Pepê Rezende escreveu:Marino escreveu:Pepê Rezende escreveu:Marino escreveu:Pepê Rezende escreveu:Marino escreveu:Pepê Rezende escreveu:Marino escreveu:O sistema AIP é imprescindível para o mar Báltico ou Mediterrâneo, que podem ser monitorados até por radares localizados em terra, fazendo com que o Snorkel para recarga de baterias seja um perigo. Tanto que o desenvolvimento do sistema se deu na Alemanha e Suécia.
Aqui para o Brasil temos o Atlântico Sul e para o Chile o Pacífico Sul.
Os espaços são outros e tática é outra. Acho que faltou a MB explicar isso também.
Qualquer instrumento que amplia a discreção do submarino é bem-vindo, seja em que oceano for. Imagine o San Luiz (ou era o Salta) com AIP debaixo da esquadra britânica. Vamos deixar de acreditar em todas as bobagens oficiais que nos dizem (AIP não é necessário, o AMX é um grande avião, o Piranha é o mais poderoso míssil em sua classe, o Brasil nunca pensou em fabricar um submarino nuclear, para treinar a aviação naval só precisamos de dois A-4Ku, etc.)
Abraços
Pepê
O sistema AIP só permite economia de baterias a baixa velocidade, quando o submarino já está em sua zona de patrulha, navegando a 2 ou 3 nós, aguardando que uma FT passe por esta ZP. Em alta velocidade, necessária para efetuar um ataque e, principalmente, após o ataque para evasão, não é utilizado o AIP e sim as baterias do submarino.
A discrição do submarino (nível de ruído emitido) é a mesma usando AIP ou baterias, pois a propulsão passa a ser elétrica.
O AIP poupa as baterias e diminui a necessidade de snorkel, e por isso é tão importante em áreas restritas como o Báltico ou o Mediterrâneo, altamente monitoradas, o que não acontece no Atlântico ou Pacífico.
Forte abraço
Sim, sei disso, mas a vida do San Luiz não seria mais fácil se estivesse com AIP? Entre outras coisas, serve para alimentar a bateria e os sistemas de sobrevivência. É bom lembrar que um submarinho sueco, equipado com um motor Stirling, vem fazendo um estrago danado nas manobras com os norte-americanos. E ele está usando seu sistema em condições muito similares às que temos aqui.
Pepê
O AIP não alimenta as baterias. Usa-se um ou outro sistema, o AIP em ZP para poupar as baterias e estas para aproximação, ataque e evasão. O sistema alemão é muito melhor e mais eficiente que o sueco, muito mais ruidoso. Os americanos estão aproveitando a relação próxima com os suecos para treinar suas forças ASW contra um sub convencional, assim como fazem com os peruanos na SIFOREX, chilenos, na RIMPAC, e inclusive nossos submarinos na UNITAS, pois consideram os subs convencionais operando em águas rasas a maior ameaça para suas forças navais.
Vc não me respondeu: A vida do San Luiz teria sido mais fácil com AIP?
Pepê
Não teria feito a mínima diferença.
O San Luiz não precisava ser posicionado em uma ZP sem saber se a FT inglesa passaria por ela ou não, a área de operações estava perfeitamente definida. Então o sub tinha que se dirigir rapidamente para a AOp (não usaria AIP), esnorquear antes de entrar na ZP, carregando ao máximo aos baterias, e penetrar na cobertura ASW da FT, o que fez (também não podendo utilizar AIP nesta situação, pois poderia a qualquer momento necessitar desenvolver altas velocidades, o que não consegue com o AIP).
O AIP é útil quando se está em uma ZP e se quer poupar ao máximo as baterias - em mares fechados como o Báltico ou Mediterrâneo, como já escrevi.
Bom 2007.
E o tempo em que passaram sob ataque economizando a bateria. Não conta?
Pepê
Desculpe a demora, só a partir de sábado vou poder acessar regularmente o fórum.
Após um ataque, qualquer submarino busca ficar abaixo da profundidade de camada, onde os feixes sonar serão desviados e o mesmo não será detectado. Garanto, e o Padilha e outros podem confirmar, que o que deve ter ocorrido foi:
o sub realizou o ataque ineficaz, mergulhou a grande velocidade para baixo da profundidade de camada, e evadiu-se sem necessidade de grandes velocidades por não ser detectado. Se os ingleses atacaram por 20 ou 48 horas, mataram todas as baleias em rota de reprodução para Abrolhos. Continuo com a avaliação da MB e da ACh que o AIP, para as nossas condições, não é necessário.
Outras condições, peculiares de outros países, como Alemanha, Itália, Grécia, Turquia, Coréia, etc, são diferentes das nossas.
Forte abraço.