Rússia se reserva direito de escolher armas de ataque preventivo
Moscou, 12 set (EFE).- A Rússia se reserva o direito de escolher o
armamento que será utilizado para fazer ataques preventivos a bases
terroristas dentro ou fora do país, assegurou neste domingo Sergei
Ivanov, ministro da Defesa russo em uma entrevista concedida ao canal
de televisão NTV.
"Já que os terroristas declararam guerra contra nós, qualquer método
é bom para combatê-los", disse Ivanov, antigo ministro de Assuntos
Exteriores.
Depois do massacre de Beslan, a Rússia adotou a estratégia de
realizar ataques preventivos contra alvos terroristas em "qualquer
parte do globo" impulsionada pelos Estados Unidos a partir dos
atentados de 11 de setembro.
"Nossas unidades estão em alerta e dispõem de armas de precisão.
Seja como for, não informaremos de antemão sobre nossos métodos, nem
advertiremos antes de golpear os terroristas", acrescentou.
Com tudo, Ivanov descartou o recurso das "armas nucleares, dos navios
de guerra, da aviação pesada ou de grandes formações militares".
Na hora de traçar esta nova política contra o terrorismo, o Kremlin
baseia-se no fato de que o terrorismo internacional está por trás da
onda de atentados que atingiram Rússia nas últimas semanas.
A Rússia já lançou ameaças similares quando um comando de
separatistas chechenos seqüestrou o teatro de Dubrovka em Moscou em
2002, embora nunca as tenha colocado em ação.
Dentro desta nova política de segurança, Ivanov anunciou que o
governo atribuirá um acréscimo de 20 bilhões de dólares à Defesa no
orçamento do 2005.
Além de confirmar que a Rússia adquirirá novo armamento sofisticado e
tecnologia militar de última geração em breve, revelou que até 2008
todas as unidades do exército serão integradas por militares
profissionais.
Com o objetivo de evitar a corrupção nas Forças Armadas e garantir
sua lealdade a Moscou, acrescentou, "o serviço militar obrigatório
desaparecerá da Chechênia no final deste ano" e os soldados
profissionais receberão mais de 500 dólares de pagamento mensal.
Além de confirmar que a Rússia adquirirá novo armamento sofisticado e
tecnologia militar de última geração em breve, revelou que até 2008
todas as unidades do exército serão integradas por militares
profissionais.
Com o objetivo de evitar a corrupção nas Forças Armadas e garantir
sua lealdade a Moscou, acrescentou, "o serviço militar obrigatório
desaparecerá da Chechênia no final deste ano" e os soldados
profissionais receberão mais de 500 dólares de pagamento mensal.
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