Luiz Padilha escreveu:Gostaria de um minuto de atenção!!!
Um ponto que muito se tem falado e sem nenhuma base é sobre "casco duplo", tecnologia para cosntruir o Sub Nuclear brasileiro, o ideal seria o francês por que poderiamos adquirir know how para o casco duplo, na europa se constroi o sub fora dágua, enfim.
Hoje em dia os subs nucleares não possuem casco duplo. Nenhum sub americano nuclear usa casco duplo e essa estória de que temos que ter este know how segundo engenheiros da Mb é bafo ou tentativa de puxar a brasa pros franceses que tem sub nuclear sem casco duplo tb. Esqueci o nome dele mas vi a fotografia lá no arsenal de marinha do modelo francês sem casco duplo.
Hoje o Arsenal de Marinha desmonta e monta um sub inteiramente fora d'agua e dentro de sua "oficina", nome dado ao prédio aonde será construído o 214 "inteiramente fora d'agua".
Em janeiro eu terminarei uma matéria que estou construindo sobre o PMG do Timbira e muitas coisas poderão ser entendidas.
Neste momento não posso abrir nada senão estraga a matéria que com certeza será bem esclarecedora sobre muitos "mitos" falados e discutidos aqui no fórum.
O 212 é execelente, mas é costeiro e isso a MB não quer.A autonomia do AIP não é, nem de vela acesa pedindo para o Senhor do Bonfim, de 2 semanas embaixo d'agua.
Isso é propaganda do fabricante e não é real. A realidade é que o AIP dá ao sub no máximo 3 a 5 dias navegando entre 2 e 3 nós. Ou seja autonomia/distância ínfima.
Claro que num cenário de guerra vc possuir um "plus" para se evadir, é bem vindo, mas o custo e os problemas que TODOS os sistemas AIP no mundo estão tendo, é melhor ser sensato e não gastar dinheiro em algo que
NÃO FUNCIONA DIREITO AINDA!Vejam o CHILE!!!!
Comprou 2 Scorpenes e não quis nem saber de AIP. E sabemos não foi falta de dinheiro.
Por que então eles não compraram?Por que é sabido que só paises com costa pequena seriam beneficiados.
Paises com uma costa grande como Chile, Argentina e Brasil não se beneficiariam com o AIP.
Todos os comandantes da MB com quem conversei e engenheiros da MB me disseram que hoje não existe para a MB vantagem alguma em ter este sistema.
Se vc tem 1 Bi pra gastar e existe um sistema desses que te daria uma vantagem ENORME
, pq a MB não o compraria?
Outra vez: pq o CHILE não comprou com AIP?Era isso.
Espero que vcs entendam que nem tudo que reluz é ouro!
A única coisa que não gostei foi de que nem sequer viram o
AMUR.250 milhões de dólares ele custa, ou seja, bem mais barato.Nós precisamos de uns
20 subs para patrulharmos a nossa costa bem.
Esse dinheiro todo só para um é que eu não entendi ainda.
Tinhamos que fechar pelo menos mais
5.
Enfim, a dança das cadeiras já começou e temos mudanças importantes ocorrendo no almirantado.
Vamos ver o que vai acontecer. O contrato ainda não foi assinado.
Apesar de que a MB já disse ter escolhido o 214.
Nada até o momento dos Sul Coreanos. Ou a HDW pediu silêncio ou.....!
[]'s
Padilha
Mas Padilha,
Alguém aqui falou em casco duplo?! A vantagem dos Franceses é que eles construiram o menor SNA em uso hoje no mundo, com um diâmetro de casco menor que 08 metros, ou seja, ao contrário dos alemães, eles dominam a teconologia de subs nucleares, tanto de ataque, quanto de lançadores de mísseis balísticos, e também dominam a tecnologia dos mísseis. Algo que somente Russos e os EUA também dominam, nem mesmo os chineses, tem este grau de domínio, o mesmo vale para os Ingleses.
A tecnologia que precisamos é a de construção de um anel de casco de pressão de pelo menos 7,8 metros de diâmetro que consiga aguentar mergulhos da ordem de 300 metros, pelo menos.
Sobre os Tipo-212 serem costeiros é completamente falso, não existe submarino consteiros com automonia de pelo menos 8.000 milhas náuticas com um deslocamente de 1.800 toneladas, se os 212 são costeiros, os nossos 209 são submarinos de bolso, uma FFG não costuma ter este tipo de autonomia. Podemos afirmar, quem sabe, que os Tipo 214 tem mais autonomia, mas só existe único sub desse tipo, fazendo testes de mar, nem operacional ele é. Além disso, os 209 só conseguiram este tipo de autonomia porque usam o tanque de lastro para carregar combustível.
Outro fato interessante, é que os Grego operam no mesmo tipo de mar que os Italianos, ou seja, dentro de um mar fechado, restrito, então para eles, a escolha lógica seria os 212, e não o tipo 214. Mas é claro teriam que gastar mais um 400 milhões de dólares para construir o mesmo número de 212. Além disso, os alemães teriam que concordar em vender eles.
Mas sinceramente, operar subs de 1.800 toneladas, 400 toneladas maiores que os nossos 209, dentro de mar fechado, aonde um sub costuma perder boa parte de sua vantagem, seria de um estupidez sem par. Subs costeiros são os 206, estes sim são subs costeiros, qualquer submarino com mais de 1000 toneladas na superfície, não pode ser encarado como costeiro.
Os 212/214 carregam 24 torpedos pesados, contra 18 de nossos submarinos oceânicos. Os 212 são tão submarinos costeiros, quanto os novos ct´s japoneses, os únicos NAE contratorpedeiros do mundo.
Além disso, os Alemães são os únicos operadores dos 212, somente eles sabem exatamente os resultados dos testes de mar. A automomia real deles.
E ainda, a MB não quer AIP, os 212 tem menos autonomia no modo convencional, porque possui tanques de reagentes para seu sistema AIP, em maior tamanho, os AIP dos 212, ocupa muito mais espaço interno que os do 214. Assim, qual seria a autonomia dos 212 sem sistema AIP, tendo tanques de combustível e baterias em maior tamanho e quantidade?
O Tikuna não foi montado no mesmo tipo de sistema usado nos 212 e Scorpene, a montagem final foi feita em um Dique Flutuante. Já os 212, vai uma fotinho bem legal do monstrinho, se isto é costeiro, eu quero a MB cheia de subs costeiros.
Sobre o AIP, concordo com vc. ÚNICO sistema AIP em uso no mundo, com uso bélico significativo, é o NUCLEAR. Um sub nuclear tem o melhor sistema AIP do mundo.
MAs tenho uma observação a fazer, o AIP usado nos Scorpene, é o MESMA, parece ser inferior ao sistema germânico. Além disso, o Scornepe com AIP, tem que ser acrescentada um seção de casco, ele é alguns metros mais longo que o modelo sem AIP. Talvez por este motivo os Chilenos não quiseram o modelo com AIP. Como o corte abaixo do Scorpene demonstra, um dos modelos e sem AIP, o mais curto.
Pelo jeito os Coreanos vão cair no conto do vigário, e comprar os 209 Plus, é como vou chamar os 214 a partir de agora, os Portugueses estão certos vão comprar 209 PN. Os gregos compraram 209 PLUS/GE. E nós vamos ter 209 PLUS/BR.
Por sinal, o nosso 209 PLUS/BR será diferente de todos os outros, sem o sistema AIP, ele pode ser menor com a mesma autonomia convencional, ou ter o mesmo tamanho com autonomia muitor maior.
Este era o medo da HDW, que o Tipo 209 PLUS fosse encarado somente como uma maquiagem em um casco de 30 anos de projeto. Do ponto de vista da perfomance bélica algo insignificante, agora, do ponto de vista comercial um verdadeiro desastre. A última coisa que a Empresa Alemã quer, é fazer com que um produto seu(212) atrapalhe as vendas de seu maior sucesso comercial os 209/209 PLUS.
A ainda existe mais uma mágica de números, os 212 alemães são da versão A. Com os Tipo 209 PLUS BR, teremos uma nova sub classe, quero saber como a HDW vai li dar com este fato, vamos esperar novos lances mercadológicos. Tá na cara que eles vão querem fugir do mesmo tipo de nomenclatura dos 209, com as séries 1200/1300/1400/1500.
Por sinal, o segredo que foi feito sobre os DOLPHIN´s é bem sintomático, este sim é um 212 de bolso. Como num canso de dizer, vendedor de armas vendem a mãe e não entregam.
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