eu coloquei alguns textos sobre o programa nuclear brasileiro com relação a ampliação do CS da ONU e a AIEA que eu achei na internet...
mas acabei postando em Assuntos Gerais.
Eu achei os textos bem interessantes...
se alguem tiver um tempinho da uma olhada la e se tiverem outras informações, por favor postem... eu adoro me manter informado sobre isso
Centrífuga Paquistanesa (Importante!)
Moderador: Conselho de Moderação
- Luís Henrique
- Sênior
- Mensagens: 8391
- Registrado em: Sex Mai 07, 2004 12:25 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 184 vezes
- Vinicius Pimenta
- Site Admin
- Mensagens: 12007
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
- Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 131 vezes
- Contato:
- FinkenHeinle
- Sênior
- Mensagens: 11930
- Registrado em: Qua Jan 28, 2004 4:07 am
- Localização: Criciúma/SC
- Agradeceu: 6 vezes
- Agradeceram: 19 vezes
- Contato:
Vinicius Pimenta escreveu:Olha, posso estar enganado mas acho que já começou.
Sim, mas apenas como piloto. Eles estão testando as instalações.
Creio que a produção deverá começar no mais tardar no fim de 2005.
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
- Brasileiro
- Sênior
- Mensagens: 9419
- Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
- Agradeceu: 239 vezes
- Agradeceram: 546 vezes
ENERGIA NUCLEAR
Brasil poderá fazer seis ogivas por ano, diz ONG dos EUA
Artigo da "Science" pede uma inspeção cuidadosa da AIEA em Resende; governo repudia atitude da revista
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A usina de enriquecimento de urânio instalada em Resende (RJ), caso fosse configurada apropriadamente, poderia produzir combustível para várias bombas atômicas. O alerta, que adiciona desconfiança sobre as pretensões nucleares do país na comunidade internacional, foi dado por dois pesquisadores num artigo publicado ontem na prestigiosa revista científica norte-americana "Science" (http://www.sciencemag.org).
Segundo Liz Palmer e Gary Milhollin, ambos da ONG americana Projeto Wisconsin para Controle de Armas Nucleares, voltada para o cumprimento dos acordos de não-proliferação da tecnologia da bomba atômica, a instalação de Resende em sua configuração atual poderia produzir urânio enriquecido suficiente para seis ogivas a cada ano. Segundo as projeções de expansão da usina, em 2010 esse número poderia aumentar para 26 a 31 ogivas anuais; em 2014, para 53 a 63.
A dupla usa os números para justificar a necessidade de uma inspeção cuidadosa por parte da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), a fim de se certificar de que a usina será usada somente para os fins declarados pelo governo brasileiro -a produção de urânio enriquecido para o abastecimento das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2.
Os inspetores da AIEA já terminaram seus trabalhos na instalação, mas não tiveram acesso às centrífugas -peças centrais usadas para obter maiores concentrações de urânio-235 (a versão mais instável da substância, usada para produção de energia nuclear) nas amostras, processo chamado de enriquecimento.
Boas intenções
Os pesquisadores dizem não ter razão para duvidar das boas intenções do país, pelo menos no momento ("há pouca evidência de que o Brasil realmente queira se tornar uma potência com armas nucleares", eles escrevem), mas temem que uma posição menos rígida da AIEA em relação ao país acabe abrindo um precedente para que outros países, menos confiáveis, exijam as mesmas condições para as inspeções de suas instalações nucleares.
As afirmações da dupla causaram reações no governo brasileiro. Por meio de nota, o Ministério da Ciência e Tecnologia repudiou a atitude da revista "Science" de abrigar o artigo, que afirma ser "de autores que desconhecem a planta e a tecnologia brasileiras e desconhecem o andamento das negociações com a AIEA".
"A fragilidade da argumentação e leviandade das afirmações só podem ser devidas a uma grande desinformação ou a interesses escusos, ambos motivos incompatíveis com uma revista científica do prestígio e tradição da "Science'".
Segundo a nota, "afirmar que "se algum dia o Brasil mudar de idéia (sobre seus princípios de não-proliferação), seu urânio enriquecido a 3,5% já terá recebido mais da metade do trabalho necessário para obter material para bomba" (tradução nossa) equivale a dizer que nenhum país pode ter acesso à tecnologia nuclear. Mais ainda, significa partir do princípio que os objetivos do país são escusos", declarou o MCT.
Governo nega intenção de construir ogivas
Mínistério de Ciência e Tecnologia trata como "leviandade" argumentos usados em artigo da revista Science
Denise Madueño
O Ministério da Ciência e Tecnologia divulgou nota, ontem, manifestando profunda estranheza e perplexidade com o artigo publicado na revista científica Science no qual os pesquisadores Liz Palmer e Gary Milhollin afirmam que o Brasil tem capacidade para produzir ogivas nucleares. "A fragilidade da argumentação e a leviandade das afirmações só podem ser devidas a uma grande desinformação ou a interesses escusos, motivos incompatíveis com uma revista científica do prestígio e tradição da Science", diz o texto.
Outra nota, explicando o trabalho de enriquecimento e a posição do Brasil sobre a questão nuclear, será enviada à revista. Na Science desta semana, os pesquisadores dizem que a produção de urânio da unidade de Resende (RJ) é suficiente para fazer até 6 ogivas nucleares por ano. O artigo, segundo o ministério, "extrapola largamente a metodologia e os princípios científicos que sempre caracterizaram a Science, principalmente aceitando um artigo de autores que desconhecem a planta e a tecnologia brasileiras e o andamento das negociações com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)."
Também é criticada a afirmação dos pesquisadores de que, se o Brasil mudar de idéia sobre os princípios de não proliferação de armas nucleares, o urânio enriquecido já terá recebido mais da metade do necessário para obter o material para a bomba. Segundo o ministério, essa análise equivale a dizer que nenhum país pode ter acesso à tecnologia nuclear. "Mais ainda, significa partir do princípio que os objetivos do país são escusos", acrescenta.
"O papel da AIEA baseia-se em três pilares: garantir a não-proliferação, o acesso de todos os países às benesses da tecnologia e o uso seguro dessas tecnologias", diz a nota. "O Brasil tem cumprido sempre com todos os compromissos assumidos, razão pela qual as negociações sobre os procedimentos de salvaguarda para a planta de Resende têm transcorrido dentro da mais absoluta normalidade e serenidade, como não podia deixar de ser."
ARAMAR
Em São Paulo, o comandante do Centro Tecnológico da Marinha, contra-almirante Allan Paes Leme Arthous, não quis comentar o artigo, alegando que o assunto estava sendo tratado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia. O centro mantém em Iperó, na região de Sorocaba, o Centro Experimental Aramar, onde foram desenvolvidas as ultracentrífugas utilizadas na usina de enriquecimento de urânio de Resende.
Segundo um oficial do Centro Aramar que não quis ser identificado, a tecnologia desenvolvida durante o domínio do ciclo do combustível nuclear permite o enriquecimento de urânio em teores acima de 3,5%, mas o País não tem interesse em avançar nessa direção. "Saber fazer não significa que vamos fazer", disse. Colaborou: José Maria Tomazela
Brasil poderá fazer seis ogivas por ano, diz ONG dos EUA
Artigo da "Science" pede uma inspeção cuidadosa da AIEA em Resende; governo repudia atitude da revista
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A usina de enriquecimento de urânio instalada em Resende (RJ), caso fosse configurada apropriadamente, poderia produzir combustível para várias bombas atômicas. O alerta, que adiciona desconfiança sobre as pretensões nucleares do país na comunidade internacional, foi dado por dois pesquisadores num artigo publicado ontem na prestigiosa revista científica norte-americana "Science" (http://www.sciencemag.org).
Segundo Liz Palmer e Gary Milhollin, ambos da ONG americana Projeto Wisconsin para Controle de Armas Nucleares, voltada para o cumprimento dos acordos de não-proliferação da tecnologia da bomba atômica, a instalação de Resende em sua configuração atual poderia produzir urânio enriquecido suficiente para seis ogivas a cada ano. Segundo as projeções de expansão da usina, em 2010 esse número poderia aumentar para 26 a 31 ogivas anuais; em 2014, para 53 a 63.
A dupla usa os números para justificar a necessidade de uma inspeção cuidadosa por parte da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), a fim de se certificar de que a usina será usada somente para os fins declarados pelo governo brasileiro -a produção de urânio enriquecido para o abastecimento das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2.
Os inspetores da AIEA já terminaram seus trabalhos na instalação, mas não tiveram acesso às centrífugas -peças centrais usadas para obter maiores concentrações de urânio-235 (a versão mais instável da substância, usada para produção de energia nuclear) nas amostras, processo chamado de enriquecimento.
Boas intenções
Os pesquisadores dizem não ter razão para duvidar das boas intenções do país, pelo menos no momento ("há pouca evidência de que o Brasil realmente queira se tornar uma potência com armas nucleares", eles escrevem), mas temem que uma posição menos rígida da AIEA em relação ao país acabe abrindo um precedente para que outros países, menos confiáveis, exijam as mesmas condições para as inspeções de suas instalações nucleares.
As afirmações da dupla causaram reações no governo brasileiro. Por meio de nota, o Ministério da Ciência e Tecnologia repudiou a atitude da revista "Science" de abrigar o artigo, que afirma ser "de autores que desconhecem a planta e a tecnologia brasileiras e desconhecem o andamento das negociações com a AIEA".
"A fragilidade da argumentação e leviandade das afirmações só podem ser devidas a uma grande desinformação ou a interesses escusos, ambos motivos incompatíveis com uma revista científica do prestígio e tradição da "Science'".
Segundo a nota, "afirmar que "se algum dia o Brasil mudar de idéia (sobre seus princípios de não-proliferação), seu urânio enriquecido a 3,5% já terá recebido mais da metade do trabalho necessário para obter material para bomba" (tradução nossa) equivale a dizer que nenhum país pode ter acesso à tecnologia nuclear. Mais ainda, significa partir do princípio que os objetivos do país são escusos", declarou o MCT.
Governo nega intenção de construir ogivas
Mínistério de Ciência e Tecnologia trata como "leviandade" argumentos usados em artigo da revista Science
Denise Madueño
O Ministério da Ciência e Tecnologia divulgou nota, ontem, manifestando profunda estranheza e perplexidade com o artigo publicado na revista científica Science no qual os pesquisadores Liz Palmer e Gary Milhollin afirmam que o Brasil tem capacidade para produzir ogivas nucleares. "A fragilidade da argumentação e a leviandade das afirmações só podem ser devidas a uma grande desinformação ou a interesses escusos, motivos incompatíveis com uma revista científica do prestígio e tradição da Science", diz o texto.
Outra nota, explicando o trabalho de enriquecimento e a posição do Brasil sobre a questão nuclear, será enviada à revista. Na Science desta semana, os pesquisadores dizem que a produção de urânio da unidade de Resende (RJ) é suficiente para fazer até 6 ogivas nucleares por ano. O artigo, segundo o ministério, "extrapola largamente a metodologia e os princípios científicos que sempre caracterizaram a Science, principalmente aceitando um artigo de autores que desconhecem a planta e a tecnologia brasileiras e o andamento das negociações com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)."
Também é criticada a afirmação dos pesquisadores de que, se o Brasil mudar de idéia sobre os princípios de não proliferação de armas nucleares, o urânio enriquecido já terá recebido mais da metade do necessário para obter o material para a bomba. Segundo o ministério, essa análise equivale a dizer que nenhum país pode ter acesso à tecnologia nuclear. "Mais ainda, significa partir do princípio que os objetivos do país são escusos", acrescenta.
"O papel da AIEA baseia-se em três pilares: garantir a não-proliferação, o acesso de todos os países às benesses da tecnologia e o uso seguro dessas tecnologias", diz a nota. "O Brasil tem cumprido sempre com todos os compromissos assumidos, razão pela qual as negociações sobre os procedimentos de salvaguarda para a planta de Resende têm transcorrido dentro da mais absoluta normalidade e serenidade, como não podia deixar de ser."
ARAMAR
Em São Paulo, o comandante do Centro Tecnológico da Marinha, contra-almirante Allan Paes Leme Arthous, não quis comentar o artigo, alegando que o assunto estava sendo tratado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia. O centro mantém em Iperó, na região de Sorocaba, o Centro Experimental Aramar, onde foram desenvolvidas as ultracentrífugas utilizadas na usina de enriquecimento de urânio de Resende.
Segundo um oficial do Centro Aramar que não quis ser identificado, a tecnologia desenvolvida durante o domínio do ciclo do combustível nuclear permite o enriquecimento de urânio em teores acima de 3,5%, mas o País não tem interesse em avançar nessa direção. "Saber fazer não significa que vamos fazer", disse. Colaborou: José Maria Tomazela
- FinkenHeinle
- Sênior
- Mensagens: 11930
- Registrado em: Qua Jan 28, 2004 4:07 am
- Localização: Criciúma/SC
- Agradeceu: 6 vezes
- Agradeceram: 19 vezes
- Contato:
Tá na hora do Lula chegar na mídia internacional e dizer que isso tudo é um baita dum papelão... Dizer debaixo dos narizes americanos que esse Washington Post e esse New York Times mais estão parecendo o "The Sun" inglês, ou seja, um tablóide...
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell