Projeto "Banda X" de comunicação

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Carlos Mathias

#16 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Out 05, 2004 12:02 am

O anti-americanismo é proporcional ao anti-russismo. Aliás o foguete chama-se Próton, Energia é o nome do fabricante.
Se alguém aí já ouviu falar de alguma oferta americana de lançamento de alguma coisa brasileira, que não seja lançamento de anão, ou principalmente de cooperação tecnológica nesta área, por favor é só citar.
Agora, ficar falando de anti-americanismo só por falar... Aliás acho que deveríamos começar a escrever em inglês, colocar umas bandeirinhas, toda vez que abrir-se o fórum tocar o hino americano, essas coisas da cultura americana.
Depois de décadas de subserviência em TODAS as áreas e ultimamente até liguisticamente, substituindo termos da nossa língua por neologismos sem necessidade, até falar no gerúndio está na moda. Mas "estarei sempre falando" aqui para defender um pouquinho do verde e amarelo. [018] [026]




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Vinicius Pimenta
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#17 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Out 05, 2004 12:13 pm

Carlos, engraçado você falar isso. Da mesma maneira, alguém quando lê suas mensagens pode sugerir que você e os demais cantem o hino russo, mudem a capital para Moscou ou mude o nome do fórum para Fórum eu amo a Rússia, como eu mesmo já fiz. :wink:

Acho que tanto o anti-americanismo quanto a defesa quase apaixonada pela Rússia são prejudiciais. É patente que os Russos, diante de sua situação, podem oferecer muito mais que os estadunidenses. Agora, denfedê-los acima de tudo, sem sequer admitir que podem haver soluções melhores, é bastante simplista e comodista. Não estou dizendo que você é simplista ou comodista ou que os defende os russos acima de tudo. Por favor não entenda assim, porém, defender largamente apenas os russos pode acabar passando essa idéia. Está entendendo?

Só agora na última mensagem você falou o que deve ser feito: defender o verde-amarelo! Isso não necessariamente passa por soluções russas, embora, evidentemente é bastante desejável que tentemos uma aproximação não só com Rússia mas com a China também.

Em relação ao que estava sendo discutido, eu também só vejo duas opções: 1- Desenvolvimento nacional; 2- Co-produção com a Rússia do Próton ou similar. Acontece que acho extremamente difícil, mesmo sendo a Rússia, que ela libere a tecnologia do Próton.

Além disso, acho muito mais proveitoso, já que estamos dispostos a gastar, que nós tentemos desenvolver localmente nossa capacidade de lançamento. Se não há tempo hábil até o lançamento dos satélites geoestacionários, tudo bem. Deixaram para planejar em cima da hora. É melhor nós desenvolvermos nossos satélites e mandar, quem sabe até a própria Rússia ou a China (também nossa parceira nessa área) lançá-los. E então desenvolvermos nosso VLS-2 com tempo hábil para entrar no mercado de bons lançadores.




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#18 Mensagem por FinkenHeinle » Sex Out 08, 2004 1:45 pm

A volta da Telebrás
Para agradar os militares, o presidente Lula planeja relançar a estatal.
Enquanto isso, as ações disparam


Por Hugo Studart

A idéia, gerada no gabinete presidencial, está prestes a se concretizar. Semanas atrás, o presidente Lula convidou um pequeno grupo de petistas ao Planalto para falar sobre telecomunicações. Na pauta, a guerra entre Telecom Italia e Opportunity e os planos do mexicano Carlos Slim na Embratel. A conversa descambou para a Telebrás, antiga jóia da coroa, e a CUT sugeriu ressuscitar a estatal, transformando a empresa em gestora dos satélites de uso militar do Brasil. “É isso mesmo, gostei da idéia de potencializar a Telebrás”, respondeu Lula. “Isso é questão de segurança nacional.” O senador Aloizio Mercadante saiu em apoio; lembrou que essa é uma demanda antiga dos militares. “Estão dizendo que a Telebrás não existe mais”, argumentou. De lá para cá, o assunto tomou corpo no governo. A Telebrás, que tem 375 funcionários, R$ 140 milhões em caixa e ações na Bovespa – que subiram 150% desde que os rumores vazaram – irá renascer como operadora de satélites. Além do uso militar, pode competir com a Embratel na venda de serviços às empresas privadas.

O formato final da nova empresa depende de negociações com o governo da Rússia. Nesta semana, o primeiro-ministro russo Mikhail Fradkov recebe em Moscou o vice-presidente José Alencar para tratar de um acordo espacial – o Brasil busca tecnologia russa para construir um satélite de grande porte. O Brasil já tem tecnologia própria para construir um pequeno satélite. Hoje, o Brasil usa o sistema de comunicação norte-americano, o GPS, mas a partir de 2010, precisa de mais banda de satélite para incorporar o sistema da União Européia, o Galileu. Também precisa de mais banda para o projeto de inclusão digital e a proteção das 200 milhas marítimas. Nesse caso, precisaria colocar no ar dois satélites, um deles de reserva. “Todas as possibilidades ainda estão em estudo”, disse à DINHEIRO o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira. O BNDES já foi acionado para estudar o financiamento dos dois satélites. Também será preciso ampliar a Base de Alcântara. O projeto total está orçado em US$ 600 milhões. Atualmente o governo usa uma banda exclusiva de dois satélites da Embratel, comprada em maio último pela Telmex de Carlos Slim. O temor dos militares é que a Embratel, hoje nas mãos de estrangeiros, não invista na expansão dos satélites. Um deles, o BrasilSat 1, vai morrer no início de 2006, quando terminar o combustível. O outro morre em 2007. A Embratel nega que esse risco exista. “Estamos investindo US$ 500 milhões na expansão do sistema”, disse o presidente da Embratel, Carlos Henrique Moreira. “O governo nunca pagou nada pelos nossos satélites, mas se quiser expandir o uso da banda, teremos apenas que negociar um valor”.




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#19 Mensagem por Sniper » Sex Out 08, 2004 7:19 pm

É no mínimo "medonho" que as nossas comunicações e transmições militares , que involvem segredos de estado estejam nas mãos de uma empresa estrangeira!! :shock:

Sou totalmente a favor de "ressucitar" a Telebrás. Que teria principalmente aplicações nas comunicações militares!! Ótima idéia!! :D




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#20 Mensagem por César » Sáb Out 16, 2004 2:29 pm

Encontro no CTA discute satélite geoestacionário para o Brasil


O Centro Técnico Aeroespacial (CTA) promoveu, em parceria com o Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento da Aeronáutica (DEPED), no dia 8 de outubro, um workshop para discutir o projeto do Satélite Geostacionário Brasileiro (SGB).

O evento reuniu, na sede do DEPED, em Brasília-DF, representantes do Ministério da Defesa, do Ministério das Comunicações, do Ministério da Justiça, da Agência Espacial Brasileira, da Agência Nacional de Telecomunicações, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), das três Forças Armadas, de institutos e centros de pesquisa, além de empresas nacionais do setor de telecomunicações.

No encontro, aberto pelo Vice-Diretor do DEPED, foram discutidos aspectos importantes relacionados ao projeto, como o modelo operacional preliminar, os estudos de oportunidades de desenvolvimento nacional e contrapartidas feitos pelo CTA e os estudos de posições orbitais favoráveis.

A realização do evento teve por objetivo reunir as mais diferentes instituições interessadas na utilização dos serviços oferecidos por um satélite geoestacionário, que vão desde o controle e o gerenciamento do tráfego aéreo, utilização em programas de interesses tecnológicos e sociais, como meteorologia, educação à distância, tele-saúde e incremento na vigilância da Amazônia até a ampliação da vigilância marítima e aérea na região oceânica sob responsabilidade do Brasil.


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Fonte: DEPED(via site FAB)

Abraço a todos

César




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#21 Mensagem por Brasileiro » Sáb Out 16, 2004 3:56 pm

Naquele papo daquela visita à Rússia, o cara do ministério falou que estão sendo estudadas três opções:
1 - Alugar

2- Comprar

3- Fabricar um próprio




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#22 Mensagem por FinkenHeinle » Sex Out 22, 2004 8:39 pm

Brasileiro escreveu:Naquele papo daquela visita à Rússia, o cara do ministério falou que estão sendo estudadas três opções:
1 - Alugar

2- Comprar

3- Fabricar um próprio


Exatamente. São as opções existentes. Mas o problema não é nem o satélite em si. O problema é como lançá-lo.

Existem como opções lançamento aqui e lá fora. Aqui, teríamos de usar ou o Cyclone IV ou o Órion, que está sendo oferecido para o Brasil da mesma forma como o Cyclone, apenas para lançamentos, sem transferência de tecnologia.




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