Gol 1907

Área para discussão de tudo que envolve a aviação civil e atividades aeroespaciais em geral como aeronaves, empresas aéreas, fabricantes, foguetes entre outros.

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Pedro Gilberto
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#241 Mensagem por Pedro Gilberto » Qui Dez 14, 2006 5:20 pm

Clermont escreveu:O que aconteceu com esses pilotos americanos foi o mesmo que aconteceu com aqueles donos da Escola de Base, acusados de pedofilia. Ou com a mãe, que foi acusada de botar cocaína na mamadeira de seu bebê.

Eles foram linchados por boa parte da imprensa e da opinião pública. Depois, descobriu-se que eram inocentes. No caso dos donos da escola, ficaram com um trauma que não vai ter fim, além de perderem seu negócio; no caso da mãe, a mesma coisa, além de uma mandíbula quebrada e de uma caneta enfiada no ouvido, pelas presidiárias.

No caso dos pilotos, dois meses de molho. Embora seja bem provável que eles acabem ganhando uma gorda indenização do Estado brasileiro. Ou seja, o meu, o seu, o nosso imposto...

Confesso que, no começo, fui um dos que desejavam arrancar o fígado dos americanos. Fico até envergonhado de como pude engolir asneiras monumentais como aquela que insinuava que eles estavam fazendo "piruetas" com o avião novo, às escondidas do controle aéreo.

Será que isso vai servir de lição para o futuro? Duvido, nós Homo Sapiens Sapiens - ou, melhor dizendo, uma parte substancial dos Homo Sapiens Sapiens - somos crédulos, e estamos sempre prontos a engolir qualquer besteira, principalmente, quando envolver nacionalismo de quinta categoria.

Vejam essa sandice escrita por um certo doutor Ronaldo Schlichting, empresário, administrador de empresas e pesquisador na área aeroespacial. Aliás, que acredita que o acidente de Alcântara foi um atentado.

“Até este momento nem imprensa, nem o DAC, nem a Gol divulgaram o plano de vôo do EMB - Legacy e a sua lista de passageiros, pilotado por um norte-americano, transportando norte-americanos, que invadiu a aerovia pela qual o vôo 1907 da Gol se dirigia de Manaus a Brasília e o derrubou, por que? O que estes norte-americanos estavam fazendo na região? O piloto está detido na base de Cachimbo onde fez pouso forçado depois da colisão?”. Nesta oportunidade eu afirmei que o Legacy tinha invadido a aerovia do Boeing da Gol. Não sou vidente mas acertei. Por que? Principalmente, pelo comportamento dos cidadãos do império nos países do terceiro mundo. Não é a primeira vez que uma colisão como esta acontece nos céus do Brasil, entre uma aeronave brasileira e uma norte-americana, causando um grande número de vitimas fatais. No final da década de 1950, um avião da US-Navy, transportando uma banda militar que fazia uma turnê pela América Latina - para cooptar os nossos corações e nossas mentes -, recusou-se a atender às ordens da torre do Aeroporto "Santos Dumont", não entrou no tráfego, fez uma aproximação direta, colidindo assim, com um DC-3 de uma companhia aérea nacional. Os seus destroços e passageiros caíram na baia da Guanabara. Não houve sobreviventes. Memória fraca da nossa imprensa, não? Temos mil e um exemplos sobre estes tipos de atitudes imperiais.


Não é uma graça? Então, posso concluir que o tal piloto da US Navy devia ser um ex-kamikase japonês disfarçado que não se conformava com a derrota e tentou matar a banda de música americana.

Banzai!


Blz Clermont?!? :)

cara, concordo com vc neste ponto da condenação instantanea pela imprensa e opinião pública. Mas ressalvo que os pilotos do Legacy não são tão inocentes assim, segundo inquerito da PF, que os consideram negligentes durante o vôo.

Mas voltando a bola levantada, creio q nos falta é exercitar o beneficio da dúvida qdo os acusados são apresentados.

Citando outro caso recente - o homicido de um casal de idosos em sua residência que, se não estou enganado, em menos de 24h o delegado q iniciou as investigações fez uma coletiva de imprensa já apontando o filho do casal como suspeito do crime. Dias depois o autor do crime se entrega à polícia.

Mas é claro q o estrago já estava feito. Naquela noite em horário nobre os telejornais já exibiam a imagem do cidadão ensanguentado e o apontando como "o" suspeito do crime.

O q me pergunto é: havia a necessidade de se apresentar tão prontamente um suspeito do crime? Agravado ainda mais da forma q foi feita por coletiva de imprensa? Pq existe essa necessidade de "justiça instantanea" através da midia??

Tirando de lado as pavonices do delegado ou de outros agentes da lei, creio o q há é uma demanda reprimida na sociedade por justiça, proveniente de uma reação antagônica a morosidade e omissão do poder judiciário. Ao somar, a imprensa marqueteira e sua necessidade de fz caixa e o possíveis narcisismos dos envolvidos nas engrenagens da justiça e os "especialistas de plantão", temos a receita para a condenação "miojo" que nos entregam a domicilio todos os dias. Condimenta-se tudo isso com as mordenidades tecnológicas da "sociedade de informação" (internet, celular, palmtops, etc) para deglutirmos sem saborearmos.

Assim, pra não ficarmos empanturrados disso e depois ter aquela sensação de culpa, o melhor a fazer é usar o discernimento, dar o beneficio da dúvida mesmo diante do bombardeio de informações que estaremos sujeitos em situações semelhantes.

Putz, me perdoem por ter sido tão chato e prolixo sobre este o tema tão off-topic, era so pra reforçar o post mas comecei a escrever e não me segurei..... :oops: :wink:

[]´s




"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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#242 Mensagem por Pedro Gilberto » Qui Dez 14, 2006 5:21 pm

EDIT: msg duplicada

[engraçado, postei ontem mas so apareceu o post hj, qdo postei a noticia abaixo]




Editado pela última vez por Pedro Gilberto em Sex Dez 15, 2006 10:55 am, em um total de 1 vez.
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#243 Mensagem por Pedro Gilberto » Sex Dez 15, 2006 10:50 am

Piloto da Gol ouviu chamados para alertar Legacy


Análise do cilindro de voz da caixa-preta do Boeing da Gol que caiu matando todas as 154 pessoas a bordo mostra que a tripulação ouviu parte dos chamados do centro de controle aéreo de Brasília (Cindacta-1) para o jato Lagacy, que acabou colidindo com o Boeing por estar na mesma altitude (37 mil pés), em setembro passado.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, integrantes da Força Aérea Brasileira (FAB) citam a gravação como prova contra a tese, defendida pelos controladores, de que há "buracos negros" no espaço aéreo brasileiro - pontos nos quais o sistema de rádio e de radar simplesmente deixariam de funcionar. Os militares defendem que não pode ter havido falha de comunicação em terra, uma vez que o Boeing, mais distante de Brasília que o Legacy, consegui fazer contato.

A gravação mostra que o comandante Décio Chaves Júnior, do avião da Gol, sintonizou o rádio na mesma freqüência usada pelo Cindacta-1 e ouviu as tentativas dos controladores de entrar em contato com o Legacy - a comunicação foi retomada apenas após o impacto entre as aeronaves. O comandante no entanto, não teve como saber que voava em rota de colisão com o Legacy.

Para os técnicos do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que investigam o motivo pelo qual os pilotos do Legacy, os americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, não responderam à série de chamados do Cindacta-1, pouco antes da colisão. Uma das hipóteses é a de que Paladino e Lepore tenham sintonizado seu rádio na freqüência errada.


http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1301916-EI7792,00.html




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#244 Mensagem por trabuco » Sex Dez 15, 2006 7:29 pm

Pedro Gilberto escreveu:Piloto da Gol ouviu chamados para alertar Legacy


Análise do cilindro de voz da caixa-preta do Boeing da Gol que caiu matando todas as 154 pessoas a bordo mostra que a tripulação ouviu parte dos chamados do centro de controle aéreo de Brasília (Cindacta-1) para o jato Lagacy, que acabou colidindo com o Boeing por estar na mesma altitude (37 mil pés), em setembro passado.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, integrantes da Força Aérea Brasileira (FAB) citam a gravação como prova contra a tese, defendida pelos controladores, de que há "buracos negros" no espaço aéreo brasileiro - pontos nos quais o sistema de rádio e de radar simplesmente deixariam de funcionar. Os militares defendem que não pode ter havido falha de comunicação em terra, uma vez que o Boeing, mais distante de Brasília que o Legacy, consegui fazer contato.

A gravação mostra que o comandante Décio Chaves Júnior, do avião da Gol, sintonizou o rádio na mesma freqüência usada pelo Cindacta-1 e ouviu as tentativas dos controladores de entrar em contato com o Legacy - a comunicação foi retomada apenas após o impacto entre as aeronaves. O comandante no entanto, não teve como saber que voava em rota de colisão com o Legacy.

Para os técnicos do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que investigam o motivo pelo qual os pilotos do Legacy, os americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, não responderam à série de chamados do Cindacta-1, pouco antes da colisão. Uma das hipóteses é a de que Paladino e Lepore tenham sintonizado seu rádio na freqüência errada.


http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1301916-EI7792,00.html




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#245 Mensagem por Bolovo » Sex Dez 15, 2006 7:32 pm

Esses "buracos" no espaço aéreo brasileiro existem sim. Só não são cegos, como também são surdos e mudos.

E as minhas fontes são as mais confiaveis possiveis...... vivem com o negocio o dia inteiro...............




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#246 Mensagem por Clermont » Qui Dez 21, 2006 11:34 pm

Pedro Gilberto escreveu:Blz Clermont?!? :)

cara, concordo com vc neste ponto da condenação instantanea pela imprensa e opinião pública. Mas ressalvo que os pilotos do Legacy não são tão inocentes assim, segundo inquerito da PF, que os consideram negligentes durante o vôo.


Salve Pedro Gilberto. Até que seja provada a culpa, eles são, sim, tão inocentes quanto possível. É preciso analisar no que consistiria tal negligência. O que se menciona é que eles voaram certo tempo com o tal dispositivo, "transponder", desligado. Mas falta saber o que suscitou tal fato. Levando-se em consideração os riscos decorrentes de tal procedimento, não faz sentido pra mim, que pilotos experientes tivessem procedido de tal forma, de maneira consciente. A menos que fossem suicidas. Portanto, é preciso aguardar o decorrer dos fatos.


creio o q há é uma demanda reprimida na sociedade por justiça, proveniente de uma reação antagônica a morosidade e omissão do poder judiciário. Ao somar, a imprensa marqueteira e sua necessidade de fz caixa e o possíveis narcisismos dos envolvidos nas engrenagens da justiça e os "especialistas de plantão", temos a receita para a condenação "miojo" que nos entregam a domicilio todos os dias.

(...)

Assim, pra não ficarmos empanturrados disso e depois ter aquela sensação de culpa, o melhor a fazer é usar o discernimento, dar o beneficio da dúvida mesmo diante do bombardeio de informações que estaremos sujeitos em situações semelhantes.


Análise perfeita, nada a acrescentar pois. O problema está, justamente, em utilizar o discernimento diante de tantas situações que acontecem. Eu penso que o caso dos pilotos americanos foi emblemático e mais grave, por exemplo, do que o caso da mãe acusada de botar cocaína na mamadeira. Explico: na minha opinião, diante das selvagerias absurdas que estamos acostumados a ver, o caso da mãe seria até plausível. Assim, como não se poderia considerar um absurdo inacreditável, o fato de um filho ter matado os pais, como o exemplo que vc, Pedro Gilberto, citou. Porém, no caso dos pilotos, é forçoso reconhecer que, praticamente tudo que foi dito, era fantasioso e sem sentido: eles não poderiam estar fazendo "piruetas" às escondidas; eles não poderiam ter desligado, de livre e espontânea vontade o tal de "transponder". Isso pela mais elementar das razões. A autosobrevivência. O avião deles só não ficou pelo mato, por puro acaso (a menos que algum especialista anti-americano venha dizer que é possível um avião pequeno abalroar e abater outro maior, com total certeza de escapar incólume).

Agora, vamos continuar ouvindo (com menos intensidade, já que a memória do acidente vai ficando pra trás) os setores com interesses pessoais e corporativos, se digladiando pela imprensa: os pilotos americanos erraram a faixa de sintonia e, por isso, não ouviram o chamado do controle aéreo? Existe "buraco negro" na transmissão ou não? E por aí, vai.

E, por trás de tudo, a luta da Aeronáutica em continuar sendo "Aeronáutica" e não acabar sendo reduzida, tão somente, à "Força Aérea Brasileira".




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#247 Mensagem por Jet Crash® » Qui Jan 04, 2007 9:55 pm

Já pararam de satanizar os pobres pilotos americanos???




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Tragédia da Gol vira documentário do Discovery Channel

#248 Mensagem por jambockrs » Ter Jan 16, 2007 1:21 am

Meus prezados:
Tragédia da Gol vira documentário do Discovery Channel
LEILA SUWWAN, da Folha de S.Paulo, em Brasília, 15/01/2007 às 09h55min
O Discovery Channel começa nesta semana as filmagens para o documentário "Collision Over the Amazon" (Colisão sobre a Amazônia), que irá explorar o maior desastre aéreo da história do Brasil --a colisão do jato Legacy com o vôo 1907 da Gol no dia 29 de setembro-- e o "cenário difícil e fascinante" que surgiu depois, com o apagão aéreo vivido pelo país.
O programa deve ir ao ar entre julho e outubro, e deve ser transmitido em outros países da América Latina e nos Estados Unidos. O projeto está a cargo do produtor e diretor independente Alan Tomlinson.
Na visão de Tomlinson, o aspecto trágico do acidente tem forte apelo emocional: as 154 pessoas a bordo do Boeing morreram, mas os sete a bordo do jatinho sobreviveram a uma colisão considerada quase impossível de acontecer.
Mas igualmente interessante, para ele, é o "mundo desconhecido" da aviação que foi desvendando em etapas a partir da colisão, composto de radares, transponders, radiofrequências e controladores de tráfego aéreo. Além do ângulo tecnológico e científico, Tomlinson quer mostrar os desdobramentos políticos do acidente, como o funcionamento e a crise do controle aéreo.
"A Discovery tem boa reputação de independência e temos tido cooperação. Mas não vamos contornar os aspectos políticos. Como poderíamos? As repercussões políticas foram consideráveis", disse Tomlinson à Folha por telefone.
Ele está finalizando o cronograma e pretende desembarcar em Brasília na próxima semana para começar a filmar, com equipe local. Irão entrevistar autoridades, familiares das vítimas, especialistas, sobreviventes, as empresas aéreas e controladores de tráfego.
Porém a produção do documentário sobre o vôo 1907 insiste que não terá aspectos "investigativos" nem irá tirar "conclusões". Ambas investigações da Aeronáutica (com finalidade preventiva) e da Polícia Federal (inquérito criminal) ainda estão em curso.
"É uma colisão tão inusual, tão rara, que despertou a curiosidade do mundo inteiro sobre a segurança de vôo. As pessoas entram nos aviões sem nunca pensar sobre isso", disse.
A colisão ocorreu por uma sucessão de erros ou falhas: ambos os aviões voavam na mesma altitude em sentidos opostos, o transponder e o sistema anticolisão do jato não estavam operantes e o controle de tráfego aéreo não avistou ou alertou os pilotos para o risco.
Em um documentário anterior, para a mesma série "Discovery Hoje" do canal, Tomlinson contou o caso do acidente de mineração no México que deixou 65 mortos. "Além de revelar detalhes do mundo da mineração, queríamos mostrar como o episódio poderia ter sido diferente", disse.
Segundo ele, o Discovery Channel está investindo na produção de documentários locais na América Latina para evitar apenas a retransmissão de programas feitos para o público americano.
Um abraço e até mais...




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#249 Mensagem por Pedro Gilberto » Qua Jan 17, 2007 9:35 pm

Justiça federal prorroga prazo para investigações sobre acidente com Boeing da Gol

BRASÍLIA - O juiz federal Murilo Mendes acatou o parecer da Procuradoria da República em Mato Grosso e prorrogou por mais 30 dias o prazo para as investigações sobre o acidente com o Boeing da Gol, ocorrido no dia 29 de setembro. No acidente, no norte do Estado, morreram 154 pessoas.

O pedido havia sido feito pela Polícia Federal (PF), que aguardava a decisão desde dezembro, quando entregou à Justiça Federal o relatório parcial do inquérito. Na semana passada, o procurador Thiago Lemos de Andrade havia assinado parecer favorável à prorrogação do prazo.

Na decisão, divulgada no início da noite de ontem, o juiz também atendeu ao pedido feito pelos advogados dos pilotos norte-americanos do jato executivo Legacy, que se chocou com o Boeing. Como os pilotos foram indiciados pela Polícia Federal, Mendes considerou que os advogados devem ter pleno acesso às informações colhidas durante as investigações.

O juiz acatou pedido semelhante feito pela viúva de uma das vítimas do acidente: garantiu o acesso do advogado ao inquérito, com exceção das informações que digam respeito aos controladores de vôo, inclusive aos diálogos travados no dia do acidente. Murilo Mendes argumentou que as investigações não apontam a participação ou culpabilidade dos controladores, por isso a identidade deles deve ser poupada.

Em sua decisão, o juiz considerou que as informações apuradas até o momento precisam ser esclarecidas. "Assim como os sucessores das vítimas têm direito de obter documentos com o fim de instruir demandas tendentes à reparação civil, aos profissionais responsáveis pelo controle do tráfego aéreo é assegurada a preservação da intimidade, pelo menos até o momento que assumam no processo porventura a condição formal de indiciados", notou.

(Agência Brasil)


http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/valor/2007/01/17/ult1913u63458.jhtm




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#250 Mensagem por rodrigo » Qui Jan 18, 2007 7:45 am

A mídia já esqueceu do caso.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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#251 Mensagem por jambockrs » Dom Jan 21, 2007 10:56 am

Prezado rodrigo:
Nem tanto, nem tanto, senão vejamos:
Do G1, em São Paulo, com informações da Agência Estado
As gravações da caixa-preta do jato Legacy que se chocou com o Boeing da Gol, em 29 de setembro do ano passado, indicam que após o choque os pilotos Joe Lepore e Jan Paladino teriam percebido que o equipamento anticolisão estava desligado, de acordo com a revista "Veja".
Após a colisão, o Boeing caiu em uma região de mata fechada, em Mato Grosso, e seus 154 ocupantes morreram. Lepore e Paladino conseguiram pousar o Legacy na base aérea de Cachimbo, no Sul do Pará, e seus sete ocupantes nada sofreram.
A revista "Veja" publicou, na edição deste sábado (20), o diálogo entre os dois pilotos que estaria gravado na caixa-preta do jato. De acordo com a "Veja", os diálogos mostrariam que Lepore e Paladino, ao contrário do que dizem, descobriram às 16h59, dois minutos após o acidente, que viajaram com o mecanismo anticolisão, chamado TCAS, desligado. O transponder, que acusa a presença de outra aeronave na mesma rota, funciona acoplado ao TCAS.
O diálogo revela o espanto dos pilotos ao descobrir que o aparelho estava desligado. "Cara, você está com o TCAS ligado?", pergunta um deles. "É, o TCAS está desligado", responde o outro, de acordo com os diálogos divulgados pela revista. Após a conversa, o Legacy teria reaparecido no radar, uma evidência de que o aparelho teria voltado a funcionar ou teria sido religado.
O Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica não quiseram comentar o conteúdo do diálogo entre os pilotos. A Defesa informou, por intermédio de sua assessoria, que prefere aguardar o fim das investigações que vêm sendo feitas pela Aeronáutica e pela Polícia Federal. Já o Comando da Aeronáutica afirmou que as investigações sobre a queda estão sob sigilo imposto pelas normas internacionais.
Diálogo gravado pela caixa-preta publicado pela revista "Veja":

- Que diabos foi isso?
Tudo bem. Somente pilote o avião, cara.

- Nós perdemos o winglet?
Perdemos?

- Perdemos.
De onde veio a p....?

- Tudo bem. Nós estamos descendo. Declarando uma emergência. Senta.
(...) Deixe-me apenas pilotar a coisa, cara, porque eu acho...

- De onde ele veio, p....?
A gente bateu em alguém?

- Você viu aquilo?
Você viu alguma coisa?

- Eu pensei que vi...
Eu olhei pra cima.

- O que é isso?
Ainda temos a ponta da asa?

- Não.
Qual o estrago da asa?

- Foi grande... Foi grande. Estou sentindo agora...
Cara, você está com o TCAS ligado?

- É, o TCAS está desligado.
Tudo bem. Somente preste atenção no tráfego. A gente vai conseguir, a gente vai conseguir, a gente vai conseguir... Eu sei disso.

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,, ... 98,00.html
Um abraço e até mais...




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Rodrigo, mais notícias.

#252 Mensagem por jambockrs » Qui Fev 15, 2007 10:48 pm

Meus prezados:
Vôo Gol 1907
Segunda, 12 de fevereiro de 2007, 19h59 Atualizada às 20h44 - Terra
Legacy: empresa nega ter feito sistema anticolisão
A Honeywell International negou nesta segunda-feira ser a fabricante do sistema anticolisão instalado num jato Legacy que se chocou com um Boeing da Gol no ano passado. Segundo a companhia, uma unidade da L-3 Communications e da Thales SA fabricaram o equipamento. No dia 29 de setembro, um Boeing 737 operado pela Gol chocou-se com um jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer e operado pela empresa de fretamento americana ExcelAire.
A aeronave da Gol caiu no norte do Mato Grosso matando as 154 pessoas a bordo, no pior acidente da história da aviação brasileira. O Legacy, por sua vez, conseguiu pousar com segurança em uma base aérea no sul do Pará.
Em novembro, parentes das vítimas do acidente processaram a ExcelAire e a Honeywell, fabricante do transponder do Legacy. O transponder é um equipamento que informa a localização da aeronave em relação ao solo e a outros aviões, e é parte de um sistema para evitar colisões. O processo acusa as duas empresas de contribuírem para que o acidente tivesse acontecido.
Sistemas anticolisão contam com os transponders, que usam ondas de rádio para identificar a localização e a altitude de uma aeronave. Em documentos entregues a um tribunal em janeiro, cuja cópia a Reuters teve acesso na semana passada, a Honeywell afirma que o sistema anticolisão do Legacy era um TCAS 2000, fabricado pela ACSS, não pela Honeywell.
Na segunda-feira, uma porta-voz da L-3 disse que a ACSS fabricou o sistema anticolisão do Legacy e que a empresa está colaborando com as investigações. A L-3 é a responsável pela joint-venture, que conta com a participação da Thales.
A Honeywell informou na segunda-feira que fabricou os dois transponders instalados no Legacy. Um outro processo, num tribunal de Nova York, cita a Gol, a Embraer, a Honeywell, a ExcelAire e seus pilotos como réus. O processo não cita a ACSS, uma parceria da L-3 e da Thales.
Um relatório preliminar, divulgado em novembro pela Força Aérea Brasileira - que investiga as causas do acidente - forneceu informações básicas sobre o vôo e conversas de rádio sem, no entanto, apontar as causas da tragédia. A FAB disse estar considerando uma série de possíveis causas, incluindo problemas de comunicação entre os pilotos e controladores de vôo, que chegaram a afirmar a existência de "pontos cegos" no espaço aéreo brasileiro, o que a Aeronáutica e o Ministério da Defesa negam.
PF deve responsabilizar controladores de Brasília
A Polícia Federal (PF) informou que há fortes indícios de responsabilidade do controle aéreo de Brasília no acidente com o vôo 1907, da companhia aérea Gol, em setembro do ano passado. Na tragédia, 154 pessoas morreram. Os controladores de Brasília monitoravam o jato Legacy até o momento do choque com o Boeing da Gol.
Segundo a rádio Band News, pelo menos três controladores de vôo seriam diretamente responsabilizados pelo caso. No entanto, o delegado responsável pela investigação, Renato Sayão, afirmou que não serão indicados nomes, já que nem todos estiveram envolvidos com o controle do jato no momento do acidente.
Segundo Sayão, a PF ainda vai realizar um trabalho de perícia no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) de Brasília para colher mais elementos sobre as transcrições de voz e visualização do tráfego aéreo.
Após essa etapa, ele deverá elaborar um relatório detalhando as investigações e o trabalho de perícia que foi realizado. O documento deverá ser enviado para a Justiça Militar. "Tudo leva a crer que houve sim uma falha em Brasília e nós vamos comunicar os órgãos responsáveis", afirmou Sayão, ressaltando que os controladores não serão julgados pela Justiça comum.
Delegado isenta de culpa os CTA's de Manaus
Na terça-feira passada, o delegado afirmou que os controladores de vôo de Manaus, de onde havia partido o Boeing, não tiveram responsabilidade no acidente.
Segundo ele, quando os controladores de Manaus receberam as informações sobre o problema com o Boeing e o jato, que voavam na mesma altitude, já não havia tempo hábil para reverter a situação. O acidente aconteceu cerca de dois minutos após a torre de Manaus ser acionada.
Sayão reforçou que o fato de o transponder do Legacy estar desligado foi decisivo para o choque entre as duas aeronaves.
A informação é da TV Amazonas. Sayão interrogou três sargentos da Aeronáutica, sendo que um deles monitorou o tráfego aéreo no dia da colisão.
O policial vai pedir à Justiça, pela segunda vez, a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito.
Além dos controladores de Manaus, já foram ouvidos os de São José dos Campos (SP), de onde partiu o Legacy, e os de Brasília, que monitoraram o jato até o momento do choque com o Boeing da GOL. Nos próximos dias, peritos da Polícia Federal chegam a Manaus para inspecionar os equipamentos do Cindacta 4.
Um abraço e até mais...

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Pilotos do Legacy maiores culpados. Delegado tem certeza.

#253 Mensagem por jambockrs » Sáb Fev 24, 2007 11:47 pm

Meus prezados:
Delegado não tem mais dúvidas de que os pilotos do jato Legacy são os maiores culpados pela tragédia da Gol
sábado, 24 de fevereiro de 2007 - 04:28
De O Globo, hoje:
"O delegado federal Renato Sayão, que investiga as causas do acidente com o avião da Gol em setembro do ano passado, não tem mais dúvidas de que os pilotos do jato Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, são os maiores culpados pela tragédia. A aeronave que pilotavam se chocou em pleno ar com o Boeing 737-800 a 37 mil pés de altitude. Ontem a Justiça Federal de Sinop prorrogou o inquérito por mais 60 dias.
O delegado, no entanto, tenta entender como ocorreu o desligamento do transponder e do TCAS do jatinho. O primeiro é o aparelho de comunicação eletrônica responsável pela emissão de dados do avião. O TCAS é o sistema anti-colisão. A informação pouco poderá acrescentar no inquérito, uma vez que Lepore e Paladino já estão indiciados no crime de expor a risco embarcação ou aeronave culposamente. Mas poderá ser um agravante na dosagem de uma eventual pena. O delegado garante que não vai mais indiciá-los por nenhum outro crime."
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Os dezoito dias que abalaram a GOL

#254 Mensagem por jambockrs » Dom Mar 25, 2007 2:06 am

Meus prezados:
Os 18 dias que abalaram a Gol
Pela primeira vez, a empresa conta como foi o processo de tomada de decisão depois do acidente do vôo 1907
Eram pouco mais de 18 horas quando o executivo David Barioni Neto, vice-presidente técnico da Gol, deixou a sede da companhia aérea, no bairro da Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo. Barioni ainda estava próximo à empresa (ele pretendia cortar o cabelo num salão ali perto) quando seu celular tocou. Na linha, um de seus subordinados informava que um dos aviões da companhia havia sumido do radar. Ao ouvir a notícia, Barioni tomou a primeira de uma série quase interminável de decisões, que se estenderia por vários dias. Voltou para a empresa e, ainda no caminho, começou a acionar os funcionários-chave da Gol treinados para lidar com situações de crise. Poucas horas depois, a confirmação da queda do Boeing 737-800, que fazia o vôo 1907 (Manaus­Rio de Janeiro) e se chocou com um jato Legacy, marcaria para sempre a história da companhia. Naquela sexta-feira 29 de setembro, a maior estrela surgida na aviação brasileira na última década sofria seu primeiro grande -- e trágico -- baque: um acidente com 154 vítimas fatais, o maior da história do país. "O que se faz nas primeiras horas depois de um acidente marca para sempre a trajetória da companhia", afirmou Barioni a EXAME, em sua primeira entrevista sobre a gestão do episódio.
Piloto de formação e habilitado a fazer investigações de acidentes aéreos, Barioni é um dos primeiros funcionários da Gol e homem de confiança de Constantino de Oliveira Júnior, presidente e um dos controladores da empresa. Logo depois da fundação da companhia, em janeiro de 2000, ficou estabelecido que seria ele o responsável pela gestão de eventuais acidentes aéreos. "Esse é um risco que existe para qualquer empresa do mercado, e a melhor maneira de lidar com ele é se preparando", diz Barioni. Desde então, o executivo já participou de diversos treinamentos sobre o assunto. Com base neles -- e na experiência vivida por outras companhia aéreas que enfrentaram acidentes --, formulou um manual com cerca de 2 700 páginas. Do calhamaço constam desde o modelo de comunicado que deve ser enviado ao mercado após o acidente até um roteiro básico a ser seguido nas entrevistas concedidas à imprensa. "A decisão mais importante na hora da crise foi seguir exatamente o que estava determinado no plano", diz Barioni. "A tentação para mudar era grande, mas eu sabia que qualquer improvisação poderia prejudicar o trabalho."
Apenas 30 minutos após o primeiro telefonema de Barioni, a chamada sala de crise, instalada no 13o andar da sede da Gol, já estava operando. Ali, 16 executivos de diversas áreas coordenavam o trabalho dos quase 350 funcionários da empresa envolvidos no gerenciamento da crise -- de pessoas responsáveis por lidar com as famílias das vítimas àquelas que acompanhariam as buscas do avião. (No verso dos crachás de todos eles há uma lista das primeiras medidas a ser tomadas em caso de acidente. Cada funcionário recebe diretrizes específicas.) Na noite que se seguiu à queda do Boeing, ninguém dormiu. Do 15o andar do prédio, Júnior, como é conhecido o presidente da Gol, acompanhava toda a movimentação. "O papel dele foi o de fiador institucional da empresa", diz Barioni. Isso significa que Júnior participaria de momentos como a primeira coletiva de imprensa -- em que até a cor do terno usado por ele foi preestabelecida (preto) --, mas não se envolveria diretamente na operação.
À medida que os dias passavam, a tensão e o cansaço começavam a derrubar alguns dos funcionários envolvidos com o gerenciamento da crise. "Tive de substituir várias pessoas que não estavam conseguindo lidar com o estresse", diz Barioni. Ele conta que a equipe ficou especialmente emocionada quando viu a primeira foto com os destroços da aeronave -- uma imagem que deixava clara a impossibilidade de haver sobreviventes. Em pelo menos duas ocasiões, o próprio Barioni baqueou. "No terceiro dia, depois de ficar praticamente sem dormir desde o acidente e sentindo toda aquela pressão, fui para um canto do escritório e chorei. Sem que ninguém me visse, porque não queria abalar o resto da equipe", diz ele, que ao longo da carreira já gerenciou crises provocadas por outros cinco desastres com aviões. Uma semana após a queda da aeronave, Barioni rumou para o local do acidente, no interior do Mato Grosso. Além da dificuldade logística -- para chegar perto do avião era preciso enfrentar o calor, a escassez de água e os insetos na mata fechada --, ele viu de perto como o pessoal que trabalhava para a Gol e acompanhava as buscas estava exaurido. "Depois que fui para a selva, percebi que a equipe que estava lá precisava ser substituída. É o tipo de decisão que eu só pude tomar porque fui até lá", afirma.
Paralelamente, o executivo tinha a missão de garantir que os funcionários continuassem cumprindo suas tarefas normais. A recomendação era que, para cada hora trabalhada, 40 minutos deveriam ser dedicados à crise e o restante ao dia-a-dia. "Fazer com que esse botão liga-e-desliga funcionasse foi uma das coisas mais difíceis de todo o processo", diz ele. Durante os 18 dias em que a sala de crise funcionou, a Gol recebeu dois novos aviões e fechou o orçamento de 2007. O esforço para controlar a crise e manter a companhia funcionando foi percebido pelo mercado. O valor dos papéis da empresa praticamente não foi afetado nos dias subseqüentes ao acidente (para efeito de comparação, depois da queda do Fokker 100 da TAM, em 1996, que resultou na morte de 99 pessoas, o valor das ações da companhia foi quase reduzido à metade). Segundo uma pesquisa da consultoria inglesa Oxford Metrics, o fator predominante para a recuperação da imagem de uma empresa envolvida com acidentes fatais é a habilidade da administração de demonstrar uma forte liderança e se comunicar com honestidade e transparência. Aparentemente, as decisões tomadas por Barioni conseguiram atingir esse objetivo.
http://portalexame.abril.uol.com.br/rev ... 25037.html
fonte: revista "Exame" - Cristiane Correa
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Cláudio Severino da Silva
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#255 Mensagem por trabuco » Sex Abr 06, 2007 1:29 pm

Mas afinal, depois de tanto tempo do acidente, saiu o relatório final sobre as causas do acidente do avião da GOL???




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