Taí um dos 'perigosos neonazistas' que pregam a Revisão. Por quê não lhe aceitam os desafios? Por quê o perseguem? Por quê o temem? Ou não é a ele, mas ao perigo que representa a uma 'Verdade Fundamental', um dogma incontestável?
O meu nome é Robert Faurisson. Tenho 63 anos de idade. Sou professor universitário e estou a visitar Estocolmo. Estamos a 4 de Dezembro de 1992. Vou ficar na casa do meu amigo Ahmed Rami. Estou a gravar esta conversa numa cassete para que a possa transmitir em qualquer estação de rádio na Suécia. Cheguei ontem ao Aeroporto de Arlanda. Esta é a minha segunda visita à Suécia. A primeira foi a 17 de Março de 1992. Nesse mesmo dia, fui mandado parar pela Polícia. Ontem fui novamente mandado parar pela Polícia. As questões que me colocaram foram mais ou menos as mesmas. Deste modo, vou dar-vos essas questões e as minhas respostas. A primeira pergunta foi: “Porque é que está na Suécia?”. A primeira vez respondi: “Para visitar o meu amigo Ahmed Rami e para me encontrar com os média Suecos que me têm insultado e que nunca explicaram aos seus leitores e ouvintes o que é que eu defendo como revisionista". Da segunda vez (ou seja, ontem), eu respondi: “É para me encontrar com o meu amigo Ahmed Rami. É uma visita particular”. De qualquer forma, encontrei, assim que saí do Aeroporto, muitos, muitos jornalistas Suecos. E tinha que dizer alguma coisa. Então fiz uma breve declaração. Mas tarde falarei sobre ela. Outra pergunta feita pela Polícia foi: "Alguma vez foi condenado no seu País, França, pelas suas convicções?". A minha resposta foi: "Sim". E depois perguntaram-me: "Alguma vez esteve preso?" A minha resposta foi: "Infelizmente, ainda não, mas estou pronto para ir para a prisão." E a seguir veio a terceira questão: "Houve algum País que o expulsou, ou algum que tenha proibido a sua entrada?" E eu disse-lhes: "Não. Viajei por dezenas de países, mas nunca fui expulso de nenhum. E nunca me tinham interrogado desta maneira. O primeiro País que me faz este tipo de questionário é o vosso." E eu disse isto tudo aos dois Polícias do Serviço de Imigração. Julgo que essas foram, mais ou menos, as perguntas que me fizeram. Eles decidiram que eu poderia sair do aeroporto e ir para a cidade. Como podem ver, a Suécia continua a ser um País livre.
Não posso dizer o mesmo sobre o meu próprio País, França, aonde, desde 1990, foi criada uma lei especial que não existe na Suécia. Esta lei especial diz que se alguém contestar alguma coisa que foi decidido no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg, em 1945-46, pode-se ir para a prisão.
Quando saí do aeroporto, como disse, encontrei alguns jornalistas. Recusei-me a responder às suas perguntas porque elas batiam sempre nos mesmos pontos, que eram: "O que é o revisionismo? O que defende o senhor, Mr. Faurisson?" Eu só disse duas coisas. A primeira foi: "Por que é que não responderam ao meu desafio lançado aos média Suecos no dia 17 de Março?" Nesse dia, apareci com um texto cujo título era: “O meu desafio aos média Suecos”. Este desafio era muito simples: “Por favor, mostrem-me ou desenhem-me uma câmara de gás alemã”. Eles perguntaram: “Por que é que pergunta isso?” Apenas respondi: "Têm 24 horas para responder ao meu desafio. Mas tenham atenção porque, na Radio Islam, vou comentar as vossas respostas." E não houve resposta. Centenas de artigos foram escritos sobre Ahmed Rami, sobre o revisionismo, sobre mim, mas este desafio nunca é mencionado. Gostaria de saber porquê. A segunda coisa que disse aos jornalistas foi: "Tenho para vocês um segundo desafio e já mencionei isso algumas semanas atrás. Este desafio é: “Estou pronto para conhecer na televisão, mas em directo, algum sobrevivente, algum historiador, que esteja disposto a dizer que as câmaras de gás, as câmaras de gás Nazis, existiram. "E é uma oferta que se vai manter. Como deve saber, eu não tenho, efectivamente, qualquer acesso aos média da Suécia. E não lhes posso explicar o que eu penso que seja verdade e o que eu penso que seja falso sobre o que se diz sobre a história da Segunda Guerra Mundial. É, ao mesmo tempo, surpreendente que os média Suecos falem tanto sobre um professor estrangeiro sem fazerem a mínima ideia do que é que ele realmente diz. Ele pode, mesmo assim, ter alguns argumentos. Quais são esses argumentos? Por isso, se estou a gravar esta cassete, é para tentar dar uma ideia dos argumentos revisionistas. Evidentemente que eu preferia ser entrevistado na radio, numa estação oficial. Mas, como vê, é impossível. Por isso, esta cassete talvez possa servir como uma pequena luz para certas pessoas. Eu não sou responsável pelas ideias daqueles que vão apresentar esta cassete. Apenas sou responsável por aquilo que vou dizer. E por aquilo que estou a dizer neste momento. Vamos esclarecer uma coisa. De acordo com os média Suecos, eu sou um "profeta Nazi." No Aeroporto de Paris, vi um jornalista do ‘Expressen’. O seu nome é Nilsson. Ele aproximou-se e disse: "Gostaria de ter uma entrevista consigo". A este homem respondi: "Não, senhor. Você não é o mesmo Nilsson que a 18 de Março de 1992 atreveu-se a dizer que me tinha entrevistado num voo para a Suécia?". E que não tinha sido o caso. O Sr. Nilsson tinha inventado essa entrevista. Tinha mentido. Depois, disse-lhe: "Como é que me pode chamar de 'profeta Nazi'? Como é que se atreve a insultar-me dessa maneira?!" E ele respondeu-me: "Não, eu não disse que você era um 'profeta Nazi', mas toda a gente afirma isso mesmo. Então, acrescentei: "Você é um jornalista ou é um papagaio que repete o que os outros dizem?”
Desta forma, a essas pessoas que se atrevem a dizer que sou um Nazi, a minha primeira resposta, se tivesse de responder a um insulto, "agora, isso já não é certo." Por vezes, quando somos insultados, o melhor é nem responder, mas se eu tivesse que responder, eu diria: "Atenção, eu não sou um Nazi. E se me conhecessem, saberiam perfeitamente que, se o fosse, dizia-o claramente. Eu não sou uma pessoa tímida. Não sou nem Nazi nem racista." Ontem vi duas pessoas que se manifestavam contra mim. E carregavam algo escrito em Sueco. Só mais tarde o traduzi. E lá estava escrito mais ou menos isto: "Abaixo com o racismo". Lamento profundamente. Se eu soubesse que era “Abaixo com o racismo" – se o soubesse na altura, ter-me-ia colocado em frente à inscrição. E teria dito com os meus amigos Somalis, com Ahmed Rami, com os meus amigos Árabes, eu teria dito: "Concordo plenamente. Eu sou contra o racismo. Mas, atenção: eu sou contra qualquer tipo de racismo." E nós sabemos que também existe o racismo Judaico. Este racismo não é melhor nem pior do que qualquer outro racismo. Temos, julgo eu, que combater qualquer tipo de racismo. Se você quiser conhecer realmente as minhas ideias políticas, deixe-me dizer que não tenho ideias políticas. Julgo que tenho o direito de não ter quaisquer ideias políticas. Mas durante a Guerra, em 1942, quando tinha 13 anos, lembro-me de ter escrito na minha secretária com uma navalha “Morte a Laval." Laval foi, como costumamos dizer, o braço direito do Marechal Pétain. . Ele era pela colaboração com os Alemães. Eu era contra. E se quiser saber o caminho que tomou o meu voto, apesar de saber que não deveria revelá-lo, vou dizer-lhe: "Em França, a última vez que votei foi para um homem do partido socialista." Não pertenço a qualquer organização política. Não percebo muito sobre políticos e nem estou muito interessado. Tenho demasiado trabalho. E não gosto de falar sobre aquilo que não conheço. Pertenço apenas a uma organização. Essa organização não é muito popular. Tenho que pedir desculpa às pessoas que acreditam em Deus. (Eu próprio, não acredito em Deus.) Esta organização a que pertenço, em França, chama-se “União dos Ateus”. É uma organização de ateus. Nada mais.
Actualmente, por vezes, as pessoas dizem: "Mas mesmo que não seja Nazi, está a ajudar os Nazis com as suas teorias sobre Hitler e por aí adiante." E eu respondo: "Desculpem-me, mas eu tenho que dizer aquilo que eu julgo ser o exacto. Eu não digo ‘o que eu penso é a verdade’, mas sim ‘o que eu penso que é exacto.' Se agradar a algumas pessoas, tudo bem; se desagradar a outros, não me interessa. O meu único dever é ser exacto." Eu não vou esconder seja o que for só porque é impopular. Tenho que o dizer. E eu tenho encontrado algumas pessoas da extrema-direita. Mas você deve saber que o revisionismo, em França, vem de pessoas de esquerda, pessoas que são defensoras do livre arbítrio. Este foi, especialmente, o caso de Paul Rassinier. Ele foi deportado pelos Alemães. Ele esteve num campo de concentração. Ele sofreu terrivelmente. Mas, quando regressou, ele escreveu um livro chamado “A Mentira de Ulisses” (“The Lie of Ulysses”). E nesse livro ele diz: "Isto foi o que sofremos. Mas não percebo como é que certas pessoas podem dizer que no campo em que estive existiam câmaras de gás, quando não existiam nenhumas". Paul Rassinier pensava que primeiro temos que ser verdadeiros. Não temos o direito de mentir, mesmo sobre o nosso inimigo. Sobre as pessoas da extrema-direita e sobre os racistas, isto é o que eu gostaria de dizer: julgo que, primeiro, eles são seres humanos; mesmo os Nazis eram seres humanos; não são nenhuns animais. E eu tenho notado que, entre essas pessoas, por vezes ou até com alguma frequência, aqueles que admiram a força admiram a força porque eles próprios são fracos. Eu não pretendo chocar ninguém. Não quero criticar as pessoas da extrema direita. Até porque é demasiado fácil fazê-lo. Não custa nada. Todos os média estão a fazê-lo. Não vou insistir nisso, porque, como dizemos em Inglaterra: "You mustn't spit on the underdog" (a). Hitler morreu em Abril de 1945. E o Nacional Socialismo morreu com ele.