 1:41 pm

Prik:

Mas continuo sem perceber como é que iriam proteger uma força expedicionária, ainda que tendo como navio almirante o A-12, se o Brasil integrasse uma missão de imposição de paz num cenário em que os contendores, hipoteticamente hostis tivessem uma aviação avançada.

Veja o caso do Líbano.




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#82 Mensagem por WalterGaudério » Sex Jan 19, 2007 1:47 pm

="Rui Elias Maltez"]Ciclone:

Mas os navios AAW serviriam para escoltar uma força-tarefa constituida, por exemplo pelo A-12, mais o G-30 e ainda um AOR.

Claro que para além do navio AAW, ira a acompanhar um multi-usos, com capacidade ASW.

E olhe que mesmo as fragatas F-100, apesar do AEGIS Spy 1-D têm alguma capacidade ASW também.

É que se o Brasil quer ter meios de projecção de forças, e os quiser colocar em teatros "quentes" e se não quiser contar com o apoio de outras marinhas, tem que ter uma marinha harmoniosa, e a capacidade AAW para quem tem navios de projecção de forças é fundamental.[/quote]



Rui Maltez, complementando a boa intervenção do Paulo Silveira, temos que:

Dentro do contexto geopolítico vislumbrado pela MB, e tb(não menos importante, claro) à luz de nossa doutrina de relações exteriores, não se vislumbra o emprego de forças militares nacionais de maneira UNILATERAL, desconsiderando organismos multilaterais como ONU/OEA.

O Emprego de militares brasileiros (no exterior) fora do guarda-chuva jurídico-operacional dessas organizações, é totalmente fora de contexto atualmente, e em um futuro próximo.

PESSOALMENTE no entanto, tenho algumas ressalvas à essa postura.

Em um mundo Unipolar, e ainda mais com a ameaça terrorista, acredito que a doutrina de defesa Nacional deva ser mudada/revisada, para dar liberdade jurídica de intervenções ad hoc(descartando sempre a guerra de conquista).

Isso posto, aí sim teria lugar na esquadra para não mais que uns dois grandes destróieres com capacidade primária AAW.

Porém, registro.

Tal como comentado pelo PRICK, a posição da MB(considerando o cenário geopolítico do Atlântico Sul, momentâneamente e num futuro previsível) qto. a meios AAW, que não o Gpto. Aé Embarcado do próprio NAe, para mim é plenamente válida.

Sds

Walter




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