luis F. Silva escreveu:Rui Elias escreveu:
Mas julgo que a estratégia a médio prazo da China não é equiparar-se com o Japão, mas sim ganhar força militar suficiente que possa sustentar uma posição negocial para que possa forçar a integração de Taiwan na China Popular, ainda que mantendo um estatuto de autonomia especial.
Desta vez concordo com o Rui. Presentemente a marinha da RPC embarcou num programa naval de modernização da sua antiquada frota, dando desta vez ênfase aos navios AAW de que se encontrava desfalcada, e à modernização de armamentos recorrendo à Russia para a aquisição de know how.
A RPC acredita que Taiwan, mais cedo ou mais tarde, será atraída para o continente por questôes econômicas. As pressões militares servem apenas para manutenção do status quo. Uma guerra não é do interesse de ninguém, porque as lideranças comunistas não podem se dar ao luxo de perder e teriam de usar TODOS os meios ao seu dispor para vencer. É o que se chama na China de "uma questão de face" (para nós, de honra, desaforo que não se pode levar para casa). O incremento da esquadra tem várias razões:
1. A RPC tem um grande número de barcos completamente obsoletos.
2. Há um grande número de áreas marítimas contestadas com o Vietnã, o Japão e, até mesmo, Taiwan.
3. Assim que assumiu o governo, George W. Bush elegeu a China como inimigo (depois, veio 11 de setembro, mas sempre tem algum imbecil na Casa Branca lembrando que existe um perigo amarelo para os EUA).
4. Os interesses comerciais chineses exigem uma esqudra que possa proteger a frota mercante.
Para resolver esses problemas
1. Adquiriu tecnologia russa de construção naval e de sistemas de armas. Os novos navios possuem projeto influenciado pesadamente pelos escritórios de desenho russos.
2. A esquadra costeira recebeu um reforço considerável de barcos ágeis e bem armados.
3. A estratégia parte da formação de grupos contra porta-aviões, com grande número de submarinos e unidades de superfície armada com mísseis antinavios de grande raio de ação e supersônicos.
4. O plano prevê a construção de uma frota de fragatas furtivas e bem armadas.
É isso
Pepê