Gol 1907
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Caixa de voz
A caixa de voz do Gol não deve ter nada que se acrescente ao total. No máximo alguma comunicação com Manaus. Ela só servirá pra fechar o quadro de provas que se deve reunir nestes casos. Duvido que após a colisão o piloto do Boeing tenha tido condições de falar pelo rádio...
ALE
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Re: Caixa de voz
xandov escreveu:A caixa de voz do Gol não deve ter nada que se acrescente ao total. No máximo alguma comunicação com Manaus. Ela só servirá pra fechar o quadro de provas que se deve reunir nestes casos. Duvido que após a colisão o piloto do Boeing tenha tido condições de falar pelo rádio...
Xandov,
A caixa de voz pode acrescentar, e muito, na investigação do acidente com o Legacy porque ele registra não somente as comunicações de rádio, mas tudo o que os pilotos falaram nos últimos 30 minutos do vôo 1907, uma vez que o equipamento possui microfone que fica "aberto" registrando tudo que se passa dentro da cabine, seja conversas formais ou informais da tripulação, briefings, procedimentos, comunicação rádio, os sons dos equipamentos (cada equipamento emite um som diferente, o que facilita a identificação de um alerta), etc, e isso ajuda muito a entender o que aconteceu dentro da cabine e qual foi a reação da tripulação nos momentos decisivos do vôo.
Até mais!
Thiago
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"O respeito e a educação são garantia de uma boa discussão. Só depende de você!"
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Vale destacar o grande feito. Encontraram uma coisinha do tamanho de uma Coca-Cola no meio de mata fechada, em uma área de alguns quilômetros de raio e, ainda por cima, enterrada a 20 cm da superfície. Certamente pior que a agulha no palheiro. Parabéns aos militares encolvidos na busca.
E, apesar de sempre metermos a boca nele, parabéns também ao MD, por alocar todos os recursos necessários às buscas. Afinal de contas, não deve ser fácil manter essas centenas de militares tanto tempo longe da base.
E, apesar de sempre metermos a boca nele, parabéns também ao MD, por alocar todos os recursos necessários às buscas. Afinal de contas, não deve ser fácil manter essas centenas de militares tanto tempo longe da base.
Re: Caixa de voz
Brigadeiro escreveu:...e isso ajuda muito a entender o que aconteceu dentro da cabine e qual foi a reação da tripulação nos momentos decisivos do vôo.
Brigadeiro,
Sob esse aspecto concordo que acrescentará bastante, mas não creio que vá ajudar muito a elucidar as causas, ao contrário das caixas do Legacy.
ALE
A-29 escreveu:Vale destacar o grande feito. Encontraram uma coisinha do tamanho de uma Coca-Cola no meio de mata fechada, em uma área de alguns quilômetros de raio e, ainda por cima, enterrada a 20 cm da superfície. Certamente pior que a agulha no palheiro. Parabéns aos militares encolvidos na busca.
Que ainda são obrigados a ouvir a sra. presidenta das vítimas do acidente da Varig meter o pau neles pela televisão. Devia ter sido oferecido a ela um uniforme camuflado e 7 dias dentro da mata ajudando a juntar partes de cadáveres em decomposição. Ao sair da sua zona de conforto tenho certeza que ela mudaria de opinião.
ALE
- Pablo Maica
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xandov escreveu:A-29 escreveu:Vale destacar o grande feito. Encontraram uma coisinha do tamanho de uma Coca-Cola no meio de mata fechada, em uma área de alguns quilômetros de raio e, ainda por cima, enterrada a 20 cm da superfície. Certamente pior que a agulha no palheiro. Parabéns aos militares encolvidos na busca.
Que ainda são obrigados a ouvir a sra. presidenta das vítimas do acidente da Varig meter o pau neles pela televisão. Devia ter sido oferecido a ela um uniforme camuflado e 7 dias dentro da mata ajudando a juntar partes de cadáveres em decomposição. Ao sair da sua zona de conforto tenho certeza que ela mudaria de opinião.
Mas aqui no Brasil tudo é culpa dos militares... ja tão querendo livrar a cara do idiota do piloto do legacy e botar a culpa no controlador!!! É incrivel isso... os caras ganham uma miséria pra fazer um trabalho heróico e muitas vezes arriscar a própria vida pra salvar pessoas que nem conhecem como tantas vezes eu ja vi aqui na BASM o pessoal do SAR decilar no meio da noite com um tempo terrivel e uma vez nessas condições até mesmo sem o rádio... e quando um mecêncio disse "ei esse sapo ta sem rádio..." um sgt do SAR respondeu " não interessa a gente tem que ir o mais rápido ajudar aquela gente..." e depois terem que houvir isso de uma madame que passa o dia inteiro sentada na sua poltrona assistindo programas de fofoca... é brabo mesmo.
Um abraço e t+
Pablo Maica escreveu:Mas aqui no Brasil tudo é culpa dos militares... ja tão querendo livrar a cara do idiota do piloto do legacy e botar a culpa no controlador!!! É incrivel isso...
Um abraço e t+
É Pablo, só que agora estão enfrentando uma operação padrão lá em Brasília. Ganhando mal, trabalhando em escesso, sobrecarregados e pressionados e ainda tendo que descumprir a legislação pra ajudar a tapar a falta de estrutura aeroportuária. E quando fica evidente que a atenção a esses servidores militares que trabalham com a segurança das pessoas não está bem planejada, querem botar os caras na fogueira pra disfarçar. Entretanto, como os controladores vivem quebrando o galho da aviação brasileira, basta deixar de fazer isso, ou seja, cumprir a legislação à risca, que o troço vira um peteco. Ainda ouvimos o sr. ministro da defesa devanear dizendo que vai contratar mais controladores... vai tirar de onde? Não há escolas de controladores no Brasil, exceto a EEAR, e leva pelo menos 2 anos pra fabricar os INICIANTES. A única coisa que pode acontecer é retirar controladores de outros lugares, descobrindo-os, para cobrir Brasília. Ou seja, transferir o problema de um lugar pra outro a fim de não prejudicar as eleições.
ALE
- Clermont
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xandov escreveu:A-29 escreveu:Vale destacar o grande feito. Encontraram uma coisinha do tamanho de uma Coca-Cola no meio de mata fechada, em uma área de alguns quilômetros de raio e, ainda por cima, enterrada a 20 cm da superfície. Certamente pior que a agulha no palheiro. Parabéns aos militares encolvidos na busca.
Que ainda são obrigados a ouvir a sra. presidenta das vítimas do acidente da Varig meter o pau neles pela televisão. Devia ter sido oferecido a ela um uniforme camuflado e 7 dias dentro da mata ajudando a juntar partes de cadáveres em decomposição. Ao sair da sua zona de conforto tenho certeza que ela mudaria de opinião.
Realmente, o desempenho do Exército e da Aeronáutica, em terra e no ar, foi fantástico e motivo de orgulho. No começo, eu acreditava que nem uns 50 corpos seriam recolhidos, ao ver a imensidão da área do acidente. Imagine-se, então, a localização desses artefatos técnicos como caixas disso e daquilo.
Agora, outro dia, eu vi um representante das famílias reclamando a devolução dos bens pessoais dos falecidos. Isso me parece um absurdo total. Não creio ser sensato esperar que as Forças Armadas mantenham um tal aparato na selva à procura de bolsas, carteiras de identidade ou notebooks (estourados, é claro).
Clermont escreveu:Agora, outro dia, eu vi um representante das famílias reclamando a devolução dos bens pessoais dos falecidos. Isso me parece um absurdo total. Não creio ser sensato esperar que as Forças Armadas mantenham um tal aparato na selva à procura de bolsas, carteiras de identidade ou notebooks (estourados, é claro).
Os militares já estão acostumados a trabalharem em silêncio e sem reconhecimento, o que justifica os baixos soldos. Seja na paz ou seja na guerra, o que vale é a certeza de ter feito o melhor que se pôde. Quanto àqueles que sempre reclamam, infelizmente não dá pra esperar sensatez de todo mundo.
ALE
- Einsamkeit
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Porque as Forças armadas nao usam tempo de televisao? Mostrando o trabalho, o que é feito, sem transparencia as pessoas so podem pensar besteira mesmo
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
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Einsamkeit escreveu:Porque as Forças armadas nao usam tempo de televisao? Mostrando o trabalho, o que é feito, sem transparencia as pessoas so podem pensar besteira mesmo
Atividade militar, ao contrário da comercial, é de caráter reservado e muitas vezes sigiloso, pois envolve informações úteis ao inimigo (atual ou futuro). Conhecer detalhes da atividade pode comprometer a segurança. Daí a falta de vocação para a propaganda. Sendo assim, só resta ouvir calado as críticas e continuar trabalhando.
ALE
- Einsamkeit
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Nao falo das atividades em sim, mas a vida diaria no quartel, coisas como o EB patrulhando fronteira, açoes sociais, e tudo mais
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- Pablo Maica
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Os militares passaram dia e noite no meio da selva... em meio a corpos dilacerados e em decomposição... voando em helicopteros de 40 anos descendo de rapel e comendo o pão que o diabo amassou... ganhando 1600 reais por mês, sendo criticados a toda hora... e não disseram um ai... aguentam no osso sempre... agora um juiz ou desembargados que ganha no minimo 15 mil reais por mes e que vai ter um reajuste de 40 por centopra ficar o dia inteiro sentado com a bunda gorda numa cadeira vendo o pais ir as favas e não fazer nada a não ser rezar para o expediante acabar o mais rápido possivel... chorando pq acha pouco 40 por cento sobre 15 mil!!!! As vezes não da pra entender esse pais!!
Um abraço e t+
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E aí galera. Cadê o pedido de desculpas.
Eu sabia que fedia, que tinha merda tupiniquim. Logo que a bomba explodiu eu senti o cheiro daquí.
Os controladores fizeram merda mesmo. Será que vão aceitar sua parte da culpa?
Agora vão fazer o típico jogo de empurra-empurra de uma republiqueta de bananas.
Os controladores fizeram merda mesmo. Será que vão aceitar sua parte da culpa?
Agora vão fazer o típico jogo de empurra-empurra de uma republiqueta de bananas.
Caixa-preta de Legacy revela que torre errou
ELIANE CANTANHÊDE
Colunista da Folha de S.Paulo
A torre de controle de vôos de São José dos Campos (SP) autorizou os pilotos do Legacy, Joe Lepore e Jan Paladino, a voar na altitude de 37 mil pés até o aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, apesar de essa altitude ter se tornado "contramão" na rota após Brasília --e onde estava o Boeing-737 da Gol atingido e derrubado no choque com o jato da Embraer.
Esse foi o primeiro de uma sucessão de erros que geraram o choque, em 29 de setembro, matando 154 pessoas. Depois disso, houve falha na comunicação entre o Legacy e o Cindacta-1 (centro de controle do tráfego aéreo de Brasília), o transponder (que alertaria o sistema anti-colisão do Boeing) não estava funcionando no Legacy e o avião da Gol não foi alertado para o risco.
O plano de vôo original do Legacy previa três altitudes: 37 mil pés entre São José dos Campos e Brasília, passando para 36 mil pés a partir da capital e para 38 mil pés a partir do ponto Teres da carta aeronáutica (a 480 km de Brasília, em Mato Grosso) até Manaus. O Legacy, porém, voou todo o tempo em 37 mil pés.
Pela caixa-preta do Legacy, que está sob a responsabilidade do Cenipa (Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), o controlador da torre de São José dos Campos se comunicou em inglês com os americanos Lepore e Paladino durante o procedimento de "clearence" --ou seja, de autorização para a decolagem.
Nesse diálogo, gravado, Lepore pede para decolar, a torre autoriza e diz, claramente, que ele deve subir para 37 mil pés "até o aeroporto Eduardo Gomes", de Manaus, contrariando o que especificava o plano de vôo --em poder dos pilotos e das autoridades aeronáuticas.
A versão obtida pela Folha confirma o que dizem os advogados dos pilotos, o brasileiro Theo Dias e o americano Robert Torricelli, de que eles teriam autorização para voar em 37 mil pés, apesar de ser "contramão" no rumo Brasília-Manaus.
Nos registros do Cindacta-1, o último contato do Legacy foi quando a aeronave estava a 52 milhas --ou a cerca de sete minutos-- de Brasília, para um procedimento comum: os pilotos comunicaram ao centro de controle que tinham atingido a altitude de 37 mil pés.
O piloto Lepore deu o registro do avião, Legacy N600XL, avisou que estava no nível 370, que corresponde a 37 mil pés, e desejou "boa tarde" em inglês.
O controlador de plantão respondeu, pediu que o piloto apertasse o botão de identificação do vôo e desejou boa viagem. O botão a que se referia é do transponder --que não funcionou. Os pilotos confirmam que o acionaram para registrar a identificação do vôo, mas o Cindacta-1 diz que o equipamento não estava funcionando a partir de Brasília e que os controladores tentaram várias vezes, sem sucesso, alertar a tripulação. Os pilotos reagem dizendo que também tentaram, sem sucesso, se comunicar com o Cindacta-1 quando sobrevoaram Brasília. Sem esse contato, decidiram seguir a orientação original, segundo seus advogados e representantes da empresa ExcelAire que conversaram com a Folha.
Segundo a Aeronáutica, um dos erros dos pilotos americanos foi não acionar o código 7600 no transponder, registrando a perda de comunicação. O aparelho ficou fora do ar até cerca de dois minutos depois do choque com o Boeing, na área de Mato Grosso, quando voltou a funcionar já com o código 7700, de emergência.
Já segundo os advogados dos pilotos e os representantes da empresa americana, o Cindacta-1 também errou, ao perceber que havia algo errado com o vôo e não alertar imediatamente o Boeing que vinha em sentido contrário e na mesma altitude. A alegação do Cindacta-1, encampada pela Aeronáutica, é de que o centro não identificou com precisão que o Legacy estava na altitude de 37 mil pés, o que só poderia ser feito caso o transponder estivesse funcionando. Sem ele, a altitude é conferida no radar pelo equipamento primário de segurança, que é impreciso. Nesse caso, há uma variação no radar que pode chegar até a 1.500 pés.
Tudo somado, há uma sucessão de erros. O original deles foi a autorização da torre de São José dos Campos para o vôo se realizar em 37 mil pés, mas isso poderia ter sido corrigido com a comunicação entre o avião e o Cindacta-1, pelo transponder e o sistema anti-colisão e, finalmente, pela determinação de que o Boeing desviasse, ou para cima ou lateralmente, como determinam as normas internacionais e nacionais de segurança de vôo.
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