BRASIL RENDE-SE À BOLIVIA
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BRASIL RENDE-SE À BOLIVIA
Petrobras será prestadora de serviço na
área de gás na Bolívia
Por Cesar Bianconi
BRASÍLIA (Reuters) - A Petrobras e o governo da Bolívia chegaram a um acordo, neste sábado, pelo qual a estatal brasileira será uma prestadora de serviços na produção de gás naquele país, aceitando a divisão das receitas conforme o decreto de nacionalização do setor de hidrocarbonetos assinado em maio pelo presidente Evo Morales. Segundo o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, com o acordo, o governo boliviano fica com 82 por cento do faturamento e a empresa brasileira com 18 por cento. Rondeau afirmou, no entanto, que há mecanismos no contrato que podem flexibilizar esses percentuais, levando em conta itens como a produtividade.
"Ela (Petrobras) será uma prestadora de serviços. O importante é trabalhar lá em condições de rentabilidade", disse Rondeau a jornalistas, na porta do ministério, vestindo uma jaqueta da estatal.
"Chegamos a um bom acordo... isso permite os investimentos da Petrobras na Bolívia", acrescentou.
O acordo garante a continuidade da exploração de gás pela Petrobras nos dois maiores poços do produto na Bolívia: San Antonio e San Alberto, segundo Rondeau.
O prazo final para se chegar a um acordo sobre essa questão era meia-noite deste sábado, em La Paz (1h de domingo, em Brasília).
Segundo o ministro, as negociações sobre o preço do gás boliviano vendido ao Brasil prosseguem até o dia 10 de novembro.
Para Rondeau, o acordo deste sábado é importante para garantir outros dois: o do preço do gás e o que envolve as operações de refino, cujas discussões não têm um prazo delimitado.
Nesse último caso, o que está sendo negociado é o valor da indenização a ser pago pela Bolívia à Petrobras pela transferência do controle dessas operações para a estatal boliviana YPFB.
Fonte: Defesanet
O que voces acham disso? Voces, se tivessem no lugar do governo, aceitariam isso?
área de gás na Bolívia
Por Cesar Bianconi
BRASÍLIA (Reuters) - A Petrobras e o governo da Bolívia chegaram a um acordo, neste sábado, pelo qual a estatal brasileira será uma prestadora de serviços na produção de gás naquele país, aceitando a divisão das receitas conforme o decreto de nacionalização do setor de hidrocarbonetos assinado em maio pelo presidente Evo Morales. Segundo o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, com o acordo, o governo boliviano fica com 82 por cento do faturamento e a empresa brasileira com 18 por cento. Rondeau afirmou, no entanto, que há mecanismos no contrato que podem flexibilizar esses percentuais, levando em conta itens como a produtividade.
"Ela (Petrobras) será uma prestadora de serviços. O importante é trabalhar lá em condições de rentabilidade", disse Rondeau a jornalistas, na porta do ministério, vestindo uma jaqueta da estatal.
"Chegamos a um bom acordo... isso permite os investimentos da Petrobras na Bolívia", acrescentou.
O acordo garante a continuidade da exploração de gás pela Petrobras nos dois maiores poços do produto na Bolívia: San Antonio e San Alberto, segundo Rondeau.
O prazo final para se chegar a um acordo sobre essa questão era meia-noite deste sábado, em La Paz (1h de domingo, em Brasília).
Segundo o ministro, as negociações sobre o preço do gás boliviano vendido ao Brasil prosseguem até o dia 10 de novembro.
Para Rondeau, o acordo deste sábado é importante para garantir outros dois: o do preço do gás e o que envolve as operações de refino, cujas discussões não têm um prazo delimitado.
Nesse último caso, o que está sendo negociado é o valor da indenização a ser pago pela Bolívia à Petrobras pela transferência do controle dessas operações para a estatal boliviana YPFB.
Fonte: Defesanet
O que voces acham disso? Voces, se tivessem no lugar do governo, aceitariam isso?
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Alcantara escreveu:
PS: alguem esperava outro resultado?
Dado o descaso desses criminosos por contratos não esperava outra solução a não ser a Petrobrás ser tornando prestadora.
Agora, cabe ao Lula sepultar aquele sonho de gasoduto das américas, só pra fuder como o Chaves e o Morales, acelerar a construção de plataformas de extração de gás pra que possamos em breve encerrar toda e qualquer atividade na Bolívia.
Mais uma vez nossa querida e vendida mídia, não conta a história real, mas sua versão:
1- Estamos atados a Bolivia na área do Gás, graças a um acordo e um contrato dos mais danosos e estupidos já assinados pelos País, qual foi o governo que assinou esta maravilha? Advinhem!!!!! Nele pagamos pelo que não consumimos e ainda ficamos dependentes do gás da Bolívia, o País mais instável institucionalmente do mundo.
2- O que Petrobrás garantiu foi o fornecimento de gás, até nos tornarmos independentes de seu fornecimento, ou pelo menos até o fim deste maldito contrato, assim é muito melhor a Petrobrás garantir o fornecimento do gás ao Brasil, ainda que, como prestadora de serviços, do que ficar assistindo os bolivianos ou uma empresa estrangeira, cuidar de um suprimento que é, no momento, insubstituível para nós, ou seja, vamos ter o gás e a Petrobrás ainda vai ter um pequeno lucro com a extração.
3- O que nossa ordinária mídia não falou é: a Petrobrás não abre mão é das refinarias, não ficará na Bolívia como prestadora de serviços nesta área. Pq neste caso, não temos qualquer dependência deles, seremos indenizados ou não ficaremos como prestadores de serviços nesta área. Tem que ser um bom négocio, no caso, se for, deixem o Sr. Moralles com seu discurso populista, é só papo furado. O que importa é a grana entrar na Petrobrás, por sinal, as outras empresas estrangeiras estão agindo na mesma forma.
4- O que se está discutindo agora, são as reservas de gás e sua exploração, não são as refinarias e a distribuição de petróleo, nem os preços(nos dois casos), mas isto não interessa muito ao bando de incompetentes de nossa mídia!!! O que importa para eles é falar besteiras, distorcer fatos e fazer panfletos. Quanto a informação real e precisa, bem, a quem interessa isto.
[ ]´s
1- Estamos atados a Bolivia na área do Gás, graças a um acordo e um contrato dos mais danosos e estupidos já assinados pelos País, qual foi o governo que assinou esta maravilha? Advinhem!!!!! Nele pagamos pelo que não consumimos e ainda ficamos dependentes do gás da Bolívia, o País mais instável institucionalmente do mundo.
2- O que Petrobrás garantiu foi o fornecimento de gás, até nos tornarmos independentes de seu fornecimento, ou pelo menos até o fim deste maldito contrato, assim é muito melhor a Petrobrás garantir o fornecimento do gás ao Brasil, ainda que, como prestadora de serviços, do que ficar assistindo os bolivianos ou uma empresa estrangeira, cuidar de um suprimento que é, no momento, insubstituível para nós, ou seja, vamos ter o gás e a Petrobrás ainda vai ter um pequeno lucro com a extração.
3- O que nossa ordinária mídia não falou é: a Petrobrás não abre mão é das refinarias, não ficará na Bolívia como prestadora de serviços nesta área. Pq neste caso, não temos qualquer dependência deles, seremos indenizados ou não ficaremos como prestadores de serviços nesta área. Tem que ser um bom négocio, no caso, se for, deixem o Sr. Moralles com seu discurso populista, é só papo furado. O que importa é a grana entrar na Petrobrás, por sinal, as outras empresas estrangeiras estão agindo na mesma forma.
4- O que se está discutindo agora, são as reservas de gás e sua exploração, não são as refinarias e a distribuição de petróleo, nem os preços(nos dois casos), mas isto não interessa muito ao bando de incompetentes de nossa mídia!!! O que importa para eles é falar besteiras, distorcer fatos e fazer panfletos. Quanto a informação real e precisa, bem, a quem interessa isto.
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Essa questão do Gas boliviano é muito mais complexa que a onda nacionalista boliviana. Li recentemente (acho que foi na Gazeta Mercantil) que está ocorrendo paralelo ao processo de nacionalização, uma guerra entre as petroleiras pelo controle do gas boliviano, mesmo sob regras mais restritas do governo boliviano. E que A PDVSA (principalmente e com simpatia do governo boliviano), a Total (francesa), Repsol-YPF (espanhola-argentina) a Vintage (americana) estão de olho nas movimentações da Petrobras e de seu possivel espolio no caso de saida da Bolivia.
O mais grave é que investimos US$ 2,5bi no Gasbol (de mais de 3000km), a maior parte em territorio brasileiro para ficarmos dependentes de um unico pais! Um ativo que so serve para transportar gas boliviano. Grande estrategia!
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... b_ac.shtml
Bolívia fecha novos contratos com duas empresas
Denize Bacoccina
Enviada especial a La Paz
Jorge Martinoni, da americana Vintage, assinou novo contrato com o governo de Evo Morales
Duas empresas, a francesa Total e a americana Vintage, assinaram nesta sexta-feira à noite um novo contrato com o governo boliviano para exploração de petróleo no país a partir das novas regras impostas pela Bolívia.
A assinatura foi realizada em uma cerimônia com a presença do presidente Evo Morales, do ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, do vice-presidente, Álvaro Garcia Linera e do ministro do Governo Ramon Quintana, o chanceler David Choquehuanca.
A Total fechou contrato para exploração de dois grandes campos de gás, com investimento de quase US$ 2 bilhões. Nos dois casos, o governo boliviano receberá 82% dos lucros, divididos entre impostos e licenças.
Morales mandou um recado para as oito empresas estrangeiras que ainda não concluíram a renegociação. “Às outras empresas que estão negociando, quero dizer: embora sejamos um país pequeno, um país em desenvolvimento, aqui as empresas têm que respeitar nossas normas, nossas leis”, afirmou, antes de ser muito aplaudido pelos militantes presentes no auditório.
O presidente disse que as empresas têm que respeitar as regras e o povo boliviano, e que as negociações continuavam.
"Soberania"
A assinatura dos contratos, embora com apenas duas das dez empresas estrangeiras que atuam no país, foi apresentada aos bolivianos como o primeiro passo rumo à recuperação da dignidade e da soberania do país. “Estamos firmando com as duas empresas para que sejam sócias, e não donas dos nossos recursos petrolíferos”, afirmou o presidente.
A nacionalização acontece dez anos depois da privatização do setor petrolífero, realizada no primeiro governo do ex-presidente Gonzalo Sanches de Lozada.
A cerimônia foi realizada num auditório do governo, com a presença de convidados do MAS (Movimento ao Socialismo, partido de Morales), e transmitida num telão para centenas de pessoas na rua.
Do lado de fora, a “festa” dos bolivianos continuou com um show de música que contou com a presença de centenas de pessoas.
O arquiteto e administrador de empresas desempregado Artemio Canabirri disse que a renegociação dos contratos era “uma medida excepcional ante o neoliberalismo, que faz muito dano ao nosso país”. Ele criticou a Petrobras, que segundo ele paga um preço muito baixo pelo gás que extrai da Bolívia e vende muito mais caro no Brasil.
A funcionária dos Correios Aida Luz Pareja afirmou que com a nacionalização a Bolívia vai sair da pobreza. “Vai haver desenvolvimento para a gente pobre que vive no campo”, afirmou.
Negociações continuam
O ministro dos Hidrocarbonetos não quis adiantar nada sobre o estágio das negociações com a Petrobras.
Só disse que o proceso continua neste sábado e que ele planeja outra cerimônia para a assinatura de acordos durante o dia e uma entrevista coletiva um minuto depois da meia-noite, quando vence o prazo para adequação do decreto de nacionalização, para apresentar um balanço das operações das empresas estrangeiras no país.
Na Petrobras, o silêncio foi total durante todo o dia. O gerente do Cone Sul da empresa, Décio Odoni, entrou e saiu da reunião na sede da YPFB várias vezes durante o dia sem falar com a imprensa.
Tanto na sede da Petrobras na Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, como em Brasília, os porta-vozes diziam que não sabiam nada sobre o andamento das negociações e não sabiam se a empresa era uma das que assinariam o novo contrato nesta sexta-feira à noite.
Os nomes das duas empresas só foram divulgados no momento da cerimônia.
==================================
Kirchner sugere que Argentina vai investir na Bolívia
Valor Econômico
20/10/2006 09:25
Enviar para um amigo Imprimir
SÃO PAULO - O presidente argentino, Néstor Kirchner, assinou ontem um acordo para importar o equivalente a US$ 17 bilhões em gás natural da Bolívia pelos próximos 20 anos e prometeu que seu país oferecerá ajuda caso as empresas desistam de apostar no vizinho andino por causa da nacionalização dos hidrocarbonetos.
Na cerimônia, o presidente Evo Morales mencionou a negociação com o Brasil, dizendo que a Bolívia precisa do Brasil e vice-versa. E prometeu que não faltará gás boliviano ao país.
Kirchner e Morales definiram o acordo como parte de uma estratégia para promover maior integração latino-americana.
A Argentina conta com o gás boliviano para superar sua escassez de combustível. No entanto, a capacidade da Bolívia de cumprir o novo acordo foi colocada em xeque depois que Morales anunciou a nacionalizaçaõ. A decisão assustou as empresas que operam no país, o que criou dúvidas sobre se a Bolívia terá infra-estrutura necessária para elevar a sua produção.
" Se alguns espertinhos [pícaros, em espanhol] não fizerem os investimentos que têm de fazer, não tenham dúvida que a Argentina ajudará nos investimentos correspondentes " , disse Kichner na cerimônia de assinatura, em Santa Cruz, na Bolívia.
A YPFB, estatal boliviana, disse que precisará de US$ 800 milhões de investimento estrangeiro em três anos para atender aos contratos com Brasil e Argentina. O mercado estima que o investimento necessário é bem maior.
Pelos termos do contrato, a Bolívia fornecerá até 27,7 milhões de metros cúbicos de gás por dia para à Argentina - quase três vezes a quantidade atual. Os argentinos pagarão US$ 5 por milhão de BTU no primeiro trimestre de 2007 (33% acima do preço atual). Depois disso, o preço acompanhará as flutuações do mercado.
Morales agradeceu à manifesta disposição de Kirchner - a quem tratou por irmão - em investir na infraestrutura da Bolívia.
O presidente boliviano disse que a tentativa da Bolívia de usar melhor seus recursos naturais passa pelas negociações com o Brasil. " Necessitamos deles, como também eles necessitam de nós. "
Segundo ele, a Bolívia tem a obrigação de conviver com o Brasil e da Argentina, por causa de seus povos, e resolver conjuntamente os problemas. " Como um casamento sem divórcio, porque precisamos uns dos outros " , comparou.
Morales foi adiante, usando sempre um tom informal e amistoso. " Queremos dizer ao companheiro Lula, à República irmã do Brasil: jamais a esse povo vai faltar gás. É importante a participação da sua empresa Petrobras, assim como de suas empresas estatais " .
Ele defendeu que as estatais de energia Enarsa (Argentina), YPFB (Bolívia) e Petrobras usem seus recursos naturais para servir aos povos e lembrou que nesse esforço contam com outro aliado, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e a petroleira PDVSA.
(Valor Econômico, com agências internacionais)
O mais grave é que investimos US$ 2,5bi no Gasbol (de mais de 3000km), a maior parte em territorio brasileiro para ficarmos dependentes de um unico pais! Um ativo que so serve para transportar gas boliviano. Grande estrategia!
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... b_ac.shtml
Bolívia fecha novos contratos com duas empresas
Denize Bacoccina
Enviada especial a La Paz
Jorge Martinoni, da americana Vintage, assinou novo contrato com o governo de Evo Morales
Duas empresas, a francesa Total e a americana Vintage, assinaram nesta sexta-feira à noite um novo contrato com o governo boliviano para exploração de petróleo no país a partir das novas regras impostas pela Bolívia.
A assinatura foi realizada em uma cerimônia com a presença do presidente Evo Morales, do ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, do vice-presidente, Álvaro Garcia Linera e do ministro do Governo Ramon Quintana, o chanceler David Choquehuanca.
A Total fechou contrato para exploração de dois grandes campos de gás, com investimento de quase US$ 2 bilhões. Nos dois casos, o governo boliviano receberá 82% dos lucros, divididos entre impostos e licenças.
Morales mandou um recado para as oito empresas estrangeiras que ainda não concluíram a renegociação. “Às outras empresas que estão negociando, quero dizer: embora sejamos um país pequeno, um país em desenvolvimento, aqui as empresas têm que respeitar nossas normas, nossas leis”, afirmou, antes de ser muito aplaudido pelos militantes presentes no auditório.
O presidente disse que as empresas têm que respeitar as regras e o povo boliviano, e que as negociações continuavam.
"Soberania"
A assinatura dos contratos, embora com apenas duas das dez empresas estrangeiras que atuam no país, foi apresentada aos bolivianos como o primeiro passo rumo à recuperação da dignidade e da soberania do país. “Estamos firmando com as duas empresas para que sejam sócias, e não donas dos nossos recursos petrolíferos”, afirmou o presidente.
A nacionalização acontece dez anos depois da privatização do setor petrolífero, realizada no primeiro governo do ex-presidente Gonzalo Sanches de Lozada.
A cerimônia foi realizada num auditório do governo, com a presença de convidados do MAS (Movimento ao Socialismo, partido de Morales), e transmitida num telão para centenas de pessoas na rua.
Do lado de fora, a “festa” dos bolivianos continuou com um show de música que contou com a presença de centenas de pessoas.
O arquiteto e administrador de empresas desempregado Artemio Canabirri disse que a renegociação dos contratos era “uma medida excepcional ante o neoliberalismo, que faz muito dano ao nosso país”. Ele criticou a Petrobras, que segundo ele paga um preço muito baixo pelo gás que extrai da Bolívia e vende muito mais caro no Brasil.
A funcionária dos Correios Aida Luz Pareja afirmou que com a nacionalização a Bolívia vai sair da pobreza. “Vai haver desenvolvimento para a gente pobre que vive no campo”, afirmou.
Negociações continuam
O ministro dos Hidrocarbonetos não quis adiantar nada sobre o estágio das negociações com a Petrobras.
Só disse que o proceso continua neste sábado e que ele planeja outra cerimônia para a assinatura de acordos durante o dia e uma entrevista coletiva um minuto depois da meia-noite, quando vence o prazo para adequação do decreto de nacionalização, para apresentar um balanço das operações das empresas estrangeiras no país.
Na Petrobras, o silêncio foi total durante todo o dia. O gerente do Cone Sul da empresa, Décio Odoni, entrou e saiu da reunião na sede da YPFB várias vezes durante o dia sem falar com a imprensa.
Tanto na sede da Petrobras na Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, como em Brasília, os porta-vozes diziam que não sabiam nada sobre o andamento das negociações e não sabiam se a empresa era uma das que assinariam o novo contrato nesta sexta-feira à noite.
Os nomes das duas empresas só foram divulgados no momento da cerimônia.
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Kirchner sugere que Argentina vai investir na Bolívia
Valor Econômico
20/10/2006 09:25
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SÃO PAULO - O presidente argentino, Néstor Kirchner, assinou ontem um acordo para importar o equivalente a US$ 17 bilhões em gás natural da Bolívia pelos próximos 20 anos e prometeu que seu país oferecerá ajuda caso as empresas desistam de apostar no vizinho andino por causa da nacionalização dos hidrocarbonetos.
Na cerimônia, o presidente Evo Morales mencionou a negociação com o Brasil, dizendo que a Bolívia precisa do Brasil e vice-versa. E prometeu que não faltará gás boliviano ao país.
Kirchner e Morales definiram o acordo como parte de uma estratégia para promover maior integração latino-americana.
A Argentina conta com o gás boliviano para superar sua escassez de combustível. No entanto, a capacidade da Bolívia de cumprir o novo acordo foi colocada em xeque depois que Morales anunciou a nacionalizaçaõ. A decisão assustou as empresas que operam no país, o que criou dúvidas sobre se a Bolívia terá infra-estrutura necessária para elevar a sua produção.
" Se alguns espertinhos [pícaros, em espanhol] não fizerem os investimentos que têm de fazer, não tenham dúvida que a Argentina ajudará nos investimentos correspondentes " , disse Kichner na cerimônia de assinatura, em Santa Cruz, na Bolívia.
A YPFB, estatal boliviana, disse que precisará de US$ 800 milhões de investimento estrangeiro em três anos para atender aos contratos com Brasil e Argentina. O mercado estima que o investimento necessário é bem maior.
Pelos termos do contrato, a Bolívia fornecerá até 27,7 milhões de metros cúbicos de gás por dia para à Argentina - quase três vezes a quantidade atual. Os argentinos pagarão US$ 5 por milhão de BTU no primeiro trimestre de 2007 (33% acima do preço atual). Depois disso, o preço acompanhará as flutuações do mercado.
Morales agradeceu à manifesta disposição de Kirchner - a quem tratou por irmão - em investir na infraestrutura da Bolívia.
O presidente boliviano disse que a tentativa da Bolívia de usar melhor seus recursos naturais passa pelas negociações com o Brasil. " Necessitamos deles, como também eles necessitam de nós. "
Segundo ele, a Bolívia tem a obrigação de conviver com o Brasil e da Argentina, por causa de seus povos, e resolver conjuntamente os problemas. " Como um casamento sem divórcio, porque precisamos uns dos outros " , comparou.
Morales foi adiante, usando sempre um tom informal e amistoso. " Queremos dizer ao companheiro Lula, à República irmã do Brasil: jamais a esse povo vai faltar gás. É importante a participação da sua empresa Petrobras, assim como de suas empresas estatais " .
Ele defendeu que as estatais de energia Enarsa (Argentina), YPFB (Bolívia) e Petrobras usem seus recursos naturais para servir aos povos e lembrou que nesse esforço contam com outro aliado, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e a petroleira PDVSA.
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- Marcos Falco
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Me digam uma coisa: o que o Brasil poderia fazer além de aceitar um acordo temporário com o Evo Morales?
Invadir a Bolívia nunca iria acontecer. Talvez uma disputa na OMC, mas que provavelmente terminaria em um acordo de natureza semelhante.
Invadir a Bolívia nunca iria acontecer. Talvez uma disputa na OMC, mas que provavelmente terminaria em um acordo de natureza semelhante.
"Veni, vidi, vinci" - Júlio Cesar
http://www.jornalopcao.com.br/index.asp ... djornal=43
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