O controle do espaço aéreo CIVIL deve ser desmilitarizado???
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Pois olhem, hesitei muito em responder, de tantos tópicos que foram criados em função deste tema, pulverizando as discussões, POWS!!!
Bueno, desmilitarizar um sistema que INTEGRA a Defesa Aérea e o Controle de Tráfego Aéreo apenas porque os INCOMPETENTES do MinDef não fizeram o dever de casa é como culpar o carro pelas barbeiragens do motorista...
Mas que josta, concursassem, treinassem, nomeassem e PAGASSEM DIREITO um número suficiente de pessoas para cumprirem esse DEVER e não estariam agora com essa batata quente na mão, ainda por cima sob o 'comando' de um politiqueiro FDP incompetente e sem-serventia...
E digo mais: ENQUANTO FORMOS GOVERNADOS POR AMADORES INTERESSADOS SÓ EM $$$ E PRESTÍGIO, VAI PIPOCAR UMA ENCRENCA ATRÁS DA OUTRA!!! E NÃO FALO SÓ NO PT, FALO NOS QUE VIERAM ANTES TAMBÉM, TUDO FARINHA DO MESMO SACO, INÚTEIS, SAFADOS E IMPRESTÁVEIS!!!
!!!TENHO DITO!!!
Bueno, desmilitarizar um sistema que INTEGRA a Defesa Aérea e o Controle de Tráfego Aéreo apenas porque os INCOMPETENTES do MinDef não fizeram o dever de casa é como culpar o carro pelas barbeiragens do motorista...
Mas que josta, concursassem, treinassem, nomeassem e PAGASSEM DIREITO um número suficiente de pessoas para cumprirem esse DEVER e não estariam agora com essa batata quente na mão, ainda por cima sob o 'comando' de um politiqueiro FDP incompetente e sem-serventia...
E digo mais: ENQUANTO FORMOS GOVERNADOS POR AMADORES INTERESSADOS SÓ EM $$$ E PRESTÍGIO, VAI PIPOCAR UMA ENCRENCA ATRÁS DA OUTRA!!! E NÃO FALO SÓ NO PT, FALO NOS QUE VIERAM ANTES TAMBÉM, TUDO FARINHA DO MESMO SACO, INÚTEIS, SAFADOS E IMPRESTÁVEIS!!!
!!!TENHO DITO!!!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Alcantara escreveu:César escreveu:O controle do espaço aéreo CIVIL deve ser desmilitarizado???
Eu gostaria de saber como se faz isso sem criar um outro sistema em paralelo para essa função.
Como dividir as tarefas de defesa aérea e de tráfego aéreo, a serem realizadas por militares e civis, respectivamente, no atual sistema?
Ahh, e antes que me esqueça: Até evidência em contrário, sou contra a desmilitarização. O sistema operou perfeitamente até hoje, a custos aceitáveis, e todos os problemas que vemos não decorrem da estrutura do sistema, em si, mas sim de falta de pessoal e obsolência de alguns sensores.
A questão a ser discutida é se deve ser criada uma carreira civil para controladores de tráfego, e como eles ficariam responsáveis APENAS pelo tráfego aéreo. Ou seja, sem correr o risco de "civilizar" a defesa aérea.
Abraços
César
Exatamente!!! :evil:
O problema não é ser militar, é ter pouco operador. Isso é que está causando todos esses transtornos.
Os velhacos da "redemocratização" estão urubusando (By Walter) a FAB, só esperando a oportunidade de dar mais uma sacaneada nos militares... :?
Cézar e Alcântara perfeito.
E tem mais, tão de olho tb em um novo orgão, licitações...
Cargos comissionados, nomeações...
Operacionalidade? báh! p/ que?
sds.
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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controladores civis? deus me livre!!!
do jeito que algumas areas costumam fazer greve. imagine os controladores entrando em greve todo ano! em vez de criarmos uma solução estaríamos criando um problema ciclico.
agora por que não se faz o mais lógico, aumenta simplesmente o numero de controladores, afinal esse é o problema, se o setor tivesse na mãos dos civis o problema talvez se arrasta-se por mais tempo, leia-se greve por melhores condições de trabalho. ai adeus turismo. adeus pais e socego nos aeroportos brasileiros
não a desmilitarização
do jeito que algumas areas costumam fazer greve. imagine os controladores entrando em greve todo ano! em vez de criarmos uma solução estaríamos criando um problema ciclico.
agora por que não se faz o mais lógico, aumenta simplesmente o numero de controladores, afinal esse é o problema, se o setor tivesse na mãos dos civis o problema talvez se arrasta-se por mais tempo, leia-se greve por melhores condições de trabalho. ai adeus turismo. adeus pais e socego nos aeroportos brasileiros
não a desmilitarização
Retirado do defesanet:
DESMILITARIZAR, NÃO!
MAS, SIM, COMPLETAR A MILITARIZAÇÃO!
Nos últimos dias, assistimos a uma injusta e virulenta carga agressiva sobre a administração do Comando da Aeronáutica, inspirada nos atrasos provocados por um movimento grevista inconseqüente de controladores de vôo do CINDACTA I, na circulação das aeronaves que transitavam pelo País.
A Aeronáutica Militar merece o respeito e a gratidão da sociedade brasileira por ter criado, organizado e implantado excepcionais empresas e estabelecimentos produtores de serviços e equipamentos de elevado interesse nacional, todos incorporando destacada bagagem cultural de excelência.
Assim, surgiram, para o desenvolvimento científico-tecnológico, o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), a Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER), a Companhia Eletromecânica de Motores de Aviação (CELMA). Surgiram, também, para o uso e o controle do espaço aéreo, a Empresa de Infra-estrutura Aeroespacial (INFRAERO), o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAA), o Centro de Lançamentos de Veículos Espaciais de Alcântara (CLA), o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e muitos outros. Todas essas realizações, de iniciativa exclusiva da Força Aérea, de homens de visão arejada, que legaram ao Brasil um invejável acervo tecnológico.
Somente o SISCEAB, de concepção integrada militar e civil, pioneira no mundo, conta com cerca de 15.000 profissionais de alto nível, que o mantêm e operam por meio de quatro células intercomunicantes regionais. Essas células, os Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I, II, III e IV) abrangem a cobertura total do espaço aéreo nacional e de parte do Oceano Atlântico (responsabilidade internacional assumida).
O CINDACTA IV, sozinho, guarnece toda a Amazônia brasileira (5.200.000 km²), incorporando a atividade complementar de vigilância dos céus daquela área (Sistema de Vigilância da Amazônia – SIVAM) e provendo informações eletrônicas, em tempo real, para viabilizar o funcionamento do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM).
Da lavra da Aeronáutica são, igualmente, o desenvolvimento dos motores automotivos a álcool e a gás natural, de ligas metálicas super-resistentes e de combustíveis sólidos de elevada eficiência, ambos para emprego em motores espaciais. Também o são, a própria concepção do Veículo Lançador de Satélites (VLS), as bases para o domínio do ciclo completo do átomo e outras iniciativas, inclusive de pesquisa pura.
Com tudo isso, os estrategistas da Aeronáutica instalaram um complexo aeroespacial de forma integrada e unificada, constituído dos seguintes pilares:
Complexo Científico-Tecnológico Aeroespacial – CTA, ITA, INPE etc.;
Indústria Aeroespacial – EMBRAER, CELMA etc.;
Infra-estrutura Aeroespacial – SISCEAB, INFRAERO, Centros de Lançamento de foguetes e veículos espaciais diversos, Centros de testes para pesquisas aeroespaciais etc.;
Aviação Civil – Departamento de Aviação Civil – DAC (hoje, Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC.);
Força Aérea Brasileira
Enquanto estiveram sob a supervisão da Aeronáutica Militar, esses segmentos se desenvolveram e se fortaleceram, despertando o ciúme de uns, pelo poder que representavam, e a cobiça de outros, políticos e oportunistas, pelo potencial de produzir receitas financeiras de vulto.
No ambiente militar, nunca interessou às demais Forças que houvesse essa exclusividade do controle sobre a INFRAERO, o DAC e, até, o SISCEAB, porque dele sempre quiseram compartilhar. Daí, a situação de isolamento em que ficou a Aeronáutica, que só podia contar consigo mesma para conservar a propriedade dos órgãos indispensáveis ao seu funcionamento ideal, os quais ela construiu sozinha.
Neste momento, a forjada crise do controle de tráfego aéreo (apenas em Brasília!?), urdida nos porões do CINDACTA I, configura verdadeira traição nacional, covardemente desencadeada por alguns controladores civis, sindicalistas retrógrados, infiltrados no meio dos controladores militares, estes sérios, os quais representam a indiscutível maioria desses profissionais.
As pessoas que conhecem o sistema sempre souberam que qualquer movimento grevista no seu interior traria dramáticas conseqüências para a sociedade em geral, sem se falar nos prejuízos para a segurança externa do País.
Os controladores de tráfego aéreo representam somente a ponta do “iceberg” nesse imenso e delicado sistema, onde labutam diuturnamente um grande número de brasileiros para mantê-lo, em funcionamento, 365 dias e 6 horas, por ano, 24 horas por dia, 60 minutos por hora e 60 segundos por minuto.
Não são esses poucos controladores os que mais trabalham, nem dos quais se exige maior cultura técnico-profissional, porém, como simples “apertadores de botões” nos “videogames” em que trabalham (que são mantidos por outros), podem interromper ou retardar o funcionamento dos beneficiários de sua atividade fim.
Muito mais cultos tecnologicamente e indispensáveis são os mantenedores dos radares, dos meios de comunicação, dos laboratórios de inspeção em vôo, dos meios de cartografia e geodésia, dos estabelecimentos de formação de pessoal e, principalmente, dos idealizadores de todos esses sistemas.
Soa ridículo, para os que conhecem medianamente o SISCEAB, ouvir a inconseqüente pregação de privatizar a atividade dos controladores, como se fosse possível isolá-la das demais, ou separar o rio de seu leito.
Soa ridículo ouvir as estultices dos políticos demagogos ou, até, de jornalistas mal preparados, quando repetem, como papagaios, as palavras que lhes põem na boca os arautos do caos, tão ou mais ignorantes do que aqueles, na ânsia de dar notícias alarmantes e, se não as houver, de distorcer as existentes.
Quando se analisa, com equilíbrio, o inopinado em que se instalaram os conflitos e os atrasos de aeronaves, em contrapartida com a presteza com que tudo foi restabelecido, surge uma verdade cristalina – nunca houve excesso de tráfego aéreo, nem carência de controladores. O que houve foi falta de espírito público e sobra de permissividade institucional na baderna praticada por uns poucos. Estes, para sua justa e inoportuna reivindicação salarial, não hesitaram em envergonhar o Brasil perante o mundo, nem em induzir a opinião pública internacional a admitir a culpabilidade do serviço nacional de proteção ao vôo (um dos melhores do mundo), no lamentável recente choque de duas aeronaves no ar.
Enquanto demagogos, irresponsáveis e ignorantes preconizam a desmilitarização dos controladores de vôo, surge, insofismável, a certeza de que, não só resta imprescindível sua permanência sob a tutela da Aeronáutica, como também se faz indispensável a expansão dessa militarização para o restante do que tenha sido subtraído do sistema, antes inteiro.
Esta é uma questão de bom senso, de segurança e de sobrevivência para o País e para toda a sociedade brasileira.
Ten.-Brig.-do-Ar Ivan Frota
Presidente do Clube da Aeronáutica
DESMILITARIZAR, NÃO!
MAS, SIM, COMPLETAR A MILITARIZAÇÃO!
Nos últimos dias, assistimos a uma injusta e virulenta carga agressiva sobre a administração do Comando da Aeronáutica, inspirada nos atrasos provocados por um movimento grevista inconseqüente de controladores de vôo do CINDACTA I, na circulação das aeronaves que transitavam pelo País.
A Aeronáutica Militar merece o respeito e a gratidão da sociedade brasileira por ter criado, organizado e implantado excepcionais empresas e estabelecimentos produtores de serviços e equipamentos de elevado interesse nacional, todos incorporando destacada bagagem cultural de excelência.
Assim, surgiram, para o desenvolvimento científico-tecnológico, o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), a Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER), a Companhia Eletromecânica de Motores de Aviação (CELMA). Surgiram, também, para o uso e o controle do espaço aéreo, a Empresa de Infra-estrutura Aeroespacial (INFRAERO), o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAA), o Centro de Lançamentos de Veículos Espaciais de Alcântara (CLA), o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e muitos outros. Todas essas realizações, de iniciativa exclusiva da Força Aérea, de homens de visão arejada, que legaram ao Brasil um invejável acervo tecnológico.
Somente o SISCEAB, de concepção integrada militar e civil, pioneira no mundo, conta com cerca de 15.000 profissionais de alto nível, que o mantêm e operam por meio de quatro células intercomunicantes regionais. Essas células, os Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I, II, III e IV) abrangem a cobertura total do espaço aéreo nacional e de parte do Oceano Atlântico (responsabilidade internacional assumida).
O CINDACTA IV, sozinho, guarnece toda a Amazônia brasileira (5.200.000 km²), incorporando a atividade complementar de vigilância dos céus daquela área (Sistema de Vigilância da Amazônia – SIVAM) e provendo informações eletrônicas, em tempo real, para viabilizar o funcionamento do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM).
Da lavra da Aeronáutica são, igualmente, o desenvolvimento dos motores automotivos a álcool e a gás natural, de ligas metálicas super-resistentes e de combustíveis sólidos de elevada eficiência, ambos para emprego em motores espaciais. Também o são, a própria concepção do Veículo Lançador de Satélites (VLS), as bases para o domínio do ciclo completo do átomo e outras iniciativas, inclusive de pesquisa pura.
Com tudo isso, os estrategistas da Aeronáutica instalaram um complexo aeroespacial de forma integrada e unificada, constituído dos seguintes pilares:
Complexo Científico-Tecnológico Aeroespacial – CTA, ITA, INPE etc.;
Indústria Aeroespacial – EMBRAER, CELMA etc.;
Infra-estrutura Aeroespacial – SISCEAB, INFRAERO, Centros de Lançamento de foguetes e veículos espaciais diversos, Centros de testes para pesquisas aeroespaciais etc.;
Aviação Civil – Departamento de Aviação Civil – DAC (hoje, Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC.);
Força Aérea Brasileira
Enquanto estiveram sob a supervisão da Aeronáutica Militar, esses segmentos se desenvolveram e se fortaleceram, despertando o ciúme de uns, pelo poder que representavam, e a cobiça de outros, políticos e oportunistas, pelo potencial de produzir receitas financeiras de vulto.
No ambiente militar, nunca interessou às demais Forças que houvesse essa exclusividade do controle sobre a INFRAERO, o DAC e, até, o SISCEAB, porque dele sempre quiseram compartilhar. Daí, a situação de isolamento em que ficou a Aeronáutica, que só podia contar consigo mesma para conservar a propriedade dos órgãos indispensáveis ao seu funcionamento ideal, os quais ela construiu sozinha.
Neste momento, a forjada crise do controle de tráfego aéreo (apenas em Brasília!?), urdida nos porões do CINDACTA I, configura verdadeira traição nacional, covardemente desencadeada por alguns controladores civis, sindicalistas retrógrados, infiltrados no meio dos controladores militares, estes sérios, os quais representam a indiscutível maioria desses profissionais.
As pessoas que conhecem o sistema sempre souberam que qualquer movimento grevista no seu interior traria dramáticas conseqüências para a sociedade em geral, sem se falar nos prejuízos para a segurança externa do País.
Os controladores de tráfego aéreo representam somente a ponta do “iceberg” nesse imenso e delicado sistema, onde labutam diuturnamente um grande número de brasileiros para mantê-lo, em funcionamento, 365 dias e 6 horas, por ano, 24 horas por dia, 60 minutos por hora e 60 segundos por minuto.
Não são esses poucos controladores os que mais trabalham, nem dos quais se exige maior cultura técnico-profissional, porém, como simples “apertadores de botões” nos “videogames” em que trabalham (que são mantidos por outros), podem interromper ou retardar o funcionamento dos beneficiários de sua atividade fim.
Muito mais cultos tecnologicamente e indispensáveis são os mantenedores dos radares, dos meios de comunicação, dos laboratórios de inspeção em vôo, dos meios de cartografia e geodésia, dos estabelecimentos de formação de pessoal e, principalmente, dos idealizadores de todos esses sistemas.
Soa ridículo, para os que conhecem medianamente o SISCEAB, ouvir a inconseqüente pregação de privatizar a atividade dos controladores, como se fosse possível isolá-la das demais, ou separar o rio de seu leito.
Soa ridículo ouvir as estultices dos políticos demagogos ou, até, de jornalistas mal preparados, quando repetem, como papagaios, as palavras que lhes põem na boca os arautos do caos, tão ou mais ignorantes do que aqueles, na ânsia de dar notícias alarmantes e, se não as houver, de distorcer as existentes.
Quando se analisa, com equilíbrio, o inopinado em que se instalaram os conflitos e os atrasos de aeronaves, em contrapartida com a presteza com que tudo foi restabelecido, surge uma verdade cristalina – nunca houve excesso de tráfego aéreo, nem carência de controladores. O que houve foi falta de espírito público e sobra de permissividade institucional na baderna praticada por uns poucos. Estes, para sua justa e inoportuna reivindicação salarial, não hesitaram em envergonhar o Brasil perante o mundo, nem em induzir a opinião pública internacional a admitir a culpabilidade do serviço nacional de proteção ao vôo (um dos melhores do mundo), no lamentável recente choque de duas aeronaves no ar.
Enquanto demagogos, irresponsáveis e ignorantes preconizam a desmilitarização dos controladores de vôo, surge, insofismável, a certeza de que, não só resta imprescindível sua permanência sob a tutela da Aeronáutica, como também se faz indispensável a expansão dessa militarização para o restante do que tenha sido subtraído do sistema, antes inteiro.
Esta é uma questão de bom senso, de segurança e de sobrevivência para o País e para toda a sociedade brasileira.
Ten.-Brig.-do-Ar Ivan Frota
Presidente do Clube da Aeronáutica
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Quem viu o Jornal da Globo de ontem, dia 14 de novembro de 2006?
Após uma reportagem sobre o movimento e caos nos aeroportos nacionais, houve um exelente colocação do Alexandre Garcia. Infelizmente, não achei o vídeo, mas achei o texto do comentário.
Para ler e refletir:
Pois eu te digo que na França, onde os operadores são civis, há greve no setor TODOS OS ANOS!!!
Abraços!!!
Após uma reportagem sobre o movimento e caos nos aeroportos nacionais, houve um exelente colocação do Alexandre Garcia. Infelizmente, não achei o vídeo, mas achei o texto do comentário.
Para ler e refletir:
Controle de vôo
As autoridades não sabem como resolver o problema nos aeroportos, e ainda fazem promessas que vão acabar enganando o passageiro, que já está perdendo a paciência.
Mas felizmente o Tribunal de Contas da União perdeu a paciência também, e vai investigar para saber quem cometeu a irresponsabilidade de cortar o dinheiro para a segurança de vôo – um dinheiro que, segundo o próprio Tribunal, vem das taxas de embarque mais caras do mundo.
Na quinta-feira, vai sair o relatório preliminar da Força Aérea Brasileira sobre as causas do acidente com o avião da Gol que desencadearam todo esse processo. Não vai sair os culpados; a investigação da Aeronáutica segue o padrão americano: apura causas, e não culpados, para que todos colaborem e assim, evitem que as falhas sejam cometidas de novo.
Saiu no Diário Oficial a abertura de concurso para 64 novos controladores de vôo. Só o edital vai levar seis meses para sair; para se formar um controlador de vôo, são quatro anos.
A Aeronáutica está aplicando a lei militar nos controladores, que é rígida. Mas não é tão rígida quanto a adoção da medida do Reagan nos Estados Unidos com a greve dos controladores, que demitiu todos os 12 mil. E aí, faz a gente pensar: o que vale é a lei militar aplicada ou a sindicalização de controladores civis, deixando o controle aéreo nas mãos do sindicato?
O ministro da Defesa acaba de anunciar a formação de um grupo de trabalho. Há décadas, em Brasília existe uma piada: quando não se quer resolver um problema, cria-se um grupo de trabalho. E este grupo de trabalho vai apurar aquilo que todos sabemos: que são anos de imprevidência.
http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VBC0-2754-252415,00.html
ho!ho!ho!! escreveu:controladores civis? deus me livre!!!
do jeito que algumas areas costumam fazer greve. imagine os controladores entrando em greve todo ano! em vez de criarmos uma solução estaríamos criando um problema ciclico.
agora por que não se faz o mais lógico, aumenta simplesmente o numero de controladores, afinal esse é o problema, se o setor tivesse na mãos dos civis o problema talvez se arrasta-se por mais tempo, leia-se greve por melhores condições de trabalho. ai adeus turismo. adeus pais e socego nos aeroportos brasileiros
não a desmilitarização
Pois eu te digo que na França, onde os operadores são civis, há greve no setor TODOS OS ANOS!!!
Abraços!!!
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
- Jet Crash®
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Toda vez que se fala em racionalizar custos no Brasil se consegue o contrario.
Cria-se o MinDef e se mantem as mesmas estruturas sem separadas das 3 Forças, que se somam aos novos cargos criados pelo MinDef.
Cria-se a ANAC e se mantem a mesma estrutura burocrática da FAB associada a aviação Civil alem da estrutura civil e “Burro – Cratica” da ANAC.
O sistema brasileiro de controle do espaço aéreo esta correto na sua essência.
Se fossemos criar um sistema militar e um sistema civil teríamos duplicidade de papeis, logo cria-se um sistema militar e se racionaliza.
Complementa-se com um componente civil associado aos controladores de vôo que seriam responsáveis pelo trafego em torno dos aeroportos.
Porque não funciona então?
Por dois motivos muito simples. Desvalorização profissional e corporativismos institucionais.
O primeiro reflete a cultura de um pais.
Quanto ganha um técnico batedor de carimbo no judiciário? Seguramente duas ou três vezes mais que um controlador de vôo. Quando ganha um fiscal da receita federal ou estadual? Pelo menos 6 vezes mais que um controlador de vôo.
Se não houver uma valorização profissional desta classe, com salários atrativos e exigência de exames de proficiência em idioma estrangeiro, bem como curso superior associado a profissão, não iremos chegar muito longe.
Para ser controlador de vôo deveria ter TOEFL e ter curso superior de Ciências Aeronáuticas com ênfase em controle de vôo e segurança aérea. Obviamente deveria depois receber um salário que compense este esforço.
Também existe o lado cooperativistas das instituições envolvidas.
Este acidente com o Gol 1907 mostrou de forma clara como a Aeronáutica e a ANAC são estruturas paralelas e não se respeitam.
Quantas vezes não escreveram que a ANAC era inexperiente e incapaz de lidar com a situação de crise, e isto a desqualificaria como um órgão competente para lidar com a aviação civil no Brasil.
É obvio que a ANAC é inexperiente. É obvio que a FAB é mais preparada.
A questão não é olhar o presente e sim enxergar um futuro.
A questão é que a ANAC neste momento é um órgão em formação e se existi-se boa vontade de alguns dentro da FAB haveria também a transferência de know-how para a ANAC de forma gradual e segura.
Por de trás desta relutância da FAB em abrir mão do controle da aviação civil, se esconde um encolhimento da instituição, com perda de poderes e milhares de cargos na gestão da aviação civil brasileira.
Eu acho que é notório a qualidade dos serviços e a competência de pessoal que a FAB apresentou nas ultimas décadas no desenvolvimento aeroportuário e de controle e regulamentação da aviação civil brasileira, mas a questão agora é diferente.
A questão hoje ironicamente esta associada a questão capital que levou a criação da FAB nos anos de 1940.
Seria como se o Exercito e a Marinha dissessem que naquele momento eles seriam os detentores da competência da utilização militar de aeronaves e que uma força aérea nasceria fraca e despreparada. Isto era verdade no tempo presente, mas sobre uma perspectiva de futuro seria um desastre.
A questão no Brasil hoje é parecida, realmente a FAB tem competências e qualidades acima da ANAC na questão. Porem sobre uma perspectiva futura, se não desmilitarizarmos a aviação comercial brasileira, estaremos engessando nosso pensamento militar e nossa aviação civil.
Desmilitarização que repito.
Não significa criar dois aparelhos paralelos e concorrentes entre si, mas a perfeita sinergia de controle civil e militar para racionalização de recursos. O Brasil tem a faca e o queijo nas mãos, coisa que paises como os EUA, Rússia e potencias européias gostariam de ter, falta no caso brasileiro apenas o bom senso para a divisão racional e justa do queijo.
Temos que olhar o atual período como uma chance impar de transição e melhoria do modelo. É obvio que neste momento me agradaria ter gente melhor que o Valdir Pires no MinDef, ou gente melhor que os últimos comandantes da FAB, que quando no poder ou criaram planos de compras para se aposentarem com as contas pessoais cheias ou estão fazendo política de bastidor para continuarem no cargo em um segundo mandato, mas isto é o que temos enquanto classe política, que por sua vez é um simples reflexo do que somos enquanto nação.
Cria-se o MinDef e se mantem as mesmas estruturas sem separadas das 3 Forças, que se somam aos novos cargos criados pelo MinDef.
Cria-se a ANAC e se mantem a mesma estrutura burocrática da FAB associada a aviação Civil alem da estrutura civil e “Burro – Cratica” da ANAC.
O sistema brasileiro de controle do espaço aéreo esta correto na sua essência.
Se fossemos criar um sistema militar e um sistema civil teríamos duplicidade de papeis, logo cria-se um sistema militar e se racionaliza.
Complementa-se com um componente civil associado aos controladores de vôo que seriam responsáveis pelo trafego em torno dos aeroportos.
Porque não funciona então?
Por dois motivos muito simples. Desvalorização profissional e corporativismos institucionais.
O primeiro reflete a cultura de um pais.
Quanto ganha um técnico batedor de carimbo no judiciário? Seguramente duas ou três vezes mais que um controlador de vôo. Quando ganha um fiscal da receita federal ou estadual? Pelo menos 6 vezes mais que um controlador de vôo.
Se não houver uma valorização profissional desta classe, com salários atrativos e exigência de exames de proficiência em idioma estrangeiro, bem como curso superior associado a profissão, não iremos chegar muito longe.
Para ser controlador de vôo deveria ter TOEFL e ter curso superior de Ciências Aeronáuticas com ênfase em controle de vôo e segurança aérea. Obviamente deveria depois receber um salário que compense este esforço.
Também existe o lado cooperativistas das instituições envolvidas.
Este acidente com o Gol 1907 mostrou de forma clara como a Aeronáutica e a ANAC são estruturas paralelas e não se respeitam.
Quantas vezes não escreveram que a ANAC era inexperiente e incapaz de lidar com a situação de crise, e isto a desqualificaria como um órgão competente para lidar com a aviação civil no Brasil.
É obvio que a ANAC é inexperiente. É obvio que a FAB é mais preparada.
A questão não é olhar o presente e sim enxergar um futuro.
A questão é que a ANAC neste momento é um órgão em formação e se existi-se boa vontade de alguns dentro da FAB haveria também a transferência de know-how para a ANAC de forma gradual e segura.
Por de trás desta relutância da FAB em abrir mão do controle da aviação civil, se esconde um encolhimento da instituição, com perda de poderes e milhares de cargos na gestão da aviação civil brasileira.
Eu acho que é notório a qualidade dos serviços e a competência de pessoal que a FAB apresentou nas ultimas décadas no desenvolvimento aeroportuário e de controle e regulamentação da aviação civil brasileira, mas a questão agora é diferente.
A questão hoje ironicamente esta associada a questão capital que levou a criação da FAB nos anos de 1940.
Seria como se o Exercito e a Marinha dissessem que naquele momento eles seriam os detentores da competência da utilização militar de aeronaves e que uma força aérea nasceria fraca e despreparada. Isto era verdade no tempo presente, mas sobre uma perspectiva de futuro seria um desastre.
A questão no Brasil hoje é parecida, realmente a FAB tem competências e qualidades acima da ANAC na questão. Porem sobre uma perspectiva futura, se não desmilitarizarmos a aviação comercial brasileira, estaremos engessando nosso pensamento militar e nossa aviação civil.
Desmilitarização que repito.
Não significa criar dois aparelhos paralelos e concorrentes entre si, mas a perfeita sinergia de controle civil e militar para racionalização de recursos. O Brasil tem a faca e o queijo nas mãos, coisa que paises como os EUA, Rússia e potencias européias gostariam de ter, falta no caso brasileiro apenas o bom senso para a divisão racional e justa do queijo.
Temos que olhar o atual período como uma chance impar de transição e melhoria do modelo. É obvio que neste momento me agradaria ter gente melhor que o Valdir Pires no MinDef, ou gente melhor que os últimos comandantes da FAB, que quando no poder ou criaram planos de compras para se aposentarem com as contas pessoais cheias ou estão fazendo política de bastidor para continuarem no cargo em um segundo mandato, mas isto é o que temos enquanto classe política, que por sua vez é um simples reflexo do que somos enquanto nação.
Koslova escreveu:
Quanto ganha um técnico batedor de carimbo no judiciário? Seguramente duas ou três vezes mais que um controlador de vôo. Quando ganha um fiscal da receita federal ou estadual? Pelo menos 6 vezes mais que um controlador de vôo.
Se não houver uma valorização profissional desta classe, com salários atrativos e exigência de exames de proficiência em idioma estrangeiro, bem como curso superior associado a profissão, não iremos chegar muito longe.
Para ser controlador de vôo deveria ter TOEFL e ter curso superior de Ciências Aeronáuticas com ênfase em controle de vôo e segurança aérea. Obviamente deveria depois receber um salário que compense este esforço.
Desmilitarizar ou não?
Aparte os prejuízos evidentes numa mudança de sistema a esta altura do campeonato, a análise deve ser feita em cima de fatos que levaram à crise e que no momento são irreversíveis no contexto da rigidez e inflexibilidade do sistema militar.
1 - Controladores são especialistas, assim como todos os outros graduados formados pela Escola de Especialistas de Aeronáutica. São tratados como técnicos e graduados. Oficiais não se sentam ao console para controlar. São chefes de sala. Muitos controladores hoje possuem nível escolar superior e continuam sendo técnicos e com salários inferiores aos tantos técnicos federais. Não desistem da carreira porque amam seu trabalho. Ficam, mas ficam sob estresse social. E não há o que se possa fazer para melhorar isso internamente que a Aeronáutica já não tenha feito. Pra melhorar a situação deles, é necessário melhorar a de todos os militares. E isso o governo não quer fazer.
2 - As condições de trabalho são fator decisivo para o desempenho dos controladores. Qualquer médico trabalhista afirma isto. Tanto que há um tanto de leis que protegem as condições de trabalho dos controladores. Entretanto, controladores militares estão sob uma legislação mais contundente, que é o Estatuto dos Militares e os Regulamentos disciplinares, que ignoram o tratamento mais "dondoca" que controladores precisam. Ainda assim, são muito bem tratados em comparação aos pares. De qualquer forma, o estilo militar pode comprometer o emocional de pessoas que deveriam estar preocupadas apenas com a vida daqueles que estão no ar enquanto trabalham.
Em resumo. Se continuarem sendo militares, os controladores não terão salário justo e não terão as condições de trabalho que necessitam. Existe, então outra saída, senão criar uma profissão específica para eles? Eles podem parar depois por greve enquanto civis, mas já estão parando agora enquanto militares! Chegamos ao fundo do poço com este acidente e se algo não mudar, outros acontecerão ou teremos a eterna dúvida se estamos realmente seguros nas mãos desses profissionais insatisfeitos.
ALE
Ola Xandov
Eu não sua essência sou favorável a desmilitarização, mas temos que adotar algumas premissas.
Não adianta trocar seis por meia dúzia. Isto é, sair de um controle militar para um controle civil e manter duplicidade de funções, porque queiram ou não, controle militar de espaço aéreo vai existir em qualquer pais. Só vale a pena ter um controle civil quando EXISTEM CLARAS E OBJETIVAS vantagens.
Se analisarmos o comportamento do funcionalismo publico brasileiro, vemos que alguns setores tem suas temporada de greves anuais. Por exemplo, as universidades federais não fazem menos de 60 dias de greve por ano. Outros setores do funcionalismo publico também. Por exemplo este ano tivemos 45 dias de greve na Receita Federal, receita que diga-se de passagem tem um salário INICIAL de R$ 10.500,00 para um auditor fiscal.
Não podemos criar uma visão sindical dentro do controle do espaço aéreo brasileiro, onde a sociedade como um todo ficaria refém de comportamentos alheios ao bom senso e ao bem comum.
Eu defendo uma visão mista de controle do espaço aéreo, com um controle civil associado as áreas terminais (aeroportos) e um controle militar associado ao trafego entre estas áreas (Sistema Dacta).
Quanto a isto que você escreveu, concordo com você, me entristece em saber que infelizmente é um traço cultural brasileiro.
Controladores são especialistas, assim como todos os outros graduados formados pela Escola de Especialistas de Aeronáutica. São tratados como técnicos e graduados. Oficiais não se sentam ao console para controlar. São chefes de sala.
Uma vez falando sobre conflitos militares no oriente médio, um brigadeiro da FAB contou a seguinte história.
Ele dizia que na guerra de 1967 os egípcios escondiam seus caças debaixo de redes camufladas no deserto, e quando soava o alarme os recrutas corriam tirar a rede para os caças levantarem vôo. Acontece que na pressa e na maneira de retirar a rede, coisas como o tubo de pitot, algumas antenas e sensores do caça eram danificados e isto ou impedia a decolagem ou tirava sua eficiência em combate.
Já do outro lado, na IAF, muitos recrutas que faziam a manutenção, mesmo que a mais elementar dos caças eram engenheiros mecânicos, recrutados pelo serviço militar obrigatório de Israel. A diferença de qualidade em coisas básicas entre ambas as forças já começava ai.
Um traço cultural abominável neste pais é que cursar uma faculdade (na época que isto era para poucos) já era por si só um motivo para não servir as FA´s, em outros lugares do mundo isto era exatamente o contrario, um bom motivo para servir seu pais. Ter um diploma é por si só um motivo para não “sentar no console” como se isto fosse algo pouco nobre. Este é o nosso retrato.
Eu não sua essência sou favorável a desmilitarização, mas temos que adotar algumas premissas.
Não adianta trocar seis por meia dúzia. Isto é, sair de um controle militar para um controle civil e manter duplicidade de funções, porque queiram ou não, controle militar de espaço aéreo vai existir em qualquer pais. Só vale a pena ter um controle civil quando EXISTEM CLARAS E OBJETIVAS vantagens.
Se analisarmos o comportamento do funcionalismo publico brasileiro, vemos que alguns setores tem suas temporada de greves anuais. Por exemplo, as universidades federais não fazem menos de 60 dias de greve por ano. Outros setores do funcionalismo publico também. Por exemplo este ano tivemos 45 dias de greve na Receita Federal, receita que diga-se de passagem tem um salário INICIAL de R$ 10.500,00 para um auditor fiscal.
Não podemos criar uma visão sindical dentro do controle do espaço aéreo brasileiro, onde a sociedade como um todo ficaria refém de comportamentos alheios ao bom senso e ao bem comum.
Eu defendo uma visão mista de controle do espaço aéreo, com um controle civil associado as áreas terminais (aeroportos) e um controle militar associado ao trafego entre estas áreas (Sistema Dacta).
Quanto a isto que você escreveu, concordo com você, me entristece em saber que infelizmente é um traço cultural brasileiro.
Controladores são especialistas, assim como todos os outros graduados formados pela Escola de Especialistas de Aeronáutica. São tratados como técnicos e graduados. Oficiais não se sentam ao console para controlar. São chefes de sala.
Uma vez falando sobre conflitos militares no oriente médio, um brigadeiro da FAB contou a seguinte história.
Ele dizia que na guerra de 1967 os egípcios escondiam seus caças debaixo de redes camufladas no deserto, e quando soava o alarme os recrutas corriam tirar a rede para os caças levantarem vôo. Acontece que na pressa e na maneira de retirar a rede, coisas como o tubo de pitot, algumas antenas e sensores do caça eram danificados e isto ou impedia a decolagem ou tirava sua eficiência em combate.
Já do outro lado, na IAF, muitos recrutas que faziam a manutenção, mesmo que a mais elementar dos caças eram engenheiros mecânicos, recrutados pelo serviço militar obrigatório de Israel. A diferença de qualidade em coisas básicas entre ambas as forças já começava ai.
Um traço cultural abominável neste pais é que cursar uma faculdade (na época que isto era para poucos) já era por si só um motivo para não servir as FA´s, em outros lugares do mundo isto era exatamente o contrario, um bom motivo para servir seu pais. Ter um diploma é por si só um motivo para não “sentar no console” como se isto fosse algo pouco nobre. Este é o nosso retrato.
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juarez castro escreveu:eu defendo extamente o que a Kioslowa comentou;
os controles de área e de final(torres) sendo feitos por civis, pos mo tráfego nestes terminais e eminentemente civil, já os DACTAS, continuam com a controle militar, é questão de acomodar e deixar os desmandos e rasgações de lado.
Grande abraço
Mas será que isso não demandaria uma nova infra-estrutura???
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Koslova escreveu:Ola Xandov
Eu não sua essência sou favorável a desmilitarização, mas temos que adotar algumas premissas.
Não adianta trocar seis por meia dúzia. Isto é, sair de um controle militar para um controle civil e manter duplicidade de funções, porque queiram ou não, controle militar de espaço aéreo vai existir em qualquer pais. Só vale a pena ter um controle civil quando EXISTEM CLARAS E OBJETIVAS vantagens.
Koslowa todo Ok?
Li teus comentários e na essência tenho que concordar contigo, e como não.?
Mas acho que colocar os civis nas ACCs(Controles de área Terminal) seria justamente trocar seis por meia dúzia.
Não adianta õs mesmos problemas culturais que afetam militares afetam civis.
A falta de cultura sindical madura, que por sua vez é causada poir uma CLT exelente(para a década de 60) e, claro, de uma legislação sindical contaminadíssima de viés esquerdista(não poderia ser diferente).
Dessa forma ficaríamos refens de qualquer jeito da chantagem grevista.
Só vejo possibilidade de se integrar civis com sucesso, se primeiro os militares poderem ser valorizados(eles precisam receber um adcional ou coisa que o valha, e é preciso formar gente com nível superior especializado em tráfego aéreo)
Aí sim contornando o estigma de trabalho braçal introduzir civis nos ACCs. (e pq não)
Sds
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Pessoal, não se enganem.
A consolidação dos controladores como servidores civis federais do Executivo gerará um sindicato poderoso, muito poderoso. Não importa quanto se pague aos controladores, por mais que se valorize a carreira, ela sempre tentará um salário maior. E para isso, as greves inevitavelmente se seguirão. Basta tentar lembrar todas as carreiras do executivo que fizeram greve neste ano. Por que a dos controladores seria diferente?
Gostei dessa idéia de civis apenas nas finais dos aeroportos, mas não tenho opinião firme a respeito.
O que tenho certeza é que a total desmilitarização dos controladores seria um caos absoluto.
A consolidação dos controladores como servidores civis federais do Executivo gerará um sindicato poderoso, muito poderoso. Não importa quanto se pague aos controladores, por mais que se valorize a carreira, ela sempre tentará um salário maior. E para isso, as greves inevitavelmente se seguirão. Basta tentar lembrar todas as carreiras do executivo que fizeram greve neste ano. Por que a dos controladores seria diferente?
Gostei dessa idéia de civis apenas nas finais dos aeroportos, mas não tenho opinião firme a respeito.
O que tenho certeza é que a total desmilitarização dos controladores seria um caos absoluto.
- Einsamkeit
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Mas deveria ser proibido o direito a greve, trata-se de um assunto de segurança nacional, cadeia neles
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness
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