Atirador de Elite do EB
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 38006
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5748 vezes
- Agradeceram: 3276 vezes
Cacadores
Ola pessoal, demorou mas encontrei.
Ai vai os fuzis de presicao adotados no BFEn do exercito:
SIG SAUER SSG 3000
HECKLER & KOCH PSG 1 e MSG90
REMINGTON M24 SWS e M21
todos estes modelos estao operacionais nas FE do exercito.
espero ter ajudado.
Abracos.
Ai vai os fuzis de presicao adotados no BFEn do exercito:
SIG SAUER SSG 3000
HECKLER & KOCH PSG 1 e MSG90
REMINGTON M24 SWS e M21
todos estes modelos estao operacionais nas FE do exercito.
espero ter ajudado.
Abracos.
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Estou reativando o tópico pra ajudar com alguns esclarecimentos:
1- O EB, proporcionalmente, é uns dos exércitos mais atrasados do mundo em doutrina e emprego de sniper;
2- A utilização do sniper (caçador no EB) nas FE do EB são irrisórias do ponto de vista do tamanho e da importância do Brasil.
3- Só recentemente, através dos Oficiais de comando da Seção de Tiro da AMAN, é que o EB está implementando e criando a sua doutrina de treinamento e emprego dos caçadores.
4- A arma primária que está sendo utilizada é o fuzil AGLC da Imbel, calibre 7,62mm, disparando munição LAPUA SCENAR.
5- Não tenho informações de utilização de sniper na infantaria da aeronáutica. Já o CFN está bem atualizado em matéria de sniper, em relação às táticas e ao armamento.
1- O EB, proporcionalmente, é uns dos exércitos mais atrasados do mundo em doutrina e emprego de sniper;
2- A utilização do sniper (caçador no EB) nas FE do EB são irrisórias do ponto de vista do tamanho e da importância do Brasil.
3- Só recentemente, através dos Oficiais de comando da Seção de Tiro da AMAN, é que o EB está implementando e criando a sua doutrina de treinamento e emprego dos caçadores.
4- A arma primária que está sendo utilizada é o fuzil AGLC da Imbel, calibre 7,62mm, disparando munição LAPUA SCENAR.
5- Não tenho informações de utilização de sniper na infantaria da aeronáutica. Já o CFN está bem atualizado em matéria de sniper, em relação às táticas e ao armamento.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- FinkenHeinle
- Sênior
- Mensagens: 11930
- Registrado em: Qua Jan 28, 2004 4:07 am
- Localização: Criciúma/SC
- Agradeceu: 6 vezes
- Agradeceram: 19 vezes
- Contato:
rodrigo escreveu:4- A arma primária que está sendo utilizada é o fuzil AGLC da Imbel, calibre 7,62mm, disparando munição LAPUA SCENAR.
Poderia falar sobre esse rifle???
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
- Brasileiro
- Sênior
- Mensagens: 9410
- Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
- Agradeceu: 238 vezes
- Agradeceram: 541 vezes
Rodrigo, discordo sobre este imenso atraso do EB, eu considero que o EB está longe do ideal na questão de caçadores, mas existem algumas coisas como eu posso citar:
Na amazônia é crucial o uso de caçadores no ambiente selvagem, e creio que o exército deva possuir aos milhares esse tipo de soldado, e também acho que existe um tipo de doutrina no Exército, pois o Exército está criando as FAR, forças de ações rápidas que exigem plenamente e necessariamente de atiradore de elite, snipers, caçadores etc.
Nessa foto existe um sniper do exército brasileiro. Você é capaz de encontrar ele?
Olha um caçador na amazônia à espera do inimigo:
Abaixo, a besta pode ser usada com precisão à cerca de 700 metros, e é usada no exército, pode atravessar um corpo humano à 100 metos e é vantajosa por ser extremamente silenciosa.
As armas usadas na amazônia, todas elas estão com mira, ou mira noturma:
abraços
Na amazônia é crucial o uso de caçadores no ambiente selvagem, e creio que o exército deva possuir aos milhares esse tipo de soldado, e também acho que existe um tipo de doutrina no Exército, pois o Exército está criando as FAR, forças de ações rápidas que exigem plenamente e necessariamente de atiradore de elite, snipers, caçadores etc.
Nessa foto existe um sniper do exército brasileiro. Você é capaz de encontrar ele?
Olha um caçador na amazônia à espera do inimigo:
Abaixo, a besta pode ser usada com precisão à cerca de 700 metros, e é usada no exército, pode atravessar um corpo humano à 100 metos e é vantajosa por ser extremamente silenciosa.
As armas usadas na amazônia, todas elas estão com mira, ou mira noturma:
abraços
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
creio que o exército deva possuir aos milhares esse tipo de soldado
Brasileiro, o CAÇADOR, no EB, é um soldado com um curso de sniper, assim como existem curso de montanha, selva, caatinga e etc. Não existem nem 100 soldados/oficiais habilitados nessa especialidade.
Como eu disse, a doutrina e emprego do sniper está começando.pois o Exército está criando as FAR, forças de ações rápidas que exigem plenamente e necessariamente de atiradore de elite, snipers, caçadores etc.
Abaixo, a besta pode ser usada com precisão à cerca de 700 metros, e é usada no exército, pode atravessar um corpo humano à 100 metos e é vantajosa por ser extremamente silenciosa.
Eu já vi as bestas usadas no CIGS. Agora, 700 metros é meio exagerado, não? Até com um fuzil de sniper é difícil acertar a 700m!
Na imagem abaixo, da esq para dir, 1º Imbel AGLC(coronha madeira), Colt M-16 com luneta pro-point para enquadramento à curta distância, 2 PARA-FAL com visor noturno, para disparo até 200m. Dessas armas a única de sniper é o AGLC.
Poderia falar sobre esse rifle???
O fuzil Imbel AGLC é uma arma recente. Com ferrolho MAUSER, aproveitado dos antigos mosquefal, com um cano de alta qualidade tipo BULL, é uma arma intermediária no universo de armas sniper. É a arma padrão do sniper do EB.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
-
- Júnior
- Mensagens: 122
- Registrado em: Ter Abr 06, 2004 12:28 pm
Prezado Brasileiro e demais colegas,
Conheço boas Balestras (Besta), sou fascinado por elas e também temente. Como característica básica de uma balestra, cabe aqui citar que elas têm em comum um arco de fibra de carbono (alguns modelos empregam lâmina de aço) montado sobre uma espécie de corpo cujo material varia de fabricante pra fabricante, geralmente bestas (ou balestras) modernas possuem empunhadura do tipo pistola. Certa vez, eu tive a oportunidade de testar modelos de 160 libras e um modelo compacto (tipo pistola) de 80 libras que me causou grande impressão e espanto. Tal modelo de balestra disparava flechas capazes de atravessar até mesmo uma porta comum (de madeira) quando disparado de uma distância relativamente curta (3 a 4 metros ou mais). Testes feitos em compensados rígidos (tipo naval) de aproximadamente 3 cm de espessura superaram minhas expectativas, uma vez que empregamos comuns (com corpo de plástico e "cabeça" de metal) ao invés de modelos com maior rigidez. Agora eu me pergunto: “Se uma porcaria daquela é capaz de atravessar um compensado rígido, imaginem o que faria com uma caixa torácica humana num disparo a curta distância???” Caso atingisse o coração, certamente poderia determinar, no mínimo um tamponamento cardíaco que, se não for prontamente abortado, determina o êxito letal por choque cardiogênico. O que me deixa mais preocupado ainda é que essas verdadeiras armas estão sendo vendidas livremente nas lojas de caça e pesca sem que nenhum controle seja adotado. OBS: Não sou contra o armamento civil, apenas acredito que este deva ser feito dentro da lei quando feito.
Sobre o alcance das flechas das balestras, não se iluda, pois como o Rodrigo colocou muito bem, estas armas não possuem um alcance significativo em termos militares. Se vier a disparar uma balestra algum dia, verá que a zona batida pelas flechas sofre progressivo “decaimento” em relação à linha de mira a medida que se aumenta a distância do alvo, um recurso empregado para compensar isso era o emprego do tiro parabólico (como os arqueiros fazem nos filmes medievais). Porém para compensar a imprecisão de tal “modalidade” de disparo far-se-á necessário que vários elementos disparem suas balestras ao mesmo tempo (como nos filmes). Deixando o cinema de lado, acredito serem as balestras armas destinadas ao silenciamento de sentinelas ou abate de animais em condições também silenciosas e à curta distância (algumas dezenas de metros no máximo, acredito eu). Mas mesmo no quesito letalidade (acredito eu) as balestras deixam a desejar. Minha experiência em medicina legal e cinemática do trauma sugere que para abater um homem com uma balestra, tirando-o definitivamente de combate, seria necessária uma conjunção demasiadamente “harmoniosa” de fatores tais como: precisão, destreza e sorte. Cabe aqui lembrar que o ferimento por tais artefatos não deve ser subestimado jamais, uma vez que existem flechas especiais projetadas com pontas mais vulnerantes (em especial as em losango). Mesmo assim, acredito serem as balestras instrumentos não muito eficazes para silenciar silenciosamente uma sentinela, uma vez que na maioria dos casos podem não matar imediatamente, permitindo que a mesma reaja acionando meios defensivos, determinando assim a perda do elemento surpresa tão excencial em ações de forças especiais.
O contraditório é sempre bem vindo,
Obrigado.
Abaixo, a besta pode ser usada com precisão à cerca de 700 metros, e é usada no exército, pode atravessar um corpo humano à 100 metos e é vantajosa por ser extremamente silenciosa.
Conheço boas Balestras (Besta), sou fascinado por elas e também temente. Como característica básica de uma balestra, cabe aqui citar que elas têm em comum um arco de fibra de carbono (alguns modelos empregam lâmina de aço) montado sobre uma espécie de corpo cujo material varia de fabricante pra fabricante, geralmente bestas (ou balestras) modernas possuem empunhadura do tipo pistola. Certa vez, eu tive a oportunidade de testar modelos de 160 libras e um modelo compacto (tipo pistola) de 80 libras que me causou grande impressão e espanto. Tal modelo de balestra disparava flechas capazes de atravessar até mesmo uma porta comum (de madeira) quando disparado de uma distância relativamente curta (3 a 4 metros ou mais). Testes feitos em compensados rígidos (tipo naval) de aproximadamente 3 cm de espessura superaram minhas expectativas, uma vez que empregamos comuns (com corpo de plástico e "cabeça" de metal) ao invés de modelos com maior rigidez. Agora eu me pergunto: “Se uma porcaria daquela é capaz de atravessar um compensado rígido, imaginem o que faria com uma caixa torácica humana num disparo a curta distância???” Caso atingisse o coração, certamente poderia determinar, no mínimo um tamponamento cardíaco que, se não for prontamente abortado, determina o êxito letal por choque cardiogênico. O que me deixa mais preocupado ainda é que essas verdadeiras armas estão sendo vendidas livremente nas lojas de caça e pesca sem que nenhum controle seja adotado. OBS: Não sou contra o armamento civil, apenas acredito que este deva ser feito dentro da lei quando feito.
Sobre o alcance das flechas das balestras, não se iluda, pois como o Rodrigo colocou muito bem, estas armas não possuem um alcance significativo em termos militares. Se vier a disparar uma balestra algum dia, verá que a zona batida pelas flechas sofre progressivo “decaimento” em relação à linha de mira a medida que se aumenta a distância do alvo, um recurso empregado para compensar isso era o emprego do tiro parabólico (como os arqueiros fazem nos filmes medievais). Porém para compensar a imprecisão de tal “modalidade” de disparo far-se-á necessário que vários elementos disparem suas balestras ao mesmo tempo (como nos filmes). Deixando o cinema de lado, acredito serem as balestras armas destinadas ao silenciamento de sentinelas ou abate de animais em condições também silenciosas e à curta distância (algumas dezenas de metros no máximo, acredito eu). Mas mesmo no quesito letalidade (acredito eu) as balestras deixam a desejar. Minha experiência em medicina legal e cinemática do trauma sugere que para abater um homem com uma balestra, tirando-o definitivamente de combate, seria necessária uma conjunção demasiadamente “harmoniosa” de fatores tais como: precisão, destreza e sorte. Cabe aqui lembrar que o ferimento por tais artefatos não deve ser subestimado jamais, uma vez que existem flechas especiais projetadas com pontas mais vulnerantes (em especial as em losango). Mesmo assim, acredito serem as balestras instrumentos não muito eficazes para silenciar silenciosamente uma sentinela, uma vez que na maioria dos casos podem não matar imediatamente, permitindo que a mesma reaja acionando meios defensivos, determinando assim a perda do elemento surpresa tão excencial em ações de forças especiais.
O contraditório é sempre bem vindo,
Obrigado.
Editado pela última vez por Balena em Sáb Abr 15, 2006 10:19 pm, em um total de 1 vez.
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
AGLC
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
O fuzil .308 IMBEL AGLC é um fuzil de precisão baseado na ação Mauser. Com um cano flutuante tipo match, em calibre .308 (7,62 x 51mm), forjado a frio e adaptado para o tiro com luneta, foi desenvolvido para atender as necessidades das Forças Armadas e Políciais.
Fz .308 AGLC
Munição (mm) 7,62 x 51
Capacidade: 5 cartuchos
Comprimento (m): 1,20
Passo (pol): 10 ou 12
Peso (g): 4700
Precisão: 1 MOA
fonte: site IMBEL
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- FinkenHeinle
- Sênior
- Mensagens: 11930
- Registrado em: Qua Jan 28, 2004 4:07 am
- Localização: Criciúma/SC
- Agradeceu: 6 vezes
- Agradeceram: 19 vezes
- Contato:
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Realmente, Victor tem razão. Excelentes mensagens. A do Balena poderia ser até artigo de revista militar.
Também concordo com o que disse o companheiro Rodrigo. Semelhante a muitas outras coisas (tipo mísseis anti-aéreos de ombro) a tática e a técnica dos "snipers" ainda está se desenvolvendo no Brasil. Essa é uma arte de longo aprendizado. Tanto para os soldados e sargentos atiradores quanto para os oficiais responsáveis pelo melhor uso de tal instrumento multiplicador de forças.
Basta ler na página anterior as informações do nosso "desaparecido-em-ação", o Sgt Guerra. No momento, só se tem a previsão (teórica) de colocar duas equipes de caçadores (dois homens, o atirador e o observador) nos batalhões de infantaria de selva. E uma equipe nos demais batalhões (inclusive nos de pára-quedistas).
Um batalhão americano deve ter umas quatro equipes. E até que cairia bem se todos os batalhões de infantaria fossem dotados de uma seção de caçadores com seis equipes.
E olha que eu ainda nem ouvi mencionar se o Exército irá ter condições de comprar alguns daqueles devastadores fuzis de precisão calibre .50.
Sobre o fuzil da Imbel, é muito bom saber que já temos uma arma nacional dessa categoria. Dessa forma supõe-se que será muito mais fácil ir adquirindo a quantidade que se fizer necessária para equipar o Exército da forma adequada. Seria bom se um dia, alguma publicação especializada fizesse um "test-drive" com essa arma. Se bem que, a "Magnum", por exemplo, sempre teve problemas para testar armas longas em distâncias de mais de 100 m. Por falta de estandes de tiro adequados. Ao menos, era assim há uns anos atrás, hoje eu não sei.
De qualquer forma, espero que o fuzil AGLC seja padronizado, também nos Fuzileiros Navais.
À propósito, tenho uma dúvida: a selva fechada não é um mau lugar para se usar tocaieiros? Afinal, a gente imagina que um especialista devotado a abater oficiais e sargentos inimigos há mais de 400 metros estaria sendo subutilizado se for empregado num teatro de operações onde um inimigo pode surgir, repentinamente, ao alcance de uma mijada. Bem, pelo menos é essa a impressão que os leigos (entre eles, eu) tem ao assistir reportagens do "Fantástico" sobre a Amazônia. Afinal, não é na selva que se dá mais valor ao uso de escopetas (além das favelas cariocas)?
Sobre o uso de bestas para silenciar sentinelas, se não me engano isso virou moda depois da Guerra do Vietnam, onde os americanos se impressionaram com o uso de bestas de fabricação artesanal usadas tanto por vietcongs quanto pelas tribos das montanhas utilizadas como milícias anti-guerrilha. Porém, eu perguntaria: tal uso não se deveu, apenas, ao fato de que tanto uns como outros não tinham nada mais moderno para usar, além das próprias armas de caça já usadas milenarmente por seus ancestrais? E, seguindo a linha de pensamento do companheiro Balena, não se poderia imaginar algo melhor para esse serviço?
Na Segunda Guerra Mundial, se usou na Birmânia uma carabina calibre .45, a "De Lisle". Como essa munição é subsônica, ela é a mais adequada para ser usada em armas com silenciadores. Será que uma coisa assim, não seria mais útil do que uma besta?
Só umas perguntinhas de leigo...
Também concordo com o que disse o companheiro Rodrigo. Semelhante a muitas outras coisas (tipo mísseis anti-aéreos de ombro) a tática e a técnica dos "snipers" ainda está se desenvolvendo no Brasil. Essa é uma arte de longo aprendizado. Tanto para os soldados e sargentos atiradores quanto para os oficiais responsáveis pelo melhor uso de tal instrumento multiplicador de forças.
Basta ler na página anterior as informações do nosso "desaparecido-em-ação", o Sgt Guerra. No momento, só se tem a previsão (teórica) de colocar duas equipes de caçadores (dois homens, o atirador e o observador) nos batalhões de infantaria de selva. E uma equipe nos demais batalhões (inclusive nos de pára-quedistas).
Um batalhão americano deve ter umas quatro equipes. E até que cairia bem se todos os batalhões de infantaria fossem dotados de uma seção de caçadores com seis equipes.
E olha que eu ainda nem ouvi mencionar se o Exército irá ter condições de comprar alguns daqueles devastadores fuzis de precisão calibre .50.
Sobre o fuzil da Imbel, é muito bom saber que já temos uma arma nacional dessa categoria. Dessa forma supõe-se que será muito mais fácil ir adquirindo a quantidade que se fizer necessária para equipar o Exército da forma adequada. Seria bom se um dia, alguma publicação especializada fizesse um "test-drive" com essa arma. Se bem que, a "Magnum", por exemplo, sempre teve problemas para testar armas longas em distâncias de mais de 100 m. Por falta de estandes de tiro adequados. Ao menos, era assim há uns anos atrás, hoje eu não sei.
De qualquer forma, espero que o fuzil AGLC seja padronizado, também nos Fuzileiros Navais.
À propósito, tenho uma dúvida: a selva fechada não é um mau lugar para se usar tocaieiros? Afinal, a gente imagina que um especialista devotado a abater oficiais e sargentos inimigos há mais de 400 metros estaria sendo subutilizado se for empregado num teatro de operações onde um inimigo pode surgir, repentinamente, ao alcance de uma mijada. Bem, pelo menos é essa a impressão que os leigos (entre eles, eu) tem ao assistir reportagens do "Fantástico" sobre a Amazônia. Afinal, não é na selva que se dá mais valor ao uso de escopetas (além das favelas cariocas)?
Sobre o uso de bestas para silenciar sentinelas, se não me engano isso virou moda depois da Guerra do Vietnam, onde os americanos se impressionaram com o uso de bestas de fabricação artesanal usadas tanto por vietcongs quanto pelas tribos das montanhas utilizadas como milícias anti-guerrilha. Porém, eu perguntaria: tal uso não se deveu, apenas, ao fato de que tanto uns como outros não tinham nada mais moderno para usar, além das próprias armas de caça já usadas milenarmente por seus ancestrais? E, seguindo a linha de pensamento do companheiro Balena, não se poderia imaginar algo melhor para esse serviço?
Na Segunda Guerra Mundial, se usou na Birmânia uma carabina calibre .45, a "De Lisle". Como essa munição é subsônica, ela é a mais adequada para ser usada em armas com silenciadores. Será que uma coisa assim, não seria mais útil do que uma besta?
Só umas perguntinhas de leigo...
- VICTOR
- Sênior
- Mensagens: 4238
- Registrado em: Qua Fev 19, 2003 5:50 pm
- Localização: Curitiba
- Agradeceu: 3 vezes
Clermont escreveu:Basta ler na página anterior as informações do nosso "desaparecido-em-ação", o Sgt Guerra. No momento, só se tem a previsão (teórica) de colocar duas equipes de caçadores (dois homens, o atirador e o observador) nos batalhões de infantaria de selva. E uma equipe nos demais batalhões (inclusive nos de pára-quedistas).
Um batalhão americano deve ter umas quatro equipes. E até que cairia bem se todos os batalhões de infantaria fossem dotados de uma seção de caçadores com seis equipes.
Pois é, pobre de mim, que achava que todos os batalhões do EB tinham uma equipe dessas. Mas pelo jeito vai ser assim em algum futuro.
Clermont escreveu:De qualquer forma, espero que o fuzil AGLC seja padronizado, também nos Fuzileiros Navais.
Também espero. Mas pelo histórico de padronização das FAs, tenho que admitir que tenho medo do CFN arranjar algo totalmente diferente...
Clermont escreveu:À propósito, tenho uma dúvida: a selva fechada não é um mau lugar para se usar tocaieiros? Afinal, a gente imagina que um especialista devotado a abater oficiais e sargentos inimigos há mais de 400 metros estaria sendo subutilizado se for empregado num teatro de operações onde um inimigo pode surgir, repentinamente, ao alcance de uma mijada. Bem, pelo menos é essa a impressão que os leigos (entre eles, eu) tem ao assistir reportagens do "Fantástico" sobre a Amazônia. Afinal, não é na selva que se dá mais valor ao uso de escopetas (além das favelas cariocas)?
Tinha pensado a mesma coisa. Estou esperando a resposta da galera.
- Vinicius Pimenta
- Site Admin
- Mensagens: 12007
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
- Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 131 vezes
- Contato: